Mostrando postagens com marcador autoconhecimento. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador autoconhecimento. Mostrar todas as postagens

8.11.14

Autoconhecimento pela matemática



http://www.sapientia.pucsp.br/tde_arquivos/14/TDE-2007-07-26T12:50:49Z-3913/Publico/Marco%20Aurelio%20Munhoz%20Cano.pdf



5.11.14

TOME A VIDA EM SUAS MÃOS

https://www.youtube.com/watch?v=5RZqE0pvsrE#t=49
http://youtu.be/5RZqE0pvsrE

Da real idade de viver a viver a realidade!

"Trabalhava pensando em descansar;
descansava pensando em produzir;
Tomava banho pensando em comer;
Comia pensando em deitar;
Adormecia pensando em acordar;
Acordava pensando em dormir...
Morreu pensando em viver."
Tales Nunes


Hipercomunicação * DNA

http://corpoconsciente.wordpress.com/2014/07/07/o-dna-tem-propriedade-telepatica-hipercomunicacao-do-dna




O DNA tem propriedade telepática? Hipercomunicação do DNA


dna-cinetistas-mediunicas (1)
“Nosso DNA é um biocomputador”, dizem cientistas russos.
A partir das últimas pesquisas, cientistas concluíram que o nosso DNA é receptor e transmissor de informações além tempo-espaço.
Segundo essas pesquisas, o nosso DNA gera padrões que atuam no vácuo, produzindo os chamados “buracos de minhoca” magnetizados. São “buracos de minhocas” microscópicos, semelhantes aos “buracos de minhocas” percebidos no Universo.
Estudos sobre “buracos de minhocas” (Pontes de Einstein-Rosen) estão sendo aprofundados com aintenção de comprovar que os mesmos funcionam como pontes ou túneis de conexões entre áreas totalmente diferentes no universo, através das quais a informação é transmitida fora do espaço e do tempo.
Para pesquisadores, o DNA atrai informação e as passa para as células, uma função que os cientistas consideram como a internet do corpo físico, porém mais avançada que a internet que entra em nossos computadores.
Em pesquisas realizadas no Departamento de Química do “Imperial College London” observou-se que há interações entre duas cadeias simples de DNA em sequências homólogas (similares) e estão investigando os possíveis mecanismos de reconhecimento e interações entre DNAs homólogos à distância.
Se esta e outras hipósteses similares forem comprovadas, significará que o DNA possui propriedades semelhantes ao que se poderia chamar de “telepatia interespacial e interdimensional”.
Em outras palavras, cientistas pesquisam a Hipercomunicação do DNA, partindo da ideia de que o DNA está aberto á diversos níveis de comunicação.
Pesquisas relacionadas à Hipercomunciação do DNA poderão explicar os mecanismos de fenômenos medíunicos como clarividência, cura á distância, intuição, telepatia, atos espontâneos de cura, auto cura e outros.
Na natureza, a hipercomunicação foi aplicada com sucesso por milhões de anos, organiznando fluxo de vida nos reinos dos insetos, por exemplo.
Reprogramação do DNA através da mente e das palavras
O grupo de Garjajev descobriu também que o DNA possui uma linguagem própria, contendo uma espécie de “sintaxe gramatical” própria, semelhante a gramática da linguagem humana, levando-os a investigar mais profundamente sobre a influência das palavras, da luz (laser) e do som sobre o DNA.
Estão verificando que o DNA responde bem a estas interferências, mostrando que o mesmo se altera diante de certas frequências, assumindo novos padrões.
Mais um “a parte” fora da ciência: Assuma o Comando do seu Ser!
Apesar de estarmos apenas começando, as pesquisas continuam – e se aprofundam, dia-a-dia. Vemos que muitos aspectos interessantes estão sendo desvendados. Os pesquisadores acreditam que ainda estão por descobrir muito mais.
Por enquanto, pelo sim, pelo não, as evidências científicas nos estimulam a continuarmos com as técnicas de afirmações positivas, cuidando dos nossos pensamentos e das imagens por geradas na mente, a fim de que as nossas transmissões sejam correspondentes a saúde, ao bem estar e a harmonia, enviadas não apenas ao DNA como também para todo o Ser!
Tenho certeza de que o nosso DNA agradece por suas informações positivas transmitidas a ele!
Que tal melhorar as suas transmissões verbais e mentais?
Comunique-se positivamente com seu corpo e reprograme seu DNA, enviando-lhes as frequências corretas!
Luz e Paz!
Tania Resende

Os sentidos

A nossa experiência no mundo depende fundamentalmente da nossa percepção. A percepção é um processo cognitivo, uma forma de conhecer o mundo. Embora todos os processos cognitivos estejam interconectados, a percepção é o ponto em que cognição e realidade encontram-se e, talvez, a atividade cognitiva mais básica da qual surgem todas as outras. Precisamos levar informações para a mente antes que possamos fazer alguma coisa com elas. A percepção é um processo complexo que depende tanto do meio ambiente como da pessoa que o percebe, e a essência desse processo é a experiência sensorial, a vivência da realidade por meio do Mundo dos Sentidos.



