1.5.11

EP # Cristais


Os cristais, desde as culturas antigas do mundo, eram usados para curar e equilibrar o ser humano. Na cultura antiga da Índia, Grécia e Egito, os cristais eram usados para energizar remédios e auxiliar na medicina, trazendo a cura para muitas pessoas.Compreendendo os Cristais:
          Como a maioria dos cristais são formados por minerais, com poucas excessões, nós devemos nos preocupar com a origem e estrutura destes minerais. Os minerais podem ser formados de diversas maneiras:
  • magma e gases incandescentes do interior da Terra ou em torrentes de lava vulcânica que alcançam a superfície terrestre ( minerais magmáticos)
  • cristalizações de soluções aquosas ou crescem com o auxílio de organismos sobre ou perto da superfície terrestre( minerais sedimentares)
  • recristalização de minerais já existentes, sob grandes pressões e altíssimas temperaturas, formados nas regiões mais inferiores da crosta terrestre( minerais metamórficos).
          A composição química dos minerais é representada por fórmulas que não incluem as impurezas, mesmo que estas afetem a cor parcial ou totalmente, como as substâncias pigmentantes tais como o cobre, o ferro, etc.
          Quase todos os cristais crescem em determinadas formas cristalinas, ou seja, eles são corpos sólidos e homogêneos com um retículo regular de átomos, íons e moléculas arranjados geometricamente com seus contornos externos delimitados principalmente por superfícies lisas ( faces ).
          O estudo destes corpos sólidos e das leis que governam o seu crescimento, forma externa e estrutura interna, chama-se cristalografia. Na cristalografia, os cristais são divididos em sete sistemas cristalográficos diferentes, onde ângulos e eixos se entrecortam de maneira específica.
A estrutura interna dos cristais
          O fato mais importante e fundamental relativo a uma substância cristalina é que suas partículas são dispostas de maneira ordenada, em unidades tridimensionais que se repetem indefinidamente, formando o retículo cristalino, assim como os ladrilhos formam uma calçada. Essas unidades formadoras do cristal são chamadas celas unitárias. O retículo é definido pelas três direções e pelas distâncias, ao longo delas, nos quais a cela unitária se repete. Experiências realizadas por Bravais, em 1848, demonstraram que, geometricamente, são possíveis apenas 14 tipos de retículos espaciais. Outras combinações de pontos destroem aquilo que o retículo exige: que a vizinhança em torno de cada ponto seja idêntica àquelas em torno de todos os outros pontos. Veja alguns dos tipos de cela unitária existentes:

cubo

Prisma Tetragonal

Bipirâmide

Prisma Hexagonal


Bipirâmide Hexagonal
A forma externa dos cristais:
          O agrupamento das celas unitárias de um cristal é o que define sua forma geométrica externa. Para isso influem diversos fatores naturais, tais como a temperatura, a pressão, a natureza da solução, a velocidade do crescimento do cristal, a tensão superficial e a direção do movimento da solução. Não é raro achar em uma dada localidade muitos cristais do mesmo mineral, tendo todos a mesma aparência. Todavia, cristais do mesmo mineral procedentes de outras localidades podem ter aparência inteiramente diferente. São construídos com as mesmas celas unitárias, mas agrupados de tal modo que produzem uma forma externa diferente.
Eixos cristalográficos:
          Todos os cristais mostram, pelo arranjo de suas faces, uma simetria definida, o que permite agrupá-los em diferentes classes. Ao descrever os cristais, achou-se conveniente tomar, segundo os métodos da geometria analítica, certas linhas que passam pelo centro do cristal como eixos de referência. Estas linhas imaginárias chamam-seeixos cristalográficos, e se tomam paralelamente às arestas de interseção das faces principais do cristal. As posições dos eixos cristalográficos são mais ou menos fixadas pela simetria do cristal, pois na maior parte dos cristais elas são eixos de simetria, ou perpendiculares ao plano de simetria.
          Veja algumas propriedades fisícas dos cristais:
Pleocroísmo:
          Alguns minerais possuem uma absorção seletiva da luz nas diferentes regiões cristalográficas, podendo, assim, aparecer com várias cores, quando vistos em diferentes direções na luz transmitida. Conhece-se esta propriedade como pleocroísmo. Exemplos comuns são a turmalina, a cordierita e o espodumênio.
Luminescência:
          Denomina-se luminescência qualquer emissão de luz por um mineral, que não seja o resultado direto da incandescência. Na maioria dos casos a luminescência é tênue, podendo ser observada somente no escuro. Existem vários tipos de luminescência:
  • Triboluminescência - O mineral se torna luminoso ao ser esmagado, riscado ou esfregado. Geralmente são minerais não-metálicos, anidros e de boa clivagem. Ex: fluorita, pectolita, calcita, ambligonita, feldspato, esfalerita e lepdolita.
  • Termoluminescência - O mineral emite luz visível quando aquecido a uma temperatura abaixo do vermelho. Também ocorre geralmente em minerais não-metálicos e anidros. Ex: fluorita, calcita, feldspato, lepidolita, escapolita e apatita.
  • Fluorescência e Fosforescência - Os minerais que se tornam luminescentes durante a exposição à luz ultravioleta, aos raios X ou aos raios catódicos são fluorescentes. Diz-se que um mineral é fosforescente se a luminescência perdura após a interrupção dos raios excitantes.
Refração:
          O poder de refração da luz que um mineral possui tem muitas vezes efeito distinto sobre a aparência do mineral. As substâncias com um índice de refração (n) alto, pouco comuns, têm aparência difícil de definir, falando-se geralmente em brilho adamantino. Alguns espécimes de diamante (n = 2,419) e de cerussita (n = 2,1), por exemplo, possuem uma cintilação tão intensa que chegam a apresentar aparência de aço, que os minerais de índice de refração baixo não possuem. Muitos minerais não-opacos possuem um índice de refração próximo de 1,5 o que lhes dá o brilho de vidro, designado como vítreo. Bons exemplos desses minerais são o quartzo e o feldspato.
Dupla refração da luz:
          Todos os minerais cristalinos, exceto os que pertencem ao sistema isométrico, mostram o fenômeno da dupla refração da luz. Isto é, quando um raio luminoso penetra num desses minerais, desdobra-se em dois raios divergentes, cada um deles caminhando através do mineral com velocidade característica e tendo seu índice de refração próprio. Na maioria dos minerais, essa dupla refração é tão pequena que só pode ser determinada com aparelhos especiais. A calcita, no entanto, exibe dupla refração tão forte que pode ser observada facilmente.
Piezeletricidade:
          Diz-se que um cristal possui piezeletricidade quando se desenvolve uma carga elétrica na sua superfície, ao exercer-se pressão nas extremidades de um de seus eixos. Somente podem mostrar esta propriedade os minerais que se cristalizam em classes de simetria a que falta um centro da mesma, tendo assim, eixos polares. O quartzo provavelmente é o mineral piezelétrico mais importante, pois uma pressão extremamente leve, paralelamente a um eixo, pode ser revelada pela carga elétrica produzida. Por causa disso, emprega-se o quartzo amplamente em placas cuidadosamente orientadas para controlar a frequência do rádio. Tem-se também utilizado a turmalina, em menor escala, na construção de aferidores de pressão.
Pireletricidade:
          Chama-se pireletricidade o desenvolvimento simultâneo de cargas elétricas positiva e negativa nas extremidades opostas de um eixo do cristal, sob condições adequadas de alteração da temperatura. Somente apresentam esta propriedade os cristais que possuem um único eixo polar.
Magnetismo:
          Diz-se que possuem magnetismo os minerais que, em seu estado natural, são atraídos por um ímã. Os dois únicos minerais comuns magnéticos são a magnetita e a pirotita. Existe uma variedade de magnetita que tem por si própria o poder de atração e a polaridade de um ímã verdadeiro. Muitos outros minerais, especialmente os que contêm ferro, são atraídos pelo campo magnético de um eletroímã poderoso.
Classificação das gemas:
          Como a grande maioria das gemas procede do reino mineral, é freqüente ordena-las segundo as classes minerais :
1º - Elementos : diamante, enxofre.
2º - Sulfetos : calcopirita, esfalerita, proustita, pirita.
3º - Halóides : fluorita.
4º - Óxidos e Hidróxidos : ágata, ágata musgosa, alexandrita, ametista, quartzo, quartzo enfumaçado, safira.
5º - Nitratos, Carbonatos, Boratos : aragonita, azurita, dolomita, rodocrosita, ulexita.
6º - Sulfatos, Cromatos, Molibdatos, Wolframatos : anidrita, barita, celestina, gipso.
7º - Fosfatos, Arseniatos, Vanadatos : ambligonita, apatita, berilonita, brasilianita, turquesa.
8º - Silicatos : actinolita, água marinha, berilo, estaurolita, sodalita, turmalina, zoisita.
9º - Não minerais : âmbar, coral, marfim, pérola.          A aura humana é composta de átomos e elétrons, que circulam muitas vezes de uma forma desordenada. Com a incidência da luz sobre nós e com a ajuda do poder dos cristais podemos interferir no movimento destes átomos e elétrons, ordenando-os para que haja equilíbrio. É desta forma que atuam diretamente nos nossos chacras. Além disto existem as propriedades dos elementos químicos que compõem o cristal, como por exemplo carbono, enxofre (sulfatos) , oxigênio (óxidos) , hidrogênio (hidróxidos), Nitrogênio ( Nitratos, fósforo (fosfatos), entre outros.Podemos usar os cristais de diversas formas. Como adornos para o corpo, para nossos lares ou local de trabalho e também como forma de terapia. Para isto devemos proceder a limpeza da pedra e sua energização.




