OS CIENTISTAS DA NOVA ERA
-Dr Stuart Hameroff e Sir Roger
Penrose –
Teoria Orch Or ou Redução Objetiva Orquestrada-
Stuart Hameroff (diretor do Centro de Estudos da
Consciência na Universidade do Arizona, EUA) e Sir Roger Penrose (físico
matemático da Universidade de Oxford, Inglaterra) criaram a teoria
quântica da consciência, segundo a qual a alma estaria contida em
pequenas estruturas (microtúbulos) no interior das células cerebrais.Eles
argumentam que nossa “consciência” não seria fruto da simples interação
entre neurônios, mas sim resultado de efeitos quânticos gravitacionais
sobre esses microtúbulos – teoria da “redução objetiva orquestrada”.
Indo mais longe: a alma seria “parte do universo” e a morte, um
“retorno” a ele (conceitos similares aos do Budismo e do Hinduísmo).
O CONCEITO DE CONSCIÊNCIA
Provávelmente desde que os seres humanos foram capazes de
entender o conceito de consciência, eles têm procurado compreender o
fenômeno. Estudar a mente foi uma vez o domínio dos filósofos, alguns
dos quais ainda acreditam que o assunto é inerentemente incognoscível.
Porém, os neurocientistas estão tendo progressos no desenvolvimento de
uma verdadeira ciência do “eu”.Um conceito difícil de definir, a
consciência tem sido descrita como o estado de estar acordado e ciente
do que está acontecendo ao seu redor, e de ter um senso de si mesmo. O
filósofo francês René Descartes propôs no século XVII a noção de “cogito
ergo sum” (“Penso, logo existo”), a ideia de que o simples ato de
pensar sobre a própria existência prova que há alguém lá para fazer o
pensamento.Descartes também acreditava que a mente era separada do corpo
material – um conceito conhecido como dualidade corpo-mente – e que
estes reinos interagem na glândula pineal do cérebro. Os cientistas
agora rejeitam a última ideia, mas alguns pensadores continuam a apoiar a
noção de que a mente de alguma forma é removida do mundo físico.
Correlatos da consciência
Nas últimas décadas, os neurocientistas começaram a atacar o problema
da compreensão da consciência de uma perspectiva baseada em evidências.
Muitos pesquisadores têm tentado descobrir neurônios ou comportamentos
específicos que estão ligados a experiências conscientes.Recentemente,
pesquisadores descobriram uma área do cérebro que atua como uma espécie
de interruptor para o cérebro. Quando esta região, chamada de claustro, é
estimulada eletricamente, o paciente fica inconsciente
instantaneamente.
Na verdade, Koch e Francis Crick, o
biólogo molecular que ficou famoso ao ajudar a descobrir a estrutura de
dupla hélice do DNA, já haviam proposto a hipótese de que esta região
poderia integrar informações entre diferentes partes do cérebro, como o
maestro de uma sinfonia.Contudo, segundo Koch, procurar conexões neurais
ou comportamentais para a consciência não é suficiente. Por exemplo,
tais ligações não explicam por que o cerebelo, a parte do cérebro que
coordena a atividade do músculo, não dá origem à consciência, enquanto
que o córtex cerebral (a camada mais externa do cérebro) dá. Isto
acontece mesmo que o cerebelo tenha mais neurônios do que o córtex cerebral.Estes
estudos também não explicam como dizer se a consciência está presente
ou não, como no caso de pacientes com lesão cerebral, outros animais ou
mesmo computadores.De acordo com
Koch, a neurociência precisa de uma teoria da consciência que explique o
que este fenômeno é e que tipos de entidades o possuem – e, atualmente,
existem apenas duas teorias que a comunidade científica leva a sério.
LEIA MAIS;A consciência não está no cérebro
O QUE É A CONSCIÊNCIA QUÂNTICA?
