Mostrando postagens com marcador transferência em transcomunicação. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador transferência em transcomunicação. Mostrar todas as postagens

30.11.15

TRANS * COMUNICANDO



Recentemente, em Outubro de 2015 em uma dinâmica de linguagens
holísticas 2,  deixei recados entre os exercícios internos para abertura
de uma linguagem que está apontando com muita diferença ao interior humano. O momento da chamada ( Trans _ formação da Trans_missão comunicada, antes em Transdução e canalizando as propostas sobre a 
especial holografia sobre o Alimento que nutre nossa mente, corpos sutis e o físico.

Agora em pesquisa uma especial Transferência de dados científicos
surgiu:

Transhumanismo: 

a ficção científica na realidade 

(parte 1)



Achou o título estranho? É porque não paramos para reparar, mas, por mais que ainda usemos o termo “ficção científica”, nós já vivemos dentro dela… Ou viveremos muito em breve. E não estamos falando aqui apenas de carros levitantes, mochilas a jato ou viagens no tempo, mas de mudanças na condição humana em si. Aqui entra o conceito de Melhoramento Humano, definido por Nick Bostrom, filósofo e neurocientista da Universidade de Oxford, como:
 O uso da razão, através de tecnologias, para melhorar fundamentalmente a condição humana, aumentando a longevidade e aumentando as capacidades físicas, intelectuais e psicológicas, além da simples ‘cura’. (Bostrom, 2012)



ficcao-cientifica-realidade
Já não somos mais tão independentes de tecnologias quanto gostaríamos de ser. E alguns pensadores alertam: já não existe mais tanta diferença entre ficção científica e realidade.

De forma simples, seria o uso da tecnologia para dar aos humanos capacidades super-humanas. Consequentemente, o uso de ferramentas altamente tecnológicas não entraria no conceito. Da mesma forma, não entraria nisso o uso, por exemplo, depróteses para recuperação da memória em pacientes traumatizados (como citamos aqui em outro artigo).  Apesar de isso envolver muita tecnologia, o aparelho não deixaria a pessoa com memória sobre-humana, apenas teria um efeito terapêutico.
Já o uso de drogas que melhoram a atenção (por pessoas saudáveis e que não necessitariam delas) já poderia ser considerado Melhoramento Humano. Parece familiar? É porque muitas pessoas já fazem isso com o metilfenidato (Ritalina®), medicação originalmente designada para o tratamento do TDAH.

O que é Transhumanismo?

Ao mesmo tempo incrível e assustador, o Transhumanismo é a vertente científica-filosófica que estuda o Melhoramento Humano e suas implicações éticas e morais. Ele também se aprofunda nas relações entre a humanidade e a tecnologia crescente que nos circunda, vislumbrando o que pode vir de bom e ruim no futuro.
transhumanismo

De onde ele veio?

Ao contrário do que pensamos, esse tipo de pensamento não é algo que surgiu no século XXI. Na verdade, a vontade de ultrapassar os limites humanos está presente na humanidade há muito (e muito) tempo. Basta olhar para a História.
Na Antiguidade, um velho conto babilônico, o Épico de Gilgamesh, conta a história de um herói que viaja em busca de uma erva que, supostamente, garantiria a imortalidade a quem a ingerisse. Da mesma forma, alquimistas na Idade Média buscavam o Elixir da Vida e navegadores passavam anos tentando encontrar a famosa Fonte da Juventude, ambos com o mesmo poder de garantir uma longevidade eterna.
O Transhumanismo moderno tem raízes já no Renascimento, quando iniciou-se um profundo desejo de conhecimento e valorização do ser humano. Com a Revolução Industrial, o ser humano passou a modificar o meio e começaram a surgir as diversas tecnologias progenitoras das maquinarias e circuitarias modernas. Nesse momento, surge a pergunta “Se com as tecnologias podemos mudar o meio, podemos mudar também o ser humano?”.
E então, com os séculos XX e XXI, surgem as ficções científicas para dar forma a essas “fantasias”, que não demorariam tanto para começar a ser realidade. Em 2005, surgiu a primeiro grupo dedicado ao Transhumanismo e que deu forma ao conceito: o Instituto Futuro da Humanidade.

