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8.6.11

ॐॐॐReuniões Essence - tags internasॐॐॐ E6, E7 - Luz cósmica

03/06/2011
( MANDALA TRIANGULOS DE PEDRA, AMETISTA, MADEIRA ROSA E OITAVAS)

Espiral de luz
hipnose
prisma 1 

Losângulo ( COM OLHO AZUL CLARO)

DIAMANTE
LIBÉLULA
Brasil
Drusa de ametista
Pequeno SER
Prisma
cumprimento (  mão direita, ombro direito, desce, sobe ao ombro esquerdo  e volta ao ombro direito)
Trocas de energias em prismas. 
Prisma branco em continuidade de exercícios


CHAMITR / SHAMITRI?

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VERIFICAÇÃO:





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28.5.11

*,* Alfa e ômega Chakras


CHAKRAS ALFA E ÔMEGA

A maioria dos estudantes sabe da existência dos chakras. O que maioria não sabe, é que cada ser humano tem um total de quatorze chakras principais que existem em muitas dimensões simultaneamente - sete no corpo físico, sete fora do corpo - e mais os ''chakras'' Alfa e Ômega. A maioria dos estudantes, vê ou sente os chakras como fontes que vibram e irradiam energia, mas os chakras também têm uma estrutura interna de seis dimensões.

Sob o domínio do jogo kármico, a estrutura dos sete chakras do corpo foi deliberadamente restrita para que eles pudessem apenas conduzir energia do plano astral. Eles foram ''bloqueados''. Com essa estrutura limitada, o chakra assumiu a aparência de dois cones. Um dos cones abre-se para a frente do corpo e o outro abre-se para trás. No lugar em que suas pontas se tocam no centro do corpo, ele é ''bloqueado'' para que permaneça dessa forma. Essa parte central mais estreita tende a ser obstruída por ''entulhos'' mentais e emocionais, que fazem com que os cones girem mais lentamente ou parem totalmente de girar. Isso faz com que o sistema dos meridianos fique desprovido de energia, podendo causar doença ou morte. Essa estrutura dos chakras pode fazer com que a energia circule apenas da frente para trás e de trás para a frente, sem conseguir captar as freqüências das dimensões superiores.
 
Quando o processo do Corpo de Luz é ativado, os ''bloqueios'' nos pontos centrais são eliminados. A estrutura do chakra abre-se gradativamente a partir do centro até ele se tornar esférico. Isso faz com que o chakra irradie energia em todas as direções e comece a transmitir freqüências das dimensões superiores. O corpo libera o material kármico acumulado e a forma esférica impede que ele volte a se acumular. As esferas continuam aumentando de tamanho até que todos os chakras se fundam em um único campo energético. Cada um dos chakras superiores (os chakras que estão fora do corpo) tem um padrão diferente de estrutura geométrica, que é apropriada para transmitir as freqüências específicas da dimensão ou Mente Suprema associada ao chakra. O oitavo e o décimo primeiro chakras contêm também vasos cristalinos de formato achatado, pelo quais passam as linhas axiotonais galácticas. Esses vasos são usados pela Mente Suprema para modular as influências astrais sobre o corpo físico da pessoa quando seus meridianos axiotonais forem reconectados. A Mente Suprema calibra novamente as linhas axiotonais e o sistema circulatório axial através do oitavo chakra. Por isso , esse chakra atua como ''chave de controle'' durante a mutação dos sistemas do corpo e a fusão dos corpos energéticos.
 
Até recentemente, os ''chakras' Alfa e Ômega estiveram atrofiados no corpo humano. Mesmo sendo centros energéticos, os ''chakras'' Alfa e Ômega têm características e funções totalmente diferentes dos outros chakras. Eles são reguladores altamente sensíveis das ondas elétricas, magnéticas e gravitacionais, e também servem de âncora para a qualidade etérica da sétima dimensão.
 
O ''chakra'' Alfa situa-se de quinze a vinte centímetros acima e cinco centímetros à frente do centro da cabeça. Ele liga a pessoa ao corpo de Luz imortal na quinta dimensão. O ''chakra'' Ômega encontra-se cerca de vinte centímetros abaixo da parte inferior da coluna e liga a pessoa ao planeta como um holograma, bem como com toda a rede holográfica de encarnações. Diferentemente da matriz kármica de quatro dimensões, esse é um tipo de ligação inteiramente não - kármico. O oitavo chakra encontra-se de dezessete a vinte e três centímetros acima do centro da cabeça, acima do ''chakra'' Alfa. Há uma coluna de Luz, de cerca de dez centímetros de diâmetro, que desce do oitavo chakra através do centro do corpo e dos chakras corporificados, até cerca de vinte centímetros abaixo dos pés. Essa coluna abriga um túnel de Luz, de cerca de dois centímetros de diâmetro, que desce exatamente pelo centro, percorrendo toda a extensão da coluna.
 
Quando os ''chakras'' Alfa e Ômega estão abertos e funcionando devidamente, a pessoa sente algo conhecido como Ondas de Metratonpercorrendo a coluna de Luz internamente. Essas ondas magnéticas, elétricas e gravitacionais oscilam de um lado para o outro entre os ''chakras'' Alfa e Ômega que regulam a amplitude e a frequência das ondas. Essas ondas estimulam e mantêm o fluxo de energia vital prânica através do túnel menor de Luz. As Ondas de Metraton também ajudam a adaptar a mutação do corpo físico ao modelo preexistente do corpo de Luz imortal.
 
Quando os chakras do corpo restabelecem sua estrutura esférica, formam-se redes que conectam os chakras diretamente aos pontos giratórios da superfície da pele, ligando-as diretamente aos novos sistemas axiotonais e axiais. Ao ligar as redes com as linhas axiotonais, os chakras entram em contato com redes de ressonância universal e com movimentos ondulatórios de níveis superiores de evolução. Isso possibilita que os chakras, bem como os corpos emocional, mental e espiritual fundam-se num único campo energético. Esse campo unificado recebe então os corpos da Mente Suprema e entra em sincronia com as ondas e pulsações do universo. Esse sistema totalmente novo transmite, então , essas ondas e pulsações, por meio dos pontos giratórios, para o sistema circulatório axial para regular as pulsações e fluxos dos fluidos do corpo.
 
Durante o jogo kármico, como a pessoa está separada do Espírito, vivendo em estado de limitação e alienada de seu corpo físico, isso normalmente significa que ela não se encontra em seu corpo. E se ela não está em seu corpo, não pode ativar o chakra do coração.
 
Como ela não pode ativar o chakra do coração, os chakras predominantes são o chakra da base, o chakra da alma e o chakra do plexo solar. Todas as atitudes da pessoa são um resultado do medo instintivo, do padrão kármico, do poder, da luxúria, da cobiça ou de puras relações de poder centradas no ego. A pessoa, portanto, não conseguirá ter nenhuma atitude mais elevada enquanto não estiver inteiramente no corpo. E, obviamente, os chakras superiores que estão fora do corpo não serão de maneira alguma ativados.
Eu Sou vosso servidor da Luz;
Arcanjo Ariel


O TRABALHO COM O CHAKRA UNIFICADO
Estamos muito agradecidos a Ariel e a Kwan Yin por terem dado ao planeta a informação sobre o Chakra Unificado. Trabalhar com Chakra Unificado é o que de mais vital podes fazer, pois esta técnica reflete conscientemente uma alteração recente na forma como a espécie humana faz funcionar os seus corpos energéticos.
Tradicionalmente, os chakras tinham forma cônica e estavam localizados em sete pontos do campo do corpo físico; eram os meios através dos quais os vários campos humanos trocavam energia. No entanto, os chakras estão a deixar de ser cones separados para se tornarem num Chakra Unificado, localizado no coração. Isto é fundamental porque permite o alinhamento dos corpos físico, emocional, mental e espiritual, e a harmonização das suas energias.

Quando a espécie humana, enquanto ESPÍRITO, estava ainda na fase de densificação energética e a criar o sistema principal de chakras, levantou uma barreira de energia para separar o coração – o quarto chakra - dos outros centros energéticos. Isto era necessário para assegurar que o jogo do karma funcionasse eficientemente. Desta forma, os três chakras inferiores poderiam atuar como rodas soltas, dado que o efeito moderador do chakra do coração sobre eles se tornara mínimo ou nulo. Desta forma, o chakra do coração não interferia na interação entre os campos da energia básica. Como resultado, as principais respostas às situações da vida estavam fadadas, necessariamente, ao desequilíbrio e à desarmonia:

o sexto chakra fornecia respostas intelectuais,
o quinto chakra proporcionava formas de comunicação vazias e cheias de julgamento,
(o quarto chakra, por princípio, não interferia),
o terceiro chakra incentivava as respostas do eu-ego baseadas no poder,
o segundo chakra induzia impulsos sexuais descompassados,
o primeiro chakra convidava a um comportamento baseado na sobrevivência e no medo.

Evidentemente, estas respostas eram perfeitas para gerar karma, dado que as soluções mais equilibradas do quarto chakra, baseadas no amor e na compaixão, estavam inacessíveis.
Agora, porém, ao trabalhares com o Chakra Unificado, reúnes os chakras mais elevados (acima da cabeça) com os sete «tradicionais», conseguindo que todos passem a funcionar de acordo com a frequência da energia que flui através do chakra do coração. Isto também significa que os três campos mais densos podem ser alinhados, trocar energia e ressoar entre si, tendo o amor como a componente principal dessas interações.
Expandindo o Chakra Unificado para fora do corpo físico senti-lo-ás como uma onda estacionária carnal; expandindo-o para dentro, senti-lo-ás como um complexo campo de energia onde só uma parte é visível. Os campos emocional e mental também são energia, evidentemente, embora menos visíveis para a maioria das pessoas.
Assim, finalmente, todos os três campos se podem alinhar num só campo unificado porque encontraram uma gama de frequências do amor – a qual todos podem absorver. Desta forma, o Chakra Unificado elimina completamente o processamento emocional a que estás tão habituado, permitindo um alinhamento rápido e fácil dos corpos e a unificação dos campos de energia.

Outra grande vantagem da utilização do Chakra Unificado é que poderás trazer muito mais energia para o teu campo unificado. Estavas acostumado a usar os sete chakras separados para canalizar e absorver energia para o interior dos campos, também separados; digamos que, de alguma forma, davas um aspecto intelectual ou de poder à energia assim canalizada. Agora, porém, poderás integrar um espectro energético muito mais amplo, especialmente o que é fundamentado no amor, cuja frequência é mais elevada.
Quando canalizavas ou realizavas trabalhos de autocura, talvez tenhas ouvido zumbidos sempre que a energia deparava com pontos de resistência nos teus campos. Não voltarás a sentir isso, porque os campos e os chakras unificados deixarão de oferecer resistência à energia.
Isto também significa que irás atuar com propriedade em todas as circunstâncias, uma vez que, automática e naturalmente, serás capaz de mobilizar a quantidade exata de, digamos, amor e energia sexual, amor e energia de poder, etc., necessária a cada situação.

Com um Chakra Unificado já não precisarás de te preocupar se estás a ser ou a fazer o que é mais apropriado; saberás que sim!

Finalmente – e isto é o mais importante – o Chakra Unificado permite que vás incorporando, gradualmente, o teu eu-espírito, pois o campo mental deixará de filtrar a energia do amor e os campos emocionais deixarão de opor resistência à tua mais elevada sabedoria. O Chakra Unificado proverá tudo o que necessitas e fará com que isso chegue ao interior do campo unificado, no momento e nas proporções exatas.