PROPRIEDADES DAS PEDRAS
ÁGATA: está ligada à terra; ajuda no equilíbrio físico e mental, melhorando a autoconfiança. Diminui a dor e frio na região lombar e nos joelhos; qualquer sintoma ou mal estar após contato com friagem; palidez; pessoa muito friorenta. Ideal para quem sofre de diminuição do volume urinário; retenção de líquido principalmente nos membros inferiores e impotência sexual. Melhora o autoritarismo e a arrogância; estimula os verdadeiros valores em relação aos cuidados com o seu corpo.
ÁGUA MARINHA: estabiliza e harmoniza ambientes intranqüilos e acalma os nervos, fortalece o fígado, baço, tireóide e os rins. Ajuda em doenças dos olhos, estômago, dentes e garganta. Reduz o medo e o stress.
ALEXANTRITA Ajuda a reconstruir a mente, corpo e o espírito após traumas recentes. Beneficia o sistema nervoso, o baço e o pâncreas. Traz o equilíbrio emocional e mental. É uma pedra com poderes regenerativos. Cria uma ligação mental, emocional e dos corpos etéricos, levando a um estado maior de equilíbrio. Combate a baixa estima e desordens do sistema nervoso. Inspira felicidade, criatividade, expansão da consciência e o amor pela vida. Uma das mais místicas pedras. É uma "esmeralda" de dia e um "rubi" de noite. À luz do dia é verde e, com luz artificial, vermelha. Quanto mais espessas as pedras, maior a facilidade de se ver a mudança de cor. Seu nome, alexandrita, deve-se ao Czar Alexandre II. As histórias contam que foi descoberta em 1830 no mesmo dia que o Czar Alexandre II fazia aniversário e o seu nome foi dado a pedra.
AMAZONITA: acalma o cérebro e sistema nervoso, alinha os corpos etéricos e mental, revigora todos os meridianos, atrai dinheiro, assegura sucesso, traz alegria, amplia os pensamentos.
ÂMBAR Permite o corpo a se curar pela absorção e transmutação de energia negativa para positiva. Ajuda a dar disposição e estimula o intelecto. Abre o chacra coronário. Ajuda a conectar-se com a consciência da perfeição universal e a realização espiritual. Usado em casos de perda da memória, ansiedade e incapacidade de tomar as próprias decisões.
AMETISTA: está ligada diretamente com a mente e o processo da meditação. Atua sobre o sistema circulatório, imunológico e metabólico, acalma a mente, aumenta a memória e a motivação. Pode ser usada com outras pedras. Combate a insônia; angústia; desespero; medos exagerados; tensão; ansiedade; pânico; materialismo excessivo; hipertensão arterial; dores articulares e musculares; cansaço geral, dores de cabeça; dores e cólicas em geral.
ARAGONITA Estabiliza nosso desenvolvimento espiritual que está se apresentando muito rápido. Acalma em casos de super sensibilidade e tique nervoso. Esse cristal nos faz sentir fisicamente bem. Traz flexibilidade, tolerância e também ajuda na concentração. Estabiliza processos que estão sendo desenvolvidos muito rápido. Regula nosso metabolismo de cálcio, estimula atividade muscular e a elasticidade das vértebras. Reforça nosso sistema imunológico e ajuda na digestão.
AZURITA Fortalece o sangue. Corta as ilusões. Inspira criatividade, intuição e limpa a mente. Ajuda a revelar e dissolver más impressões que aconteceram no passado. Nos faz pensar criticamente, revela padrões de nossos pensamentos e nos permite pensar e analisar circunstâncias profundas. É conhecida também pelas suas propriedades estimulantes no fígado e ajuda no processo de desintoxicação. Também estimula as atividades do sistema nervoso.
CALCITA Equilibra as polaridades masculino/feminino e as emoções. Excelente para quem está estudando ciência e arte. Amplia os corpos de energia, sendo excelentes fontes de energia para o chacra coronário. Pode ser usado em todos os chacras. Aumenta a habilidade de transformar idéias em ações e de discriminar e diferenciar situações, também ajudando na memória. Nos ajuda a ser mais energéticos. Estimula o metabolismo e o crescimento das crianças, fortalece o sistema imunológico, alivia problemas de pele e problemas de intestino. Estimula a regeneração de tecidos e ossos. Normaliza e fortalece o ritmo do coração.
CALCITA LARANJA Indicada para quem possui volume urinário abundante e micção muito freqüente, gotejamento após urinar, enurese noturna, incontinência urinária, polução noturna, infertilidade, ejaculação precoce, respiração curta e superficial, dispneia asmatiforme, muito indicada para senilidade, após enfermidade prolongada; pouca vontade sexual, impotência, desânimo, depressão, cansaço geral; estimula o apetite e o crescimento de crianças com pouco desenvolvimento físico.
CARVÃO: absorvente universal, capta as baixas vibrações das pessoas e dos ambientes.
CASSITERITA - age como uma condutora da mente consciente ou na busca da consciência cósmica. Favorece a memória, portanto é útil no resgate de vidas passadas. Também promove produtividade, praticabilidade de organização. Favorece empreendimentos mundanos e ocupações práticas.
CIANITA - Dor de garganta e de dentes, inflamações de gengivas; dor na coluna cervical; estimula a comunicação verbal, a expressão em todas as suas formas; dor abdominal, peso na cabeça, preguiça, apetite ruim, opressão no peito e na região epigástrica, muitos gases abdominais; muito indicado após abusos com o frio e após permanecer molhado (frio-úmido). (Al2SiO5)
CITRINO: ligado ao sol. São revigorantes e melhoram a digestão e a limpeza dos órgãos. E boa para negócios. Aumenta a pressão arterial, melhora a depressão, o cansaço mental, estimula a alegria, a criatividade, melhora a circulação cerebral, a visão, indicado para dispineia (falta de ar), palpitação, opressão torácica que se alivia ao suspirar; indivíduos geralmente friorentos.
CRISOCOLA Excelentes para períodos de dor e tensões pré-menstruais. Fortalece as qualidades femininas. Auxilia na prevenção de úlcera, problemas digestivos e pulmões. Aumenta o metabolismo. Alivia o sentimento de culpa e equilibra os chacras. Relaxa os estados de ansiedade e medo. Inspira criatividade, o poder pessoal, felicidade e serenidade.
CRISOPRASIO: reforça a fertilidade e estimula a criatividade. Indicado em pessoas muito rígidas para consigo e para com os outros, muito metódica, responsável demais; artroses, artrites, falta de flexibilidade; tosse crônica com ou sem catarro; suores noturnos; boca seca.

DIAMANTE - é uma pedra para quem deseja ter sonhos vívidos e clareza astral. Em combinação com a rodocrosita, ajuda a lembrar dos sonhos. Amplifica a energia de outras pedras. Tem a capacidade de irradiar e difundir energias, sendo, por esse motivo, uma potente ferramenta de limpeza para o corpo físico-físico, físico-vital, físico-astral, físico-mental, trazendo harmonia e entendimento de causa das coisas. A mais nobre das pedras preciosas, o diamante é o carbono cristalizado, de símbolo químico C. Atua principalmente sobre o chacra coronário, mas pode ativar e energizar todos os outros. Neste estado, podemos utilizar esta luz em todos os aspectos de nosso ser. A energia do diamante fortalece as funções cerebrais e ajudam o alinhamento dos ossos do crânio. Ele pode ser utilizado no tratamento de todas as doenças ligadas ao cérebro, ao sistema nervoso e às glândulas pineal e pituitária. Ajuda a eliminar bloqueios no chacra coronário e na personalidade. Afastando a negatividade, purifica o corpo físico e o etérico. Promove a comunhão com o Eu Superior e amplifica as energias da abundância, da inocência, da pureza e da fidelidade.
DIOPTÁSIO Equilibra os canais da mente e do corpo físico. Fortalece o sistema nervoso trazendo estabilidade emocional. Estimula os rins, os pulmões e o coração. Excelente para quem está envolvido emocionalmente. Inspira progresso, prosperidade e abundância. Ajuda na imaginação e na habilidade de usá-la com criatividade. Estimula a criatividade, geração de idéias e faz com que essas idéias sejam fáceis de serem transformadas para ação. Estimula o poder de regeneração do fígado. Alivia dores em geral, cãibras e ajuda com problemas de dores de cabeça.
DOLOMITA - Dor e distensão abdominal; dor nas mamas; opressão no peito; eructações; sensação de corpo estranho na garganta; menstruação irregular; suspiros freqüentes; irratibilidade; agressividade exacerbada.
ESMERALDA: pode ser usada por qualquer pessoa. Dá sabedoria e memória. Indicada para indivíduos que ainda não superaram traumas do passado, principalmente afetivos; para diluir mágoas ou rancores; fortalece o aparelho respiratório (pulmões e brônquios); angústia no peito; tosse crônica.
FLUORITA: Ajuda a combater qualquer tipo de desordem mental, assim como facilita o desenvolvimento da consciência, é útil para ordenar os pensamentos e evitar a distração excessiva, tem poder de cura, ajuda na comunicação interdimensional, fortifica o tecido ósseo e o esmalte dos dentes, previne cáries dentárias, clareza emocional, desembaraço, elucida confusão. Possui propriedades de cura semelhantes as da ametista, ajuda no controle mental e o despertar do espírito.(CaF2)
GRANADA: ligada ao coração e sexualidade. Indicada apenas em estados de profunda exaustão com pressão arterial baixa, cansaço, desânimo, depressão, fadiga muscular, geralmente para pessoas submissas, frágeis e com medo de ficar só; melhora o tônus sexual. Estimula a produção de glóbulos vermelhos (anemia). Diminui a dor nos testículos. Auxiliando no ancoramento, que significa estar presente no próprio corpo, e na habilidade para atuar de forma amorosa no plano físico. Dá energia e coragem e ajuda a sair de condicionamentos mentais. Fisicamente, trabalha diretamente com o sangue e a circulação. Seu uso é recomendado durante sangramentos, hemorragias e para todas as doenças relacionadas com sangue. ((Mg,Fe,Mn,Ca)3(Al,Cr,Fe)2(SiO4)3)
HEMATITA: tem efeito sobre o sangue. Traz força, vitalidade e dinamismo para a sua vida. Traz de volta a sua atenção para o bem estar e para as suas necessidades básicas. Esse cristal pode também ser usado em caso de emergências. Estimula a absorção de ferro e a formação de corpúsculos vermelhos no sangue. Aumenta a absorção de oxigênio pelo corpo e estabiliza nossa saúde.
JADE VERDE - Tem todas as qualidades, além de ser um calmante para o sistema nervoso central. Ajuda a canalizar as paixões de modo construtivo, tornando as expressões de amor mais fáceis. Propriedades mágicas poderosas e curativas sempre foram atribuídas a ele e em todas as épocas ele foi usado no umbigo contra dores de estômago.
JASPE VERMELHO - Pertence ao grupo do quartzo (SiO2 - óxido de silício). Entre as inúmeras variedades do Jaspe, o vermelho é o mais usado para fins energéticos, auxiliando o processo de maior aceitação do corpo físico e da sexualidade. Atua chacra básico, reduzindo sentimentos de vitimização e trazendo uma energia mais dinâmica e vivaz. É particularmente aconselhável para pessoas que sintam culpa ou vergonha por terem uma orientação sexual diferente, estimulando a auto-aceitação e a auto-estima.
KUNZITA - traz equilíbrio emocional-mental, auto-estima, gentileza, amizade. Boa para quebrar velhos hábitos ou comportamentos repetitivos e para desenvolver a autodisciplina. Ajuda-nos a atrair amigos e nos ensina a combinar auto-estima com disciplina. Equilibra todo o sistema cardiovascular, em nível físico celular, e doenças nesta área, especialmente a anemia, são aliviadas.
LÁPIS-LAZÚLI: desperta a intuição e a inteligência. Traz vitalidade e relaxamento para o corpo e a mente. É uma poderosa pedra para as habilidades físicas e para as comunicações. Usado no chacra do terceiro olho para penetrar nos bloqueios do subconsciente. Ajuda a desenvolver o poder da mente. Inspira criatividade, expressão e estabilidade.
MAGNETITA - estimula o sistema endócrino. Melhora a circulação do sangue. Ajuda a meditação. Atrai Amor e Saúde. Está ligada à estabilidade, à força e a perspectiva. Estimula a telepatia, pensamentos e amplifica nossas visualizações e preces.
MALACHITA Estimula a imaginação. Sonhos, memórias e imaginações passam a se tornar reais e vivos. Ajuda a fazer com que sentimentos suprimidos de repente sejam trazidos para fora. Combate a inibição e encoraja a expressar melhor seus sentimentos. Dores do passado e traumas são trazidos para fora e dissolvidos, e podemos eliminá-los se estivermos preparados para enfrentá-los. Fortalece o conceito do entendimento, fazendo com que nós absorvemos mais informações e mais rápido. Pensamentos fluem mais rápido e as decisões se tornam mais fáceis de serem tomadas. Também dissolve cãibras, alivia problemas de menstruação. Estimula o desenvolvimento dos órgãos sexuais femininos e também ajuda nos problemas sexuais em geral, especialmente se você passou por experiências ruins no passado.
MICA - os místicos dos cristais a associam à aprendizagem. Basta segurar um pedaço de MICA ao luar, movê-lo com delicadeza e deixar a sua luz inundar a mente consciente. Supõe-se que isto aumente a consciência psíquica o dom da profecia. É recomendável para proteção, por ser altamente isolante.
OBSIDIANA Equilibra as energias do corpo físico. Limpa os bloqueios do subconsciente. Auxilia os intestinos e o estômago. Inspira objetividade, sabedoria e amor. Dissolve choques, medos, bloqueios e traumas. Ajuda em obsessões e purifica a negatividade que fica na atmosfera. Expande a nossa consciência e a nossa comunicação. Dissolve dores em geral, tensões e bloqueios de energia pelo corpo. Estimula a circulação, mesmo em casos extremos e também ajuda em problemas de mãos e pés frios.
OLHO DE GATO - constrói determinação, força mental, força de vontade, coragem, tenacidade, vigor, resolução, autoconfiança, inteligência e conhecimento. Também incrementa a constância, a estabilidade e a habilidade de superar os obstáculos.
OLHO DE TIGRE: proteção, dinheiro e negócios. Indicado especialmente para estimular as práticas espirituais, como meditação, canalização.
ÔNIX: é uma pedra de poder, é boa para ossos, cabelos e dentes. Traz sabedoria em decisões que precisam serem tomadas rapidamente. Equilibra ambas as polaridades masculino/feminino. Fortalece a coluna vertebral e elimina o estresse. Alinha o corpo físico por inteiro com altas freqüências de energia. Inspira serenidade, autocontrole e intuição.
OPALA - auxilia o crescimento das crianças e promove sentimentos de benevolência e amizade. É a gema de Deus, do Amor, Fé e Criatividade. Contém água, fogo e éter. Deveria ser usada num cordão ou em um anel de ouro.
PEDRA DA LUA: favorece os namorados na lua cheia. Dá inspiração e sucesso no amor. Desmascara os inimigos. Faz conexão com a fonte de luz interna, em qualquer forma de meditação. Pode ser usado em qualquer chacra. Estimula o funcionamento das glândulas e o equilíbrio interno dos órgãos. Aumenta a fertilidade da mulher, ajuda em problemas de menstruação e durante a menopausa. Traz amor, paz, harmonia e clarividência, desenvolve e aumenta o acesso ao subconsciente, trabalha com as emoções, especialmente aquelas que dão origem a ansiedade e ao stress; associado com a energia mãe, pode ser usado em todos os problemas femininos e estomacais.
PÉROLA - usadas apropriadamente, as pérolas diminuem o stress e outras doenças resultantes, com hipertensão, dores de cabeça e exaustão. Equilíbrio e estabilidade emocional. Traz paz, inspira pureza, honestidade, inocência, integridade, concentração, meditação. Ajuda a entrar em contato com as coisas simples da vida. Está sintonizada com a mulher, principalmente com mulheres gestantes. As pérolas são absorventes por natureza, e devido a isso, devem ser usadas com cautela. Dá anticorpos e luta contra infecções.
PIRITA: é boa para o sistema circulatório e respiratório. Melhora a capacidade mental e reduz a ansiedade. Aplicada na garganta é útil no tratamento dos problemas respiratórios; ajuda na bronquite e alergias. Pela sua semelhança com o ouro, é considerada a pedra que atrai dinheiro e riquezas, assim como facilita realizar bons negócios.
QUARTZO BRANCO: (CRISTAL DE ROCHA): transmite fluxo de energia para todo corpo, ajudando na meditação e tem as sete cores do arco-íris. Equilibra as emoções, desfaz negatividade no campo magnético da pessoa e no ambiente.(SiO2)
QUARTZO FUMÊ: Estimula a absorção e distribuição equilibrada de cálcio, indicado para osteoporose, fraturas ósseas, dentes frágeis; fortalece a estrutura psicológica, permite uma melhor atenção e concentração mental, indicado em indivíduos distraídos, muito dispersivos, fantasiosos, sonhadores, com pouca memória; zumbido nos ouvidos; muito usado na Síndrome do Pânico; tontura, vertigem, embaçamento da visão, urina quente de coloração amarela escura.
QUARTZO ROSA: descarrega estímulos negativos. Incentiva o amor, é boa para o coração e está relacionada à auto-realização. Ajuda a resgatar a auto-estima, o amor próprio; muito indicado para vencer a resistência à continuidade de tratamentos de base como psicoterapias; melhora a auto imagem; para estados de irritabilidade ou agressividade defensiva. Tontura; cefaléia, conjuntivite aguda; boca amarga; rubor facial; irritabilidade; pequenos sangramentos crônicos.
QUARTZO VERDE: é boa para o coração e para a saúde em geral. Ajuda em tratamentos de bronquites, rinites com muita coriza, tosse com muita produção de catarro, geralmente após contato com frio.