Quais são os nossos 12 sentidos?
Os Doze Sentidos e os sete processos vitais- Rudolf  Steiner
Rudolf Steiner o fundador da Antroposofia deu as 1ªs conferências sobre os sentidos em 1909 em Berlim*, e  pela primeira vez, e em oposição à habitual divisão dos sentidos em cinco, ele considera a existência de outros sentidos, no entanto só em 1916  define os doze sentidos, considerando o seu estudo a base da recém fundada Antroposofia (Antropos-Homem Sophia – sabedoria).
Vamos tentar resumir o tema que é extenso, rico e naturalmente necessita ser
vivenciado para ser melhor compreendido.
Dito isto podemos dividir os doze sentidos em 3 ESTRATOS:
1- Um estrato inferior Janelas para ter percepção do interior do corpo
O Sentido do Tato – o sentido do tato dá-nos a noção de nós próprios, contráriamente ao que possamos pensar o tato não nos informa sobre o mundo mas apenas sobre os nossos limites até onde sou EU.  Segundo R.Steiner o sentido do TATO permite-nos a sensação da presença Divina.
O Sentido da Vida – dá-nos a sensação de estarmos no corpo, fazemos parte dele, recebemos informação sobre o estado do corpo – bem estar, mal estar através do sistema nervoso simpático e parassimpático recebemos a sensação do estado atual do nosso corpo.
Com o sentido do tato sentimos as fronteiras do nosso corpo físico, o sentido da vida informa-nos sobre o estado dos processos metabólicos que formam nosso corpo vivo, algo que está em constante vir a ser.
No Sentido do Movimento – temos a sensação do nosso movimento, normalmente só temos “consciência” de um movimento após o termos efetuado, na verdade o movimento baseia-se no nosso músculo que necessita contrair certas zonas e descontrair outras para que o movimento nasça , é a noção do estado da nossa musculatura que nos é transmitido pelo sentido do movimento. Como imagem; a imagem da orquestra e do que se passa entre os vários naipes e o solista. * Para Rudolf Steiner o sentido do movimento transmite-nos a sensação de liberdade –o pássaro em nós.
O Sentido de Equilíbrio – é o sentido que tem um orgão especial que são os canais semicirculares no nosso ouvido interno , permite que ao movermo-nos de um lado para o outro não deixemos para trás o que vive no corpo. Quando me desloco carrego comigo o meu corpo – a sensação de paz interna é-me conferida pelo sentido de equilíbrio.
2- Os  Sentidos  Médios (exteriores)  > Janelas para ter percepção da natureza
O Olfato – o cheiro é-nos veiculado pelo elemento ar, eu cheiro porque o ar carrega substâncias que atuam sobre o nariz, existem mais de 4000 odores. p.ex: O olfato transporta-nos para memórias de infância. O que nós pensamos o animal cheira. O cão diferencia o mundo à sua volta através do cheiro
O Gosto ou Paladar – o gosto revela-nos as características das substâncias na medida em que elas estão dissolvidas na água. Existem 4 tipos de sabores que no fundo encontramos em todas as substâncias vivas – o salgado, o amargo, o ácido e o doce, estes 4 sabores estão presentes no mundo vegetal e também no mundo dos orgãos; o amargo do fel, o doce do sangue, o ácido no estômago.
A Visão – trata-se de um sentido complexo, mas no fundo o que a visão nos permite é a percepção das cores, mas nos olhos acabamos encontrando elementos de todos os sentidos inferiores, o tato, a vida, o equilíbrio, o movimento. A visão eleva de certo modo os 4 sentidos inferiores e ao fazê-lo permite ao Eu entrar em contacto com a luz do mundo.
O Sentido Térmico – o calor é uma substância em si, através do calor mantemos em equilíbrio o nosso mundo interno e assim permitimos à nossa organização do Eu viver. O sentido calórico não nos diz nada sobre a temperatura exterior mas sim sobre o equilíbrio entre o calor interno e externo.
3- Os Sentidos Superiores  >Janelas para ter percepções do outro ser humano
Nos Sentidos Superiores entramos numa área especificamente humana onde todos nós  somos uma irmandade.
Como humano queremos salientar o estado evolutivo da humanidade que se destaca dos demais reinos da natureza, apesar de ser pertencente a todos eles, o mundo físico, o mundo vegetal e o mundo animal.
O sentido da Audição – pela audição percebemos que cada elemento da natureza possui o seu próprio Tom, revelando a sua íntima natureza. Um metal soa diferente de um pedaço de madeira, assim como a voz humana se diferencia do som emitido por um pássaro.
Entramos em contacto com a íntima essência de cada ser.
O sentido da palavra – pela Palavra percebemos a concreta essência conceitual do pensamento humano.
O sentido do pensar – pelo sentido do pensar percebemos o pensar do outro e o nosso próprio pensar, o que nos permite sentir o Homem como um ser dotado da qualidade de formar conceitos a respeito do que no exterior vive e vivenciar os conceitos da sua própria existência.
O sentido do Eu - o sentido do Eu, nos possibilita sentir-nos unos com outro ser, passando a senti-lo como a nós mesmos. A possibilidade de nos percebermos como seres Humanos, verdadeiros, reais e espirituais, capazes de criar e de co-criar sem perder o conceito de sermos criaturas.



http://corpoconsciente.wordpress.com/

23.8.14

Apenas o campo branco.

O.branco  _ é o perdão.
O perdão ... não por perdoa algo ou alguém r...mas por
permitir um aprendiz reconhecer em humildade que as forças
interligadas são substancialmente mais fortes do que as opostas.
A harmonia.
A água e o óleo não se  misturam na alquimia.
Sobrepõem-se temporariamtne, agir em perdão tem agora novo
aprendizado,  pois é a alquimia  Master.
Em outros momentos, "tirar as pedras do coração"

Quando vejo o branco e perdoando em fluxo branco e

translúcido ...   removo a matriz pois onde é branco nada foi escrito ainda!


Mesmo  que não possamos ver no branco  ou se algo estava

apagado sob esse campo,  as cores firmam no propósito do

perdão em síntese...o branco tem todas as cores que não

podem expressar pois sairiam do equilíbrio, fundiram em

alquimia e registram em Luz o que podemos vibrar em paz.

O Quartzo Branco é o equilibrador por excelência.

Branco – Ajuda na purificação da mente e traz tranqüilidade e paz.

Atua  como organizador de novos estados de Alma em campos

da energia de prosperidade e vibrações que geram abertura

4.8.14

Cura prânica

http://almanaquemistico.blogspot.com.br/2013/04/o-que-cura-pranica-pode-fazer-por-voce.html

6.11.13

Órgão de choque - Stress


In: “A Compreensão Psicossomática do Órgão de Choque através do trabalho com Polaridades”
Dissertação de Mestrado do Núcleo de Psicossomática e Psicologia Hospitalar da PUC-SP



É fato que a literatura costuma referir-se ao “Órgão de Choque” como aquele que adoece com freqüência, o que recebe o impacto de uma vivência emocional, o que expressa e reage às “dores” implícitas, que estão inconscientes no indivíduo.
Também se sabe que essa “fragilidade” pode ser transmitida geneticamente, provocada através da história de vida, da alimentação, da cultura, do momento sócio-histórico, de condições climáticas, do aprendizado familiar; das emoções contidas, como medo, tristeza, frustração, ansiedade, culpa, ressentimentos e outras.
Enfim inúmeros fatores podem contribuir para que canalizemos a nossa expressão de dor a um órgão fragilizado, porém, poucas referências específicas sobre o órgão de choque foram encontradas.
O órgão de choque também é referido na literatura como órgão de impacto, “locus minoris resistentiae”, justificando a vulnerabilidade de um determinado órgão.
Há algumas referências sobre a fragilidade de determinados órgãos em situações de stress, citações sobre vulnerabilidade, e colocações de autores da Gestalt-Terapia; que se seguem. Porém não se encontrou na literatura algo específico sobre órgão de choque.