O TRABALHO COM O CHAKRA UNIFICADO

Basicamente, o processo implica estar numa posição cômoda e descansada, respirando profundamente, absorvendo Luz para dentro do chakra do coração. Em cada expiração, visualiza o chakra do coração a expandir-se em todas as direções, como se fosse uma esfera. À medida que inspiras e expiras, expande-o por forma a que vá abarcando, sucessivamente, os pares de chakras:

o terceiro com o quinto,
o segundo com o sexto,
o primeiro com o sétimo,

o ômega com o alfa,
o oitavo com os joelhos,
o nono com os tornozelos,
o décimo com os pés.

Os chakras alfa e ômega têm estado latentes até agora, mas acabam de ser reativados. O chakra ômega, a cerca de 24 cm abaixo da base da coluna vertebral, liga-te à consciência planetária. Assim, a ligação à terra que realizavas através do chakra raiz, deve passar a ser feita, através do chakra ômega; por sua vez, o chakra alfa, a cerca de 24 cm acima da cabeça, favorece o contacto com o teu Corpo de Luz da 5ª dimensão. Assim, o teu Chakra Unificado passará a ser uma esfera de luz dourada, de 6 a 15 metros de diâmetro, a qual será o centro do teu campo unificado que poderá vir a atingir vários quilometros de diâmetro.
Dado que o campo espiritual coexiste com este campo unificado, o passo seguinte é pedires ao nível apropriado do teu eu-espírito que funda a sua energia com a do campo unificado, a partir do chakra do coração.
Depois disto, podes continuar e experimentar-te a ti mesmo como um ser verdadeiramente multidimensional, expandindo a esfera do Chakra Unificado até que ele abranja:

o chakra onze – o nível da tua alma grupal,
o chakra doze – o nível crístico e do teu eu-espírito,
o chakra treze - a presença do EU SOU,
o chakra catorze - a Fonte.

O Chakra Unificado evita o tradicional sistema de chakras separados que lidava com a energia selectivamente. Aqui, quando recebias energias de ira ou poder do exterior, respondias inconscientemente, por exemplo, com o primeiro chakra (medo) ou com o terceiro (contraposição de poder), isto é, ou desatavas a fugir ou fortificavas-te para defender o teu território!
Agora, porém, com o Chakra Unificado, surge um padrão completamente novo: responderás com o teu ser completo, incluindo o ESPÍRITO, de tal forma que poderás agregar uma poderosa dose de amor ao teu espectro energético. Ao nível do eu-ego, podes continuar a fazer como fazias antes; só que, agora, os campos das outras pessoas passarão a receber de ti energia de amor... embora, no início, isso as possa deixar um pouco confundidas por não estarem habituadas!
Portanto, como dispões da energia de amor nos teus campos, continuarás a sentir a calidez dela dentro de ti... mesmo se alguém te «atacar»! Em algum momento desse episódio, ou tu ou o «atacante», ou ambos, começarão a sorrir e, de repente, a tensão desaparecerá.
É por isso que o Chakra Unificado é a panaceia perfeita para tudo o que te apoquenta.

Recomenda-se a unificação dos chakras várias vezes ao dia. Com um pouco de prática, serás capaz de decretar para ti mesmo: «unifiquem-se!» e, instantaneamente, converterás todos os chakras em um só, uni-ficado.

E que tal se usares este «remédio» com fins construtivos, em vez de para destruir?
Apesar da energia do ESPÍRITO ser de alta frequência, ela gera ondas estacionárias cujas frequências –as sub-harmónicas dela mesma - «empatizam» perfeitamente com as bandas de frequência dos teus campos físico, emocional e mental. Quando trabalhavas com o sistema de chakras separados, estavas habituado a que, por exemplo, o terceiro chakra manejasse as frequências do poder, o quinto e o sexto lidasse com as formas de pensamento, etc... mas nenhum deles administrava tudo simultaneamente; mais: somente os chakras abertos permitiam que certas facetas do teu eu-espírito chegassem aos campos mais baixos. O Chakra Unificado, porém, permite a articulação completa de todos os aspectos do ser.
As tuas respostas passam a proceder integralmente do eu-espírito, o que significa que passarás a estar ativo... em vez de reativo, a viver ancorado no amor e não no medo; serás transpessoal em vez de estares ancorado na personalidade.

Perguntas e Respostas 
P. : Existem outros sintomas dessa mudança?

R. : É comum ocorrer um momento em que a comida não tem mais gosto de comida. Vocês podem sentir fome o tempo todo, mas quando comem, o corpo não registra a ingestão do alimento. Isso ocorre porque o Corpo de Luz foi suficientemente ativado para que vocês precisem também de Luz como nutriente. Há um truque que resolve esse problema. Parece estranho, mas funciona como se fosse magia.

Formem um triângulo com ambas as mãos, as palmas voltadas para o sol, os polegares se tocando para formar a base e os indicadores formando os lados e o vértice. Isso funciona como antena e como prisma para a Luz que está por trás da Luz. Procurem fazer isso por cerca de quinze minutos. Vocês sentirão o corpo se inundando de Luz e sendo saciado. Comam também tudo o que o corpo pedir. Joguem fora os livros de dietas. Vocês estão aqui para seguir o Espírito, e não receitas espirituais. Se vocês detestam brotos, mas o corpo estiver sentindo falta deles, coma-os. É possível que alguns de vocês se sintam muito inclinados a tomar bebidas alcoólicas, especialmente cerveja, porque elas contêm certos componentes que o corpo necessita para a mudança. Dispensem todas as prescrições sobre o que convém comer, pois vocês poderão acabar comendo coisas realmente estranhas – como espinafre com canela!

Vocês perceberão que o padrão de sono torna-se extremamente irregular. Ele pode saltar de duas horas de sono por dia para doze e vice-versa. É possível que vocês também acordem cansados. Lembrem-se que são seres multidimensionais, e que trabalham arduamente enquanto dormem. Enquanto vocês expandem cada vez mais a consciência de si mesmos em outros planos, o corpo físico fica cansado, como se estivesse realizando esse trabalho. Portanto, digam a si mesmos: ‘’Por favor, faça uma pausa!’’ ou ‘’Preciso de um descanso’’.

Lembrem-se de que são vocês que controlam a rapidez do processo do Corpo de Luz. Quanto mais Luz vocês inspiram, mas rapidamente o processo avança. Um exercício básico muito simples é a técnica da Unificação dos Chakras. Esse exercício aumenta o Corpo de Luz, possibilitando que o sistema dos chakras funcione como no Corpo de Luz e ajudando os corpos energéticos a atingirem gradualmente o estado de fusão. Sugerimos que vocês o pratiquem várias vezes por dia até se acostumarem. Então, com a simples ordem ‘’Unifique’’, a unificação ocorre instantaneamente. Vocês chegarão a um ponto em que permanecerão naturalmente nesse estado. E quando se afastarem dele, terão uma sensação estranha. Se vocês acharem que o mundo exterior está muito louco, simplesmente digam ‘’Unifique’’.

Se perceberem que estão absorvendo muita energia externa, é porque os chakras e os corpos energéticos de vocês não estão unificados. Outra coisa que podem fazer é invocar a energia da Graça para a vida de vocês. A energia da Graça Divina é o instrumento mais poderoso que existe neste planeta. A Graça envolveu o planeta Terra e sua energia está à disposição de todos vocês. O Elohim da Graça, uma entidade marcante, irá até vocês sempre que quiserem. A Graça é o Elohim do raio prateado e sua energia é visível em forma de neve iridiscente. Parece um pó mágico. Portanto, se notarem esse pó à sua volta, saibam que a Graça está com vocês.

A Graça é a força Divina que lhes possibilita romper totalmente com o passado a qualquer momento. Pedimos encarecidamente que, por favor, não tentem fazer tudo sozinhos, nem tentem ‘’consertar’’ a si mesmos. O universo recria-se em torno das imagens que vocês fazem da realidade, de forma absoluta e impessoal. Se na visão que vocês têm da realidade há algo de errado com vocês e que precisa ser reparado, o universo se recriará em torno disso ad nauseam. Vocês vão querer resolver todos os problemas desta vida, de todas as outras vidas que já tiveram aqui e depois em outros planetas até chegarem ao cúmulo de querer resolver os problemas do próprio planeta! Por favor, parem com isso! O poder da Graça está neste planeta, portanto isso tudo é desnecessário. Usem esse poder, por favor: ele é o maior bem que vocês têm. Usem o poder da Graça em todos os aspectos da vida. Vocês podem invocá-lo para concertar o carro. Se ele quebrar, invoquem ‘’Graça, o motor, por favor!’’ Nós chamamos esse poder de ‘’lubrificante divino’’. Merlin a chama de ‘’Cristo Cósmico’’. Há uma razão para isso. Lembram-se daqueles tetraedros do campo energético que ficam aprisionados nos padrões kármicos? Se vocês estão presos a alguém e invocam a energia da Graça, a neve iridiscente irá cair sobre esses tetraedros e libertá-los imediatamente. Vocês podem recorrer à Graça para tudo e a Graça terá prazer em ajudá-los de todas as maneiras possíveis – afinal, essa é a Expressão Divina dela. Se vocês se pegarem querendo resolver tudo sozinhos, por favor, parem e invoquem a Graça.

Um dos padrões que vemos repetir-se muitas e muitas vezes neste planeta é o seguinte: ‘’Se ao menos eu conseguisse tal coisa na minha vida, então eu poderia ascender para a Luz.’’ Muito bem, tenho uma novidade para lhes contar. Enquanto estiverem tentando se ajustar, vocês não chegarão a nenhum lugar. Agora, vocês são exatamente o que são: mestres multidimensionais nos vários estágios do processo de Despertar. Não há nada para concertar. Trata-se simplesmente de se abrir, de despertar, de recordar e de se expressar. Essa é a lição de Ariel. Nós ficamos conhecidos por pedirmos às pessoas que parem de fazer isso. Vemos tantos Obreiros da Luz lutando e atolando-se em tudo quanto é encrenca imaginável. Isso é totalmente desnecessário e vocês não têm tempo: este planeta está avançando rápido demais para que vocês resgatem o karma pessoal e suas limitações. O karma é apenas uma ilusão do jogo kármico e vocês o estão deixando para trás.

Há uma diferença entre invocar a Graça e viver negando tudo. Não estamos sugerindo que neguem qualquer parte da realidade de vocês. Quando tiverem acesso a diferentes partes da consciência do corpo físico ou da consciência genética humana, muitas coisas serão removidas do corpo de vocês (como vergonha, culpa, medo e desespero). Precisamos purificar a consciência genética humana. Essa tarefa não teria fim se vocês se ocupassem de cada vida separadamente – voltando constantemente a viver no passado. A Graça é sempre o AGORA. Se vocês estiverem sempre participando com o Espírito no AGORA e deixarem o Espírito os conduzir à consciência genética humana, vocês se expressarão a partir das realidades do corpo físico. Esse processo ainda está sendo guiado pelo poder da Graça, o que permite que vocês simplesmente deixem a coisa toda acontecer. Expressem-se e sigam em frente. A atitude de querer resolver tudo sozinhos os manterá aprisionados ao passado, analisando-o e tentando prever o futuro. Nunca estarão no AGORA. Portanto, invoquem a Graça.
Estamos falando como se o processo do Corpo de Luz fosse linear, mas ele não é. A nosso ver, trata-se de um processo totalmente não linear. Cada um de vocês tem uma característica tonal única, um tom pessoal. O Corpo de Luz é uma corda. Portanto, se vocês estiverem, por exemplo, no sétimo nível, poderão sentir uma ressonância originária do eu que está no terceiro nível, o que poderá fazê-los ter sintomas semelhantes aos da gripe. Podem também sentir ressonâncias do eu que está no nono nível e, nesse caso, começarão a ouvir sons e a ver formas geométricas. Assim, embora o processo do Corpo de Luz tenha um padrão genérico, ele é também um experimento do qual todos vocês participam. Cada pessoa faz isso à sua maneira enquanto expressa a própria divindade. Nós achamos isso muito interessante e exclamamos ‘’Mas que bela trama! Que coisa mais interessante para se fazer!’’