A consciência quântica é uma especulação científico-filosófica
das mais comentadas, porém pouco estudada, seja em sua base inevitável, a
física quântica, ou em um modelo consistente, livre de especulações
“esquisotéricas”. Tampouco as implicações filosóficas, de âmbito geral
ou apenas da filosofia da ciência são raramente levadas em conta por
autores de divulgação científica, menos ainda através de textos
destinados sobretudo aos leitores leigos das ditas “humanidades”.
Procurando esboçar um suprimento dessas carências, mostraremos os
conceitos básicos da física quântica, um modelo de consciência quântica –
o de Penrose e Hameroff –
A HISTÓRIA DA DESCOBERTA
Surpreendentemente, a inspiração de Penrose sobre os microtúbulos não
foi desencadeada por um artigo publicado num dos jornais de ponta da
neurociência, mas através de um encontro fortuito com um livre-pensador
de Tucson, Arizona, um anestesista chamado Stuart Hameroff. Embora o
folclórico e obscuro Hameroff e o reservado, mas reconhecido, Penrose
formem uma dupla pouco provável
, a parceria produziu aquilo
que poderá ser a teoria mais explícita da base física da consciência até
hoje apresentada, uma teoria que, se comprovada, poderia causar um
terremoto em campos tão diversos quanto a física, biologia, ciências da
computação e filosofia. Penrose se auto-descreve como um
‘bisbilhoteiro’. Diz que é uma característica que adquiriu de seu pai,
um médico que ativamente tinha interesses em psicologia, filosofia e
enigmas matemáticos. Incapaz ou não, desejando manter sua mente
focalizada naquilo que as outras pessoas poderiam considerar como
material mais do que suficiente para perseguir numa única carreira,
Penrose continuou a colecionar novas especializações durante as últimas
décadas. Depois de receber o seu Ph. D. em Matemática da Universidade de
Cambridge em 1957, ele rápidamente passou pelas ciências da computação,
moveu-se para a física e focalizou seu interesse na mecânica quântica,
depois na relatividade geral durante algumas incursões em Princeton e
Syracusa, antes de fechar contrato em Oxford.
Ao longo desse processo, Penrose começou a pensar sobre a mente. De
forma particular, se perguntava se seria possível ou não programar um
computador de forma que este viesse a adquirir algo que se aproximasse
de uma consciência. Os pesquisadores de inteligência artificial já
criaram programas que parecem capturar pelo menos um ‘sabor’ de todas as
atividades inconscientes, incluindo o trabalho dos cinco sentidos,
controle muscular e instintos. Tais programas permitem com que robôs
encontrem e escolham blocos, que computadores respondam a perguntas
sobre conserto de automóveis e criaturas de ‘vida artificial’ que se
parecem com desenhos animados, encontrem seus companheiros para
procriação, encontrem alimento e ‘vivam’ suas vidas numa tela de vídeo.
Entretanto,
os pesquisadores não dispõem de nenhuma pista de como fazer com que um
computador venha a confirmar intuitivamente a verdade de algum argumento
sutil ou ver o humor numa piada, sentir o impacto emocional da música,
criar filosofias sobre o sentido da vida ou venham com soluções
contra-intuitivas para problemas nãofamiliares. Resumidamente, eles não
têm a menor idéia de como investir os computadores com aqueles aspectos
da mente que parecem ser claramente conscientes, que permitiram com que
Descartes declarasse: ‘Cogito, ergo sum’. Mas por que tais
processos são tão sutis? Poderia ser que, como a maioria dos
pesquisadores de inteligência artificial afirma, que a sua simulação em
um computador exigiria programas muito mais complexos do que qualquer um
até agora idealizado. Mas Penrose acha que essa explicação não é
suficiente. De um lado, a pesquisa sugere que a maioria das células do
cérebro parece estar preocupada com tarefas inconscientes tais como o
processamento e armazenamento de imagens e em controlar os músculos e
que apenas porções relativamente pequenas do cérebro estão dedicadas ao
tipo de tarefas que associamos com o pensamento consciente.
Tais evidências vão contra a noção de que a consciência emerge de uma
versão mais complexa do mesmo tipo de processos cerebrais que dão origem
ao pensamento inconsciente; se assim fosse, poderíamos esperar que esta
ficasse com a parte do leão da substância cerebral.
