25.3.16

A lapidação do diamante




Em outras versões integrativas:

Terapias

São instruções importantes ao buscador para que a caminhada seja um garimpo de boa reflexão em autoconhecimento, valores e princípios que lhe tornam mais aptos ao reconhecimento de Si mesmos.




Terapeutas

Aprendizes de um universo que se traduz por instrumentos multidisciplinares, ferramentas de autoconhecimento e reflexões de uma caminhada ampla e Fraterna, rumo a uma completude de ações que tornam o seu próprio mundo, enquanto missão e o que lhe é permitido adentrar ao ambiente de seus trabalhos para com o próximo, na virtude e ética de um bem maior... escutando a si mesmo e pesquisando a cada instante para refletir as mais novas possibilidades de construção de um planeta digno a todos os seres viventes e sencientes, numa ótica do amor incondicional e na prática humana de um profissional atualizado pelas ações que escolheu sob escuta.



Terapeuta Holístico, um ser que adentra o campo da Terapêutica  e percebe que após o autoconhecimento agregado a quântica e a níveis físicos, emocionais, espirituais e culturais, há grandes parâmetros de estudos planetários e Cósmicos a serem aperfeiçoados com a clara intensidade do trabalho voltado a qualidade de vida em melhoria de Clientes e Grupos, além de prospecção frequente e hábil dos níveis de seu autoconhecimento, do seu campo quântico de ação, de sua informação íntima com frequências de Luz e Amor Incondicional, traduzindo em suas ações a comunicação junto a todas as idades e sem dogmas, todas as descobertas em prospecção da arte em viver, saber, distribuir e analisar novos conhecimentos.



Canais ... todo ser em busca de si em frequência com a luz por autoconhecimento e descobertas que equalizam junto a quântica e a rede Cristalina, independente de outras formalidades, porém amplamente significativo em partilha com a rede Cristalina, atualizar a níveis de não ter dogmas e manter disciplina inclinada à arte e a sensibilidade dos meios de transmissões da Sua Fonte, filtragem e estudos comparativos para manter as conexões de luz em atividades plenas ao planeta.



Terapeuta Holístico Canal ... o SER que em si traz missões na alma a níveis da intuição e escolhe seus instrumentos de atuação por meio de estudos e práticas pela luz, adentrando todas as possibilidades de consciência Cósmica ( planetária e individual), aprendiz de altas tecnologias a níveis fotonicos e empreendimentos das descobertas de seu próprio Ser junto a Fonte ( com todas as anteriores propostas de terapias devidamente praticadas em responsabilidade de sua Obra).




Transdutor 

Canal Holístico ( Terapeuta Holístico Canal) com intuição frequenciada pela Grade Cristalina. O efeito do observador na mecânica quântica não é sobre pessoas ou realidade, nesta fase perfeita possibilidade de integração entre ciência e espiritualidade. Não é ele quem escolhe, é escolhido pela Mônada. Está sob Observação de si mesmo e na descoberta de novas missões em luz fotonica e muito a mais diante de descobertas que ampliam os comunicadores da Nova Era.Cadeia da observação, ligando o objeto quântico ao observador.





A Z H U 
Em pesquisas simultâneas Canais e Observadores atuando em nova a e alta linguagem pela arte... A dança das cores...
Enquanto clipping cultural... pesquisa: ( HU significa lago em chinês) e Azu na língua local Mosuo (que não tem o seu próprio script) significa "doce coração íntimo". ( em três tipos de relacionamentos livres)


A linha de Schrödinger : o déficit de humanidades nos dias de hoje é o déficit de todas as ciências, quer dizer, o déficit da unidade da ciência, de comunicações entre os seus ramos. Precisamos não só de mais ciência como também de melhor ciência. E para isso é mister um melhor ensino das ciências, todas as ciências. * ( não são definitivos, estão acoplados aos processos de seleção natural e o sucesso do indivíduo, na manutenção de sua estrutura ou permanência, depende de sua inteligência, ou seja, sua capacidade de produzir e adaptar continuamente tais modelos, descartando-os ou incorporando-os a outros, de modo a fazer face às pressões seletivas do meio ambiente. O indivíduo, no entanto, não interage de forma solitária com o meio ambiente. Ao contrário, suas ações são coordenadas por uma série de regras e processos sincronizados com, e pelo grupo ao qual pertence.)