Achamos até que fazer um planeta transitar para a Luz é uma ‘’diversão eletrizante’’. É por isso que estamos empenhados nesse processo. Esperamos que vocês em breve também possam senti-lo dessa maneira. Todos vocês já fizeram isso milhares de vezes e é o que vêm fazendo há um bom tempo. Imaginar como vocês farão isso dessa vez é divertido. A melodia do Corpo de Luz, tocada através de cada um de vocês, é única. E é isso que a torna tão envolvente. Cada vez que se leva um tipo de corpo para a Luz, a experiência é completamente nova. O que acontece cada vez que um planeta passa para a Luz, depende da densidade, da espécie e da consciência coletiva do planeta. Ele nem sempre ascende para a Luz, mesmo que seus habitantes o façam. O que torna o planeta Terra particularmente especial é o fato de que ele próprio está ascendendo para a Luz. É por isso que esse plano está sendo alvo de tanta atenção: para ajudar o planeta nesse processo. Essa foi a promessa feita à consciência planetária quando ela concordou em ser o palco desse jogo kármico.

Exatamente neste momento, está sendo removido do planeta um padrão importante que chamamos de ‘’padrão de hostilidade’’. Em setembro de 1989, o planeta deixou de lado seu padrão de hostilidade com relação à humanidade. Isso significa que ele não sente mais que precisa vingar-se da população.

Isso impediu que muitas catástrofes previstas ocorressem. Mesmo que ocorram catástrofes naturais – terremotos, erupções vulcânicas, enchentes – o número de vítimas será bem menor. Os prejuízos materiais, entretanto, podem ser maciços – para indicar que é preciso se desapegar dos bens materiais.

Há outra coisa com a qual vocês podem trabalhar. Há momentos no processo do Corpo de Luz em que a função do cérebro é alterada e vocês podem sentir dores de cabeça. Vocês poderão amenizá-la colaborando com a expansão das glândulas pineal e pituitária, pois esse é um fato natural que terá de ocorrer.

Em estado de meditação, fechem os olhos e se concentrem no ponto entre as sobrancelhas. Isso pode lhes causar uma leve dor de cabeça, mas passado algum tempo, que não podemos determinar, vocês certamente verão um forte lampejo de luz, justamente quando a glândula pineal passa a exercer sua função. Para colaborar com a expansão da pituitária, voltem a atenção para a região posterior do cérebro até que vejam um lampejo de luz. Isso indica que a pituitária mudou de função. Esses exercícios aliviarão as dores de cabeça e contribuirão para a expansão das glândulas pineal e pituitária.

O que determina o nível da ativação do Corpo de Luz é uma sequência tonal de cores. Todo o processo do Corpo de Luz pode ser expresso em padrões de tons, de cores e de formas geométricas. Vocês podem perceber esses padrões durante a meditação, quando o Espírito atua sobre os corpos energéticos. Quando prestarem atenção aos sons, vocês acharão alguns agradáveis e isso significa que esses sons são para vocês. Os que não forem tão agradáveis são destinados a outras pessoas.

P.: Os paralelos também passam por um processo de ascensão?

R.: O livre-arbítrio, no contexto do jogo kármico, significa que vocês podem optar por fazer algo que não esteja de acordo com a vontade do Espírito. Sempre que isso ocorre, é criada uma realidade paralela que segue a vontade do Espírito. Isso ocorrerá cada vez que vocês fizerem uma escolha que contrarie a vontade do Espírito. À medida que vocês despertam e começam a seguir o Espírito, não são mais criados novos paralelos, e aqueles que foram criados pelas escolhas anteriores de vocês acabarão se fundindo. Vocês estão passando por uma fusão diária de milhares de paralelos neste planeta. Quando todos os paralelos tiverem se fundido, tudo o que restará é a realidade que reflete a vontade do Espírito, desde o início da criação. Portanto, jamais existiu algo como jogo kármico.
Da nossa perspectiva, cada AGORA constitui uma fibra do tecido que forma o todo, aquilo que vocês chamam de ‘’espaço e tempo’’. Nós vemos linhas de força penetrando em cada AGORA através de todos os paralelos. Elas são como ‘’ganchos’’ para a terceira dimensão, que ‘’alçam’’ essa dimensão para uma dimensão superior, através do tempo.

Vocês começarão a perceber a si mesmos através do tempo e também no ponto da linha do que representa o AGORA. Quando a maioria das pessoas estiver no nono nível do Corpo de Luz, este plano em que vocês estão não se encontrará mais no tempo linear. Vocês existirão em simultaneidade e compreenderão a piada com respeito às ‘’vidas passadas’’. Todas as vidas de vocês repercutem-se umas nas outras através do tempo e do espaço. Quando qualquer uma das personalidades de vocês opta pela Luz, ela afeta todas as outras, através de toda a linha do tempo e de todos os paralelos. Isso, por sua vez, afeta todas as pessoas com quem essas personalidades entraram em contacto. Consequentemente , uma única pessoa que escolha seguir o Espírito afeta toda a história do planeta. Existem de sete a oito milhões de Obreiros da Luz neste planeta. Pensem apenas no que todos somos capazes de fazer. Qualquer coisa! Desde que sigamos o Espírito, não há nada que não possamos fazer.

P.: Em que aspectos o processo pelo qual passa o planeta Terra difere do nosso?

R.: O planeta foi ativado para o terceiro nível do Corpo de Luz em 16 de abril de 1989. Passou para o sétimo nível em janeiro de 1993, para o oitavo em 30 de maio de 1994, e para o nono em 15 de outubro de 1994. Como vocês podem ver todo o Plano Divino está se acelerando incrivelmente. A Terra está se livrando de todas as imagens de realidade. Vocês notaram todas as recentes notícias e programas de TV que falam sobre fatos do passado: ‘’Vamos relembrar a II. Guerra Mundial.’’ Essas perspectivas históricas têm a ver com o fato de que o planeta está se livrando das imagens consensuais da realidade. Ele está liberando fardos inteiros de experiências que lhe foram inculcadas durante todo o curso do jogo kármico. Outra sensação constante que vocês terão será a de que algo está prestes a acontecer. Dependendo da visão que vocês têm da vida, ela pode ser imensamente incomoda ou extremamente agradável. ‘’Bem, tudo está mudando.’’ A polarização está cada vez maior. O próprio planeta sente como se estivesse sofrendo os típicos altos e baixos dos maníaco-depressivos. Num momento ele diz: ‘’Nossa, estou me tornando numa estrela!’’ e, no outro: ‘’Oh, não, vamos todos explodir!’’

O planeta está exigindo que as pessoas abandonem por completo o padrão de hostilidade. Por isso, de repente, uma onda de anti-semitismo começou a percorrer a Europa. Essa onda não durará, porque não existe nenhum padrão de hostilidade para sustentá-la. Ela é mais uma expressão do que uma ação.

Vocês perceberão como os acontecimentos internacionais seguem uma tendência diferente, pois são mais formas de expressão do que ações propriamente. Criar uma guerra e mantê-la é ação, mas expressar ódio, não. Uma vez que o ódio é expresso, ele normalmente se dissipa, porque não existe nenhum padrão etérico para sustentá-lo. Todos os padrões de hostilidade estão sendo removidos da estrutura planetária e de todas as pessoas. Todos os padrões de separação entre ‘’nós e eles’’ estão sendo removidos do campo energético das pessoas.

Todos os tipos de idéias novas estão sendo introjetadas na consciência coletiva. Existem Obreiros da Luz em todas as partes. Quantos de vocês assistiram Alien Nation? Esse filme realizou um grande trabalho preparatório. Muitas coisas estão invadindo a consciência coletiva para possibilitar novos modos de pensar, de viver e de se relacionar. Gostamos do slogan da Apple, empresa de computadores: ‘’Seus pais deram-lhe o mundo; dê a seus filhos o universo.’’ Há todo o trabalho realizado por Jornada nas Estrelas: A Nova Geração e Deep Space Nine no sentido de mostrar às pessoas a natureza das realidades múltiplas e a natureza do tempo e do espaço com relação à consciência. Esse trabalho tem sido extremamente importante. No episódio ‘’Primeiro Contato’’, de Jornada nas Estrelas, tratou-se da delicada diplomacia necessária para convidar um planeta a participar da comunidade galáctica. Em ‘’Transfiguração’’, um ser se transforma em Corpo de Luz no leme da nave espacial Enterprise.

Vocês vão perceber que muitos códigos estão aparecendo em músicas. A mensagem de ‘’Rave’’ é extremamente forte. Ela possibilita que as pessoas se encontrem com a finalidade de entrar em contato com a consciência e de aumentar a energia do planeta; a celebração atravessa seus corpos. Ao mesmo tempo, são transmitidas mensagens de ódio em outros tipos de música. A polarização aumenta. O sentimento que neste momento permeia todo o planeta é: ‘’Que diabo está acontecendo?’’ Por isso, pedimos que sejam amáveis, porque a eliminação das velhas imagens torna as coisas assustadoras. Do próprio planeta está vindo à tona um bocado de medo. Pedimos que vocês se firmem acima do planeta, e não nele. O planeta está em mutação
e se vocês se firmarem nele, ele ficará perturbado. Não se pode exigir dele neste momento que se encarregue de estabilizá-los. Ele está sofrendo fortes pressões para estabilizar a si mesmo. De fato, o que vocês podem fazer é ajudá-lo a estabilizar-se, ancorando-se na amplidão do Espírito, para, então, atuar como pólo para essa energia. Isso permite que o planeta se apóie em sua própria amplidão.

P.: O que é ‘’descensão’’?

R.: A descensão ocorre quando um aspecto superior do Espírito passa a residir no corpo de vocês. Normalmente, vocês já canalizaram antes esse aspecto superior, entrando em contato com uma parte maior da amplitude de vocês. Ocorrem descensões durante todo esse processo de mutação. A experiência pode ser tão suave como uma boa revelação, simplesmente como um grande bem-estar que dura dias, ou extremamente perturbadora. Ela pode levá-los a questionar quem vocês são, por que estão aqui e o que estão fazendo.

Algo terrível que pode acontecer durante a descensão é ver a própria entidade voar pela janela. Quanto mais rígidas forem as idéias a respeito de quem vocês são, mais difícil poderá se tornar a descensão. Se as idéias que tiveram a respeito de si mesmos forem mais flexíveis, ela poderá simplesmente ser algo do tipo: ‘’Bem, quem sou hoje?’’ e ‘’A realidade hoje é?....’’ Quanto mais fácil é uma descensão, menos dissonante ela é. Todos vocês já passaram por ela pelo menos uma vez, pois ela é parte natural do processo. Geralmente se passa por uma descensão quando se entra no terceiro, no sexto e no nono nível, e elas variam. Algumas pessoas acham que são walk-ins, mas isso não é verdade. Algumas descensões podem ser tão dramáticas que parecem um walk-in. Isso está acontecendo com muito mais frequência, porque as pessoas estão passando por descensões mais intensas.

P.: Nós contribuímos para a mutação do planeta?