RODOCROSITA: para asmático, é calmante. Serve para manter a fidelidade. Traz entusiasmo perante à vida e pensamentos positivos. Encoraja atividades em geral, vivacidade, erotismo e expressões espontâneas sentimentais. Esse cristal faz com que o trabalho se torne mais fácil de entender e fazer. Estimula a circulação, pressão alta, os rins e os órgãos reprodutores sexuais. Dá mais elasticidade aos vasos sangüíneos e ajuda em problemas de enxaqueca. Indicada para qualquer sintoma após hemorragias; melhora astenia (fraqueza muscular), anemia, vertigem, náuseas, febre, sudorese noturna, sensação de calor na palma das mãos, plantas dos pés e no peito; para medo, insônia, dificuldade de memorização, cansaço excessivo.
RODONITA Ajuda em momentos de letargia, desânimo, dificuldade em iniciar projeto e de concluí-los.(MnSiO3)
RUBI Usada para preservar o corpo físico e a saúde mental. Estimula o chacra cardíaco. Inspira sabedoria espiritual, saúde, conhecimento, tranqüilidade e riqueza. Tem efeito rejuvenescedor, dinâmico e traz de volta o entusiasmo. Estimula o baço, as glândulas e a circulação. Ajuda em doenças contagiosas como por exemplo, infecção no intestino. Estimula o sistema imunológico aumentando a resistência orgânica.
RUBILITA: Indicada em casos de anemia, cansaço, febres elevadas, convulsão, rigidez de nuca, coma Estimula a fazer exercícios físicos, força muscular, melhora atitudes submissas e desistentes.
 
SAFIRA: Possui efeito calmante. Ajuda em problemas de depressão, doenças físicas e desilusões. Fortalece o poder da fé e da verdade. Encoraja a sobriedade, a habilidade de criticar e organizar pensamentos. Suas intenções e desejos começam a ficar mais claros, fazendo com que suas idéias e seus pensamentos sejam realizados mais rapidamente. Estimula os processos gerais de cura física e mental. Alivia dores, febres e é particularmente útil em problemas intestinais, cerebrais e doenças associadas com o sistema nervoso.

SODALITA: ajuda a ser objetivo, equilibra o metabolismo; desperta a inteligência. Estimula todos os recursos intelectuais e mentais como a capacidade de concentração e assimilação, a compreensão, a memória para melhorar a visão holística. Indicada para pessoas que necessitam enxergar horizontes mais amplos, para adquirir autonomia, capacidade de caminhar com suas próprias pernas. Deve ser usada em casos de tontura, visão embaçada, ressecamento dos olhos, palidez, espasmos de tendões e músculos, menstruação escassa e atrasada, edema de membros inferiores.
TOPÁZIO AMARELO - promove a paixão, dá forças e inteligência. Favorece a alegria de viver com otimismo. Ajuda na tomada de decisões corretas. É uma excelente pedra para relaxamento e conforto. Acalma o sistema nervoso e diminui a tensão, ajudando ao usuário tornar-se completo e satisfeito. Convém carregá-la no bolso e tocá-la em períodos de dúvida e incerteza para ajudar na tomada de decisões corretas.TOPÁZIO AZUL - inspira habilidade de liderança, conhecimento psíquico de crescimento espiritual, tranqüilidade e insights psíquicos.
TOPÁZIO CLARO - ajuda a comunicação com os espíritos da natureza, com os animais e com as plantas, fortalecendo assim, as energias vitais, emocionais e mentais.
TOPÁZIO DOURADO - constrói generosidade, felicidade, bom humor, otimismo, criatividade, sabedoria, abundância e amor. Também atrai para nós o amor de nós mesmos e nos ensina a conhecer e sentir o amor espiritual.TOPÁZIO ROSA - promove honra e sinceridade. Aumenta a criatividade, relaxa, equilibra as emoções.
TOPÁZIO VERDE - guia-nos para o perdão e para a compreensão. Trata-se de uma pedra com vibrações de proteção. Dinamiza o processo de reverter as energias negativas em positivas. (Al2(F,OH)2SiO4)
TURMALINA NEGRA: indicada para períodos de crise e stress; elimina energias negativas. Permite uma limpeza no campo áurico; após contaminação em ambientes negativos ou contato com pessoas "carregadas". Essa pedra produz um efeito de combustão nas energias, através de seu grande potencial químico. Quando ela capta as energias negativas, entra num processo de transmutação para torná-las positivas, e assim, podem permanecer no ambiente, já numa outra freqüência de energia. No corpo físico, podemos nos utilizar da turmalina para tratar da "bomba de transformação" de nosso organismo, o fígado. Seja qual for o problema de saúde que houver em seu fígado, exceto tumores, poderá obter ótimos resultados com a utilização da turmalina.(NaFe3B3Al3(OH)4(Al3Si6O27)-(Schorlita))
TURMALINA ROSA: suaviza as emoções e facilita o poder criativo. Indicada para aftas, úlceras bucais, boca amarga, irritabilidade, insônia, sede, rubor facial, epistaxis (sangue pelo nariz), sensação de ardor ao urinar, hematúria (sangue na urina) após a ingestão de alimentos picantes ou muito condimentados, após choques emocionais.
TURMALINA VERDE: possui alto poder de cura. É rejuvenescedora e estimula a comunicação. Tosse, falta de ar, asma, expectoração abundante, espessa, purulenta e de cor amarelo-esverdeado; aversão ao frio, febre, língua com saburra amarelada. TURMALINA MELANCIA: É um tipo de turmalina bicolor, apresentando normalmente a cor rosada no interior e verde externamente. É principalmente encontrada no Brasil, Madagascar e Sri Lanka e Moçambique. Sua composição química é (NaLiCa) (Fe11MgMnAl)3 Al6 [(OH)4 (BO3)3 Si6 O18] (borossilicato complexo de alumínio de composição variável). Atua no chakra cardíaco (quarto), representando a sinergia do coração, pois possui o verde da cura e o rosa do amor incondicional. Integrando essas duas energias e simbolizando a totalidade do chakra cardíaco.
TURQUEZA - clareza na comunicação. Expressão emocional equilibrada. Usada na meditação, ajuda a intuir. Suas qualidades são de proporcionar uma sensação de bem-estar saudável ao organismo e transmitir alegria. Quando apresenta estrias ou manhas por inclusão de prata, tem suas vibrações intensificadas em benefício do campo emocional, ativando-o e oferecendo perspectivas mais esperançosas com relação ao futuro, quando apresenta inclusão do cobre, convertendo-se em um condutor que equilibra o funcionamento do sistema respiratório e normaliza os pulmões. Esta pedra contribui nas experiências relacionadas com a memória e com o resgate de vivências do passado. Cria força e ajuda a comunicação.
Outras pedras:

CACOCHINITA -Indicado como auxiliar em tratamentos neurológicos como disritmias, epilepsias, convulsões, esquizofrenia; transtorno mental, derrame cerebral (AVC).
CALCITA ÓTICA - Ajuda em qualquer situação de ferimento cortante ou dilacerante, fraturas ósseas, tendinites.
QUARTZO AZUL-Calmante, relaxante muscular e articular, acalma a febre e a inflamação, ajuda a diminuir a pressão arterial, antisséptico, estimula a produção de glóbulos brancos (leucopenia), melhora a melancolia: anorexia; diarréia; sensação de distensão e peso no baixo ventre; prolapso retal ou uterino; hemorragias crônicas como púrpura, melena (fezes com sangue), hematuria (sangue na urina).Uma forma muito rara de de quartzo usado na Lemúria para abrir o chacra cardíaco aumentando a longevidade e auto expressão, promove paz e tranquilidade.
QUARTZO BITERMINADO - Indicado para restaurar desgastes com mais rapidez; dores na coluna e tendinites.
SAL GROSSO: atua como esterilizador de emissões maléficas do pensamento e do sentimento humano, bem como de condições radiestésicas desfavoráveis (tal como um ácido purificador do astral.)A cristalterapia pode auxiliar a todos na cura de doenças do corpo físico, etérico, astral e mental. Com a sua correta utilização podemos nos manter em harmonia com o universo, em corpo e mente. Veja algumas formas do uso de cristais em terapias alternativas.

COMO LIMPAR E ENERGIZAR SUA PEDRA:1º - Passar em água corrente (5 minutos)
2º - colocar no sol (2 horas), também pode ser chuva, lua, chama de vela ou incenso.
3º- Usar a pedra ou recolocá-la no espaço destinado.
PROGRAMAÇÃO1- Em primeiro lugar limpe seu cristal.
2- Segure o cristal com ambas as mãos.
3- Concentre-se no que pretende. Tente visualizar a imagem a ser programada no cristal.
4- Inspire profundamente e expire pela boca, soprando a imagem visualizada para dentro do cristal.
5- Mantenha-se concentrado no que está fazendo. Mentalmente, envolva o cristal com uma luz branca, selando seu propósito no interior do cristal.
          Você pode programar um cristal com: sua afirmação positiva, uma cura específica, um símbolo, um som específico (uma música clássica, o som de um riacho, etc.), um lugar ou objeto sagrado, cores do espectro solar, etc
Carregue o cristal programado consigo e use-o em suas meditações. Quando quiser mudar uma programação, basta limpar novamente seu cristal. 
Principais Afinidades Zodiacais:
AQUÁRIO: Água-marinha, crisoprásio, granada, opala, lápis- lazúli.
PEIXES: Ametista, crisoprásio, fluorita, turmalina verde, pedra da lua.
ARIES: Ametista, cornalina, ágata, granada, turmalina rosa, topázio.
TOURO: Água-marinha, esmeralda, kunzita, lápis-lazúli, quartzo rosa, safira.
GÊMEOS: Ágata, crisocola, crisoprásio, safira, topázio,
CÂNCER: Crisoprásio, esmeralda, turmalina verde, pedra da lua, opala, rodocrosita, turmalina rosa.
LEÃO: Cornalina, citrino, ágata, granada, turmalina rosa, rubi, topázio.
VIRGEM: Amazonita cornalina, citrino, safira.
LIBRA: Agua-marinha, esmeralda, fluorita, pedra da lua, opala, turmalina rosa, safira.
ESCORPIÃO: Água-marinha, esmeralda, granada, turmalina verde, malaquita, pedra da lua, obsidiana, rubi.
SAGITARIO: Ametista, azurita, lápis-lazúli, turmalina rosa, rubi, sodalita, topázio.
CAPRICÓRNIO: Ametista. cornalina, turmalina verde, rubi, safira. 
Pedras para qualquer signo: Turquesa, Quartzo Fumê, Quartzo Rosa, Quartzo Branco, Malaquita, Azurita, Diamante, Jade e Ametista. 
Pedras dos planetas 
Sol - crisoberilo, diamante.
Lua - pedra da lua, pérola, esmeralda.
Planetas - granada vermelha, rubi.
Marte - safira amarela, topázio.
Mercúrio - ametista, lápis-lazúli, safira azul.
Júpiter - água-marinha, espinélio azul.
Saturno - safira amarelo-alaranjada.
Vênus - zircão amarelo-avermelhado.
Dicas:

 Existem várias formas de utilizar a turmalina, relaciono a seguir algumas delas:
- Primeiro, deve-se fazer a limpeza habitual, com água e sal marinho e depois energizá-la à luz do Sol e da Lua (nova).
- A turmalina deve ser rolada, o tamanho vai ser resolvido em função da maneira que se pretenda utilizá-la.
- Você pode colar a pedra com fita adesiva sob o chacra hepático, onde está localizado o fígado.
- Pode utilizá-lo como elixir, na água do filtro ou direto no copo com água. Em ambos os casos, a pedra tem que permanecer em descanso por pelo menos duas horas.
- As pessoas que têm tendência à prisão de ventre, devem ter cuidado, pois no caso de uso contínuo, a turmalina pode causar prisão de ventre. O que aconselho, nesse caso, e em casos de uso contínuo da pedra, é alternar com a turmalina verde, e, se não tiver essa pedra, o quartzo branco programado no mesmo sentido.
 Como usar a turmalina negra como proteção
          A turmalina tem por característica absorção e transmutação de energias nocivas, como por exemplo, energias mentais direcionadas por outras pessoas ou criadas por nós mesmos, assim como, transmuta também sentimentos de inveja, raiva, ressentimento, etc. É bom ressaltar, que como estamos tratando com a turmalina na qualidade negra, deve ser usada com cuidado pelas pessoas que são leigas, no uso de pedras com essa cor. Meu conselho, é que nunca a usem em pontos acima da cintura. Ela pode ser colocada na bolsa ou no bolso (ponha num saquinho de malha ou feltro de cor clara), ou presa por uma fita adesiva no tornozelo. Ela dispensa limpeza constante com sal e água. Se você sentir necessidade de limpa-la ou energizá-la, pode lavar em água abundante e deixar sob o sol. Ou então, deposite-a sobre uma drusa de cristal branco, já programada para recarregar.
• Programação para a turmalina negra:
- Essa pedra, só pode ser programada uma única vez.
- Limpe-a com água e sal marinho.
- Ponha a pedra, para ser banhada pela luz do sol e/ou luz da lua ( dê preferência a lua nova, e nunca ponha sob a luz da lua minguante).
- Programe-a para absorver energias nocivas que sejam dirigidas à você ou que por ventura, você esteja exposto nos ambientes pelos quais circula.
- Ela pode ser programada para ambientes também, se for para proteção de sua casa pode por atrás da porta de entrada ou num local estratégico, pelo qual as pessoas ao entrarem, tenham que necessariamente passar. Dessa forma, se a pessoa estiver com pensamentos nocivos em relação à você ou sendo vítima de energias nocivas de outrem, a pedra absorverá de forma que nem você, nem as pessoas que estão no ambiente de sua casa sejam atingidas.
- Se quiser, esse tipo de proteção no seu ambiente de trabalho, ponha a pedra sobre a mesa, embaixo dela ou mesmo na gaveta da mesa onde trabalha, pois a proteção terá que ser específica para você, mesmo que seja um negócio próprio, pois, nesse caso terá que ter uma pedra para o ambiente e outra particular, em função da circulação de diversas pessoas.




27.4.11

Energias e Reiki






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O ser humano possui sete corpos energéticos (físico, etérico, astral, mental emocional,búdico e átimico), dos quais estão correlacionados aos chacras.
Cada um tem freqüência vibratória específica e com uma emanação característica, sendo que os vários corpos se interpenetram.
A aura é a emanação energética que circunda todos os corpos.
Existem três corpos mais densos, que são: o etérico , o emocional e o mental. Porém o etérico é o mais denso e o mental mais sutil.
O corpo energético é o que mais se aproxima do corpo físico, com o qual interage energeticamente através dos meridianos,constituindo assim o primeiro elo entre o corpo etérico e o corpo físico.


O corpo etérico é formado de novo a cada reencarnação do ser humano. Ele sai dos poros em forma de fios retos, com cerca de 5cm, formando a aura humana.
Através do plexo solar, o corpo etérico absorve energias do Sol e, através do chacra básico, energias vitais da Terra.
Ele armazena essas energias e as leva para o corpo físico.
Antes de se manifestarem no corpo físico, as doenças mostram-se na aura etérica, podendo, desta forma, serem reconhecidas e tratadas em sua fase latente.


O corpo emocional, freqüentemente também chamado corpo astral, é o portador dos nossos sentimentos, emoções e das particularidades do caráter.
O corpo astral é constituído de matéria astral, que apresenta freqüências energéticas ainda mais elevadas que as da matéria etérica..
Os chacras astrais são transmissores e receptores de energia astral, que por sua vez é reduzida e passada para os chacras etéricos, onde, através dos nádis, as energias são traduzidas em função nervosa e glandular.


O corpo mental é o veículo dos nossos pensamentos, idéias e conhecimentos racionais, como intuitivos.
Assim como o corpo astral, o corpo mental também possui chacras que, em última análise, estão ligados ao corpo físico.
O corpo mental também sofre influência do corpo emocional que, com suas estruturas emocionais bloqueadas, as informações são, com freqüência, distorcidas e o pensamento alterado.
Quando o corpo mental encontra-se totalmente desenvolvido, ele torna-se um espelho do corpo espiritual, e a pessoa concretiza a sabedoria e o reconhecimento do seu Eu Interior na vida.




O Reiki por ser uma energia de freqüência elevada, atinge os estados dimensionais superiores, sendo um instrumento de cura, transformação e crescimento do ser.


O CONCEITO HOLÍSTICO


Vivemos hoje em uma sociedade especializada, que divide as funções até mesmo no que diz respeito a nossa saúde e bem estar.
Os médicos cuidam do corpo, os psicólogos da mente e os religiosos do espírito.
As terapias holísticas procuram reverter este quadro, percebendo o ser humano na sua totalidade.

A palavra “Holístico” deriva do vocábulo grego “holos” que traz em si a idéia do todo.
Sabemos hoje que o corpo físico não é a única dimensão da existência humana.
O reconhecimento de que toda matéria é energia constitui a base para compreendermos que os seres humanos são constituídos por múltiplos sistemas energéticos que se influenciam reciprocamente.
Na saúde, a visão mecanicista é apenas uma aproximação da realidade.
As abordagens farmacológicas e cirúrgicas são incompletas porque ignoram as forças vitais que animam a biomaquinaria dos sistemas vivos e insuflam-lhe a vida.
Ao reconhecermos que o arranjo molecular do corpo físico é na verdade uma complexa rede de campos de energia entrelaçada pode começar a compreender novos pontos de vista a respeito da saúde e da doença.
Nós somos um sistema energético composto de diversas partes que se mantém unidas entre si e com o todo do Universo.
Em uma medicina verdadeiramente holística devem ser considerados os profundos inter-relacionamentos entre o corpo, emoção, mente e espírito, assim como uma compreensão das leis naturais que regem suas manifestações no nosso planeta.