Além
disso, se a consciência nada mais fosse do que um programa – mesmo que
horrendamente complexo – por que então os pesquisadores da vida
artificial ou os neurocientistas não obtiveram ainda sequer um único
insight sobre a sua natureza?
A razão é, concluiu Penrose,
que a ‘qualidade da compreensão e sentimento possuídos pelos seres
humanos não é algo que possa ser simulado computacionalmente’; ou seja,
não pode ser quebrada numa série de passos, como um tipo de receita, que
quando executada por um computador, iria resultar numa imitação
aceitável da coisa real. A noção de processos não-computáveis não é
desconhecida aos matemáticos e cientistas da computação.
Um exemplo particularmente bem conhecido e impressionante deste processo
nos é fornecido pela matemática dos arranjos de formas (‘tilling’) que
se preocupa com as maneiras nas quais diferentes conjuntos de formas
planas, ou ‘azulejos’, podem ou não ser arranjados de forma a recobrirem
uma superfície plana infinita sem deixar vazios. Que certas formas,
tais como quadrados ou triângulos ou hexágonos são capazes de fazer isso
é algo quase intuitivamente óbvio. Curiosamente, os matemáticos
provaram que é impossível planejar um programa de computador – um
conjunto de regras gerais – que possa prever se mosaicos de uma dada
forma básica podem cobrir completamente um plano. (O próprio Penrose
explorou este problema e, de suas investigações, descobriu um par de
‘azulejos’ de forma hexagonal que podiam cobrir completamente uma
superfície, mas apenas numa variedade infinita de padrões que nunca se
repetiam.)
Se
a questão, certos ‘azulejos’ podem recobrir um piso, não é computável,
então a tarefa de avaliar a beleza de um objeto assim como alguma outra
tarefa da consciência não seria igualmente não-computável? Penrose tem
certeza que sim. Mas se a consciência não é computável, então qualquer
que seja o processo no cérebro que dá origem à consciência ,também
deverá ser não-computável. Essa conclusão tem uma implicação
perturbadora e inevitável: presumívelmente, tudo o que acontece no
cérebro obedece as leis da física e, se quisermos manter a religião e
metafísica fora do jogo, todas as leis conhecidas da física são
computáveis. De acordo com essas leis, todo processo físico no universo,
de colisões atômicas a colisões galácticas, podem ser simulados sem
erro num computador, pelo menos em princípio.
Se este é o
caso, Penrose decidiu que o cérebro deveria incorporar um processo
físico que simplesmente não estava debaixo das leis conhecidas da
física. A consciência, concluiu, estava fundamentada numa nova física,
ou seja, em leis que ainda não foram descobertas ou formuladas. Mais
ainda, pensou que sabia onde deveria procurar por elas: no mundo
subterrâneo e exótico da mecânica quântica. A mecânica
quântica é uma teoria teimosamente estranha. Entre outras coisas, nos
diz que um elétron ou qualquer outro habitante do mundo subatômico tende
a existir numa multiplicidade de estados simultâneamente: está aqui e
ali simultâneamente, movendo-se depressa e devagar, girando numa direção
e noutra.
Mas, no momento em que o elétron interage com a
matéria ou energia ordinárias, quando se choca com as moléculas em um
detector, por exemplo, ou é bombardeado por um raio de luz, a
perturbação de alguma maneira faz com que o elétron ‘escolha’ um único
estado. Neste ponto ele passa a se comportar como se esperaria que uma
minúscula bola de bilhar atuasse. As bolas de bilhar reais nunca exibem
personalidades múltiplas porque a estranheza da mecânica quântica
geralmente fica aparente sómente se os objetos têm o tamanho aproximado
de um átomo ou ainda menores, e que se encontrem em ambientes ‘quietos’,
isolados da agitação casual das outras partículas e forças.