O Stress:
Desde os primórdios dos estudos de Stress, Hans Seyle, (1965) usou o termo Stress para nomear o “conjunto de reações que um organismo desenvolve ao ser submetido a uma situação que exige esforço para a adaptação”. O autor expõe que o organismo, quando exposto a um estímulo percebido como ameaçador à homeostase, tende a responder de forma uniforme e inespecífica, anatômica e fisiologicamente e a esse fenômeno Seyle chamou de “Síndrome Geral de Adaptação”.
Essa síndrome foi classificada em três fases: Reação de Alarme, Fase de Resistência e Fase de Exaustão.
A - Na reação de Alarme, o organismo, ao sentir-se ameaçado, prepara-se para a luta ou fuga, aumentando assim a freqüência cardíaca e a pressão arterial, permitindo maior oxigenação celular. Nesta fase, o baço se contrai, levando mais sangue à circulação, o fígado libera açúcares para gerar mais energia para os músculos e cérebro, a freqüência respiratória também aumenta dilatando os brônquios para captar e receber mais oxigênio. Além disso, as pupilas se dilatam, aumentando a eficiência visual e os linfócitos são aumentados na corrente sanguínea a fim de reparar possíveis danos ao tecido.
Essas reações são desencadeadas por descargas adrenérgicas da medula da supra-renal e da noradrenalina. Ao se extinguirem os agentes stressantes, as reações tendem a regredir até desaparecerem, porém, se o organismo for obrigado a manter seu esforço de adaptação, entrará na Fase de Resistência.
B - A Fase de Resistência caracteriza-se pela reação de hiperatividade córtico-supra-renal, mediada pelo diencéfalo e hipófise, com aumento no córtex da supra-renal, desencadeando a atrofia do baço e das estruturas linfáticas, leucocitose, diminuição de eosinófilos e surgimento de ulcerações. Ao persistirem os agentes agressores por repetição, ou por tornarem-se crônicos, o organismo entra em Fase de Exaustão.
C- A Fase de Exaustão é caracterizada pela diminuição de amplitude e antecipação das respostas, podendo gerar falhas nos mecanismos de defesa, dificuldade na manutenção de mecanismos adaptativos, perdas de reservas e morte.
Segundo Rodrigues e Gasparini, 1992, há doenças...
... em que notoriamente há um componente de esforço de adaptação, como por exemplo, nas úlceras digestivas, nas alterações dispépticas, crises hemorroidárias, alterações da pressão arterial (ditas essenciais), alterações na parede dos vasos sanguíneos, alguns tipos de doenças renais, alterações inflamatórias do aparelho gastrintestinal, diversas afecções dermatológicas, alterações metabólicas várias, manifestações alérgicas, artrites reumáticas e rematóides, perturbações sexuais, comprometimento do sistema imunológico e algumas alterações tiroidianas. (p.99)
A Vulnerabilidade:
Lazarus e Folkman, 1984, referem-se à vulnerabilidade como adequação dos recursos individuais e especificamente da vulnerabilidade física, um órgão pode tornar-se vulnerável ao sofrer um impacto, ou se um organismo não está exposto com freqüência à determinada bactéria ou vírus, pode tornar-se vulnerável a eles. A vulnerabilidade psicológica é determinada tanto pelo déficit de recursos, como pelo relacionamento entre o padrão individual de habilidade em proteger-se de ameaças. Assim, vulnerabilidade também se refere a uma susceptibilidade para reagir em amplas classes de eventos com stress psicológico, que é formado por uma variedade de fatores pessoais, inclusive compromissos, crenças e recursos.
Para Lazarus, Raymond e Vogel, 1959, quanto maior a força de um compromisso, mais a pessoa torna-se vulnerável ao stress psicológico nesta área.
Lazarus,1984, relata que as enfermidades mais sérias são para algumas pessoas não somente uma ameaça à vida, mas também uma razão aceitável para evitar situações adversas ou mesmo uma maneira legítima de pedir ajuda ou atenção. Essa segunda situação é conhecida por “ganho secundário” dos sintomas, que podem ser interpretados como exemplos de custos e benefícios derivados de padrões de compromisso individual que são de difícil ação, mas pelos quais a enfermidade é legitimizada. O autor afirma que a alta expectativa de um compromisso, com um mau desempenho, torna as pessoas vulneráveis ao stress, a vulnerabilidade caminha junto com o compromisso, ou seja, maior é a vulnerabilidade para o stress quanto maior for o valor ou compromisso assumido ou exigido. O conceito vulnerabilidade, para Lazarus, alcança especial utilidade quando o padrão de vulnerabilidade da pessoa é comparado com outros, e podemos dizer que uma pessoa reage ao stress mesmo em situações em que outras não reagem. Essa vulnerabilidade nunca é um resultado somente de pessoas ou variáveis do meio ambiente, portanto a terapêutica deve ser construída ao redor de áreas específicas de vulnerabilidade e inaptidão de coping (enfrentamento) do paciente, assim como dos pontos fortes.
Visão da Gestalt-terapia sobre órgão de choque:
Stevens,1977, ao falar sobre polaridades, ressalta a importância da interdependência e cooperação entre os opostos para que haja uma relação sadia e alerta, e explica que o conflito entre os dois lados manifesta-se em alguma parte do corpo em uma batalha contínua. O autor diz que o mau uso constante de certa parte do corpo, sem a consciência disto, é muitas vezes o que predispõe esta parte a falhar e tornar a doença muito pior do que seria normalmente. Para ele, todos nós sofremos algum grau de desarranjo psicossomático e sobrecarregamos alguma parte do nosso corpo.
Segundo Stevens,1977, o importante, nesses casos, é tentar ouvir o que os sintomas têm a dizer.
Ele o mantém fora de perigo, lhe dá descanso quando há trabalho demais, tira-o de atividades desagradáveis às quais você não diz “não”, chama a atenção dos outros, dá-lhe castigo “merecido”, ajuda-o a evitar tarefas desagradáveis, etc.? Qualquer que seja a sua descoberta a respeito do que o sintoma faz por você, você pode explorar algumas formas, que não sejam ficar doente, para alcançar os mesmos resultados.(p.114)