Nós somos, na verdade, um microcosmo dentro de um macrocosmo.
Os princípios observados no microcosmo freqüentemente refletem os princípios mais amplos que governam o comportamento do macrocosmo.
Se compreendermos as leis universais, tal como elas se manifestam na matéria no nível microcosmo, terá mais facilidade para entender o Universo como um todo.


Ao compreendermos o verdadeiro relacionamento entre o corpo físico, as forças sutis e a sua conexão com o Todo, estaremos mais perto de compreendermos o relacionamento entre a humanidade e Deus.



Reiki - A Terapia do 3° Milênio - Johnny De' Carli
Reiki Essencial - Diane Stein
Chakras - Mandalas de Vitalidade e Poder - Shalila Sharamon & Bodo J.Baginski
Medicina Vibracional - Richard Gerber
Reiki para Principiantes - David F. Vennells
Reiki -Reiki Universal
Reiki Universal - Johnny De'Carli
Manual de Reiki - Um guia completo para a prática do Reiki - Walter Lübeck
Reiki Master - Integrativas

25.4.11

[ ] Budismo e Dharma



Muitos daqueles que se consideram praticantes do Budismo consideram que a prática Budista consiste apenas de meditação, perseguida em separado de um entendimento mais amplo do Dharma. Isto algumas vezes conduz a radicais novas interpretações dos ensinamentos, que transformam o Dharma em um antigo sistema de psicoterapia que transcende o indivíduo ou uma mera ‘arte de vida,’ uma maneira de viver feliz e em paz aqui e agora. Isto pode ser bom até onde possa levar, mas quem estiver em busca de algo mais sério em breve irá sentir uma deficiência de visão, uma falta de profundidade, ao comparar essa versão dos ensinamentos com a versão clássica.
Por outro lado, nas universidades seculares, os acadêmicos realizam estudos avançados dos textos, cultura e história Budista, tentando compreender o Budismo em termos puramente objetivos como um fenômeno cultural e histórico. Esta abordagem pode nos proporcionar um vasto volume de conhecimentos sobre o Budismo, mas isso não produz o genuíno insight em relação às verdades que o Buda estava tentando transmitir. O defeito nesta abordagem é que o estudo do Budismo é feito com total desconsideração da fé e prática Budista, que são os requisitos para o insight genuíno. Sem dúvida, sob o ponto de vista acadêmico é útil adquirir esse conhecimento, mas se esse conhecimento não tiver um impacto nas nossas vidas, este será estéril e improdutivo.
Portanto, aqui na América, o presente encantamento com o Budismo tende a se dividir em duas facções. De um lado, há praticantes que são sinceros no seu comprometimento com a prática Budista mas com freqüência carecem de uma clara compreensão dos princípios Budistas. Alguns até mesmo rejeitam o estudo do Dharma, chamando isso de emaranhado de conceitos e idéias. Do outro lado da divisão encontramos os acadêmicos eruditos que possuem amplo conhecimento factual sobre o Budismo mas que carecem de fé no Dharma e da experiência prática no caminho Budista. Em nenhum dos casos existe a preocupação de na verdade “aprender com o Buda.”
A União do Estudo e a Prática
Aqui no Bodhi Monastery (New Jersey, USA) enfatizamos a importância de juntar a fé, estudo e a prática num equilíbrio harmonioso. Embora este monastério exista faz apenas três anos, a nossa missão já está tomando uma forma e na medida em que os anos passam, esperamos que irá trazer frutos abundantes. A visão que guia este monastério provém do trabalho do Mestre Yin-shun, o mais destacado monge-erudito Chinês da era moderna, que ainda vive hoje em Taiwan com 97 anos de idade. O trabalho do Mestre Yin-shun é verdadeiramente impressionante e inspira respeito. Combina os métodos mais rigorosos de erudição histórica e literária com ousados insights acerca da doutrina e história Budista, suportado por um comprometimento firme e inabalável com o caminho espiritual Budista. Os seus muitos volumes de estudos eruditos abrangem toda a história do Budismo, desde as suas origens através da evolução na Índia e o subseqüente desenvolvimento na China. O fundador do Bodhi Monastery, Mestre Jen-chun, é o pupilo mais sênior vivo do Mestre Yin-shun e também uma pessoa extraordinária. Igual ao seu mestre, ele combina o conhecimento erudito do Budismo com um coração compassivo, profundos insights, e grandes votos de alguém que está bem avançado no caminho Budista.
Combinar o estudo e a prática como parte da estrutura da fé Budista é uma abordagem que ressoa a própria tradição Budista. Muitas formulações nos textos enfatizam a importância de combinar essas duas asas do caminho Budista num equilíbrio saudável. Uma, encontrada nos suttas, diz que quando uma pessoa adquire fé, ela deve se aproximar de um mestre para aprender a doutrina. Tendo ouvido a doutrina, ela a retém na mente; aí, ela deve dominá-la verbalmente para imprimi-la com firmeza na mente; em seguida, ela examina o significado para ver como os ensinamentos se relacionam com a própria experiência individual, como eles se aplicam à própria vida. Por fim, ela se esforça para concretizar os ensinamentos e quando a prática amadurecer, ela enxergará a verdade última por ela mesma.Outra, num esquema mais simples, encontrado nos comentários Budistas, fala das três principais pilastras no desenvolvimento do caminho: estudo, prática e realização. Primeiro a pessoa estuda a doutrina, depois a coloca em prática e por fim realiza a verdade.
Ambas as formulações sugerem que o estudo do Dharma é a base para a prática e a realização. Quanto de estudo é necessário irá variar de pessoa para pessoa e de uma tradição para outra. Não pode haver regras rígidas e imutáveis que se apliquem a todos. Sem dúvida, algumas pessoas podem praticar de modo eficaz e obter sucesso com o mínimo de conhecimento doutrinário. Outras precisam de mais conhecimento, enquanto que outras, ainda, terão a inclinação natural de estudar o Dharma de forma ampla e profunda. Isto poderá auxiliar na prática delas e torná-las mais eficientes no ensino do Dharma. Portanto, o conhecimento amplo do Dharma, quando apoiado pela fé e conectado com a prática, tem valor porque ele não só amplia a própria compreensão como acentua a eficácia como mestre. O estudo em si também pode se tornar um empreendimento inspirador e que enaltece, abrindo os próprios olhos para a vastidão e profundidade do domínio do Dharma.
Tendo Noção Clara do Objetivo
Embora aprendamos de muitos mestres e oradores, em ultima instância estamos aprendendo do próprio Buda – pois todos os ensinamentos que estudamos derivam do Buda diretamente ou através da contínua tradição Budista. Ao iniciarmos juntos o aprendizado dos ensinamentos do Buda, é bom ter em mente um dos ditos do mestre  Yin-shun: “Nosso objetivo ao aprender os ensinamentos do Buda hoje deve ter o mesmo propósito do Buda em disseminar os seus ensinamentos.” O Buda surgiu no mundo para conduzir as pessoas a dar um fim ao sofrimento e aflição mostrando-lhes o caminho para a felicidade e a paz supremas. Todas as pessoas possuem uma aversão natural ao sofrimento e aflição e desejam a felicidade e a paz.
Então porque não podemos obter isso por conta própria, seguindo as tendências das nossas próprias mentes? Porque temos que aprender isso do Buda? A razão é porque as nossas mentes estão obscurecidas pela ignorância e pelas contaminações: as nossas idéias estão “de pernas para o ar.”
Então, embora todos nós desejamos ter felicidade, com demasiada freqüência nos sentimos agitados e aflitos. Nós criamos muito sofrimento para nós mesmos, e nós causamos muito sofrimento para nós mesmos e para os outros. Através da sua perfeita sabedoria, o Buda compreendeu de modo preciso e a fundo, as causas e condições que conduzem ao sofrimento e à felicidade. Devido à sua imensa compaixão, durante quarenta e cinco anos ele ensinou essas causas e condições extensivamente para o mundo, de modo que as pessoas pudessem entender que  tipo de ações devem ser evitadas e que tipos de ações devem ser cultivadas. Portanto nosso objetivo último ao estudar os ensinamentos do Buda deve ser aprender como distinguir os modos que são prejudiciais e destrutivos dos modos que são úteis e benéficos; os caminhos que conduzem ao sofrimento e os caminhos que conduzem à felicidade e a paz.
Deveríamos fazer isso com um objetivo duplo: primeiro, progredir na direção da nossa própria libertação, e segundo permitir que contribuamos da forma mais eficaz para o bem estar dos outros. Isto satisfaz o que é chamado de “o bem duplo,” o bem estar próprio e dos demais.
Ao aprender os ensinamentos do Buda, temos que aprender como aplicá-los à nossa própria situação. Muitos dos ensinamentos que encontramos nos suttas mais antigos eram dirigidos aos monásticos, pessoas que haviam renunciado ao mundo dedicando-se tempo integral à prática do caminho. Eu penso que seria um erro as pessoas leigas descartarem esses ensinamentos como sendo irrelevantes nas suas vidas, pois esses ensinamentos apontam para o objetivo último que todos os discípulos do Buda deveriam buscar e a prática necessária para alcançar esse objetivo. Mas também seria um erro as pessoas leigas pensarem que elas apenas podem praticar o Dhamma de modo adequado imitando a prática de monges e monjas. Eu penso que durante as suas rondas de pregações o Buda deve haver dado muito mais ensinamentos para os seus discípulos leigos do que aquilo que está registrado nos textos. Embora estes possam ter sido perdidos, podemos extrair os princípios principais dos ensinamentos que foram preservados. Não é suficiente apenas repetir esses ensinamentos com as palavras usadas para registrá-los. Precisamos ver como praticá-los na atualidade, nas nossas próprias situações de vida. Ao fazer isso, precisamos traçar um rumo entre dois extremos: um é o conservadorismo rígido, que adere com rigor e de modo impensado às formulações antigas sem a preocupação de entender as suas razões subjacentes; o outro é o revisionismo excessivo, que torce os ensinamentos em demasia para adaptá-los às condições presentes. Uma abordagem saudável em relação ao Dharma reconheceria que a doutrina em si está sujeita às duas leis da impermanência e condicionalidade. As formulações têm que mudar com as inevitáveis mudanças no pensamento humano e nas condições sociais, no entanto elas têm que sempre permanecer fiéis aos princípios fundamentais do Dharma.
Dois Aspectos na Prática do Dharma
Aqui, quero sugerir que aprender com o Buda em um contexto prático, significa antes de mais nada aprender dois aspectos do Dharma que de modo ideal devem correr em paralelo. Eu irei chamá-los de autotransformação e auto-transcendência. O objetivo último dos ensinamentos, a iluminação ou libertação, é alcançada através de um ato de auto-transcendência, um ato através do qual ultrapassamos os limites e fronteiras da mente condicionada e penetramos na verdade incondicionada. Esse ato é exercido através da sabedoria. No entanto, a sabedoria libertadora pode surgir apenas numa mente que seja cultivada de forma apropriada, e o processo de cultivo da mente é a tarefa da autotransformação.
Autotransformação
A autotransformação significa o cultivo gradual de modo a progredir passo a passo na direção do despertar da verdadeira sabedoria. A autotransformação envolve dois processos: um é a eliminação; o outro é o desenvolvimento. Irei discutir ambos de forma breve.
“Eliminação” significa a remoção das qualidades prejudiciais nas nossas vidas. Significa evitar as ações prejudiciais com o corpo, linguagem e mente: o controle e submissão dos pensamentos prejudiciais; a rejeição das opiniões falsas e das idéias deludidas. Tal como um jardineiro que queira cultivar um belo jardim precisa primeiro eliminar as ervas daninhas e o entulho, assim também nós precisamos exterminar as ervas daninhas e o entulho das nossas mentes. Ao aprender com o Buda estamos tentando entender a nós mesmos, entender a nossa própria mente. O Buda nos mostra um espelho das nossas mentes e corações, mostrando os estados mentais poluídos que prejudicam a nós a aos outros. Portanto, ao estudar os ensinamentos do Buda, obtemos um melhor entendimento das nossas fraquezas, os defeitos que temos que nos esforçar para superar.
Nós também aprendemos os métodos para superá-los, pois esse é exatamente o poder do ensinamento Budista: nos proporciona, com uma precisão impressionante, os medicamentos para eliminar todas as enfermidades das nossas mentes. O que é tão surpreendente nos ensinamentos Budistas mais antigos é o insight incrivelmente detalhado da mente humana. Esses ensinamentos proporcionam um tipo distinto de análise psicológica do que aquilo que encontramos na psicologia ocidental. O objetivo aqui não é tanto recuperar pessoas perturbadas de modo patológico a um nível de saúde mental considerado como normal, mas de tratar as “pessoas normais” de modo que elas possam se elevar acima das limitações e grilhões da mente normal e concretizar o seu potencial oculto, a mente totalmente purificada e desperta. Isto requer uma abordagem completamente distinta, uma abordagem que é a excelente contribuição do Buda para o entendimento da natureza humana.
O Buda não somente nos oferece uma análise dos nossos defeitos, mas um catálogo das nossas forças em potencial. Ele também nos ensina os meios para fazer com que essas forças em potencial se tornem reais e efetivas. Ele nos proporciona um ensinamento extraordinariamente pragmático que podemos aplicar na nossa vida diária para passo a passo ascender na direção da realização última, o movimento nessa direção é o que significa desenvolvimento. “Desenvolvimento” significa o cultivo de qualidades benéficas, as qualidades que promovem a paz interior e a felicidade e que faz das nossas vidas canais efetivos para trazer a paz e felicidade para os outros. O Buda oferece um amplo espectro de práticas benéficas, desde as observâncias éticas básicas até práticas como as cinco faculdades espirituais, o Nobre Caminho Óctuplo e os seis ou dez paramis. Para aprender isso, devemos estudar o Dharma em extensão e profundidade. Depois devemos aprender como aplicá-lo nas nossas vidas do modo mais realista e benéfico.
Auto-transcendência
O segundo processo principal que aprendemos do Buda é a auto-transcendência. Embora o Buda fale em eliminar os estados prejudiciais e desenvolver os benéficos, o objetivo dele não é que apenas sejamos pessoas felizes e contentes dentro dos limites mundanos do mundo. Ele nos aponta para um objetivo transcendente: ele nos conduz para a realidade incondicionada, Nibbana, o estado calmo e quiescente que está além do nascimento, envelhecimento, sofrimento e morte. Esse objetivo apenas pode ser alcançado através de uma completa e clara compreensão da natureza última das coisas, o modo de existência final de todos os fenômenos. Enquanto que essa realidade tem que ser penetrada através da experiência direta, nós precisamos de instruções específicas para compreendê-la. O objetivo em si transcende conceitos e palavras, mas o Buda e os grandes mestres Budistas nos proporcionaram uma variedade de “fotografias” que nos oferecem um vislumbre da verdadeira natureza das coisas. Nenhuma dessas “fotos” pode capturá-la completamente, mas elas nos proporcionam uma idéia das coisas que deveríamos estar buscando, os princípios que precisamos entender e o objetivo ao qual deveríamos estar aspirando.
Dedicar-se ao estudo dos princípios relevantes à auto-transcendência é um empreendimento filosófico, mas essa não é uma filosofia como mera especulação ociosa. Para o Budismo, a filosofia é o esforço para sondar a verdadeira natureza das coisas, empregar conceitos e idéias para obter um vislumbre da verdade que nos liberta, uma verdade que transcende todos os conceitos e idéias.
A filosofia Budista é uma grande correnteza que flui do Buda, continuamente remodelada e ampliada para trazer à luz as diferentes facetas da realidade, para expor os diferentes aspectos de uma verdade que nunca pode ser capturada de forma adequada dentro de algum sistema. Quando estudamos a filosofia Budista, precisamos sempre lembrar que  essas investigações filosóficas não são realizadas com o mero intento de satisfazer a curiosidade intelectual mas para ajudar na tarefa de auto-transcendência. Elas fazem isso identificando com precisão a natureza da sabedoria que precisamos ter para obliterar a ignorância, a raiz principal de todo sofrimento e cativeiro.
Ser um Buda
Eu tenho falado em “aprender com o Buda” como se  isso sempre implique aprender os ensinamentos registrados de modo explícito nos textos. Mas isso é apenas parte do que “aprender com o Buda” envolve. Aprender com o Buda significa não somente estudar as palavras dele: também significa aprender da conduta dele e da mente dele. A tradição Budista nos proporciona muitos registros das ações do Buda ao longo da sua vida e nas vidas passadas, e isso forma uma parte significativa da herança Budista. A vida, conduta e a mente do Buda nos proporcionam um modelo a ser emulado, o padrão ideal que nós, como discípulos do Buda, deveríamos tentar incorporar nas nossas vidas.
 Aprendendo com o Buda
Por
Bhikkhu Bodhi