De acordo com a neurociência convencional, o cérebro processa
informações através do padrão de impulsos elétricos que as células
nervosas do cérebro, ou neurônios, trocam umas com as outras. Talvez, se
perguntou Penrose, esses sinais se iniciem numa mistura
quantum-mecânica caótica de estados que permitem a existência simultânea
de incontáveis padrões diferentes ao mesmo tempo; desta mistura
quântico-mecânica, um padrão torna-se capaz de realizar a tarefa
solicitada – ele ‘se liga’ e é este padrão que se torna um pensamento
consciente. Penrose não explica exatamente como é que o cérebro sabe
quando uma solução é a ‘certa’. Lógicamente ele não sabe, mas de alguma
maneira, no meio do zumbido das atividades inconscientes que sempre
estão acontecendo por detrás da cena, ocasionalmente um pensamento,
inspiração ou sentimento emerge da generalidade do ruído de fundo e é
trazido para a nossa consciência. O porquê deste estado específico ser
‘escolhido’ em contraposição aos demais, é algo que provávelmente tem
relação com algum tipo de concordância existente entre padrões na mente.
Além disso, pelo menos por enquanto, ninguém pode falar mais.
Como
estudante na Escola Médica Hahnemann de Philadelphia, no início de
1970, Stuart Hameroff foi cativado pela questão de como as células
conseguem realizar o processo de divisão celular. A resposta parecia
estar relacionada com aqueles recentemente descobertos componentes
celulares chamados de microtúbulos(veja abaixo sobre a Teoria Orch Or),
tubos longos, finos, compostos de proteínas, com cerca de um milionésimo
de polegada de diâmetro. Estes filamentos delgados agrupam-se lado a
lado para formarem longos feixes, parecendo-se com um maço de canudos de
refrescos frouxamente enroscados. Os feixes de microtúbulos, mesmo
assim não maiores que um milionésimo de polegada, atravessam toda a
célula, formando redes parecendo com malhas. Essas redes de microtúbulos
servem como uma espécie de esqueleto para a célula, conferindo
estrutura e criando caminhos para o transporte de substâncias químicas
no interior das células. Mas, o que é muito intrigante, quando uma
célula está para se dividir, os feixes se dissolvem e em seguida
reaparecem em novas configurações que repartem a célula no lugar exato.
Comportam-se como guardas de trânsito, direcionando o complexo processo
de divisão da célula. Hameroff também tinha interesse nos mistérios da
consciência e inteligência e, quando iniciou o seu internato no Centro
Médico de Tucson, começou a pensar em especializar-se em neurologia. Mas
um colega anestesista acabou convencendo-o a mudar de rumo ao lhe
contar um achado curioso: anestésicos inalantes, tais como éter ou
halotano, que podem ‘desligar’ significativamente a consciência, sem
entretanto causar danos ao cérebro, pareciam atuar através de uma
deformação temporária dos microtúbulos situados dentro dos neurônios. A
molécula de proteína que constitui o microtúbulo possui um tipo de
‘bolso’ ao longo de seu comprimento; um único elétron pode deslizar para
frente e para trás ao longo desta invaginação e a posição do elétron
nesta, irá determinar a forma que a proteína irá se configurar e assim a
configuração final e função do microtúbulo. As moléculas de um gás
anestésico são capazes de imobilizarem o elétron, bloqueando a proteína e
tornando inútil o microtúbulo. Embora ninguém saiba precisamente como a
forma da proteína resulta em atividades específicas, a teoria parecia
sugerir que os microtúbulos estavam diretamente relacionados à
consciência.