R.: Certamente. Lembrem-se de que o universo recria a si mesmo de acordo com as idéias que vocês fazem da realidade. Se a idéia que fazem é a de que o planeta está sendo poluído e destruído, sabem o que acontece? Terão um planeta poluído e destruído. Se têm a idéia de um planeta maravilhoso que purifica a si mesmo e provê sustento a seus habitantes por meios extraordinários, é esse o planeta que terão. Portanto, pedimos a vocês que enfoquem o lado belo e positivo das coisas. Viver no medo da diminuição da camada de ozônio não vai ajudar em nada. Apenas fará com que o buraco fique ainda maior. O buraco é para estar lá, para deixar que as forças e os raios divinos cheguem mais facilmente à Terra.

Existem muitas coisas que vocês podem fazer para ajudar o planeta – como plantar árvores e remover o lixo – sem sentir medo ou culpa. O medo pode imobilizá-los. Transformem esse sentimento em disposição para ajudar o planeta. Aprendam a ser Jardineiros Divinos. Plantem algumas sementes de Amor, cultivem os novos brotos da Verdade e colham os frutos da Vontade Divina.

P.: Houve algum evento no plano angélico que coincidiu com a plena manifestação da energia da Graça?

R.: Ocorreram muitos eventos. Basicamente, a energia da Graça envolveu o planeta como parte da estrutura da rede planetária, em setembro de 1989. Serão abertas passagens todos os meses daqui para frente e vocês se acostumarão a isso. São passagens que lhes possibilitarão o acesso a diferentes energias e tecnologias, novas informações e novos aspectos do próprio Espírito. A cada um de vocês, e para o próprio planeta, estão sendo estabelecidas todas as ligações com aquela parte de vocês que já está no Corpo de Luz.

Se vocês não resistirem à passagem e deixarem que a energia flua através de vocês, será algo maravilhoso. Se resistirem às mudanças, a energia ficará bloqueada no campo de vocês. Notamos que o ser humano tem uma forte tendência a viver no futuro e parece propenso a considerar as coisas em termos de acontecimentos. Um dos problemas que observamos em alguns grupos que vivem no planeta é a expectativa constante de que alguma passagem vai se abrir. Nós gostaríamos de dizer que o tempo todo passagens estão sendo abertas, e que é muito mais eficaz manter a consciência no AGORA, no momento presente, com o Espírito. Aqueles cuja atenção está voltada para uma possível abertura desta ou daquela passagem em algum momento do futuro, deixam muitas vezes de ver os milagres que ocorrem no momento presente.

P.: De que maneira o processo do Corpo de Luz afeta os animais?

R.: Muitas espécies estão optando por deixar o planeta neste momento, porque a consciência dévica preferiu não manter seu tipo específico de corpo no Corpo de Luz. Ela quer algo diferente. Não há nada errado em gostar das outras espécies e se preocupar com elas, mas lembrem-se de que toda consciência sabe o que está ocorrendo. Na maioria das espécies, o corpo não está sofrendo os sintomas da mudança. Está mudando naturalmente. Elas não precisam integrar seus planos como a espécie humana, porque nunca chegaram a separá-los. A única espécie que tem problemas é o cão doméstico. Os gatos estão bem; sua função é de fato ajudar nesse processo. Eles constituem excelentes canais e o espírito de toda a espécie felina concordou em colaborar com a ascensão dos humanos, de maneira que é muito bom tê-los por perto.

Deixem que eles durmam com vocês, se quiserem. Os cães e os gatos se polarizaram para cooperar com a manutenção dos pólos, respectivamente do velho e do novo mundo. Os cães estão absorvendo uma grande quantidade da energia que está sendo liberada enquanto os gatos estão trazendo energias novas. Parece que os cães estão tendo mais problemas com parasitas, de maneira que precisam de uma atenção maior. Façam a ‘’invocação da Água’’ sobre os recipientes de comida e de água dos animais.

P.: As linhas axiotonais (relativas ao eixo) são uma propriedade natural de um campo energético equilibrado. De que forma essas linhas contribuem com a manifestação?

R.: É o Espírito que as manifesta. Vocês têm uma ligação com as redes superiores. Através dos pontos giratórios, as linhas axiotonais do corpo de vocês se ligam às redes cristalinas que existem através de todas as dimensões. Assim, quando o Espírito deseja manifestar-se instantaneamente, as linhas são ativadas em todas as dimensões ao mesmo tempo.

Nos padrões do oitavo chakra, as linhas têm que se alinhar numa formação idêntica à da grade cristalina. As linhas axiotonais se ligam por meio do oitavo chakra e seguem para as redes dos diferentes sistemas estelares, tanto deste universo como dos universos de outros sistemas de Origem. O Espírito ativa essas linhas para que a sua própria amplitude se manifeste ainda mais através do corpo que, por sua vez, ativa mais linhas, possibilitando que uma dose maior do Espírito se manifeste por meio dele, e assim por diante.

Bem, quando esse sistema de grades é estabelecido, há uma ativação no décimo primeiro chakra, a passagem para a presença EU SOU: quando os padrões estão sintonizados e ligados às redes, tem-se a manifestação de todas as qualidades divinas. Mas para fazer isso, a pessoa terá que passar pela Mente Crística Suprema, do contrário, seu corpo será queimado.

Ao passar pelo oitavo nível do Corpo de Luz, vocês se abrem para os códigos da Luz e começam a decifrá-los. Quando não entenderem algo, simplesmente dêem passagem para o Espírito e deixem que os sons atravessem o corpo de vocês. Isso decodificará o conhecimento oculto nas profundezas do campo de vocês. Portanto, simplesmente deixem que os sons passem. O som está vindo das dimensões superiores e o corpo de vocês está sendo usado como instrumento. Vocês não têm que fazer nada; o Espírito faz todo o trabalho.

P.: O que significa ter um forte assobio nos ouvidos?

R.: Provavelmente é uma entidade de dimensões superiores tentando entrar em contacto com vocês. Fiquem totalmente calmos e digam: ‘’Estou aberto para receber sua mensagem’’, e deixem que ela venha. Vocês poderão ouvir sons, palavras ou melodias. O Conselho de Ein Soph criou o ritual de quebra consciente de votos para acelerar a limpeza inerente à mutação. Esse ritual removerá todos os cristais etéricos. Pratiquem-no com os amigos de vocês.

A QUEBRA CONSCIENTE DE VOTOS

Diga em voz alta:

‘’Neste momento, estou quebrando todos os votos que fiz para viver a ilusão da inconsciência. Como portador da Luz de minha linhagem genética, quebro esses votos em meu nome e em nome de todos os meus ancestrais.

Revogo e anulo esses votos destituindo-os de valor para esta encarnação e para todas as outras através do tempo e do espaço, das realidades paralelas, dos universos paralelos, das realidades alternativas, dos universos alternativos, de todos os sistemas planetários, de todos os sistemas de Origem, de todas as dimensões e do Vácuo.

Peço para ser libertado de todos os cristais, mecanismos, formas de pensamento, emoções, matrizes, disfarces, memórias celulares, idéias acerca da realidade, limitações genéticas, bem como da morte. AGORA!

Segundo a Lei da Graça e pelo Decreto da Vitória! Pelo Decreto da Vitória! Pelo Decreto da Vitória! Conforme a vontade do Espírito, peço para Despertar! Conforme a vontade do Espírito, estou Desperto! 

*,* Mudança de Tempos - 6º CHACRA ETÉRICO AJNA ou FRONTAL

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6º CHACRA ETÉRICO AJNA ou FRONTAL ou chamado de Terceira Visão. Ajna significa “autoridade, comando, poder ilimitado, comando intuitivo”. É o chacra da espiritualidade superior.
Abordei nos artigos anteriores o 1º Chacra, chamado Muladhara ou básico, o 2º, Swadhisthana, 3º Manipura ou Plexo Solar. O 1º Chacra Muladhara, tem a função de auto-perpetuação e o 2º Swadhisthana visa à perpetuação da espécie, o 3º chacra visa reconhecer o indivíduo dentro da sociedade, ser promovido, ser visto e reconhecido, o 4º Chacra, Etérico Anahata ou Cardíaco, este chacra a ponte, a forja alquímica que transforma e converte em compatíveis as energias dos três primeiros chacras (abaixo do coração), elevando-os, e os três de cima, fazendo-os descer, permite amar totalmente e sem incondicionalmente. O 5º Vishuddha ou Laríngeo, relacionado com forças muito mais subtis, a expressão da verdade, através do pensamento, da palavra e da acção e hoje falarei do 6º CHACRA ETÉRICO AJNA ou FRONTAL ou chamado de Terceira Visão. Ajna significa “autoridade, comando, poder ilimitado, comando intuitivo”. É o chacra da espiritualidade superior. Este é o verdadeiro olho da visão e envolve a ideia de dualidade (o que vê e o que é visto). É o olho divino e é através dele que a alma vê o mundo dos homens, e é através dele que a direcção da personalidade acontece. No Egipto este chacra era representado pelo uréus, a Serpente Sagrada que era usada na testa dos Faraós. O príncipe Sidarta Gautama, o Budda, quando despertou este chacra, foi representado por uma enorme serpente, nadja ou ajna, como é o nome deste chacra, emplumada, envolvendo-o. O despertar deste Chacra permite-nos ver os objectos do plano etérico, determinando a faculdade de clarividência. Este Chacra pode funcionar como verdadeiro telescópio e microscópio. Este chacra deve ser activado antes de qualquer outro, uma vez que desperto tem o poder de anular o carma e assim, ajuda a diminuir os perigos que podem surgir quando o carma dos chacras inferiores é activado. Psicologicamente, está relacionado com as diversas formas de conhecimento, com a percepção (intuição) e com a capacidade de realizar (poder da vontade, liderança). Localiza-se no ponto em que os 3 nadis principais se fundem para formar uma única passagem, que continua a subir até ao sahasrara. No corpo físico Ajna relaciona-se directamente com a glândula pineal e com o ponto entre as sobrancelhas, ponto este escolhido para a concentração neste chacra.. A teosofia afirma que a pineal é o órgão de transferência de pensamentos de um cérebro a outro. O centro posterior deste chacra, na base do crânio, é o centro executivo do poder da vontade. A representação deste Chacra tem a forma de raios de luz saindo pela testa. Esse conhecimento pode ser ligado às ciências da natureza, racional, analítico, experimental e sensorial (hemisfério esquerdo do cérebro), ligado às ciências do espírito, intuitivo, sintético, experiencial e sentimental (hemisfério direito do cérebro) ou ligado às ciências holísticas, integrativas, complementares e paranormais (corpo caloso, a região entre os hemisférios). O verdadeiro conhecimento, vindo pela energização do deste Chacra gerará o auto-conhecimento necessário ao perdão de si próprio. A sua abertura e desenvolvimento faculta-nos ouvir directamente a voz do nosso “Eu superior”, o Mestre orientador presente em cada um de nós. Para a filosofia oriental, que considera o pensamento como um objecto de natureza subtil, que pode ser transmitido e recebido, a mente seria mais um elemento da matéria e este Chacra estaria relacionado com o elemento “mente” e seus conceitos. Esses conceitos incluem os conceitos de realidade e de ilusão, a maneira como vemos o mundo.