18.4.11

EP # 8 Dharmas

Os sutras sempre começam com Ananda dizendo, "Assim eu ouvi..." Isto é muito significativo, nos diz muito. Ananda, que se lembrava de todas as palavras do Buddha, não clamou que os ensinamentos viessem dele próprio. Ele disse claramente que está simplesmente repetindo as palavras que ouviu do Buddha Shakyamuni.


Hoje em dia, todos querem ser originais, especialmente os gurus. Li livros de gurus modernos que afirmam que seus ensinamentos são a sua própria descoberta. De alguma forma, as pessoas nesta sociedade moderna parecem ser atraídas para coisas novas e originais. Mas aqui, não estamos procurando as invenções de alguém, estamos olhando para o Dharma puro e autêntico, as palavras do Buddha.
Vivemos em um mundo onde somos atormentados pela constante insegurança. A espiritualidade tornou-se um negócio, então os professores espirituais como eu sempre sentem a necessidade de gerar mais negócios. Dada esta insegurança, sabendo do ponto fraco das pessoas, é bem fácil vender espiritualidade. Alguns de vocês podem ser homens ou mulheres de negócios. Então, estou certo de que vocês sabem o que nos leva a vender coisas. Primeiro, você diz às pessoas que há algo que elas devem ter, algo que elas não têm. Então, você lhes diz que o lugar para comprar é aqui, de mim. Eu tenho o que você precisa.
O Buddha disse:
Não confie na pessoa, mas confie nos ensinamentos.
Não confie nas palavras, mas confie no significado.
Este é um grande conselho. Quando entramos no caminho espiritual, é importante sermos muito cuidadosos.

Há duas abordagens básicas para o caminho espiritual. Idealmente, nossa intenção de praticar o caminho espiritual deve ser o atingimento da iluminação. É isso. Parada completa. Mas, por causa de nossos padrões habituais, há uma abordagem diferente, tanto no Oriente quanto no Ocidente.
No Oriente, o buddhismo tornou-se algo como uma religião. As pessoas praticam o buddhismo para obter vida longa, prosperidade, para melhorar seus negócios, por ganho pessoal, para dissipar certos espíritos e assim por diante. Então, as pessoas não têm a meta da iluminação. Eles têm a meta de decorar esta vida.
Não é melhor no Ocidente. No Ocidente, o Dharma também não é realmente dedicado à iluminação. Aqui, as pessoas praticam o Buddhadharma principalmente para se acalmarem, para se curarem, para relaxarem... para a assim chamada "automelhoria".

O Buddha não ensinou o Dharma para este tipo de ganhos mundanos. Talvez pensemos, já que somos pessoas espirituais, não estamos procurando por ganhos materiais. Mas ainda estamos procurando por algum tipo de ganho mental. Queremos ter uma vida feliz. Ambos são considerados ganhos mundanos. Se tivermos esse tipo de motivação, o buddhismo é um caminho que devemos evitar.

O caminho buddhista é basicamente uma má notícia do ponto de vista do ego. Quanto mais praticamos e estudamos o buddhismo, mais chocante ele se torna para o nosso ego, mais ele irá contra o nosso egoísmo. Então, devemos pensar muito cuidadosamente sobre o que é que nós queremos. Não é muito tarde, ainda podemos sair dele.

Vamos falar sobre estes ganhos mundanos — pessoalmente, tenho muito deste problema. Atisha Dipankara, um dos maiores eruditos buddhistas da Índia, tinha um modo maravilhoso de colocar isto. Ele disse: "Oito coisas fazem uma pessoa ficar fraca". Ele estava se referindo aos oito dharmas mundanos, ou oito armadilhas nas quais caímos:
[1] querer ser louvado;
[2] não querer ser criticado;

[3] querer ganhar;
[4] não querer perder;

[5] querer ser feliz;
[6] não quere ser infeliz;