Assim, o autor sugere que seria melhor que cada um tomasse consciência das necessidades do seu corpo, já que ignorar o que acontece e não respeitar os limites pessoais possibilita a chegada da doença. “Se um sintoma lhe propicia atenção e cuidado de outros, talvez haja algum outro modo de pedir atenção e cuidado. Muitas vezes, quando esta segunda alternativa surge, o sintoma melhora e desaparece” (p.114) conclui o autor.
Stevens encerra, referindo-se aos diálogos entre as partes que favorecem um melhor conhecimento sobre si, por tornar menos fragmentado e revelando maior consciência de seu funcionamento, levando a pessoa a uma vida mais centrada, simples e menos confusa. Assumindo responsabilidades pelo que fazem, as pessoas tornam-se aptas a lidar e agir de modo direto e honesto, tornando as suas ações mais eficazes e menos autodestrutivas.
Ivancko,2004, relata que segundo o “modelo Simonton”, que utiliza as bases psicossomáticas para compreender o câncer, o stress emocional causa inibição no sistema imunológico causando distúrbios hormonais, provocando assim a produção de células imperfeitas e malignas. O processo de inibição do sistema imunológico se inicia de 6 a 18 meses antes do diagnóstico do câncer.
Assim, pode-se compreender o processo da doença, que antes de se manifestar fisicamente, iniciou-se com um processo de stress, que leva a uma baixa imunológica sem que se tenha a percepção do que está acontecendo no corpo, até que um dia surge um diagnóstico. Porém, o diagnóstico seria o final de processo que já havia se iniciado há tempos.
Segundo Schnake,1995, a Medicina Psicossomática nunca pode resolver o enigma de por que um determinado órgão adoece e na medicina clássica o “locus minoris resistentiae” não é aceito. A proposta da autora é de fazer contato de um modo mais vivo e verdadeiro com o corpo que somos e a partir disso aprender a escutar as mensagens que o corpo nos envia. Escutá-lo como um amigo que vai sinalizando nossas deficiências e fantasias do que não queremos ver e que ao “delatar” tais dificuldades em forma de sintoma, revela a nossa realidade.
O presente trabalho pretende verificar e explicitar o teor dessas emoções contidas, buscando a expressão do sintoma através da conscientização do mesmo através dos significados do próprio sujeito.
Conceituando o Órgão de Choque:
Em livros e artigos de Psicossomática, freqüentemente se discorre sobre a manifestação das doenças nos órgãos de choque, sobre a vulnerabilidade, o impacto do stress, sobre os efeitos sofridos pelo órgão, porém não se encontrou referências sobre o processo no qual se “elege” um órgão de choque ou algum conceito que o defina.
Na ausência de um conceito teórico de órgão de choque, faremos uma definição, no sentido de compreendermos o contexto do órgão de choque ao qual estamos nos referindo.
Em se tratando da área médica, é comum que se atribua à fragilidade do órgão, à questão genética ou à vulnerabilidade aos vírus e bactérias por deficiências imunológicas.
Na psicologia há uma tendência a buscar justificativas no stress, traumas, e perfis psicológicos. Nenhum dos caminhos estaria totalmente correto ou errado.
Iniciaremos levantando as seguintes questões:
Se o órgão herdou geneticamente alguma fragilidade, por que alguns indivíduos expressam esta herança e outros não?
Se a carga genética for determinante para eleger o órgão de choque, não existe modo de se esquivar de tal herança?
Se o ambiente pode influenciar na vulnerabilidade do órgão que sofrerá os impactos, por que no mesmo ambiente temos diversidade na eleição do órgão de choque?
Se as emoções influenciam para determinar o órgão de choque, toda carga emocional semelhante desencadearia impacto no mesmo órgão de choque?
Se a história de vida, fragiliza determinado órgão, indivíduos com história de vida similares teriam o mesmo órgão de choque?
Se a exposição a determinado vírus ou bactéria é um fator determinante para adoecer, por que alguns indivíduos adoecem e outros não?
O que na realidade pode determinar a “escolha” do órgão de choque?
A partir desses questionamentos, concluímos que não há um único fator determinante capaz de explicar por que um órgão adoece ou torna-se o órgão de choque.
Ao que parece, a determinação da eleição de um órgão de choque é multifatorial, assim buscamos contextualizar o conceito na visão da Psiconeuroimunologia.
Vasconcellos, 2000, diz que todo fenômeno é total e precisa ser refletido nas suas seis dimensões: físico, químico, biológico (fisiológico), psicológico (mental e emocional), social e espiritual.
Cada um desses aspectos tem influência na eleição do órgão de choque, alguns em maior proporção, outros interferem em menor grau, mas esta integração de dimensões seria o fator determinante na fragilidade e na saúde de um órgão.
Essa compreensão faz com que cada indivíduo seja único, contrariando diversas teorias que insistem em tentar determinar uma patologia através de perfis psicológicos ou através da genética com a tentativa de justificar o adoecimento.
Em outros tempos, a própria pesquisadora buscou este padrão, já superado pela psiconeuroimunologia, na tentativa de encontrar um perfil nas pacientes de endometriose.
De acordo com Ivancko,1997, não se pode negar que existem algumas semelhanças entre portadores de uma doença, porém outras pessoas com um mesmo perfil psicológico não desenvolvem a mesma patologia.
Acreditamos que um perfil psicológico ou uma origem genética para as patologias, evoca, para uns, o alívio por não fazer parte do perfil mencionado ou não carregar consigo uma carga genética favorável à determinada doença. Para outros, que possam ter um perfil semelhante ao direcionado a uma patologia ou uma herança genética, tais possibilidades podem gerar medo ou uma sensação de “condenação” diante da aparente impossibilidade de um destino a ser escolhido. Foi inclusive noticiado, nos meios de comunicação, uma mulher com aproximadamente 30 anos que se submeteu a uma mastectomia bilateral por receio de vir a ter um câncer de mama, já que a mãe e a irmã haviam tido o referido câncer.