Hameroff
continuou a estudar os microtúbulos depois de ter assumido um emprego
na Escola de Medicina da Universidade do Arizona em Tucson, descobrindo,
entre outras coisas, que os longos tubos eram extraordinários
condutores de vibrações físicas, ou ondas sonoras. Utilizando modelos em
computadores para simular o comportamento dos microtúbulos, descobriu
que uma vibração introduzida numa das extremidades do tubo era capaz de
se propagar ao longo de todo o seu comprimento oco e preenchido de água,
sem sofrer qualquer alteração. Mais ainda, que as perturbações
ocorrendo nos microtúbulos vizinhos apresentavam uma
‘coerência’, ou seja, uma vibração num microtúbulo podia fazer com que
um outro microtúbulo vibrasse exatamente da mesma maneira, assim como um
diapasão vibrando é capaz de fazer com que um diapasão de mesma
ciclagem comece a vibrar, igualmente. Finalmente, um
‘tranco’ propagando-se ao longo de um único microtúbulo podia ser
transmitido a feixes inteiros de microtúbulos que estavam vibrando em
sincronia e talvez mesmo, espalhar-se, através das membranas das
células, para microtúbulos de células vizinhas. Hameroff suspeitou que
essa propriedade estava relacionada com a função de ‘guarda de trânsito’
dos microtúbulos: se eles estavam encarregados do comportamento de
organização da célula, então eles teriam de se comunicar uns com os
outros e para isso, teriam de dispor de um sistema sensível e rápido de
sinalização.
‘Parecia que os microtúbulos eram ótimos para
transmitir sinais’, diz Hameroff. Eles eram tão bons nisso que parecia
muito pouco provável que uma tão eficiente rede de comunicações não
possuísse um propósito mais sofisticado para sua existência. ‘Mas para o
que mais serviriam esses sinais?’, perguntava-se Hameroff.
Uma resposta possível apareceu em 1982, quando Rich Watt, um engenheiro
elétrico que trabalhava do outro lado do corredor e que sabia do
interesse de Hameroff nos microtúbulos, certo dia entrou na sala de
Hameroff e lhe mostrou uma fotografia tirada através de um microscópio
eletrônico, perguntando; ‘O que é isso?’ ‘Parece com um microtúbulo’,
respondeu Hameroff instantaneamente. ‘Olhe de novo’, disse Watt. A
fotografia na realidade era de uma das chaves microeletrônicas que
constituem os chips. Hameroff percebeu então que aquilo que estava meio
escondido no meio de suas idéias era algum tipo de rede de processamento
de informações. Hameroff gastou a maior parte dos próximos dez anos
desenvolvendo uma teoria sobre como essa propriedade de carreamento de
informação dos microtúbulos podia capacitar uma rede destas a funcionar
como um computador atuando no interior de uma célula.
Tudo o
que um chip de computador faz é transportar pulsos elétricos ao redor
de uma rede de ‘linhas de trem’, com pequenos transistores funcionando
como pequenas chaves comutadoras. Esta é também a maneira que o cérebro
funciona, com os neurônios funcionando como chaves comutadoras.
Mas Hameroff suspeitava intensamente que as redes de microtúbulos nas
células podiam também atuar no papel de tal campo de manobras,
direcionando pulsos vibracionais ao longo de certas trajetórias situadas
no interior das células e também entre células; ao se arranjarem e
estabelecerem interconexões entre eles de forma correta, direcionavam os
sinais vibratórios aqui e ali da mesma maneira que fios elétricos
direcionavam o fluxo de sinais eletrônicos.
Uma vez que uma
rede podia existir no interior de uma única célula, no caso uma célula
nervosa que por sua vez fazia parte de uma outra rede computacional
maior – uma rede de microtúbulos na realidade seria como um computador
dentro de um computador maior.
Consciência Quântica-legendado em portugues
A alma e a mecânica quântica
De acordo com Hameroff, experiências de quase morte estariam
relacionadas com essa natureza da alma e da consciência: quando o
coração para de bater e o sangue deixa de circular, os microtúbulos
perdem seu estado quântico. “A informação quântica contida neles não é
destruída, não pode ser; apenas se distribui e se dissipa pelo
universo”.Se o paciente é trazido da beira da morte, essa informação
volta aos microtúbulos. “Se o paciente morre, é possível que a
informação quântica possa existir fora do corpo, talvez de modo
indefinido, como uma alma”, acrescenta.Embora a teoria ainda seja
considerada bastante controversa na comunidade científica, Hameroff
acredita que os avanços no estudo da física quântica estão começando a
validá-la: tem sido demonstrado que efeitos quânticos interferem em
fenômenos biológicos, como a fotossíntese e a navegação de pássaros.Vale
ressaltar que Hameroff e Penrose desenvolveram sua teoria com base no
método científico de experimentação e em estudos feitos por outros
cientistas, ao contrário do que ocorrem em casos de “pseudociência” em
que simplesmente se acrescenta a física quântica como “ingrediente
legitimador” de teorias sem fundo científico. Basta aguardar para ver se
outros experimentos e estudos validam as descobertas da dupla.