[7] querer ser famoso;
[8] não querer ser infame ou ignorado.
Estes são muito importantes. Devemos memorizá-los, de modo que de tempos em tempos podemos verificar se estamos caindo em uma destas armadilhas, ou até mesmo em todas elas. Eu faço isso. Isso é o núcleo básico da minha prática, verificar se estou caindo em qualquer uma destas armadilhas. São fáceis de lembrar: louvor e crítica; ganho e perda; prazer e dor; fama e infâmia.
Então, devemos verificar se caímos em qualquer uma destas armadilhas. Eu caio em todas elas, especialmente na primeira, querer ser louvado. Sempre gosto de ser louvado, essa é a minha maior fraqueza. Estou certo de que isto acontece com muitos de nós; palavras pequenas, superficiais, inúteis e ridículas de louvor podem nos fazer realmente, realmente fracos. O mesmo acontece com a crítica; algumas palavras ridículas e insignificantes de crítica podem nos ferir para sempre.
Penso que todos vocês sabem do que estou falando: como gostamos de ganhar, como não gostamos de perder; o quanto amamos a atenção; o quanto não gostamos de ser ignorados... Todas estas são armadilhas. Se cairmos em uma destas armadilhas, nos tornaremos fracos.
Eu caio nestas oito armadilhas todo o tempo. Não quero perder amigos, quero ser louvado, não quero ser criticado, quero ganhar discípulos, quero ter atenção, não quero ser ignorado. Então, o que faço? A fim de obter o que quero e de evitar o que não quero, eu termino massageando o ego de outras pessoas.
Idealmente, se eu fosse um professor de verdade, eu deveria estar lhes dizendo o que vocês precisam ouvir, o que pode ser bem doloroso. Se eu realmente assumir seriamente o meu papel de amigo espiritual, isto irá ferir o seu ego. A linha de fundo é que o caminho espiritual é ir além do desejo do ego. Peço desculpas por dizer isto, mas este é o único caminho.
Então, se quisermos ser praticantes espirituais, se quisermos ser fortes, precisamos nos exercitar, por assim dizer. Atisha Dipankara nos dá um modo maravilhoso de treinar, chamado lojongLojong é uma palavra tibetana que significa "treinamento da mente". O treinamento é basicamente lembrar de nos perguntarmos em qual destas armadilhas estamos caindo.
Vamos retornar à questão anterior, de que tipo de motivação temos. Esse é a linha de fundo de tudo. Estamos sérios quanto a atingir a iluminação? Ou estamos fazendo tudo isto apenas por relaxamento ou cura? Ou talvez porque estamos tendo muitos problemas e obstáculos em nossa vida, e queremos apenas nos recuperar disso? Lembrem-se que isto pode realmente funcionar em certa medida. Se praticarmos o Dharma com este tipo de motivação, podemos realmente obter alguns benefícios mundanos, mas não estaríamos usando o potencial completo do Dharma. Por isso, não estaríamos praticando nem mesmo o Dharma real, mas sim algum Dharma de mentira, falsificado.
Então, nossa motivação é muito importante. Se tivermos este segundo tipo de motivação, a motivação de praticar o caminho espiritual a fim de atingir a onisciência ou iluminação, então temos de ter um caminho completo. Agora, o que faz um completo caminho? Um caminho completo tem de ter visão, meditação e ação. Por favor, tomem nota disto, isto é muito importante. Percebi que no Ocidente há muitos métodos sem qualquer visão. Parece ser toda uma pletora de métodos, várias meditações, música da Nova Era, re-nascimento, re-morte... Lembrem-se, estes são bons como métodos. Não estou criticando o método em si, mas vocês têm de ter uma visão. Se não tiverem uma visão, ele não os conduzirá a muitos lugares; pode curar alguns ferimentos ou temporariamente matar a dor com algum analgésico. A visão é muito importante. A visão determina a meditação e a ação.
Então, como obtemos esta visão? Através do estudo. E através da investigação daquilo que estudamos. Isto é algo realmente extraordinário sobre o caminho que o Buddha Shakyamuni ensinou. Ele nos deu a liberdade de questionar. Vocês podem perguntar questões, podem argumentar, podem analisar dentro de sua capacidade de lógica e de senso comum. Então, devem estudar e finalizar a visão, e baseados nisso, vocês obtêm confiança no caminho. Então, vocês escolhem muitos métodos.
Neste ponto, poderíamos dizer que a nossa visão é ter renúncia. O que queremos dizer com renúncia? Quando assistimos um filme, isso é uma renúncia genuína. Por quê? Porque conforme assistimos o filme, apesar de todos os tipos de coisas acontecerem na tela, sabemos que é apenas um filme, é tudo de mentira. Pode haver relacionamentos amorosos, ou suspense; podemos até mesmo ser levados às lágrimas, mas em algum lugar dentro de nossa mente, sabemos que isto é apenas um filme.
Quando sentimos vontade de ir ao toalete durante o filme, por exemplo, podemos ter a coragem de levar e ir. Não é uma grande coisa, não estamos realmente presos. É por isso que chamamos isto de renúncia — temos a visão correta quanto a isto. Já que sabemos do aspecto fútil da vida, há uma renúncia genuína. Por outro lado, neste grande filme que chamamos de nossas vidas, poucos de nós temos este tipo de coragem.
Claro que a renúncia não significa que, já que percebemos que isto é um filme, devemos sair do cinema e fazer um grande voto de nunca mais assistirmos um filme novamente. Simplesmente perceber que isto é um filme mudou toda a nossa atitude diante dele. Não temos de parar de assistir. Podemos ainda assistir, mas agora, por causa deste conhecimento, não nos prendemos; ele não se tornou uma grande coisa. Esse é um tipo de pequena iluminação.
Isto é o que precisamos, mas perceber que isto é um filme é bem difícil. Nós sempre ficamos paralisados. Sempre terminamos pensando que é real. E quando nos sentamos aqui, totalmente absortos no filme, rindo, chorando, completamente perdidos nele, de alguma forma, por causa de nosso bom karma, por causa de nosso mérito, a pessoa ao nosso lado nos dá um tapinha no ombro e diz, "Não se preocupe. É apenas um filme". Essa pessoa é o nosso professor.
Ter essa oportunidade de sentar próximo de alguém que realmente tem a sabedoria e a bondade de nos dizer isto — é muito difícil também. Precisamos ter muito mérito. Por exemplo, assim que esta pessoa nos diz que isto é apenas um filme, a pessoa atrás de nós poderia tossir, e então podemos perder a oportunidade de ouvir isto. Coisas assim acontecem todo o tempo. Isso é simplesmente falta de mérito.
Obtemos este mérito através da lembrança da visão, de novo e de novo; através de lembrança de verificar em quais destas oito armadilhas estamos caindo; através de todos os tipos de meditações diferentes.
Então, agora eu diria, entender o aspecto fútil de nossa vida é a visão. Ter esta visão não significa que temos de nos tornar monges e monjas, ou ir a Kathmandu e viver em uma caverna. Não, o conhecimento é mais importante. O conhecimento de que isto é fútil não significa que vocês devem se demitir do seu trabalho. Vocês ainda devem continuar com o seu trabalho. Se tiverem a oportunidade de se tornarem milionários, então por que não? Vocês devem apensar fazer isto — mas sempre conhecendo a identidade verdadeira, sempre lembrando da realidade da situação.
Então, torna-se realmente divertido. Assistir um filme, sabendo que é um filme, e ainda experienciando toda a emoção, é divertido. Porque temos controle. A qualquer hora que não tenhamos controle, a qualquer hora que algum outro tiver o controle, não é divertido. Nesta hora temos o controle. Sabemos que é de mentira.
Bem agora, em nossa vida diária, não temos controle, não temos divertimento. Pensamos que tudo o que está acontecendo também é verdade. Apenas pensem sobre os relacionamentos que estamos tendo. Ter um relacionamento é supostamente algo legal que acontece em nossa vida, mas é realmente legal? No momento em que o relacionamento começa, a insegurança começa, a expectativa começa, o medo começa. E nunca terminam, repetem-se todo o tempo: quantas vezes tivemos uma namorada, quantas vezes mudamos de namorados? Sempre parece ser a mesma coisa. Não há o Sr. Correto, a Sr.ª Correta, não há situação correta aqui. Por quê? O problema não é que as situações corretas não surjam. Não é realmente isso. Mas sempre temos uma expectativa, temos esperanças e medos. E esses nos levam a desapontamentos. E até mesmo se acontecer de conseguirmos o que esperamos, então a expectativa não pára. Ele se multiplica. Agora, as expectativas são reforçadas, obtivemos o que queríamos, então esperamos mais, temos até mais expectativas.
Então, o que podemos fazer é desenvolver expectativas sábias. Isto é parte do lojong, parte do treinamento da mente. Quando acordamos, por exemplo, verificamos: "Estamos em boa condição? Estamos felizes? Estamos bem?" Estamos bem, estamos felizes, estamos bem. Então, formamos uma expectativa sábia: "Isto não durará, isto nunca durou antes, isto mudará". E efetivamente a nossa felicidade durará mais por causa disso. E então, quando estivermos atravessando dificuldades, quando tivermos todos estes problemas, todas estas dores de cabeça, pensamos: "Isto não durará. Muitas vezes tive problemas no passado, mas eu os atravessei, eles não duraram, e isto será o mesmo".
Todos têm isto. Os problemas presentes, os problemas que estamos atravessando bem agora, são os maiores problemas, não são? E pensamos que estes serão nossos problemas definitivos e de mais longa duração, mas isso não é verdade. Os problemas que tivemos há cinco anos atrás não são nada se comparados aos que temos agora, e em cinco anos, os problemas de hoje serão insignificantes.
Penso que é bom apreciar a nossa existência. Enquanto estivermos assistindo o filme, enquanto estivermos passando pelas nossas vidas diárias neste mundo, é bom ter apreciação. Podemos desenvolver a apreciação de nos sentarmos bem aqui neste mesmo minuto.
Discutimos a visão, e agora, a meditação. Meditação é gom em tibetano. Realmente, significa acostumar-se com algo. Então, estamos sendo apresentados à visão e agora temos de nos acostumar com este conhecimento. Estou certo de que vocês ouviram isto muitas vezes. Se estivermos sendo apresentados a algo como o álcool, por exemplo, então a nossa meditação é visitar o bar muitas vezes, o quanto mais que pudermos. Em seguida, podemos querer tentar diferentes tipos de licor e tentar misturar certos coquetéis, o que quer que seja. E então, lentamente, lentamente, começamos a realmente gostar de álcool. Ninguém nasce como alcoólatra. Vocês têm de aprender isto, têm de meditar sobre isto. E então vocês se tornam inseparáveis do álcool. Isto é quase como a iluminação do álcool. Então, vocês não podem viver sem ele. Isto é o que temos de fazer.
A meditação é acostumar-se com algo. Agora, há a meditação shamatha que muitos, muitos mestres nos aconselharam a fazer. Concordo com isso porque o shamatha assenta a fundação. A meditação shamatha é simplesmente fazer nossa mente ser trabalhável, flexível. Bem agora, nossa mente é como um pedaço de madeira, rígido. O shamatha faz nossa mente ser flexível, de modo que possamos fazer o que quer que gostemos.
Bem agora, digamos que vocês estão raivosos. Agora, se eu pedisse que vocês, por favor, parassem de estar raivosos, vocês não podem. Ou, se eu pedisse que vocês ficassem com raiva bem agora, vocês também não podem. Por quê? Porque não temos controle nobre nossa mente. Algo tem de vir de uma cerca causa e condição têm de estar lá, e apenas então podemos mudar nossa raiva. Não temos controle sobre ela. O shamatha nos dá esse controle, essa flexibilidade.
O principal tópico que estávamos discutindo era o lojong e as oito armadilhas, os oito dharmas mundanos. Então, como meditamos sobre isso? Poderíamos chamar isto de "meditação na ação". Penso que isto é uma prática bem importante, mas às vezes também é bem difícil. Por quê? Novamente, o velho culpado, nossas expectativas. Se olharmos para elas, até mesmo o modo como andamos é baseado em expectativas. Temos um certo jeito de andar, de modo que sejamos louvados, de modo que não sejamos criticados, de modo que ganhemos algo, de modo que não percamos algo, de modo que consigamos atrações, de modo que não sejamos ignorados. Tudo, o modo como caminhamos, o penteado que temos, a camiseta que colocamos nesta manhã... Fazemos isto por causa da expectativa. Não há autenticidade. E quanto não há autenticidade, nos tornamos bem fracos de novo. Nos tornamos vítimas de nossas próprias expectativas e das dos outros.

17.4.11

EP # Estar Consciente

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Quando estamos mais conscientes, podemos perceber melhor o que está à nossa volta, entender a situação, lembrar do que é importante para nós e visualizar um número maior de possibilidades (...). Estar consciente nos permite enfrentar as circunstâncias (...) de forma coerente com nossos valores. Quando não agimos conscientemente, somos arrastados por instintos e hábitos que nem sempre nos servirão. Perseguimos alguns objetivos que não nos levarão à felicidade e à boa saúde; tomamos iniciativas das quais, mais tarde, nos arrependeremos; e produzimos resultados que prejudicam a nós e a quem amamos.