Por nossa herança cartesiana buscamos certezas e muitas vezes encontramos incertezas, queremos a segurança de algo que nos diga se vamos ou não adoecer e de que mal. Porém, frente ao novo paradigma, nos reportamos a Capra, 1995, que relata: “A física do século XX mostrou-nos de maneira convincente que não existe verdade absoluta em ciência, que todos os conceitos e teorias são limitados e aproximados.” (p.53)
Sobre a saúde Capra, 1995, explicita:
O motivo da exclusão do fenômeno da cura da ciência biomédica é evidente.É um fenômeno que não pode ser entendido em termos reducionistas.. Isto se aplica à cura de ferimentos e, sobretudo, à cura de doenças, o que geralmente envolve uma complexa interação entre os aspectos físicos, psicológicos, sociais e ambientais da condição humana. Reincorporar a noção de cura à teoria e à prática da medicina, significa que a ciência médica terá que transcender sua estreita concepção de saúde e doença. Isso não quer dizer que ela tenha que ser menos científica. Pelo contrário, ao ampliar sua base conceitual, pode tornar-se mais coerente com as recentes conquistas da ciência moderna. (p.116/117)
Quando dizemos que cada caso é individual, único e que apesar de ter alguma semelhança com outros casos da mesma patologia, seja pelo fator genético ou social, psicológico ou espiritual, físico ou químico, estamos concordando com o autor acima, que ao expor a visão sistêmica, explica: “Embora possamos discernir partes individuais em qualquer sistema, a natureza do todo é sempre diferente da mera soma de suas partes.” (p.260) E conclui que: “Reducionismo e holismo, análise e síntese, são enfoques complementares que, usados em equilíbrio adequado, nos ajudam a chegar a um conhecimento mais profundo da vida” (p.261)
Para formarmos o conceito de órgão de choque, neste momento, podemos dizer que:
Em relação à eleição deste órgão, as causas são multifatoriais, isto é, não se pode determinar exatamente qual (is) fator (es) tem influência e em que medida, para que um determinado órgão sofra os impactos na busca da homeostase do indivíduo.
Faz-se necessário neste momento esclarecer sobre o conceito de homeostase. Segundo Perls, 1977:
A homeostase é portanto, o processo através do qual o organismo satisfaz as suas necessidades. Uma vez que as necessidades são muitas e cada necessidade perturba o equilíbrio, o processo homeostático perdura o tempo todo. Toda vida é caracterizada pelo jogo contínuo de estabilidade e desequilíbrio no organismo. Quando o processo homeostático falha em alguma escala, quando o organismo se mantém num estado de desequilíbrio por muito tempo e é incapaz de satisfazer as necessidades, está doente. Quando falha o sistema homeostático o organismo morre. (p.20)
Capra, 1995, também fala da homeostase como sendo um estado de equilíbrio dinâmico, transacional, e de muita flexibilidade onde o sistema tem um grande número de opções para interagir com seu meio ambiente.
Assim, podemos dizer que o órgão de choque é o órgão que delata a falha homeostática e de certa forma indica ao indivíduo que “algo” diferente está ocorrendo.
Além de denunciar a falha homeostática, podemos observar no órgão de choque uma característica temporal, ou seja, se o órgão em questão denuncia uma necessidade não satisfeita, não receberá mais impactos na medida em que o organismo satisfizer essas necessidades. O que ocorre é que alguns indivíduos satisfazem o processo homeostático em horas, outros em meses e outros levam a vida toda sem se dar conta de que essas necessidades existam ou que possam ser satisfeitas. Assim, um órgão de choque pode ser “eleito” por horas, meses ou por toda uma vida.
Em alguns casos o órgão de choque adoece a ponto de ter que ser retirado cirurgicamente. Nestes casos a energia que era canalizada ao órgão é deslocada a um outro órgão, pois a necessidade que aquele órgão, agora retirado, continha, não foi satisfeita, desta forma a energia será deslocada para outro órgão ou manter-se-á no local da amputação.
Sheldrake, 1995, estudando amputados e membros fantasmas, relata que:
O próprio corpo é organizado e invadido por campos. Assim como os campos eletromagnético, gravitacional e de matéria quântica, os campos morfogenéticos moldam seu desenvolvimento e mantém sua forma. (p. 119)
O que significa que amputar um órgão doente não altera o seu campo energético sob o ponto de vista dos estudos de física quântica.
Processo semelhante também é percebido quando há supressão medicamentosa e ocorre o deslocamento de sintoma, assim, popularmente acredita-se que houve uma cura, pois o sintoma inicial já não se apresenta, entretanto um “novo” sintoma aparece. O que ocorre é o órgão de choque ao sofrer um “impedimento” em se manifestar canaliza essa energia a um outro órgão.
Neste aspecto, Vithoulkas, 1981, ressalta que:
Para a eficácia de qualquer terapia é obvio que o médico deve cooperar com esse processo, sem jamais desviar-se dele.Como o mecanismo de defesa já está reagindo com a melhor resposta possível, qualquer desvio na direção da sua atuação terá inevitavelmente um menor grau de eficácia. É por isso que as terapias baseadas nas teorias intelectuais e na compreensão parcial da totalidade apenas podem inibir o processo de cura e, freqüentemente, produzir danos reais ao organismo através da supressão.(p. 137)
À luz da ciência os organismos extraem energia do meio ambiente, as plantas a absorvem do sol através da fotossíntese e os animais retiram energia química através da digestão dos alimentos e da respiração. Essa energia é acumulada em seus corpos e utilizadas para por em ação seus movimentos e comportamento.
Sheldrake, 1991, explica a energia:
... a vida envolve tanto um fluxo de energia, que pode ser entendido como um aspecto do fluxo de energia universal, como um princípio formativo, que dá a um organismo os propósitos em direção aos quais seus processos de vida são atraídos. (p.104)
Essa energia como princípio formativo é aquela a qual nos referimos quando falamos da energia canalizada ao órgão de choque.
Essa energia pode ser mobilizada por qualquer um dos pilares do hexágono: físico, químico, biológico (fisiológico), psicológico (mental e emocional), social e espiritual.
HEXÁGONO INTEGRATIVO