Definição em arte. Através da arte é que a sociedade humana encontra muitos caminhos para testar novas possibilidades de entendimento do universo que se desdobra diuturnamente diante de nossos olhos. O artista através de suas especulações e práticas criativas vê-se livre de empecilhos colocados por paradigmas para testar novas possibilidades expressivas capazes de refletir as novas facetas de nossa existência e do universo ao nosso redor. ...[ já que se está no campo das hipóteses, vamos admitir que os sistemas são integrados no tempo e no espaço numa escala cósmica. Esse fato abre para as artes do nosso tempo novas possibilidades para a reflexão e novas possibilidades de integração com outros campos da ciência. A partir dessas conjecturas é possível considerar a física quântica como o cenário no qual estariam colocados fenômenos fascinantes como o da sincronicidade, por exemplo. Jung (1971) buscou na “física moderna” o estabelecimento de um vínculo entre o fenômeno cognitivo descrito pela sincronicidade onde o conhecimento de um determinado fato deixa de ser descrito dentro dos critérios da causalidade para somente poder ser compreendido como uma misteriosa coincidência. Essas coincidências ocorreram numerosas vezes na arte, como por exemplo, na relação entre a teoria da relatividade e as imagens cubistas. Na ciência essas coincidências também são inúmeras, como no caso de Nikola Tesla, que desenvolveu motores elétricos inovadores ao mesmo tempo em que um outro pesquisador, o professor Ferraris, publicava, na Europa, um trabalho análogo. A similaridade foi tamanha que se aventou a possibilidade de plágio por parte de Tesla, fato que foi posteriormente afastado pelo próprio pesquisador europeu]. [ Algumas teorias científicas contemporâneas como o conceito de “Campos Mórficos” do biólogo Rupert Sheldrake, que vislumbra a possibilidade de existência de campos invisíveis que nossas mentes também podem provocar, pode ser uma das possibilidades dessas coincidências nas descobertas científicas e criações artísticas, mantendo os seres humanos conectados por esse campo informacional. Talvez seja novamente a física quântica o cenário que ofereça o fundamento para a existência desse campo que nossas mentes podem criar afetando a realidade. Esse conceito está presente nas experiências de Masaru Emoto, que registrou a interferência de nosso pensamento sobre a água, fotografando mudanças na estrutura da água para cada situação. De toda maneira, podemos especular o como e o por quê essas analogias acontecem, mas o importante é que a ciência e a arte continuam produzindo conhecimento sobre a realidade e criando novos universos, cada um à sua maneira.] Fonte :Observador na ciência e na arte.

Então A Z H U para Solennix :
Alkim

Alquimia em pleno santuário da memória, ligada a sua própria Fonte pronto a fazer parte de um mesmo sistema que se influenciam mutuamente, e não há como separar ou pensar na obra sem a interferência dos “observadores”.
Zênite - O ponto local, a irradiância solar varia de
acordo com o ângulo de incidência dos raios solares, esse ângulo formado entre o Zênite local e os raios solares, denomina-se ÂNGULO ZENITAL (Z).Quanto maior Z, menor a irradiância solar. Por volta de 1655 ... Christiaan Huygens observou os anéis de Saturno, afirmando quando viu pela primeira vez, não sólidos, mas uma infinidade de fragmentos brilhantes, também se interessou pela medicão do tempo,. Foi ele quem inventou o pêndulo como regulador de relógios, na mecânica enunciou o princípio da força centrífuga e a lei do pêndulo, uma matemática notável sobre movimentos circulares e pendulares e sobre a conservação da energia. A luz é mesmo onda e partícula. a mesma luz que emergiu de distâncias, estrelas imensas na nebulosa de Órion. Recebeu um nome de missão pela Nasa onde Cassini é uma nave mãe e dela uma sonda Huygens ao espaço por volta de 1655, usando uma dos telescópios mais poderosos de seu tempo, Christiaan Huygens demonstrou que as estruturas estranhas observadas por Galileu ao redor de Saturno quase cinquenta anos antes eram, na verdade, anéis!


Humanist
Analisamos aqui a sua visão da ciência como parte do esforço do ser humano em conhecer-se a si próprio A visão da unidade das ciências, a relação entre ciência e técnica, as raízes profundas do pensamento científicos tais como
Erwin Schrödinger, o físico austríaco, que foi um dos principais autores da física quântica, realizou em 1950 uma série de conferências intituladas Ciência e humanismo.