- Fred Kofman

EP # Sangha

 

O que é uma Sangha?

 

Uma Sangha é uma comunidade de amigos praticando o Dharma juntos de forma a fazer acontecer e manter a consciência. A essência da Sangha é consciência, entendimento, aceitação, harmonia e amor. Quando você não vê isto em uma comunidade, não é uma verdadeira Sangha e você deveria ter a coragem de dizer. Mas quando você encontra esses elementos presentes em uma comunidade, sabe que tem a felicidade e a sorte de estar em uma Sangha real.

 

No evangelho de Mateus, achamos a seguinte frase: “Vocês são o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor? Para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens.” Nesta passagem Jesus descreve seus seguidores como sal. Comida precisa de sal de forma a ficar saborosa. Vida precisa de entendimento, compaixão e harmonia de forma a ser possível de ser vivida. Esta é a contribuição mais importante para a vida que os seguidores de Jesus podem trazer ao mundo. Significa que o Reino dos Céus tem que ser percebido aqui, não em nenhum outro lugar, e que os cristãos precisam praticar de forma que possam ser o sal da vida e uma verdadeira comunidade de cristãos.

 

Sal é também uma importante imagem no cânone budista e este ensinamento cristão é equivalente ao ensinamento do Buda sobre Sangha. O Buda disse que a água nos quatro oceanos tem um só sabor, o sabor do sal, assim como seus ensinamentos tem apenas um sabor, o sabor da liberação. Portanto os elementos da Sangha são o sabor da vida, o sabor da liberação e temos que praticar de forma a nos tornarmos sal. Quando dizemos, “Eu tomo refúgio na Sangha” não é uma declaração, é uma prática.

 

Nas escrituras budistas é dito que há quatro comunidades: monges, monjas, homens leigos e mulheres leigas. Mas eu também incluo elementos que não são humanos na Sangha. As árvores, água, ar, pássaros e assim por diante, podem todos ser membros da Sangha. Uma boa almofada também pode. Podemos transformar muitas coisas em elementos de apoio da Sangha. Esta idéia não é inteiramente nova, pode ser achada através dos sutras e no Abbidharma também. Uma pedrinha, uma folha e uma dália são mencionados no Sadharmapundarika Sutra. É dito no Sutra da Terra Pura que se você for plenamente consciente, então quando o vento ventar pelas árvores, você ouvirá os ensinamentos dos Quatro Estabelecimentos de Atenção Plena, o Nobre Caminho Óctuplo e assim por diante. O cosmos inteiro está rezando o Dharma do Buda e o praticando. Se você for atento, entrará em contato com esta Sangha.

 

Eu não acho que o Buda queria que abandonássemos nossa sociedade, nossa cultura ou nossas raízes de forma a praticar. A prática do budismo deveria ajudar as pessoas a voltar para suas famílias. Deveria ajudar as pessoas e se reintegrar na sociedade de forma a redescobrir e aceitar as boas coisas que existem na nossa cultura e para reconstruir aquelas que não estão.

 

Nossa sociedade moderna cria muitos jovens sem raízes. Eles estão desenraizados de suas famílias e da sua sociedade. Eles vagam, não completamente como seres humanos, porque não tem raízes. Um bom número deles vêm de famílias desestruturadas e se sentem rejeitados pela sociedade. Eles vivem à margem, procurando por um lar, por algo a que possam pertencer. Eles são como árvores sem raízes. Para essas pessoas é difícil praticar. Uma árvore sem raízes não pode absorver nada, não pode sobreviver. Mesmo se eles praticarem intensamente por dez anos, será difícil para eles serem transformado se permanecerem como uma ilha, se não puderem estabelecer uma ligação com outras pessoas.

 

Uma comunidade de prática, uma Sangha, pode proporcionar uma segunda chance para um jovem que vem de uma família desestruturada ou é alienado da sua sociedade. Se a comunidade de prática é organizada como uma família, com uma atmosfera amigável e morna, os jovens poderão ter sucesso na prática.

 

Sofrimento (dukka) é um dos maiores problemas do nosso tempo. Primeiramente temos que reconhecê-lo e notá-lo, Então precisamos olhar profundamente para a sua natureza de forma a encontrarmos uma saída. Se olharmos para a situação presente em nós mesmos e na nossa sociedade, poderemos ver muito sofrimento. Precisamos chamá-lo por seus verdadeiros nomes: solidão, sentimento de ser cortado, alienação, divisão, desintegração da família, desintegração da sociedade. Nossa civilização, nossa cultura foi caracterizada pelo individualismo. O indivíduo quer ser livre da sociedade, da família. O indivíduo não pensa que tem que tomar refúgio na família, na sociedade e pensa que pode ser feliz sem uma Sangha. É por isso que não temos solidez, não temos harmonia, não temos a comunicação que precisamos tanto.

 

A prática é, portanto, fazer crescer algumas raízes. A Sangha não é um lugar para se esconder de forma a se evitar responsabilidades. A Sangha é um lugar para praticar, para a transformação e a cura do ego e da sociedade. Quando você é forte, pode estar presente de forma a ajudar a sociedade. Se sua sociedade está em confusão, sua família está desestruturada, se sua igreja não é capaz de te prever vida espiritual, então você trabalha para tomar refúgio na Sangha de forma que possa restabelecer sua força, seu entendimento, sua compaixão, sua confiança. Então você poderá usar sua força, entendimento e compaixão de volta para reconstruir sua família e sociedade, para renovar sua igreja, para restabelecer comunicação e harmonia. Isto pode ser apenas feito como comunidade – não como indivíduos, mas como uma Sangha.

 

De forma a conseguirmos desenvolver algumas raízes, precisamos de um tipo de ambiente que nos ajude a nos tornar enraizados. Uma Sangha não é uma comunidade de prática onde cada pessoa é uma ilha, incapaz de comunicar com os outros. Isto não é uma Sangha verdadeira. Nenhuma cura ou transformação resultará de tal Sangha. Uma verdadeira Sangha deveria ser como uma família na qual há um espírito de irmandade.

 

Há muito sofrimento, sim, e temos que abraçar esse sofrimento. Mas para ficarmos fortes, também precisamos tocar os elementos positivos e quando formos fortes, poderemos abraçar o sofrimento em nós e ao nosso redor. Se virmos um grupo de pessoas vivendo em plena consciência, capazes de sorrir, de amar, ganhamos confiança no nosso futuro. Quando praticamos respiração consciente, sorrindo, descansando, andando ou trabalhando, nos tornamos um elemento positivo na sociedade e inspiraremos confiança em todos ao nosso redor. Este é o caminho para evitar deixar o desespero nos derrotar. É também o caminho para ajudar as gerações jovens de forma que eles não percam a esperança. É muito importante que vivamos nossa vida diária de tal modo que demonstremos que um futuro seja possível.

 

Na minha tradição aprendemos que indivíduos não podem fazer muito. É por isso que tomar refúgio na Sangha, tomar refúgio na comunidade é uma prática muito forte e importante. Quando eu digo: “Eu tomo refúgio na Sangha”, não significa que eu quero expressar minha devoção. Não. Não é uma questão de devoção, é uma questão de prática. Sem estar em uma Sangha, sem ser apoiado por um grupo de amigos que estão motivados pelo mesmo ideal e prática, não podemos ir longe.

 

Se não temos uma Sangha que nos dê suporte, podemos não estar obtendo o tipo de apoio que precisamos para nossa prática, que precisamos para nutrir nossa bodhicitta (o desejo forte de cultivar amor e entendimento em nós mesmos). Às vezes chamamos isso, “mente principiante”. A mente de um principiante é sempre muito bonita, muito forte. Em uma Sangha boa e saudável há encorajamento para a mente do principiante, para nossa bodhicitta. Portanto a Sangha é o solo e somos a semente. Não importa o quanto seja bonita e vigorosa nossa semente, se o solo não nos provê vitalidade, nossa semente morrerá.

 

Um dos irmãos de Plum Village, Irmão Phap Dung, foi ao Vietnã alguns anos atrás com alguns membros da Sangha. Foi uma experiência muito importante para ele. Ele está no Ocidente desde que era pequeno. Quando ele foi ao norte do Vietnã, pode entrar em contato com alguns dos elementos mais antigos da cultura vietnamita e com as montanhas e rios do norte do Vietnã. Ele me escreveu e disse: “Nossa terra do Vietnã é tão bonita, bonita como um sonho. Eu não ouso dar passos pesados nessa terra do Vietnã”. Ele quis dizer que tinha a atenção plena correta quando andou. Sua plena atenção correta foi devido à prática e ao apoio que ele teve na Sangha antes de ir ao Vietnã. Esta é a mente de principiante, a mente que você tem no início quando se compromete com a prática. É muito bonito e precioso, mas a mente principiante pode ser quebrada, destruída, perdida se não for nutrida ou apoiada por uma Sangha.

 

Embora ele tivesse sua pequena Sangha perto dele no Vietnã, o ambiente era de muita distração, e ele viu que se ficasse muito tempo longe de uma Sangha maior, ele seria levado pelo ambiente, pelo esquecimento – não apenas seu próprio esquecimento, mas o esquecimento de todos ao seu redor. Isto porque a atenção plena correta para alguém que apenas começou na prática é ainda fraca e o esquecimento das pessoas ao nosso redor é muito grande e capaz de nos arrastar na direção dos cinco desejos. Como a maioria das pessoas ao nosso redor é levada pelos cinco desejos, é este ambiente que nos arrasta e nos impede de praticar a atenção plena correta.

 

Para praticar a atenção plena correta precisamos de uma ambiente correto, e este é a nossa Sangha. Sem uma Sangha, somos fracos. Em uma sociedade onde todos estão correndo, todos estão sendo levados pelas suas energias de hábito, a prática é muito difícil. É por isso que a Sangha é a nossa salvação. Uma Sangha onde todos estão praticando a caminhada atenta, fala atenciosa, alimentação consciente parece ser a única chance para termos sucesso para terminar o círculo vicioso.

 

E o que é a Sangha? A Sangha é uma comunidade de pessoas que concordam que se não praticarmos a atenção plena correta, perderemos todas as coisas bonitas na nossa alma e ao nosso redor. As pessoas na Sangha perto de nós, praticam conosco, nos apoiando de forma que não sejamos puxados para fora do momento presente. Seja quando for que nos encontremos em uma situação difícil, dois ou três amigos na Sangha estão lá para nós, entendendo e nos ajudando e nos farão superar tudo. Mesmo na nossa prática silenciosa, ajudamos uns aos outros.

 

Na minha tradição dizemos que quando um tigre deixa a montanha e vai ao vale, será capturado por humanos e morto. Quando um praticante deixa sua Sangha, abandona sua prática depois de alguns meses. De forma a continuar nossa prática de transformação e cura, precisamos de uma Sangha. Com uma Sangha, é muito mais fácil praticar, e é por isso que eu sempre tomo refúgio na minha Sangha.

 

(Traduzido do livro “Friends on the path” – Thich Nhat Hanh)

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ouvir bem para melhor compreender olhar bem para amar melhor ( Thich Nhat Hanh)