(figura 1) – ilustração - Ivancko 2006
Cabe aqui comentar que a medicina tradicional chinesa já tinha desenvolvido a noção de qi (ch’i), bastante semelhante com o conceito quantizado da física moderna.
Inclusive, Capra, 1995, comenta que: “... o ch’i é concebido como uma forma tênue e não perceptível de matéria presente em todo o espaço e que pode condensar-se em objetos materiais sólidos.” (p.162)
Assim o objetivo da acupuntura é estimular o fluxo do qi (ch’i) através de seus caminhos, os meridianos, para o restabelecimento da energia vital, a saúde.
A homeopatia de Hahnemann, atua principalmente no pilar da física e Vithoulkas, 1981, situa este pilar na visão homeopática, além de nos explicitar energeticamente o caráter temporal mencionado anteriormente:
... considerar a força vital do organismo humano em termos de vibração eletrodinâmica envolve, obviamente, um grau de complexidade enorme. A vibração resultante desse organismo complexo é, sem dúvida, altamente complicada, pois ela muda a cada momento não apenas em freqüência, bem como em amplitude. É por isso que o nível da força vital do organismo humano é considerado o plano dinâmico que afeta todos os níveis do ser de uma vez e em graus variados de harmonia e força. É um processo altamente complexo, fluido, flexível e energético, respondendo e afetando simultaneamente o ambiente circundante. (p.122/123)
A base da terapêutica de Hahnemann diz que o primeiro sinal de desarmonia ocorre no campo eletromagnético e este por sua vez aciona os mecanismos de defesa.
Vemos esse desencadear de fatos, como uma visão didática para explicar o fenômeno sob a óptica da homeopatia e questionamos mais uma vez se existe uma seqüência lógica no desencadear do adoecimento ou se todos os pilares do hexágono são mobilizados concomitantemente, mesmo que não estejamos observando-os.
Como vimos, qualquer um dos pilares do hexágono integrativo, ou a combinação deles, pode modificar o fluxo energético do indivíduo, porém neste momento e no presente trabalho estaremos focando uma única relação entre o biológico e o psicológico e vice-versa. Ressaltamos que não há como ignorar todas as outras relações do referido hexágono, porém nos propusemos a um olhar mais cuidadoso ao órgão de choque e sua relação com o funcionamento psíquico do sujeito, fazendo um recorte no foco que desejamos observar.
Considerando o pilar psicológico e dentro dele, focando as emoções e sentimentos, iniciamos com uma citação de Pierrakos, 1990:
...as emoções positivas e negativas fluem na mesma corrente de energia. Elas diferem apenas pela qual a corrente é acelerada ou desacelerada – na sua carga energética ... As interações entre os indivíduos criam um intercâmbio mútuo de emoções, energias e experiências. Essa interação expressa mutualidade, que é um movimento que unifica diferentes partes num todo. Leva à capacidade de manter o prazer e de manter maior movimento de energia no corpo. A energética da Essência enfatiza a importância de assumir total responsabilidade pela própria realidade física e principalmente compreender a falta de conexão com o fluxo de energia no corpo,ou a falta de fluxo que aparece nos blocos de energia. (p.272/273)
Vários autores, incluindo Pierrakos, 1990 e Goleman, 1999, referem-se a emoções negativas ou positivas. O segundo autor cita inclusive que:
... o peso dos dados científicos mostra que o vínculo entre as emoções e a saúde é particularmente forte no caso dos sentimentos negativos: raiva, ansiedade e depressão. Esses estados quando intensos e prolongados, são capazes de aumentar a vulnerabilidade à doença, piorar os sintomas ou retardar a recuperação. Por outro lado, estados mais positivos como a equanimidade e o otimismo parecem exercer um efeito salutar sobre a saúde – embora dados sobre o impacto na saúde das emoções positivas não sejam tão fortes quanto o caso das emoções negativas. (p.43)
Quando se classifica as emoções como positivas ou negativas, culturalmente impregnadas de um cunho valorativo ou pejorativo, estamos direcionando o indivíduo para o que ele deve ou não sentir, por isso preferimos chamá-las de prazerosas e não prazerosas, onde o referencial de classificação fica por conta do próprio indivíduo que as sente.
Também nos chama a atenção de que emoções podem ter razões evolucionárias e ou transformar-se em estímulos- emocionais –competentes (eec – denominação de Damásio) no curso da experiência individual (inclusive podem ser estimuladas pela memória ou evocação imaginativa), como relata Damásio, 2004. Segundo o autor, das áreas cerebrais mais importantes identificadas como desencadeadoras de emoção, encontramos a amídala, córtex pré-frontal ventromedial, prosencéfalo basal, hipotálamo e núcleos do tronco cerebral.
Os sentimentos, pensamentos e imaginação são registrados nas regiões do córtex cerebral, em especial os córtices do lobo frontal no polo frontal e das regiões laterais. Damásio, 2004, salienta que também monitorou vários parâmetros fisiológicos que se manifestavam no início da fase de sentimentos, assim como ritmo cardíaco e condutância cutânea no momento atuante da emoção, seguidos por alterações de temperatura corporal, estados de dor, o corar da pele, arrepios, comichão, sensações viscerais e genitais, estado da musculatura lisa dos vasos sanguíneos e das paredes das vísceras, o pH local, nível de glicose, osmolaridade e presença de agentes inflamatórios, no momento em que o indivíduo identifica os sentimentos.
A partir da sensação da emoção que ocorre no sistema límbico, podemos, por vezes, orientar corticalmente alguns comportamentos posteriores à reação límbica, mas não podemos impedir a emoção.
Nosso corpo está preparado para receber os impactos, inclusive liberação hormonal das emoções intensas. O que pode causar falhas homeostáticas são os estados intensos e prolongados, como referiu Goleman,1999.