A interação da ciência com a filosofia e a religião. Expressamos a opinião de que uma boa parte das suas reflexões são relevantes nos dias de hoje, quando se fala da crise do humanismo. Mais humanismo significa mais e melhor ciência, o que significa progresso na integração de diferentes ramos do conhecimento humano. A quantização como um problema de valores próprios” (Schrödinger 1926)), a famosa equação que tem hoje o seu nome, tendo mostrado que ela funcionava na perfeição para calcular os níveis de energia do átomo de hidrogênio. Noutros três trabalhos saídos nesse seu annus mirabilis mostrou outras aplicações, designadamente ao oscilador harmônico e ao rotor, e uma generalização para o caso dependente do tempo. Partiu da leitura de um artigo do físico suíço, mais tarde também norte-americano, de origem alemã Albert Einstein (1879-1955), no qual este citava o trabalho do francês Louis de Broglie (1892-1987) relativo à dualidade onda-corpúsculo para o elétron: se era certo que uma partícula material como o elétron tinha de ser encarada como corpúsculo em certas circunstâncias, noutras tinha de ser vista como onda, tal como sucedia com a própria radiação, que se manifestava por vezes como onda e noutras vezes como corpúsculo (Einstein tinha descoberto em 1905 que, no efeito fotoelétrico, a luz devia ser vista como um conjunto de “grãos”, os fótons). Ora, se os eletrons eram descritos como ondas, deveria existir uma equação de onda. Schrödinger encontrou essa equação nas férias de Natal de 1925 O trabalho do físico de 39 anos foi recebido com agrado tanto por Einstein como por Max Planck (1859-1947), o fundador da teoria quântica. Já não o foi do mesmo modo por Werner Heisenberg (1901-1976), o jovem alemão que tinha criado pouco antes a “mecânica das matrizes” para explicar os fenômenos microscópicos, que se veio a revelar perfeitamente equivalente à chamada “mecânica ondulatória” de Schrödinger. O alemão Max Born (1882-1970) forneceu ainda em 1926 o significado da onda, designada pela letra grega psi, que surge na equação de Schrödinger: tratava-se de uma onda de probabilidade, isto é, só poderíamos conhecer a posição do elétron indicando uma certa probabilidade. Essa interpretação de probabilidade, adaptada pelo físico dinamarquês Niels Bohr (1885-1962), que tinha em 1913 proposto um modelo quântico simples para o átomo de hidrogênio, e, mais em geral, pela chamada “escola de Copenhaga”, que foi ganhando terreno na comunidade científica, não foi bem aceite nem por Einstein nem por Schrödinger. A questão maior é o chamado problema da medida: para descrever uma partícula quântica usamos uma onda de probabilidade, mas detectamos essa partícula num certo sítio; portanto, a onda tem de alguma maneira de colapsar no processo de medida, sob a influência do observador. Para combater esse tipo de ideias, que se opunham à tradicional separação entre observador e objeto, Schrödinger viria a criar em 1935 uma experiência mental (Gedankenexperimente) que ficou famosa: o “gato de Schrödinger” é um felino encerrado num caixa com uma certa probabilidade de estar vivo e outra de estar morto, uma vez que a sua sorte depende de um dispositivo quântico. Será que ele morre instantaneamente quando abrimos a caixa para o observar? A explicação que hoje temos é estatística: se tivermos um ensemble numeroso de caixas com gatos, num certo número delas ele estará morto e noutras estará vivo, tomando nós conhecimento da situação apenas no momento da observação.

Ciência e Humanismo segundo Schrödinger : Na senda do livro de Schrödinger ao qual retirei o título, julgo que a primeira coisa que há a dizer sobre Ciência e Humanismo é que os dois conceitos não são de modo nenhum opostos. A ciência é uma forma de humanismo. É necessário uma e outra vez reafirmar o óbvio, pois nem sempre é visto como óbvio: a ciência é feita pelo homem e para o homem. É certo que a generalidade das pessoas, quando pensa em ciência, associa-a imediatamente a descobertas, invenções e à transformação da sociedade que umas e outras abundantemente permitem. Mas o valor mais fundamental da ciência não reside, como essa maioria pensa, na sua utilidade material para a sociedade, mas sim no acrescento de humanismo que ela permite. No fundo, a ciência mais não faz do que procurar responder à interrogação da Antiguidade Clássica, “quem somos?”, a qual podemos explicitar: “Donde vimos e para onde vamos?”. Se a vida tem algum sentido, ele poderá ser o de procurar responder a estas permanentes questões, que desde os gregos têm atravessado toda a história suscitando respostas que se vão acumulando. Damos, de novo, voz ao físico Schrödinger, no início do seu ensaio sobre Ciência e humanismo:


"Nasço e faço parte de um ambiente — não sei de onde vim nem para onde vou, nem quem sou. Esta é a minha situação, tal como é a vossa. Tal como é a de cada um de vós. O facto de desde sempre todas as pessoas terem vivido e continuarem a viver nesta situação não me diz nada. A nossa questão premente tem a ver com a origem e com o destino – mas tudo o que podemos investigar é o ambiente atual. Por isso temos necessidade de descobrirmos tanto quanto pudermos acerca dele. E esse esforço representa a ciência, a educação, o conhecimento. Esta é a fonte verdadeira das diligências espirituais do homem. Tentamos descobrir tanto quanto podemos acerca do ambiente circundante espacial e temporal do local em que nascemos. E, enquanto tentamos, deleitamo-nos com isso, consideramos que essa é uma atividade extremamente interessante (será que esse não pode ser afinal o objetivo pelo qual estamos aqui?)." (Schrödinger 1999: 99)


Embora o termo observador pareça fazer menção a um indivíduo passivo, na observação sempre há um julgamento e uma crítica, resultado de sensações e reflexões, que certos conceitos de arte não permitiram aflorar. Mas se dizemos que participaremos de uma atividade apenas como observadores, significa que não poderemos atuar e não teremos direito à voz. Mas a arte tem como essência a transformação constante, provocada pelos pensamentos dos artistas, que se materializam nas obras e transformam os conceitos de arte, de obra, de artista e de público também, em conjunção com outros fatores tecnológicos, científicos e sociais. Ainda não existe na realidade, mas vamos ficando com uma aproximação cada vez melhor.
Júlio Plaza(1990), em seu texto “Arte e interatividade: autor-obra-recepção” apresenta 3 graus de aberturas da obra de arte à recepção, relacionadas às 3 fases produtivas da arte: artesanal, industrial e eletroeletrônica.

1- Abertura de primeiro grau: definida pelo conceito de “obra aberta”, quando é permitida ao público a interpretação, não existindo na obra um único significado, que o autor ou o conceito de arte determina, tal como acontecia na arte como cópia da natureza. Na obra aberta quanto mais leituras a obra provocar mais rica se torna. O público passa a ter uma participação não apenas ao nível da contemplação visual, mas completando a obra com suas interpretações. A obra não se altera fisicamente, mas os seus significados sim.

2- Abertura de segundo grau: o público é convidado para participar das obras, que se transformam em eventos artísticos. “Nos ambientes é o corpo do espectador e não somente o olhar que se inscreve na obra.” (Plaza, 1990;14) A obra só se configura com a participação corporal do público. Os happenings e as performances são as novas modalidades de arte que vão envolver fisicamente o público na obra. Podemos fazer um paralelo deste fato com eventos semelhantes nas artes cênicas e na música também.

3- Abertura de terceiro grau: acontece com a tecnologia eletroeletrônica, que vai produzir obras com a característica física de se atualizar (acontecer, tornar presente, materializar-se) no momento em que o público entrar em contato físico com elas, intermediado por algum aparato tecnológico aparente ou oculto no ambiente. O processo digital permite que imagens, sons e palavras fiquem armazenadas numa memória e se materializem de acordo com as atuações do público. O computador como mídia que funciona com programas, possibilita a geração de elementos visuais, sonoros ou verbais a partir de algoritmos processados em tempo real, gerando novos elementos, a todo o momento, que alguém interage. Ao mesmo tempo o computador pode funcionar como controlador de sinais de entrada e saída de informações que estejam para ser geradas por um algoritmo, pré-gravada na memória ou em outra mídia externa, tornando um ambiente (instalações interativas) totalmente fluído e instável, a mercê do público, que passa a ser chamado de “interator”, pois precisa interagir fisicamente com a obra para que ela aconteça, trazendo à discussão a quase existência de um co-autor.

UNICIDADE ( PARTE 2)  Co Criador

 



A Mente Universal, Unicidade & Física Quântica – 

(Larry Dossey, M.D.)