Fonte;[
Daily Mail UK]
Dr Hameroff mostra o que acontece á consciência com a morte
Em uma recente transmissão do excelente programa de divulgação científica “
Through the Wormhole“, narrado por Morgan Freeman, o Dr. Stuart Hameroff expõe sua teoria do que pode acontecer à consciência na morte.
– “Acho que a consciência ou seu precursor imediato, a
proto-consciência, esteve no universo desde sempre, talvez desde o Big
Bang”.
O Dr. Hameroff compartilha os cenários possíveis que acontecem quando
uma pessoa morre em consequência de sua teoria, Orch-Or (redução
orquestada de objetivo), desenvolvida junto com Roger Penrose. Segundo
esta teoria, a consciência deriva de microtúbulos no cérebro que são nós
de processamento quântico. Quando uma pessoa tem uma experiência
próxima à morte, quando o coração deixa de bater, o sangue já não flui
ao cérebro e os microtúbulos perdem seu estado quântico, mas a
informação neles não é destruída, é distribuída no universo. Se o
paciente revive a informação poderá regressar aos microtúbulos,
considera Hameroff.
– “É possível que a informação quântica exista indefinidamente fora do corpo, algo parecido a uma alma”, diz Hameroff, que defende que ninguém na comunidade científica pode desafiar sua teoria.
Uma das hipóteses para explicar a consciência mais controversas
surgidas nos últimos 20 anos foi criada pelo físico-matemático Sir Roger
Penrose. Segundo ela, a consciência seria o resultado de fenômenos
quânticos acontecendo ao nível dos neurônios.
A Teoria Orch OR
Esta hipótese ou teoria tem sido muito criticada. Um dos problemas
alegados seria que o cérebro é um ambiente muito úmido, quente e ruidoso
para que fenômenos como coerência quântica se manifestem. No entanto,
já foram demonstrados fenômenos quânticos na orientação das aves, na
fotossíntese, e no nosso sentido olfatório.
Em uma revisão de
20 anos da teoria “Orch OR” (Orchestrated Objective Reduction, ou
Redução Objetiva Orquestrada), os autores Stuart Hameroff e Sir Roger
Penrose afirmam que, das 20 previsões testáveis da teoria, 6 foram
confirmadas, e nenhuma foi refutada.
A
mais recente confirmação, segundo os autores, foi a descoberta de
vibrações quânticas em microtúbulos dentro dos neurônios. A descoberta,
realizada por um grupo de pesquisadores liderados por Anirban
Bandyopadhyay, do Instituto Nacional de Ciências Materiais em Tsukuba,
Japão (e atualmente trabalhando no Instituto de Tecnologia de
Massachusetts,MIT- nos EUA) sugere que os ritmos observados em
eletro-encefalogramas (EEGs) derivam de vibrações em
microtubos.Outro
trabalho, feito pelo laboratório de Roderick G. Eckenhoff, na
Universidade da Pensilvânia (EUA), sugere que a anestesia, que desliga
de forma seletiva a consciência, ao mesmo tempo que mantém as atividades
não conscientes do cérebro, também atua via microtúbulos nos neurônios
cerebrais.