Quando em desequilíbrio, no físico, surgem sintomas e doenças como p. ex a renite, problemas de ouvido, de olhos, surdez, tontura, enxaqueca. Cansaço e confusão mental. Quando em desarmonia, podem surgir problemas físicos na zona supra-nasal da cabeça, e desordens psicológicas onde surgirão desajustamentos entre o que acreditamos ser verdadeiro e o que observamos na prática. Psicologicamente, perde-se a capacidade de raciocínio lógico e o interesse por qualquer coisa. Perde-se a iniciativa e a capacidade de pôr em prática a criatividade. Falta de concentração, falta de objectivo, instabilidade de vida (constantes perdas de emprego, mudanças frequentes de residência, trocas constantes de parceiros amorosos ou do modo de se vestir), perda de memória, desorganização temporal e espacial. Cefaleias, labirintites, problemas de ouvidos e olhos, surdez, cansaço e confusão mental, fanatismos, psicoses, dificuldades de percepção e até medo de fantasmas ou espíritos também podem surgir. Quando emocionalmente equilibrado desenvolve-se a percepção em relação ao universo, entendimento do próprio caminho, percepção, intuição, fé e devoção, carisma, magnetismo, força, sabedoria, capacidade de concentrar-se e foco no objectivo. Quando em desequilíbrio emocional surge a desconcentração, dogmatismo, ver a vida com limitação, arrogância, medo, perda da fé e sedução, delírios, egoísmo, obsessão, teimosia e apego a crenças impostas pela sociedade. A sua forma geométrica é o Círculo. Os planetas são Mercúrio, Vénus e Urano. A cor é o azul índigo e o violeta. Os Alimentos que estimulam este chacra é, por exemplo, Beringela, beterraba, ameixa preta. As pedras são os Cristais brancos, ametista, sodalita e lápis lazúli. Seu Mantra é o OM. As Fases da vida situam-se entre os 35 e 42 anos. Funções: Austeridade; intuição; vidência; serenidade; pureza. É o chacra sede das Faculdades do Conhecimento: Buddhi: (conhecimento intuicional), Ahankara (eu), Indriyas (sentidos) e Manas (a mente). É representado por um triângulo branco simbolizando a yoni e no meio um lingam (órgão masculino). No centro do chacra está o yantra do som (símbolo) OM, o melhor objecto de meditação. Meditando neste centro o praticante "vê a luz"; como uma chama incandescente. Fulgurante como o Sol matutino claramente brilhante, reluz entre o "céu e a terra". O desafio do sexto chacra é focar a mente num ponto onde a clareza do ponto e a paz ocorrem automaticamente. O sentimento natural que ocorre dentro de nossas mentes é a verdade. Nos tornamos capazes de trazer às nossas mentes o ponto da unidade para além da dualidade, movemo-nos para além da mente racional conflituosa. Experienciamos o conhecimento interno, a intuição, os poderes psíquicos e a clarividência.Nós sabemos de nossa verdade, sintonizamos e confiamos em nosso guia interior e somos capazes de, conscientemente, participar na criação de nossa realidade.

26.5.11

EP # As Forças Naturais na Alquimia

Nosso assunto é Alquimia e forças naturais. É claro que quando nós falamos de alquimia, nós temos um estereótipo de alquimia, de alquimista – ou é o sujeito transformando chumbo em ouro, ou é o indivíduo paramentado, com aquele chapéu de bruxo ou de mago fazendo suas operações num laboratório misterioso, com fórmulas estranhas.

Vamos falar de Alquimia de uma outra forma. Vamos falar de alquimia pelos princípios próprios da alquimia, que são os princípios de manipulação das forças naturais para a obtenção de determinados resultados ou efeitos que estarão sempre manifestos, como é de se esperar, no mundo material.

Está certo que muita gente fala da alquimia simbólica, da alquimia filosófica. Mas o alquimista sempre deixou muito claro que, ainda que os mecanismos de seus procedimentos pudessem ser entendidos de um ponto de vista simbólico, metafísico, filosófico, nada estaria resultando correto se não houvesse transformações de fato na esfera dos fenômenos materiais. Porque a matéria é, por assim dizer, o papel no qual as forças naturais escrevem os resultados das ações que elas executam.

Então, se estamos mobilizando forças naturais com finalidades diferentes daquelas usuais, é claro que essas forças vão desenhar um resultado diferente no universo material.

Nós não vamos passar para vocês a fórmula para transformar chumbo em ouro, pois não é esse o nosso objetivo. Então quem estiver com esse objetivo pode "tirar seu cavalinho da chuva".

É evidente que nós temos que passar por algumas etapas no entendimento desta questão das forças naturais. Primeiro, a eterna pergunta, já que estamos falando de forças: "O que são forças?". Há um conceito científico de forças que de baseia no conceito anterior de energia. Se temos uma força, ela é a manifestação prática de uma energia que está realizando um trabalho, que evidentemente aparece na matéria. Energia e matéria são os dois extremos de uma visão moderna da Ciência sobre a substância que forma o Universo. Num extremo a matéria formal, tal como nós a conhecemos, e no outro extremo a energia pura, na sua forma latente ou potencial.

Quando a matéria manifesta a energia, percebemos essa energia na forma de movimento. Esse movimento representa a presença das forças na matéria. Vejam que nós temos dois elementos relativamente estáticos – energia, num extremo, que é um conceito abstrato, uma potencialidade, uma capacidade de um determinado objeto produzir um determinado trabalho; e num outro extremo, o segundo componente, que é o objeto em si, e que também é estático porque é uma massa passiva, é a matéria geometrizada, espacializada, eventualmente temporalizada, mas que é passiva. Ela está inerte. A matéria está aguardando a ação que a energia tem a latência de produzir.

Mas nós temos os movimentos neste terceiro elemento, que é a força. Isso nos traz à memória a tradicional trilogia Espírito, Vida e Matéria. A gente pode fazer esta aproximação e entender que o espírito estaria associado à idéia da energia, a matéria seria justamente o objeto materializado, e a vida seria a manifestação das forças modificando essa matéria, ou seja, consumindo ou transformando energia em movimento ou alterações na estruturas dos objetos aqui em baixo.

Nós estamos achatando todo um universo ao qual costumeiramente damos uma profundidade espiritual, reduzindo-o à esfera apenas dos fenômenos materiais. Essa energia é material, esse objeto é material e essa força é manifestada na matéria. Falamos, por exemplo de uma porta que se move. Ela tem uma energia, há forças que estão movendo ela, ele tem posições que estão sendo alteradas, etc. Tudo isso é, evidentemente, um fenômeno material.

Falamos de fenômenos materiais mas que, por aproximação nos revelam uma semelhança com a estrutura espiritual que nós imaginamos para o universo. Objeto, força, como representação da vida, e energia como representação da presença espiritual.

Quando imaginamos que as forças atuam sobre os objetos, que elas tiram alguma coisa da energia e jogam sobre o objeto, e eventualmente tiram alguma coisa da estrutura do objeto e transformam em energia, nós estamos imaginando um movimento. A maior parte dos estudantes imaginam esse movimento como sendo meio aleatório, casual, abstrato, do ponto de vista da ordem. Ele é um pouco caótico. Como essa força aparece? De repente a energia virou força... De repente o objeto está se movimentando. Eu largo um torrão de açúcar dentro da água e ele começa a se desmanchar.

Eu estou esquecendo que por trás de cada força existe alguma ordem. É claro que a Ciência, quando estudou essas forças, mesmo do ponto de vista exclusivamente material, percebeu que existe uma ordem e estabeleceu que as forças obedeciam a determinadas leis. A lei é um conceito abstrato que representa essa tendência dos movimentos seguirem uma determinada ordem. Nós observamos o funcionamento da matéria, e vemos, por exemplo, que toda água escorre para baixo. Procuramos identificar aí uma lei, que, por assim dizer, condiciona o movimento da água sempre para baixo. E vamos descobrir uma hora ou outra uma lei que chamamos de lei da gravidade, que puxa sempre os objetos em direção ao centro da Terra.

Nós fazemos um trabalho inverso no caso dos relacionamentos sociais da Humanidade. Nós não observamos o comportamento das pessoas e daí tiramos as leis. Nós criamos leis para orientar o comportamento das pessoas. Qual é a diferença? A diferença é que aqui nós não sabemos como comandar o comportamento da matéria. Então nós procuramos entender as leis que já existem e que comandam a matéria. No caso dos seres humanos nós temos a capacidade de comandar, e então nós criamos leis que comandam os seres humanos.

Qual é a diferença entre as forças sociais e as forças materiais que estão movendo o nosso mundo? Para nós a diferença parece clara. As forças sociais são controláveis e as forças materiais não são. As forças materiais têm uma natureza própria e independente da nossa vontade. Mas as forças sociais podem ser alteradas pela nossa vontade. Essa é a nossa concepção. Uma concepção ocidental, moderna, científica. Quando falamos em fazer política, estamos falando em interferir nas forças sociais. O político pode ser mentiroso, mas faz um discurso bonito e muda as forças sociais, de uma forma construtiva ou destrutiva. Mas e o físico? O Fernando chega em seu laboratório e faz um discurso bonito e a matéria se transforma? O ferro se transforma em ouro, seria ótimo, não? No entanto o discurso do Fernando jamais vai convencer os átomos de ferro a se converter em ouro. Nós temos motivos para entender que essas forças são diferentes. Mas essa é a nossa visão, a visão ocidental.

Se nós queremos estudar Alquimia, vamos ter de mudar essa nossa visão. Vamos ter de entender que a força, qualquer que seja ela, é sempre o resultado da ação de uma vontade. Essa vontade estabelece, de fato, uma ordem. Ela estabelece leis, as leis naturais. A matéria é totalmente obediente às leis naturais. No entanto essas leis naturais não brotam espontaneamente da matéria, pois são produzidas por uma vontade superior, espiritual, que cria as forças.

O alquimista acredita que essa vontade espiritual pode ser alcançada por um ser humano, que dessa maneira poderia interferir nesse procedimento de criação e ordenação das forças materiais. Em razão dessa sua crença foram ridicularizados. Eles foram excluídos da aceitação do mundo, tanto do religioso quanto do científico. Eles ficaram na mesma situação dos primeiros teosofistas que eram execrados tanto pelos cientistas quanto pelos religiosos. Os alquimistas propunham idéias que não eram bem aceitas.

Como lidar com forças naturais, provocar alterações no mundo natural, pode ser uma coisa muito perigosa, ... se nós imaginarmos uma pessoa que em lugar de estar mobilizada por uma vontade espiritual, está mobilizada por uma vontade muito mesquinha, e que decide, pela sua vontade, mudar algumas leis, mudar o funcionamento de certas forças, e, consequentemente prejudicar outras pessoas, nós estamos pensando numa catástrofe social.

Os alquimistas que realmente alcançavam produzir esse fenômeno, essa interferência sobre as forças naturais, ocultavam esse conhecimento – dificultavam o acesso a esse conhecimento criptografando as suas escrituras ou grafando simbolicamente os conceitos de uma forma que tornasse eles inofensivos nas mãos de um não-iniciado. Se nós acreditamos que eles realmente acharam uma chave, um caminho para lidar com essas forças e produzir efeitos sobre os objetos do mundo material (mobilizando energia do mundo para transformar os objetos de acordo com sua vontade) é evidente que tudo que nos chega do trabalho desses alquimistas está tão intrincadamente representado na forma de símbolos ininteligíveis e complicados que nós acreditamos que se eles realmente fizeram isso, fizeram e esconderam muito bem. Aprenderam, ousaram e calaram, definitivamente.

Mas, para acreditar nisso, precisamos aceitar que é possível essa interferência sobre a matéria. Embora a nossa ciência, a ciência dos físicos, dos químicos, não aceite essa possibilidade apresentada pelos alquimistas, outros tipos de ciências, também modernas começaram a perceber que a coisa não é bem assim. Há de fato uma relação plausível entre fenômenos conhecidos, cientificamente estudados, e o simbolismo dos alquimistas. A primeira ciência que começou a perceber isso foi a psicologia. Um dos pais da psicanálise, Carl Gustav Jung, que era discípulo de Freud e se tornou dissidente, desenvolveu uma maneira própria de pensar, e que estudava muito as culturas do oriente, mergulhou no estudo da alquimia e descobriu que a alquimia, através de suas representações simbólicas, demonstrava muito bem o funcionamento do psiquismo humano. Todos os processos mentais que os psicólogos estudam são perfeitamente delineados nessa obra do alquimista. Estão aí representados com muita precisão.