"O universo apresenta evidências de... mente em três níveis. O primeiro nível é o dos processos físicos elementares na mecânica quântica. Nesta, a matéria não é uma substância inerte, mas um agente ativo que constantemente faz escolhas entre possibilidades alternativas, segundo as leis da probabilidade. Toda experiência quântica obriga a natureza a fazer escolhas. Parece que a mente, manifestada como a capacidade de escolher é, até certo ponto, inerente a cada elétron”.
“O segundo nível em que detectamos... a mente -, é aquele da experiência humana direta. Nossos cérebros parecem dispositivos aptos para a amplificação do componente mental das escolhas quânticas feitas pelas moléstias que estão dentro da cabeça... Há evidência... de que o universo como um todo é hospitaleiro ao crescimento da mente... Portanto, é razoável crer na existência de um certo nível da mente, um componente mental do universo. Se acreditarmos nesse componente, então podemos dizer que somos pequenos pedaços do aparato mental de Deus”. (Freeman Dyson).

"É fácil encontrar entre os poetas, místicos e filósofos apoio para a natureza anímica, não-localizada, da mente; pode-se até acrescentar à lista alguns cientistas que, de quando em quando, se entretiveram com a ideia. Mas, é extremamente raro encontrar um cientista contemporâneo, respeitado entre os colegas por suas contribuições fundamentais a sua área, que tenha declarado em público que a mente é universal"...

Um tal indivíduo é Henry Margenau, Professor Emérito de Física e Filosofia Natural da Universidade de Yale. Completando uma carreira como eminente teórico tanto em física molecular quanto em física nuclear, o professor Margenau começou a investigar as bases filosóficas da ciência natural.

Hoje a maioria dos físicos levam vidas um tanto curiosas. Eles vêem a física de maneira totalmente utilitária – como uma ferramenta, como um meio para um fim. Esse modo de enxergar a ciência conduz a uma clara duplicidade de existencial. A visão de mundo da Física é radicalmente diferente daquela em que o físico – e nós – vivemos fora do laboratório. Quando ele guarda suas ferramentas no final do dia, deixa atrás de si aquela visão de mundo necessária ao uso desses instrumentos no laboratório, e assume outra, dominada p elo senso comum.
É claro que todas as pessoas possuem múltiplas visões de mundo que as orientam em diferentes circunstâncias, como no caso do homem de negócios que, no domingo, é um devoto, mas nos outros é cruel e impiedoso em sua conduta profissional.


Em todo caso, visões múltiplas da realidade são absolutamente necessárias para se permanecer vivo e operante neste mundo, conforme demonstrou o psicólogo Lawrence LeShan em seu livro ‘Altenate Realites’ [Realidades Alternadas]. A tarefa é sempre escolher o modo de encarar o mundo que melhor se ajuste à situação.


Seria impossível, e bastante insensato, viver coerentemente de acordo com uma só visão de mundo. Sabemos disso intuitivamente, e ninguém tenta aferrar-se à mesma visão da realidade o tempo todo. Quando trabalhamos, brincamos ou sonhamos, estamos constantemente assumindo e abandonando diferentes pressuposições sobre a realidade, embora possamos não fazê-lo conscientemente.

O professor Margenau ampliou a visão de mundo do laboratório de física, sugerindo que esta ciência alude a uma realidade significativa não apenas quando se faz física, mas também ao se fazer um lance no recinto da bolsa de valores, atravessar a rua e limpar a geladeira. Esta concepção é de longo alcance e a tudo inclui, contendo em si todas as visões de mundo auxiliares e utilitárias que assumimos e abandonamos em nosso dia-a-dia.



Recentemente, têm aparecido muitos livros sobre a “nova física” e sobre como este conhecimento pode relacionar-se com os assuntos humanos. Mas a contribuição de Margenau é singular. Sua obra, ‘The Miracle of Existence’ [O Milagre da Existência], é a mais vigorosa e excitante exposição surgida nos últimos anos, talvez desde as propostas de Schrödinger. As implicações espirituais revelam-se inequivocamente, pois não se trata apenas de um livro sobre física, mas de um livro sobre Deus.