As organizações Transhumanistas

oxford-transhumanismoO Instituto Futuro da Humanidade foi fundado em 2005 na Universidade de Oxford por Nick Bostrom (o mesmo citado mais acima) e colegas. O instituto realiza pesquisas sobre o uso de tecnologias para melhora das capacidades humanas, bem como se dedica à reflexão dos riscos e benefícios envolvidos nelas e todas as suas implicações éticas. O instituto até mesmo emitiu, em 2009, a Declaração Transhumanista, que deixa claro os objetivos do Transhumanismo e as razões pelas quais ele é buscado e estudado.
E para quem acha que o Brasil fica para trás: o Instituto Ética, Racionalidade e Futuro da Humanidade (IERFH) seria a versão brasileira do Instituto Futuro da Humanidade. O IERFH é responsável pela divulgação do ideal, inclusive com jornadas científicas, projetos de valorização (como o “Direito Transhumanista”) e mesmo blogs para maior proximidade com o público.
IERFH



Jornada Transhumanista
O tema da II Jornada Transhumanista organizada pelo IERFH foi “O direito de ir além”.

E quais são os ideais?

São vários os campos de atuação do Transhumanismo. Em geral, ele atua sobre 3 princípios mais básicos: a Super-Inteligência, a Super-Longevidade e o Super-Bem-estar (não se restringindo a estes, apenas). O vídeo a seguir (acessado por este link), de uma empresa britânica responsável por esse tipo de desenvolvimento tecnológico no país (B.I.O.P.S.), explica de forma didática os conceitos.



super-longevidade-inteligência-bem-estar
Assim como a organização B.I.O.P.S., várias outras entidades Transhumanistas trabalham sobre o tripé da Super-Longevidade, Super-Inteligência e Super-Bem-estar.

Conforme você notou pelo vídeo, o Transhumanismo levanta questões que podem parecer ilógicas, mas que também têm uma base sólida.
A Super-Longevidade compara o envelhecimento a uma doença: ele mata milhares de pessoas anualmente. Então, por que não investir em tecnologias para combatê-lo e, quem sabe, eliminar a morte pela idade? O Super-Bem-estar visa eliminar por completo as doenças e talvez, mais além que isso, eliminar toda e qualquer forma de sofrimento para que tenhamos vidas plenas e felizes. E a Super-Inteligência, visa aperfeiçoar a capacidade cognitiva humana para que possamos avançar ainda mais no aprendizado e no desenvolvimento de tecnologias.

As reflexões

O objetivo deste artigo não é falar a favor ou contra o Transhumanismo. Na verdade, esse é um assunto muito polêmico, que encanta e assusta ao mesmo tempo quando o estudamos mais a fundo.
Sempre sobram várias perguntas. Até que ponto é possível interferir na condição humana por meio da tecnologia? Até que ponto devemos fazer isso? Valeria a pena? Quais seriam as consequências disso?
Poderíamos todos viver para sempre, mas isso não causaria uma crise populacional no mundo? Ou teríamos como contornar esse problema e a super-longevidade seria a solução para vários de nossos problemas?
É possível mesmo eliminar todo o sofrimento? A que custos isso seria feito? O sofrimento não é necessário ou útil de alguma forma? E, mesmo assim, não seria o super-bem-estar o caminho para sermos plenamente felizes?
E a super inteligência, valeria a pena? Ela poderia realmente melhorar muito nossas capacidade de trabalho e tornar exponencial o crescimento tecnológico e científico. Mas, é possível que todos tenham acesso a isso? E se nem todos tiverem acesso a essas tecnologias? Manteríamos a ética e a moral, ou estaríamos gerando desigualdades?
Esse é realmente um assunto muito delicado…
Agora, você deve estar pensando: “Qual é a relevância de pensar sobre isso? Isso é tudo coisa de ficção científica. Ainda vai demorar muito para chegarmos nesse ponto”. Se sim, prepare-se: a Parte 2 desse artigo vai te deixar de cabelo em pé. O limite entre ficção científica e realidade não é mais tão claro quanto se imagina.
Pode parecer coisa de ficção científica: pessoas com desenvolvimento de raciocínio fora do comum, ou capazes de levantar um carro com uma mão, ou com uma memória prodigiosa. Se sua definição do que é ser humano é purista, ou seja, sem intervenção de fontes externas, é bom abrir os olhos: quase ninguém mais é.
– Marcelo Gleiser (via Folha de S. Paulo)