Com isso se criou um novo tipo de estudos desses procedimentos enunciados pelos alquimistas, onde não interessava o que acontecia entre os átomos, o que acontecia na matéria, mas sim no que poderia ser aprendido, a partir desses símbolos, sobre as leis que regem o funcionamento da mente humana. Estamos já falando de outras forças, que não são as forças sociais, nem as forças materiais, mas sim as forças individuais da mente do homem.

Fernando Gramaccini – Eu queria fazer um parêntese bastante rápido da física, para mostrar algumas incoerências que existem. Você vai entrar num outro assunto, e eu acho bastante interessante fazer uma colocação antes.

Quando perguntaram para Isaac Newton da natureza da força, por que os planetas giravam ao redor do Sol, etc. ele falou de uma forma muito folclórica que existiam anjos que regiam as forças da natureza. E ele entrou para o folclore da física, apesar de ele ter feito fórmulas, como por exemplo aquela famosa "Força = massa x aceleração ao quadrado", etc., fórmulas que são vistas e medidas, razão pela qual ele é muito respeitado. Só que eu queria mostrar alguns fatos, rapidamente.

Se você pegar um átomo de hidrogênio, você tem um núcleo positivo com um elétron negativo rodando ao redor do núcleo. A proporção dos tamanhos seria a mesma coisa que, no Maracanã, se você tivesse no centro do estádio de futebol uma bola de futebol, e na parte mais extensa do estádio, aquela parede que separa o Maracanã da rua, você teria uma bolinha de gude. Quer dizer que o átomo é completamente vazio. Se a gente pegar todos os átomos presentes no edifício Empire State Building e retirar os espaços entre a matéria ele se reduz a uma cabeça de alfinete. A matéria é vazia, e o que mantém essa solidez é a energia que interage entre as partículas.

Isso é o hidrogênio. Só que quando eu vou para o Urânio, eu tenho, no mesmo núcleo, 93 prótons juntos e aí o que mostra a própria ciência é que cargas iguais de mesmo sinal se repelem. Se eu puser um próton aqui e um outro próximo a ele, eles não ficam juntos. Um vai para cá e o outro vai para lá. Como se explica, então, 93 prótons juntos dentro de um átomo de Urânio? Então o que se fala é que na hora que eles são formados no interior da estrela, na hora em que as estrelas estão explodindo nas supernovas, a matéria está tão condensada que ela libera a energia, a própria matéria, e uma força, chamada nuclear, mantém os 93 prótons juntos, mais 93 nêutrons, de carga nula. Aí entra a física nuclear ao interferir nesses átomos aqui, dissociando essas matérias que têm a mesma carga, e ao dissociar elas liberam uma energia que as manteve juntas, como uma mola que eu fico segurando. Quando eu faço uma reação de fissão nuclear, eu libero essa mola.

O que acontecia com os alquimistas – foi por isso que eu quis fazer esse parêntese agora – quando eles usavam a vontade, ... (na realidade essas explicações são colocadas como se fossem dogmas. A física não explica muita coisa. Ela é uma ciência de efeitos, e não de causas. Você vai entrar na causa, a física não explica muita coisa.) ... então quando eles usavam a vontade para interferir na transformação da matéria, eles estavam, por processos completamente desconhecidos, liberando essas forças da natureza. Eles poderiam liberar essas forças da natureza, transmutar para si mesmo, amplificar seu poder do pensamento, conseguir forças fantásticas. Se, e somente se fossem pessoas de uma ética incomum.

Eu só queria mostrar isso. Você já está entrando numa parte da psicologia, que é muito interessante, mas a física não explica muita coisa não. Ela dá explicações plausíveis, possíveis e aceitáveis, mas são explicações que estão aí por falta de outra melhor. Esse é o problema. Quando a gente entra nesse campo é diferente. Mexer com a natureza da matéria é libertar energias monstruosas. Basta ver uma bomba de hidrogênio. Esse é um problema do qual o pessoal da física e da química fala muito, mas não prova nada. Fica como postulado.

Carlos Eduardo – O Fernando falou sobre Isaac Newton explicando que os anjos estão por trás dos movimentos da matéria. E ele não estava sozinho. Outros pesquisadores seguiam por essa mesma linha.

Um dos pontos essenciais da ciência da alquimia era justamente a crença que o alquimista tinha, sua firme convicção de que por trás de cada fenômeno material existia um tipo de inteligência que nós vamos chamar aqui de "inteligência material" que estava regendo esses fenômenos.

Esse princípio da inteligência material foi estudado, no século passado, pelo presidente da Seção Química da Real Academia de Ciências de Londres, Sir William Crookes. Crookes estudou as reações químicas e o comportamento dos átomos em várias situações, e chegou a uma conclusão. Os átomos se comportavam diferente em situações diferentes. E se eles eram todos iguais, eles deveriam ter um comportamento igual em todas as situações. Mas eles tinham comportamentos diferenciados sob certas circunstâncias, como se, em uma reação química em que um dos reagentes estivesse em excesso em relação ao outro (ou seja alguns átomos vão reagir e outros não vão), parecia como se alguém estivesse escolhendo qual vai e qual fica. Haveria um tempo maior de reação porque alguém, ou alguma inteligência – essa foi a conclusão dele – estava selecionando qual quais os átomos que iriam e quais os que não iriam participar da reação. Se houvesse um processo de seleção isso implicava em haver diferenças entre os átomos de um mesmo tipo, o que era impensável para a ciência da época. Mas por trás dessa questão, existia um outro conceito mais importante, que era o que interessava a William Crookes, que era o conceito da inteligência material.

Ele avançou nesse conceito quando foi estudar, por exemplo, as materializações espíritas. Ele achava que era uma manifestação da inteligência material que produzia aquilo. Mesmo se eu não acredito no espírito, eu posso acreditar que a matéria pode ter um comportamento curioso, imitando o comportamento humano, mas sem ser propriamente um ser humano. Ele foi a fundo nessa pesquisa, o que acabou resultando na sua expulsão da Academia e do meio científico. Ele se tornou um maldito.

Vários desses malditos constituem a história da pesquisa da ciência. Até hoje alguns malditos são expulsos, vez por outra, das academias, mas isso não impede que a inquietação provocada por esses questionamentos persista entre as pessoas.

Se estamos falando de inteligência material, nós estamos falando de uma espécie de alma, no conceito antigo, que está por trás da matéria. Os antigos falavam em "alma do mundo" (anima mundi), um conceito que Pierre Teillard de Chardin, tentando adaptar à filosofia cristã, chama de "meio divino" – o corpo do Cristo, a biosfera, envolvendo conceitos da ecologia.

Atendo-nos apenas à idéia de que existe inteligência por trás dos movimentos da matéria, ou seja, das forças materiais, precisamos tentar entender o mecanismo dessa inteligência. A força material é representada pelos alquimistas por uma figura simbólica chamada mercúrio.

Vou apresentar algumas figuras para ilustrar o assunto. São ilustrações de um período que vai do século XVI ao século XVIII, encontradas em textos de alquimistas.

 

Isto aqui é a fonte mercurial. Uma espécie de fonte em que está jorrando o mercúrio filosófico do alquimista. O mercúrio representava justamente as forças materiais. Era a representação da vida na matéria. Tanto que alguns até hoje chamam o metal mercúrio de "prata viva", porque ele é líquido à temperatura ambiente e tem um comportamento curioso. O mercúrio está associado à idéia de líquido. [e à palavra e à sabedoria, fluindo como um rio] e as representações do mercúrio sempre traziam duas figurinhas que o estavam sempre acompanhando. Vocês vêm aqui o Sol e a Lua, a consciência e a inconsciência, do ponto de vista da psicanálise. O Sol e a Lua, representando o ouro e a prata, e as naturezas opostas do dois equilibradas pela figura do mercúrio filosófico.

O Sol e a Lua estão representando, na verdade duas fontes de inteligência (nós estamos chamando de inteligência a origem das forças) que estão associadas a uma série de fenômenos naturais claramente identificáveis.

A Lua está associada a forças ligadas à noite, pois é o astro que brilha à noite, enquanto o Sol é o astro que está associado à luz do dia. A Lua também normalmente se associa a forças destrutivas, enquanto que o Sol está associado ao surgimento da vida, à construção da vida, logo às forças construtivas. A Lua está associada aos fenômenos líquidos, às águas. A maré é um exemplo claro disso, pois sobe buscando a Lua. Já o Sol está associado aos fenômenos ligados ao fogo celeste, o brilho, o calor. Quando a Lua não se associa à água, ela acaba sendo relacionada à terra. A terra mãe, terra nutriz, a terra como origem da vida material. Enquanto que o Sol, além do fogo, é normalmente associado ao ar.

Nós fomos utilizar os quatro elementos básicos que eram elencados no passado associados às atividades dos alquimistas. Então percebemos que eles têm, por assim dizer, dois domínios diferentes bem marcados. Podemos elencar uma série de outros elementos simbólicos relacionados a um ou ao outro. Mas são elementos que indicam forças que se alternam na natureza para produzir o fenômeno da vida que é representado por mercúrio.

A figura do mercúrio é uma figura híbrida.

Ela sempre tem, associadas a ela, duas forças opostas. O mercúrio às vezes é mostrado como um indivíduo hermafrodita, ou às vezes como um indivíduo que é metade preto e metade branco, ou então como uma figura com duas cabeças. Em outros momentos – nesta figura, por exemplo – ele segura dois caduceus e de cada lado ele tem um indivíduo segurando um bastão (símbolo de força) e em cada bastão desses há um animal: neste indivíduo é a cobra – que é o Sol, aqui junto dele; e no caso deste outro indivíduo é o pássaro – que é a Lua, também junto dele. Essa figura do mercúrio mostra para nós que ele tem uma natureza dual. É diferente do Sol e da Lua, que são claramente diferenciados.

O mercúrio representa, através desse símbolo, a integração do Sol e da Lua. A integração dessas duas naturezas ou fontes de forças naturais de uma forma equilibrada, que se traduz em vida.

Essas duas forças, sem a presença equilibradora do mercúrio, se manifestam sempre de uma forma excludente. Existe uma figura aqui, chamada de "O Lobo e o Rei" .

É uma figura separada em duas partes. Na parte de baixo, o lobo matou o rei e está devorando seu corpo. Na parte de cima, o rei matou o lobo e está queimando ele numa fogueira. O lobo está associado à Lua, ele uiva para a Lua, ele é a natureza lunar. O rei é o Sol, o astro soberano, que está associado ao fogo, à morte pelo fogo. Enquanto que o lobo se relaciona ao sangue, à morte molhada, ensangüentada, do corpo que ele está devorando. Quando os dois estão isolados, são excludentes. Para um estar vivo, o outro precisa estar morto. Para um estar presente, o outro tem de estar ausente.

O mercúrio também se associa a uma figura bem conhecida dos teosofistas, o "ouroboros".

Ele é o ciclo ou a figura circular, geralmente uma serpente ou dragão mordendo a própria cauda. Vocês vêm que aqui nós apresentamos duas figuras alternativas. A de baixo mostra dois dragões, um mordendo a cauda do outro, formando esse círculo. É igual o que os coreanos usam muito, aquela figura do Tao, da filosofia chinesa, em que duas forças opostas, Yin e Yang, são representadas na forma de forças circulares. Esta aqui nós conhecemos bem porque está no símbolo da Sociedade Teosófica, aquela serpente que morde a própria cauda. Isto é um símbolo da atividade do mercúrio. É a integração das forças formando um círculo da eternidade, o ciclo da vida, da criação, da produção. É a destruição de um lado e a criação do outro; a morte de um e o alimento para o outro. E mostra que isso tudo é um fenômeno que atinge uma única e mesma natureza integrada, global e genérica.