Ao que se refere às emoções, Pert, 1999, apresentou resultados de pesquisas que demonstram que agentes bioquímicos são o substrato fisiológico das emoções. A autora relata que as células se comunicam através das sinapses e que os peptídeos têm a habilidade de se ligarem a outros peptídeos e neuropeptídeos transmitindo informações. Assim os neuropeptídeos, nomeados de “moléculas de emoção” pela autora, percorrem todos os sistemas do nosso corpo, parecendo-se com micro cérebros móveis, levando informações de emoções para todas as células.
O primeiro tipo de ligação contém os neurotransmissores clássicos, são pequenas moléculas de difícil controle, conhecidas como acetilcolina, norepinefrina, dopamina, histamina, glicina, GABA (ácido gama- aminobutirato) e serotonina.
A segunda categoria de ligações é composta por esteróides que se iniciam como colesterol e através da bioquímica podem se transformar em hormônios sexuais: testosterona, estrógeno e progesterona ou em outros tipos de hormônios como o cortisol que são secretados pelas glândulas adrenais quando o indivíduo está sob stress.
A terceira categoria é a que Pert, 1999, classificou como as “moléculas de emoção”. Esses receptores são moléculas compostas por ínfimos aminoácidos, ou seja, proteínas, que se aglomeram na membrana celular esperando que a chave química certa chegue a eles através do fluido extracelular. A chave química, ao se ligar ao receptor, transmite a informação que ela carrega e assim se estabelece a ligação. Ao receber a mensagem, o receptor a transmite ao interior da célula, assim, esta célula pode ser modificada bioquimicamente, podendo provocar no indivíduo mudanças de comportamento, atividades físicas ou mesmo de humor.
Há controvérsias entre os autores em se distinguir, classificar e enumerar emoções e sentimentos. Adotaremos o conceito de Damásio, 2004, que diz que as emoções precedem o sentimento e justifica da seguinte forma: “As emoções foram construídas a partir de reações simples que promovem a sobrevida de um organismo e que foram facilmente adotadas pela evolução” (p.37)
E quando o autor se refere às emoções primárias, elege as seguintes emoções:
medo, raiva, nojo, surpresa, tristeza e felicidade.
Convidamos, neste momento, o leitor a fazer uma observação a partir de suas próprias emoções, respondendo como se sente e que sensações corporais seriam percebidas em situações como essas:
1) Passeando no zoológico e ao passar pela jaula do leão percebe que não há
leão, vê a porta da jaula aberta e há sinais de sangue próximo ao local.
2) Acordando de manhã para trabalhar, saindo atrasado, vê o pneu do seu
carro furado.
3) Alguém dá um forte espirro e você é atingido pelo catarro.
4) Tocam a campainha de sua casa, você abre a porta e encontra uma cesta
de flores.
5) Receber a notícia do falecimento de um bom amigo.
6) Saber que aquele encontro tão esperado foi marcado.
Se ficarmos atentos à emoção, poderemos observar que nosso corpo reage a elas de modos distintos, depois nomeamos a emoção e passamos ao sentimento que a emoção nos trouxe, assim como expressamos uma reação à emoção e ao sentimento.
Quanto ao pilar social, vemos o ser humano envolvido em sua época, país em que vive, cultura, política, economia, crenças, costumes, família, trabalho, relações sociais, lazer, relações familiares entre outros aspectos. Prefiro não me estender em cada um desses itens que são de extrema importância, mas também familiares ao leitor.
Quero ainda falar do último, porém não menos importante pilar do hexágono integrativo: a espiritualidade. Espiritualidade esta, desvinculada de religiosidade, de crenças impostas, mas produto de uma reflexão pessoal, íntima e profunda.
Quando pensamos em espiritualidade, nos vem em mente um poder criador, a natureza, respeito a si e ao próximo, a ética, a moral, integridade, ciência, amor, dignidade e tantas outras possibilidades, que seria difícil enumerá-las.
Ao se falar de espiritualidade, é indispensável que se cite Frankl,1978, cujos trabalhos científicos estão sempre calcados neste aspecto. Assim explica o autor que: “... o físico é dado pela hereditariedade – o psíquico é dirigido pela educação; o espiritual, contudo, não pode ser educado, tem que ser realizado – o espiritual “é” só na auto-realização, na “realidade da realização” da existência.” (p.131)
O autor, como existencialista, reflete sobre a liberdade e conclui que:
Poderíamos ainda dizer o seguinte sobre a liberdade do espiritual: já por definição, espiritual é apenas a parte livre do homem. Chamamos de “pessoa” a priori, geralmente, só que ao que se comporta como ser livre. A pessoa espiritual é, no homem, o que se pode opor sempre e em qualquer tempo a cada posição, não só no exterior como no interior. “Posição interior” é, todavia, justamente a que se identifica como “disposição” (com isso, designa-se, de passagem, algo de equivalente ao “caráter”). (p.159)
Agora vejamos a posição do biólogo, Sheldrake,1991, falando da espiritualidade:
Num mundo mecanicista, a adoração à natureza não faz sentido... Tudo o que importa é tentar entender a natureza de modo que ela possa ser controlada para servir a finalidades humanas. No processo evolutivo e na evolução da vida sobre a Terra, ela é imensamente mais criativa do que o homem. Ela é a fonte da vida, e gera miríades de formas com criatividade inexaurível. Ela abrange todos os processos materiais; ela é o fluxo cósmico de energia; ela está em todos os campos físicos; ela é o acaso, e é a necessidade impiedosa. Na verdade, se Deus não existe, ela é tudo. (p.192)
Sheldrake,1991, volta a afirmar a existência de Deus:
Num contexto cristão, pode-se imaginar que os campos são um aspecto do Verbo e que a energia é um aspecto do Espírito. Se o Verbo e o Espírito de Deus são imanentes no domínio da natureza e imanentes no processo criativo, então Deus deve estar evoluindo junto com a natureza. Ao mesmo tempo, Deus, de certa forma, dá a esse processo o seu propósito global... (p.201)