Margenau usa o termo “Mente Universal”, que é equivalente à nossa mente não-localizada. Empregamos este último começo ao fim deste livro por conter ele uma neutralidade que “Mente Universal” não possui, devido às conotações religiosas que têm pesado sobre esta denominação.
Mas, na análise que segue, utilizaremos fundamental mente a própria terminologia de Margenau. O leitor pode trocar livremente o termo “universal” por “não-localizado”, sem cometer nenhuma injustiça para com as elevadas concepções desse cientista. “Unidade” e “unicidade” são a base da dieta diária do poeta e do místico. Mas por que os físicos, hoje, falam desses assuntos? Nossos físicos “viraram místicos”?

Uma das razões que justificam os físicos voltarem-se para essas questões é um “fato tão banal, conquanto peculiar, que não é capaz de causar espanto ao cientista moderno[:]... a igualdade das propriedades dos constituintes elementares da matéria”.

Todo estudante de escola primária sabe que há uma espantosa coerência e unidade na natureza. Todos os átomos de oxigênio, e todos os átomos de uma dada espécie, têm a mesma massa ou peso. Todos os elétrons têm a mesma massa, spin e carga, o que reflete uma precisão que nunca poderia ser atingida nas coisas feitas pelo homem. E isso é verdadeiro para todas as propriedades dos constituintes elementares da matéria.
Quando encontramos esta igualdade e unidade no mundo macroscópico do dia-a-dia –, por exemplo, no fato de as moedas e as cédulas serem do mesmo valor e os automóveis serem da mesma fabricação, ou na uniformidade do maquinário da linha de montagem-, de imediato supomos que foram planejadas pelo homem e, portanto, refletem a mente do homem.
“Não deveríamos fazer uma suposição semelhante, e não somos compelidos a fazê-la com respeito às entidades fundamentais da física atômica e nuclear... [embora] a inteligência que há por trás delas não seja a do homem [?]”






Margenau admite a resistência óbvia, emocional e racional que os cientistas ocidentais sentem em postular uma Mente Universal, da qual fariam parte todos os seres conscientes e “talvez todas as entidades que compõem o mundo”. E com intuito de tornar essa ideia “menos repulsiva ao físico moderno”, ele faz uma série de observações adicionais para atenuar o choque.
Há um aspecto na física nuclear recente, contido na atual teoria de medida, que implica algo como uma unicidade no mundo físico. Ao explicá-lo, Margenau faz uso do termo onta que ele emprega para designar “qualquer entidade seja lá qual for, especialmente quando ela desafia a intuição comum”. (Onta é o plural de on, palavra grega que significa “ser”).

As descobertas da física nuclear sugerem que, em certas situações, diferentes onta conseguem juntar-se, perdendo a sua identidade – uma clara sugestão de que a unicidade existe nos níveis mais fundamentais da natureza. Mas esta unicidade é complexa; pois, embora haja uma perda de identidade, os onta não se fundem numa total indistinguibilidade; eles ainda conservam o seu “número”. Assim, a individualidade persiste, paradoxalmente, no movimento que conduz à unidade deste nível da natureza.
Como exemplo, considere o comportamento dos nêutrons e dos prótons. Quando estão separados no espaço e, portanto, não interagem, um deles é neutro e o outro carrega uma carga positiva. Ao chegarem suficientemente próximos entre si “suas identidades desaparecem, suas propriedades se fundem, tornando-se então impossível uma distinção entre eles. Mas são ainda dois onta”.
Além disso, Margenau mostra que os cientistas de hoje admitem a existência de três forças fundamentais distintas entre os constituintes do mundo nuclear. A potência dessas forças depende da energia das entidades interagentes. À baixas energias de interação, sua potência difere enormemente.
“Estranhamente, porém, os valores das três forças quase equivalem-se em energias extremamente altas, se as teorias atuais estiverem corretas”. Mais uma vez, uma indicação de unicidade...

O que concluímos dessas observações? Átomos não são seres humanos e elétrons não são mentes. Há algum ponto de comparação entre as “unicidades” existentes nos níveis físico e mental? Margenau está convencido de que é possível falar, como físico, sobre a unicidade que abrange níveis distantes da natureza, devido às revelações da ciência moderna. Como evidência de que não está sozinho nesta convicção, ele arrola os pontos de vista de duas figuras centrais da física moderna, Werner Heisenberg e David Bohm. Pouco antes de morrer, Heisenberg publicou um artigo que continha a proposta de que certos conceitos fundamentais e mecanicista do senso comum, tais como “ser composto de” e “partes distintas designáveis”, podem não ter sentido para as realidades extremas com as quais a física procura lidar.