Essa integração provocada pelo mercúrio os indianos representavam na forma das figuras geométricas centradas em um ponto. Os Yantras ou os mandalas, que eram várias alternativas que existiam para isso.

Este aqui é o Yantra de Shri, uma deusa mãe. Essas figuras representavam de uma forma menos ilustrativa, e mais geométrica, esse princípio do centro, do equilíbrio, de forças ou figuras opostas. No caso ali são triângulos opostos, um para cima e outro para baixo, mas integrados de tal maneira que se perde a noção clara de qual está para cima e qual está para baixo, porque se entremesclam de tal maneira que fica difícil saber para que lado eles estão apontando.

A integração que se mostra nessas figuras é tipicamente mercurial, do ponto de vista filosófico.

Isso tudo para nós pode parecer uma bobagem simbólica. Pode parecer que é pura teoria, mas a nossa vida esta toda baseada nesses princípios que estamos elencando aqui. Nós vamos falar, por causa do limite de tempo da palestra, de uma forma abreviada e resumida sobre essa questão. Mas vamos perceber que quando o alquimista fala das forças naturais que está movimentando, ele fala de forças do universo material ao nosso redor, mas que também estão dentro de nós. E como em todo processo iniciático, elas precisam ser controladas ou orientadas dentro de um determinado "vaso" ou recipiente, que pode ser tanto um vaso material (um vaso de vidro), quanto pode ser o nosso linga sharira (nossa aura ou corpo de forças) representando a garrafinha dentro da qual nós estamos sendo cozidos por esse fogo do alquimista. Nós somos a matéria primordial, como um punhado de terra pode ser a matéria primordial para outro indivíduo.

Quando o alquimista está falando do Sol e da Lua, nós podemos assimilar essa figura a duas fontes de inteligência que existem também dentro da nossa vida, orientando também o nosso comportamento. Associados ao Sol temos determinados aspectos de nossa mente, começando pela consciência. É a luz da razão, constituindo a nossa vida mental, a nossa vida intelectual.

A Lua estará associada aos sonhos, à inspiração do poeta, coisas que não são parte do que chamaríamos de nossa vida intelectual. Algumas pessoas gostam de associar a Lua à nossa vida emocional. Mas nós vamos seguir um outro padrão para entender isto melhor e vamos associar logo a Lua ao nosso corpo. É no corpo que a Lua aparece mais claramente. Quem não sabe o quanto a Lua interfere nos fluxos dos líquidos do nosso corpo. Toda mulher sabe disso porque passa pelo ciclo da menstruação. Todo homem sabe disso, especialmente quando o cabelo começa a cair e vemos buscar as tabelinhas lunares para cortar o cabelo na lua certa. Todo mundo, de um jeito ou de outro percebe uma interferência da Lua diretamente nos fenômenos ligados ao funcionamento do seu próprio corpo, ao funcionamento de suas glândulas, do seu aparelho circulatório, a própria circulação. Tudo em nosso organismo parece estar misteriosamente ligado às atividades da Lua.

Os antigos também associavam o corpo à natureza da Lua. Mas se eu estou associando o corpo à Lua, as emoções não estão ligadas ao corpo? Vamos dar um voto de crédito aos antigos e vamos imaginar que as emoções também estejam associadas ao Sol. Os indianos dizem o seguinte: as emoções aparentemente mexem com nosso corpo (ragas), mexem com nossos desejos e com nossa natureza corporal, mas sempre passando por uma percepção consciente de alguma coisa que acontece ao nosso redor. As emoções brotam a partir de estímulos da nossa consciência. Ela pode ser modificada por fatores inconscientes, como a própria atividade intelectual também pode, mas a sua origem está naqueles elementos que brotam a partir da nossa experiência consciente.

A cor das emoções é o vermelho. Claro, quando eu fico emocionado, às vezes eu fico ruborizado. Mas o vermelho é uma cor naturalmente relacionada ao calor e à natureza solar. O intelecto se diz que é amarelo. Alguns clarividentes dizem que o intelectual tem a aura amarelada. Então vamos imaginar que as emoções, assim como nossa vida intelectual, estão ligadas à nossa vida consciente. Pois a emoção, como a própria palavra diz, é originada por fatos externos à nossa vida e aos limites do nosso corpo. Ela não tem origem interna. Não tem origem diretamente ligada a nós. Está associada a um fato externo que nos mobiliza internamente.

Para dizer isso de uma outra forma, tanto as idéias que constituem a nossa intelectualidade quanto as nossas emoções estão associadas a objetos externos, ou fatores externos – daí a necessidade dos processos da consciência para que sejam integrados à nossa vida interna e à nossa identidade pessoal. O Sol nasce para todos, ilumina a todos, revela a natureza de todos para todos. Tudo isso tem um caráter bastante coletivo. A consciência é coletiva. Embora se costume dizer que apenas o inconsciente é coletivo, na verdade percebemos que a consciência é coletiva.

Por outro lado, tudo o que diz respeito ao corpo traduz aspectos da nossa identidade pessoal.

Se nós entendermos bem essa chave de separação das naturezas vamos entender o mecanismo dessas forças utilizadas pelo alquimista.

O corpo revela a nossa identidade. Vejam bem, o fato de eu ter nascido no Brasil, de eu torcer para um determinado time de futebol, de eu participar de um partido político, ter uma formação numa faculdade, isso tudo não me torna um indivíduo diferente dos demais. Isso me torna igual aos outros. Se eu nasci no Brasil, como tantos outros, eu sou brasileiro como eles. Se eu torço para um time de futebol, como tantos outros, eu sou um torcedor igual a eles. Eu crio uma identidade baseada no quanto eu sou igual aos outros. Onde é que eu me distingo das demais pessoas por características próprias, que ninguém mais possua? É no meu corpo. Se alguém me pedir uma identificação eu posso naturalmente responder que eu sou o brasileiro ou o corinthiano – o que é válido se não houver outro brasileiro ou corinthiano nas proximidades – mas eu posso ter como resposta: "muito bem, mas eu também sou. Logo somos a mesma pessoa, certo?". É claro que não. O que eu posso oferecer como identificação positiva de mim mesmo? Uma impressão digital, por exemplo. Uma foto da minha íris, ou um exame de DNA. Tudo são características do meu corpo, partes de meu corpo que me dão uma identidade única em todo o universo. Não existem dois indivíduos com a mesma impressão digital. Não existem duas pessoas com as mesmas características corporais. Cada corpo é diferente e essa diferenciação é produzida pelas forças lunares. A Lua simbólica nos lembra essas forças que criam cada corpo diferente dos demais, cada floco de neve diferente de todos que já existiram ou que existirão, cada átomo diferente de cada um dos outros, conforme a intuição de William Crookes revelava.

(...) fim da primeira parte da fita

[Lacuna de cerca de 20 minutos?]

Resumo do assunto tratado na lacuna:

Nossa natureza corporal e nossa natureza mental são duas metades que, quando desprovidas da presença integradora do mercúrio filosófico, são totalmente incompatíveis entre si. O corpo caminha numa direção e a mente caminha em outra.

Nossa identidade consciente e nossa identidade corporal se separam, dando-nos uma expressão falsa e artificial.

A busca da integração das naturezas opostas é a essência do trabalho do alquimista. No entanto essa busca não acontece apenas dentro da oposição entre o solar e o lunar em nossa estrutura. Dentro da própria natureza da mente existe uma dualidade, corporificada aqui pela luta entre a emoção e a razão, e que precisa ser controlada e colocada em equilíbrio pelo alquimista para que se realize a sua obra. Não se confunde com a luta entre o Sol e a Lua (o rei e o lobo que vimos há pouco), pois se trata de dois elementos que compartilham a mesma natureza solar da nossa metade consciente. Os alquimistas representaram essa luta pela imagem de dois leões, um verde e outro vermelho, em combate feroz. O controle dessa luta eqüivale ao controle do fogo que aquece a terra primordial e que se traduz pela realização das transformações pelas quais ela passa até manifestar os sinais de que está completa.

A luta entre a natureza solar e a lunar é representada pela luta entre o leão (solar) e o unicórnio (lunar).

A finalidade desse confronto de naturezas dentro do eixo razão-emoção é induzir a construção de um canal interno ligando o corpo ao espírito individual.

[Fim da lacuna]

(...) início da segunda parte da fita

(Fernando Gramaccini falando)


.., e a mesma coisa fala o Bhagavad Gita, que é o seguinte: "o objetivo da terapia é saber viver, saber passar pelas coisas tristes e pelas coisas alegres sem perder o seu equilíbrio interno". Krishna fala a Arjuna no Bhagavad Gita o seguinte: "o verdadeiro Yogue é aquele que não se alegra demais com as coisas boas, nem se entristece demais com as coisas ruins". Não come demais nem de menos, não dorme demais nem de menos, que é o caminho do meio, de Buddha.

Esse caminho do meio, - que não é só na palavra, porque eu venho falando do caminho do meio há vinte anos, só que as minhas ações não seguem o caminho do meio (vira e mexe, e eu escorrego na ponte e caio para o lado esquerdo ou direito) -, então o que é isso? É justamente um processo interno que não foi concluído. As terapizações não precisam vir só em consultórios de psicanálise. Isto é só um dos caminhos. A pessoa pode terapizar de várias maneiras, pela oração, pela meditação. Mas essas forças internas precisam ser equilibradas para que esse interno, esse "self", que é uma expressão da nossa essência muito maior possa dirigir a nossa vida psicológica e a gente possa falar e agir da mesma forma.

A alquimia existe de várias formas, e eu quis trazer essa parte do Jung – você chegou a comentar alguma coisa dele. Teosoficamente falando isso são as iniciações até chegar ao mestrado, quando a pessoa tem uma expansão de consciência plena. Ou ao samadhi, quando a pessoa tem uma expansão de consciência universal. O Gopi Krishna descreve o que acontece quando kundalini estourou na cabeça dele, ou seja, quando kundalini subiu pela espinha e chegou ao cérebro. Ele disse que numa fração de segundo a mente dele abarcou todo o universo, apagou todo o processo do tempo e ele se sentiu integrado com todo o universo. Ele disse que se sentiu como se fosse todo o universo ou como se fosse um grão de areia.

E isso são palavras para explicar esse processo de expansão da consciência total. Quando, uma vez feito esse processo da individuação e esse processo da alquimia libera-se essa energia que, da mesma forma, quando libera no átomo é uma explosão atômica porque ela é nesse caso destrutiva, desencadeada sem um caráter organizado. Mas esse processo do samadhi é um processo, em níveis metafísicos, como uma explosão atômica construtiva. A mente consegue quebrar os seus próprios limites para experimentar diretamente aquela essência última de cada um.

Acho muito interessante essa abordagem, que eu nunca tinha visto. Eu não conhecia a alquimia desse jeito. Mas a inteligência intelectual e a inteligência emocional por um lado, e do outro lado a inteligência espiritual e corporal indicam uma coisa de que hoje em dia se fala cada vez mais. Se você não trouxer a terapia para o corpo, você fica só no discurso.

Carlos Eduardo – Para dar uma amarração final, como o Fernando trouxe uma visão complementar bem ilustrativa dessa visão ocidental, talvez caiba uma informação que tenha faltado dizer.