Os microtúbulos, vibrando na frequência de megahertz,
acabam gerando padrões de interferência, ou “batimentos” em frequências
menores, batimentos estes que aparecem nos EEGs. Em testes clínicos, o
cérebro foi estimulado com ultrassom transcraniano, e foram relatadas
melhoras de humor, que talvez venham a ser úteis no tratamento de
Alzheimer e danos cerebrais no futuro.Os autores
Hameroff e Penrose afirmam que, depois de 20 anos de críticas céticas,
“a evidência agora claramente apoia a Orch OR”. Eles acreditam que
tratar as vibrações dos microtúbulos cerebrais poderá trazer benefícios a
várias funções mentais, neurológicas e cognitivas.
FONTE;[Science Daily]
Dor é diferente de consciência
Os neurocientistas sabem que a consciência não reside em uma só parte
do cérebro (não há nenhuma região onde todas as informações são
agregadas), mas eles não sabem muito mais do que isso.
A consciência é difícil de estudar por sua própria natureza, por isso
foi deixada na maior parte para os filósofos nos últimos cem anos – e
nem eles concordam em muita coisa.A anestesia,por exemplo, se tornou um
motivo para os cientistas voltarem a pensar sobre a consciência.
Pesquisadores dizem que não é suficiente assumir que o paciente está
inconsciente só porque ele não responde a dor.
Enquanto você precisa de um cérebro para ter consciência, você pode não precisar de um para sentir dor.
Na década de 1990, cientistas realizaram testes em ratos e cabras para
estudar como os efeitos dos anestésicos mudam conforme diferentes partes
do cérebro são intencionalmente danificadas ou removidas. A quantidade
de fármacos necessários para evitar que os animais se movessem em
resposta à dor não se alterou conforme o córtex, o tálamo e o tronco
cerebral foram destruídos. Os cientistas estavam medindo um reflexo da
medula espinhal, que é uma coisa muito mais primitiva e não tem nada a
ver com a consciência. Em resumo, sinais exteriores de consciência podem
ou não ter algo a ver com a consciência real.
Na vida cotidiana, é quase impossível saber se alguém
está consciente ou não, mesmo se isso parecer muito óbvio. Filósofos
gostam de apontar que você pode estar cercado por pessoas que parecem
estar totalmente conscientes, mas que não experimentam nada disso
subjetivamente. Para aqueles sob anestesia a ponto de serem cortados, no
entanto, tal sofisma oferece pouco consolo.
Então, como medir a comunicação intracerebral?
Cada vez mais, a investigação sobre o que acontece com o cérebro
sob anestesia sugere que a síntese e integração de informações entre as
diversas partes do cérebro é a melhor medida de consciência. A nossa
experiência subjetiva do mundo pode surgir como um subproduto do cérebro
juntando diferentes estímulos sensoriais.Descobrir um método para medir
essa comunicação é fundamental para a prevenção das histórias de terror
nas mesas de operação.George Mashour, o professor de anestesiologia de
Michigan, propôs a criação de um monitor que incidisse sobre a
capacidade do cérebro de se comunicar dentro de si. É parecido com o
estudo américo-brasileiro, mas segue um sinal diferente.
A atividade nos cérebros conscientes faz um loop entre as áreas
sensoriais (o córtex visual na parte de trás do cérebro, por exemplo) e
as áreas do processamento de informações (como o lobo temporal, atrás
das orelhas). Mashour chama isso de “processamento recorrente”: sinais
viajam das áreas sensoriais para as áreas de processamento e depois
voltam.Quando alguém está inconsciente, o processamento recorrente
desaparece. O estudo de Mashour mostrou que esse padrão – ou a falta
dele – ocorre nos cérebros de pessoas anestesiadas com três drogas
diferentes. Não é apenas um efeito colateral de um tipo de medicação.Seu
trabalho sugere que os monitores de anestesia podem ser mais eficazes
se, em vez de medir a presença de ondas elétricas produzidas pelo
cérebro, observassem como os sinais elétricos se movem ao redor do
cérebro.