E o físico Bohm expressou a mesma opinião. “Assim”, disse ele, “chega-se a uma nova noção de totalidade ininterrupta, que nega a ideia clássica de analisabilidade do mundo em partes separadas e independentes”. E como o “pensamento particulado” desaparece no nível dos átomos, Margenau faz uma pergunta fundamental:
“Não seria esse tipo de negação [a negação da separabilidade em partes] necessária também para a consciência, para a mente, de modo que a questão das mentes separadas, contribuindo para ou formando a mente universal, pudesse tornar-se significativa? Alguns filósofos que contribuíram para os Vedas e os Upanishades responderiam afirmativamente, sem dúvida; e as afirmações dos místicos que fundiram-se em êxtase com Deus fornecem evidências adicionais para a natureza a-numérica das almas”.


Esses grandes cientistas sugerem que o conceito de totalidade não está limitado ao domínio atômico. Se o “pensamento particulado” é ineficaz ao nível atômico, também é inadequado ao nível mental. E o que é uma entre sem partes? É a Mente Una ou Mente Universal, o “Tao, Logos, Brahman, Atman, o Absoluto, Mana, Espírito Santo, Weltgeist, ou simplesmente Deus”...

Com que se “pareceria” uma Mente Universal?
 Margenau declara: “Seu conhecimento compreende não só todo o presente, mas também todos os eventos passados. Assim como o nosso pensamento pode analisar e conhecer todo o espaço, a Mente Universal pode viajar à vontade para trás e para a frente no tempo”.


Se a nossa mente faz parte dessa Mente Universal, então ela também é não-localizada no tempo e no espaço. Mas se é assim, por que nos sentimos tão localizados? Por que esta sensação tão esmagadora do presente e um tal sentido de confinamento a este espaço imediato? Por que nos sentimos tão individuais, trancados dentro do corpo? Por que deveríamos ficar tão atormentados, como temos estado por milênios, com a questão de termos ou não alguma liberdade de escolha, ou de o resultado do jogo ser ou não determinado já desde o início? Não são essas características que esperaríamos de mentes que são parte de uma Mente Universal não-localizada.


Margenau acredita que nossa noção de universalidade é obscurecida pelas limitações físicas do corpo. Porém, essas limitações não são absolutas, sendo que, durante toda a história, muitas pessoas conseguiram superá-las. Todas as grandes tradições espirituais estão repletas de evidências de que, se certas prescrições forem seguidas, a natureza divina, universal, não-localizada, emergirá...

Para Margenau, nossas vidas parecem permeadas pela incerteza porque o mundo, no nível invisível e silencioso dos processos subatômicos é incerto. Mas esta não é uma situação lastimável – de fato, é o oposto. Pois é justamente a incerteza do mundo que permite a possibilidade, pelo menos, do livre-arbítrio humano. Mas, além da incerteza, é preciso haver outro elemento, que é a escolha. Portanto, dois elementos são necessários, declara Marge nau, para fazer que a liberdade humana seja uma realidade: a escolha agindo sobre o acaso. [Devemos lembrar aqui: Karma, no sânscrito, significa escolha e ação].


Segundo Margenau, não há limites para o nível mais elevado da Mente: “A Mente Universal não tem fenda do tempo, nem muro individual; seu conhecimento não é limitado por probabilidades quânticas... A Mente Universal não precisa de memória, uma vez que todas as coisas e todos os processos – passados, presentes e futuros – estão abertos à sua apreensão”. [Extraído de ‘Reencontro com a Alma’, p. 140/151. Larry Dossey, M.D. Cultrix].





Pesquisas
Integrativas Interator, pesquisa e clipping, estudos
Gratidão ao Quadrante em fonte inspiradora.
Paz e um futuro encantador, Namasté!

Fontes culturais
http://dererummundi.blogspot.com.br/2015/10/ciencia-e-humanismo-visao-da-ciencia-de.html
http://www.lce.esalq.usp.br/aulas/lce306/Aula5.pdf
http://saturno.unifei.edu.br/bim/0033552.pdf
https://en.wikipedia.org/wiki/Lugu_Lake
http://www.zenite.nu/christiaan-huygens/
Costa, J. R. V. Christiaan Huygens. Astronomia no Zênite
Henry Margenau e a Mente Universal