Também incluímos Hawking, 2000, questionando sobre o criador após profundas explanações sobre a física quântica:
Mas se o universo for totalmente autocontido, sem singularidades ou limites e completamente descrito por uma teoria unificada, haverá profundas implicações no papel de Deus como criador. Einstein uma vez formulou uma pergunta: ‘Que nível de escolha Deus teria tido ao construir o universo?’Se a proposta do não limite for correta, ele não teve qualquer liberdade para escolher as condições iniciais. Teria tido, ainda naturalmente, a liberdade de escolher as leis, a que o universo obedece. Isto, entretanto, pode realmente não ter sido um grau assim tão elevado de escolha; pode ter sido apenas uma, ou um pequeno número de teorias completas unificadas, tal como a teoria da corda heterótica, que são autoconscientes e permitem a existência de estruturas tão complexas quanto os seres humanos, que podem investigar as leis do universo e fazer perguntas acerca da natureza de Deus. (p.236/237)
Para encerrar, Goswami, 2000, em entrevista na TV Cultura do Brasil relatou como a ciência atual, em especial a física quântica, explica a presença de Deus:
Eu diria que a revolução que a física quântica trouxe com três conceitos revolucionários: movimento descontínuo, interconectividade não localizada e finalmente somando-se ao conceito de causalidade ascendente da ciência newtoniana normal, o conceito de causalidade descendente; a consciência escolhendo entre as possibilidades, o evento real, esses são os três conceitos revolucionários. Então se houver causalidade descendente, se pudermos identificar essa causalidade descendente, como algo que está acima da visão materialista do mundo, então Deus tem um ponto de entrada. Agora sabemos como Deus, se quiser a consciência, interage com o mundo. Através das possibilidades quânticas.
Desta forma que Goswami, 2000, inicia sua entrevista e afirma que em breve, Deus será objeto da ciência e não mais da religião.
Levando-se em conta os seis pilares do hexágono integrativo, vamos concluir a conceitualização do Órgão de Choque.
1) O Órgão de Choque tem causas multifatoriais.
2) O Órgão de Choque pode ser mutável e temporal.
3) O Órgão de Choque recebe a carga energética advinda de disfunções do organismo, delatando uma falha homeostática.
4) O Órgão de Choque não é necessariamente um órgão doente.
5) Levanta-se a hipótese de que um órgão de choque possa se tornar um órgão doente depois de receber sucessivos impactos energéticos.
6) Se tratarmos o Órgão de Choque estaremos cuidando da profilaxia.
Profilaxia nos parece ser uma palavra de ordem em direção à saúde. A medicina atual tem caráter curativo, busca soluções para os problemas já instalados, mas com exceção do caso das vacinas, preventivas, não vivemos numa cultura de saúde profilática.
Concordamos com Capra, 1982, que qualquer mudança no sistema de saúde necessitaria de uma política econômica e social diferentes, pois o atual sistema tornou-se a principal ameaça à nossa saúde.
O autor propõe um caminho para a saúde bastante árduo, porém dentre os objetivos propostos por ele, incluímos o nosso trabalho sobre órgão de choque, onde Capra, 1982, diz: “O objetivo da educação para a saúde será fazer com que as pessoas entendam como seu comportamento e seu meio ambiente afetam sua saúde e ensiná-las a enfrentar o estresse em sua vida cotidiana.” (p.326)
Bibliografia:
CAPRA, F. O ponto de mutação. São Paulo: Cultrix, 1995.
DAMÁSIO, A. Em busca de Espinosa: prazer e dor na ciência dos sentimentos.São Paulo: Companhia das Letras, 2004
FRANKL, V.E. Fundamentos Antropológicos da Psicoterapia. Rio de Janeiro: Zahar, 1978
GOLEMAN,D. (org.) Emoções que curam. São Paulo: Rocco, 1999
GOSWAMI, A. Ciência e Espiritualidade. São Paulo: TV cultura-Fundação Padre Anchieta- Programa Roda Viva, 2000. VHS, (90 min). Son. Color. (Fita de vídeo)
HAWKING, S.W. Uma breve história do tempo.Rio de Janeiro: Rocco, 2000
IVANCKO, S.M Endometriose, uma doença Psicossomática. 1997. Monografia (Especialista em) Instituto Brasileiro de Estudos Homeopáticos em extensão com a Universidade Estadual de Ribeirão Preto, São Paulo.
______________ E o Tratamento se Inicia na Sala de Espera... in: _____ ANGERAMI-CAMON, V.A. (org). Atualidades emPsicologia da Saúde. São Paulo: Tomson, 2004. p.61-84
LAZARUS,R.S.&FOLKMAN,S. Stress, appraisal and coping. New York: Springer Publishing, 1984.
PERLS, F, A Abordagem Gestáltica e Testemunha ocular da Terapia.1ªed. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1977.
PERT, C.B. Molecules of Emotion. New York: Touchstone Book, 1999
PIERRAKOS, J.C. Energética da Essência (Core Energetics).13ª ed. São Paulo: Pensamento,1990
RODRIGUES,A.L.;GASPARINI,A.C.L.F. Uma perspectiva psicossocial em Psicossomática: via estresse e trabalho. In: _____ MELLO FILHO,J. et al. Psicossomática Hoje. São Paulo: Artes Médicas, 1992 p. 93-107
SHELDRAKE, R. Sete experimentos que podem mudar o mundo. São Paulo: Cultix, 1995
_______________O Renascimento da Natureza. São Paulo: Cultrix, 1991
Schnake Silva, A. Dialogos del Cuerpo. 1ªed. Santiago do Chile: Cuatro Vientos, 1997
_________________ La voz del Síntoma. 2ªed. Santiago do Chile: Cuatro Vientos, 2002
SEYLE,H. Stress – A Tensão da Vida. 2ªed. São Paulo: IBRASA, 1965.
STEVENS, J.O. Tornar-se Presente- experimentos de crescimento em gestalt-terapia.3ªed. São Paulo: Summus, 1977
VASCONCELLOS, E. G. Tópicos de psiconeuroimunologia. Ipê Editorial: São Paulo, 2000.
VITHOULKAS, G. Homeopatia: Ciência e cura. São Paulo, Cultix, 1981
VOGEL W., RAYMOND, S. & LAZARUS, R.S. Intrinsic motivation and psychological stress. Journal of Abnormal and Social Psychology, Washington, DC , 1959, 58(2), 225-33.







http://textosextras.blogspot.com.br/2012/01/orgao-de-choque.html