FONTE;[io9, NYTimes]
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CONCLUSÃO E NOTA DO BLOG
“A consciência cria realidade”, uma declaração que ganhou muita atenção em vários meios de comunicação alternativos em todo o mundo. E não se engane, a consciência tem – e tem sido por algum tempo – estudada por numerosos cientistas, especialmente em sua relação com a física quântica e como ela pode ser correlacionada com a natureza da nossa realidade.O ser humano é dotado de uma inteligência que lhe permitiu grandes progressos ao longo de sua história, mas também lhe deu a consciência de sua própria mortalidade – seu fim inexorável, aonde suas invenções e avanços não podem chegar. Pelo menos, foi nisso em que se acreditou até o momento. Consciência inclui uma série de coisas. É a forma como percebemos nosso mundo, nossos pensamentos, nossas intenções e muito mais.Citando um cientista da nossa série aqui do blog;
“Buscar a consciência no cérebro é como olhar para um rádio em busca do locutor. “- Nasseim Haramein
A afirmação de que “a consciência cria realidade” traz diferentes questões. Será que isso significa que nós, como indivíduos (e em um nível coletivo como uma raça humana) podemos moldar e criar qualquer realidade que gostaríamos para nós mesmos? Será que isso significa que podemos manifestar um certo estilo de vida, e atrair determinadas experiências? Isso acontece instantâneamente? Leva-se tempo? Como fazemos isso?Embora ainda não seja possível responder essas perguntas com certeza científica absoluta, sabemos que sim, realmente existe uma correlação entre a consciência e o mundo material físico, de alguma maneira. O alcance dessa correlação (de novo a partir de um ponto de vista científico moderno) ainda não é bem compreendido, mas sabemos dessa correlação, e sabemos que há um forte significado.O experimento da fenda dupla quântica é uma experiência muito popular usada para examinar como a consciência e o nosso mundo material físico estão interligados. É um grande exemplo que documenta como os fatores associados à consciência e ao nosso mundo material físico estão ligados de alguma forma.Embora esta seja uma das experiências mais populares usadas para concluir a ligação entre a consciência e a realidade física, existem vários outros estudos que mostram claramente que a consciência, ou fatores que estão associados á esta consciência, estão diretamente correlacionados com a nossa realidade de alguma forma. Uma série de experiências no campo da parapsicologia também já demonstraram isso.Claro, podemos não entender a extensão desta ligação, e na maioria dos casos os cientistas não conseguem explicar através dos meios tradicionais de medição. No entanto, eles têm sido observados e os nossos cientistas Hameroff e Penrose estão certos disso.A Ciência moderna atual, especialmente a física quântica, tem vindo em encontro ao misticismo antigo. Um grande exemplo é o interesse da física quântica por temas como meditação, acupuntura, chacras, energias, reiki e outros temas que já eram de conhecimento dos místicas milenares do Oriente. A conclusão é que tudo é energia , nada é sólido.Mais dois pensamentos de dois grandes mestres sobre isso, um ancestral e outro atual;
“Nós Somos o que pensamos, tudo o que somos surge com nossos pensamentos, com nossos pensamentos fazemos o mundo. “- Gautama Buda
“De um modo geral, embora existam algumas diferenças, acho que a filosofia budista e Mecânica Quântica podem apertar as mãos sobre a sua visão do mundo. Podemos ver nestes grandes exemplos os frutos do pensamento humano.”- Dalai Lama
EQUIPE DA LUZ É INVENCÍVEL
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Dr Hameroff Website;
/www.quantumconsciousness.org/”
CENTER FOR CONSCIOUSNESS STUDIES
SCIENCE OF CONSCIOUSNESS
CONFERENCES
CENTRO DE ESTUDOS DA CONSCIÊNCIA DO ARIZONA-EUA;
consciousness.arizona.edu/”
Mathematical Institute-University of Oxford- Prof.Sir Roger Penrose;
/www.maths.ox.ac.uk/people/roger.penrose”
https://portal2013br.wordpress.com/2015/12/15/os-cientistas-da-nova-era-dr-stuart-hameroff-e-sir-roger-penrose-teoria-orch-or-ou-reducao-objetiva-orquestrada-vigesima-sexta-parte/