Como nós pautamos nossa cultura muito pelo aspecto intelectual, as nossas religiões também ganharam essa mesma visão intelectual. E o nosso ser supremo é quase sempre representado por uma figura masculina. O alquimista representa essa inteligência espiritual, que vai estar em última análise associada à divindade, por uma figura feminina.

Quando nós examinamos a maneira como essa questão é aceita pela população, o povo em geral tomado coletivamente (como se diz "vox populi, vox dei"), percebemos que para o povo não existe Deus, mas sim a Deusa-mãe. Existe Nossa Senhora, Ísis, Shri ou Lakshmi, que são deusas que representam o espírito supremo. O povo não reza para Deus, reza para Nossa Senhora, para a mãe de Deus, que é mais do que Deus. Ela vem antes, e está justamente representando as forças deste lado (lunar), as forças corporais e espirituais se integrando na figura da deusa. E muitas delas são representadas escuras, tenebrosas, associadas à noite (o imaginário católico coloca o crescente lunar aos pés da Virgem Santíssima) e à luz que brilha na escuridão. São deusas encontradas nas águas pelos marinheiros e pescadores (as Aparecidas), ou deusas encontradas em criptas junto aos poços ou fontes subterrâneos (as Virgens Negras). Essas são as imagens das forças que a população normalmente associa à divindade.

Mas nós, intelectuais, preferimos colocar barbas na Virgem Maria e chamá-la de Deus. Essa figura masculina é própria da visão solar, da visão intelectual da divindade. Entre uma e outra aparece a imagem do mercúrio filosófico que os católicos converteram em suas hierarquias de anjos.

Vamos agora abrir espaço para perguntas.

Carlo Corabi – eu teria duas colocações. Uma é sobre o mercúrio. Como símbolo eu acho interessante a simbologia dele por causa dessa ambivalência, dessa ambigüidade. Primeiro por ser um metal líqüido, porque quando se fala em metal logo vem a idéia de uma coisa sólida. Outra por causa de sua densidade. Quem já teve chance de manipular, ver um frasco com mercúrio, vê que se quebra um pouco essa noção que a gente tem de peso, pois um copinho de café de mercúrio deve pesar...

Fernando Gramaccini - ...treze vezes o peso da água.

Carlo Corabi - ... isso. Um outro aspecto é o da coalescência. A gente pega uma gota de mercúrio, estoura, e existe uma desorganização. E depois, se juntarmos as gotas há o processo inverso, da fissão. Volta a formar uma unidade. Também pode ser usado na idéia da centelha divina, com um fragmento que sai e retorna mantendo aquela unidade. Um outro ponto que eu acho interessante é a questão do alquimista, que geralmente vem à idéia como se ele fosse um agente passivo, e fica bem claro que ele é ativo, ele participa da reação química, senão não ocorre. Então não adianta copiar fórmulas e procurar estudar e repetir porque existe a participação integral.

Um terceiro ponto é que quando se fala em leis imutáveis – isso é um conceito que eu venho estudando um pouco – isso é válido dentro de um sistema. Essas leis podem ser imutáveis, eternas, mas com certas ressalvas. Dentro de um sistema, como é fruto de uma resultante de forças, ela vai ter um comportamento. Mesmo tentando repetir fórmulas em épocas diferentes, em situações climáticas e em situações espirituais diferentes vai haver uma resposta diferente. Isso é o que falta um pouco na visão atual. E eu achei interessante naquela palestra do [Rupelt] Sheldrake (no teatro da PUC São Paulo), que está nesse caminho, quando ele questiona essa idéia da imutabilidade dessas leis. É só isso.

Carlos Eduardo G. Barbosa – Em relação à sua segunda colocação, a maior parte dos tratados de alquimia estão desse lado aqui (solar). Eles servem para a consciência do estudante. Mas é como eles dizem: isso é só a forma externa. Você precisa descobrir o espírito interno por trás desses símbolos, por trás dessas palavras, dessas fórmulas. Tem que viver a alquimia de fato. Quanto à imutabilidade das leis, isso já está caindo por terra. Hoje se tem uma visão mais orgânica, mais viva do universo do que se tinha há dez anos atrás. Isso tem mudado rapidamente. O que nós percebemos é que a visão do alquimista ressurge de uma outra forma. Ninguém vai dizer que é a visão do alquimista, mas inevitavelmente vamos chegar lá.

Ricardo Maffia – (...) com relação àquilo que você abordou também com relação à parte do discipulado. Da parte da iniciação das iniciações. O verdadeiro processo alquímico acontece com o indivíduo que está se voltando a esses assuntos. E o aspecto mais importante, o da cura que se dá em cima de toda uma sintomatologia, porque nesse processo todo o indivíduo acaba desenvolvendo neuroses, fobias, depressões, porque – como disse o nosso amigo lá - existe uma reação química, mas química mesmo também da própria pessoa. Seus aspectos negativos vêm para cima, vêm à tona os seus aspectos positivos também. Como a própria madame Blavatsky falava, não provoque os poderosos em função do aspecto cármico do desenvolvimento espiritual. E nesse processo que dá até uma espécie de despersonalização, nesse sentido, a cura vem por ação do desapego, o que na nossa palavra também um sinônimo de desapego poderia ser a caridade. Realmente é a pessoa pensar no próximo, porque é muito bonito, enfim, os esotéricos sentam, comentam e falam sobre a caridade, sobre o altruísmo, sobre a fraternidade, sobre o amor, mas na hora em que realmente começa o processo, é aí que eles realmente são cobrados a se posicionarem dessa forma. É nessa hora que começa o processo de individuação, o nascimento do "Self". É isso o que eu queria dizer.

E obrigado por você ter organizado essa palestra.

Carlos Eduardo – Aproveito o gancho do teu comentário, muito feliz a lembrança, sobre esse aspecto da cura provocada pelo processo alquímico, que fez que os próprios alquimistas chamassem a sua arte de "medicina espiritual". A alquimia é chamada pelos próprios alquimistas de Medicina. E a transformação que se opera é realmente muito grande, muito intensa. O indivíduo se volta para o próximo, para fora de si mesmo.

Isso é um fato notável, que os próprios alquimistas sempre procuraram demostrar. A cura é tão intensa que quando o alquimista atinge a perfeição na obra, quando a estrela nasce na terra cultivada, o líquido que circula e brota a partir daí, o sangue da terra (que é vermelho como um rubi), iluminado pela presença da inteligência espiritual, lhe dá imunidade ao próprio envelhecimento. É o lendário Elixir da Vida Eterna (ou da longa vida), e que é justamente a panacéia, o remédio para todos os males. Embora não fosse o objetivo da obra, era o indício de que os objetivos haviam sido atingidos.

Da mesma maneira, o processo iniciático, no ponto da iniciação final o adepto passa a desfrutar do direito de morrer na hora em que quiser, e somente se quiser morrer. Há talvez um pouco de fantasia nisso, mas também um pouco de realidade. Na verdade o iniciado teria uma vida com uma duração muito extensa, baseada nesse princípio de que não há mais o desgaste desses combates entre as naturezas que ficam perturbando a vida dele.

Fernando Gramaccini – Ficou uma coisa do que o Ricardo falou, que é uma coisa que eu tenho trabalhado muito ultimamente. Nós passamos séculos e séculos falando no "o que fazer". É o lado direito (solar) ali. Então as religiões trouxeram por anos, séculos, milênios seguidos o que você tem que fazer. Mas como você faz?

"Não sei, não quero saber, e você que se vire. Você que vá expiar no fogo do inferno...". Ou você acerta, não sei como, ou você vai para o inferno.

O que é o "como fazer"? É o chamado "pulo do gato". Você disse e outros espiritualistas falam. Mas para o seu dia-a-dia o Krishnamurti propôs uma forma do "como fazer", que é a auto-observação. Ele não propôs, ele enfatizou neste século, mas isso é antiqüíssimo no oriente. A auto-observação, uma corajosa observação das nossas emoções e dos nossos desejos.

Eu não sou caridoso por que? Eu não preciso dar tudo o que é meu para salvar o mundo. Isso não é a melhor obra. Mas o pouco que eu tenho, e do pouco que eu der para a pessoa certa, eu estou fazendo muito pelo mundo. Tem uma metáfora que diz que um menino andava de manhã na praia pegando as estrelas do mar que tinham sido jogadas pelas ondas na areia e jogava de volta para o mar. Então passou um homem e perguntou: "Por que você está fazendo isso? Olhe a infinidade de estrelas que estão fora do mar". E o menino respondeu: "Pelo menos esta eu salvei". E o homem pôs-se junto com o menino a jogar as estrelas de volta para o mar.

Eu não preciso ser um Rockefeller para ajudar os outros. Eu não preciso ser um Jesus Cristo para ajudar os outros. Mas se dentro da minha medida eu fizer alguma coisa, aí as coisas já começam no "como fazer". Tem uma frase alquímica que diz que o universo conspira a nosso favor. Aquela sincronicidade do Jung é um reflexo cabal da lei dos alquimistas. O universo conspira a nosso favor. É dando que se recebe. Quando eu lanço uma estrela no mar, alguma coisa volta, porque é lei.

É muito importante isso. Hoje a ciência do comportamento moderna, nos últimos dez anos, através de tomografias computadorizadas, através de inteligência emocional, através da programação neurolingüística, através de várias linhas, está nos dando o "como fazer". E aí são processos de transformação, de integração da pessoa consigo e com a sociedade. É por isso que a religião, durante tantos anos, foi tão forte e tantas guerras houveram. Porque todo mundo sabia o "que", mas o "como"...

Pergunta – Ao nível da alquimia, a parte sutil da alquimia, que aliás os alquimistas se pudermos observar os livros, os tratados, eles colocam as leis que você aplicou e as leis que vocês também aplicaram, sem essa lei, sem esse equilíbrio esse lado sutil... porque alquimista além de trabalhar do lado físico, se ele não trabalhar do lado sutil ele não consegue nada. E como ele mesmo colocou há pouco, se da primeira vez ele consegue, que atuou por lá com as transformações e com as outras leis, às vezes ele conseguiu ali, agora. Mas da outra vez que ele for tentar fazer com os mesmos materiais, com as mesmas oportunidades, acaba não conseguindo. A nível físico, porque Paracelso e outros alquimistas dizem que a alquimia, não sei se ... de acordo com a época, ... eles falam de três reinos: o reino mineral, o reino vegetal e o reino hominal. Aí fala do enxofre, do mercúrio, e fala do Sol. Eles estão aplicados nesses três reinos de várias formas. Então para resumir, no nosso reino, o que está sendo aplicado aí, nós como homens, e mulheres também, nos alimentamos com o forno oculto. Dê o alimento, dê ele sólido. O peso, a matéria que entra, a matéria que sai, mas a parte sutil, que é o ouro filosófico, o espírito, o espírito católico, o espírito daquela parte das proteínas, das vitaminas, é o que fica. É quem faz o ouro ou o sangue, que é um dos nossos ouros (...). E para tudo isso também ainda vemos uma outra parte espiritual que seria o equilíbrio com as energias sutis que nós desconhecemos em nosso corpo, como os chakras, alguns chakras. E também temos ida, pingala, e sushumna, a atração masculino-feminina, homem e mulher, as leis cármicas, tudo conspira não é? E se a gente tem o equilíbrio - não a gente separar o espírito nem o corpo, mas juntar, fazer com que o fator espírito-corpo se equilibre, fazer que as águas caiam do céu e esse fogo, essas energias façam com que as águas retornem para o céu (...) nos transformando. A verdadeira alquimia, dizem, consiste não em transformar o chumbo em ouro nem o estanho em prata. Mas sim transformar o homem com espírito de barro no homem como sendo o grande alquimista, com o espírito de ouro.

por Carlos Eduardo G. Barbosa


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