14.3.11

EP # Ramatis - Comportamento


Rating:★★
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A CONSCIÊNCIA COMPORTAMENTAL 


http://www.ippb.org.br/textos/especiais/mythos-editora/ramatis-o-mestre-da-luz-universal










42 - Como definir o psiquismo humano? RAMATÍS - Definir o psiquismo humano não é tarefa das mais fáceis, mas pode-se traçar uma linha de raciocínio acerca do assunto, pois muito falta a compreender sobre o mesmo! O psiquismo poderia ser perfeitamente comparado ao banco de
informações do indivíduo, onde consta um número incalculável de dados processados no decorrer de seu ciclo evolutivo. É também dividido por setores que atuam em diversos estados vibratórios, cada qual sediando especificamente cada segmento psíquico, como as emoções, por exemplo. (1)

1 - São os corpos sutis, ou veículos do Espírito. As emoções são sediadas no Corpo Astral. Não se pode mensurar o tamanho do psiquismo de cada indivíduo uma vez que ele se expande a cada dia com a compreensão de fatos novos ou a resolução de experiências mal resolvidas, e que ainda se encontram pendentes. Também podemos definir o psiquismo como um microcosmo em processo de ilimitado crescimento, e atuando em uma freqüência exclusiva, diferencia um indivíduo de outro, pela carga de
informações "conscientes" que possui. O psiquismo também diferencia-se daquilo que chamamos "conhecimento", porque este define tudo aquilo que consta em nossa linha de compreensão; o que um dia aprendemos e que se encontra à nossa disposição de maneira consciente, como a alfabetização, o aprendizado das cores, da aritmética, etc. Poderíamos dizer também que o bom uso do que se conhece chama-se "sabedoria"! O psiquismo abrange tudo! O que se conhece conscientemente e o que não se conhece ainda, mas que faz parte do conhecimento Maior. Não devemos pensar que algo que não se conhece, simplesmente não existe, mas sim, este algo apenas está adormecido ou não pode ser compreendido pelo indivíduo no presente
momento, mas mais cedo ou mais tarde fará parte do acervo consciencial do ser, desde que desperte este "algo" e o compreenda. É também pelo psiquismo que age o ser humano, e percebemos nisso a diferença comportamental que provoca a individualidade, uma vez que ela nada mais é do que a consciência "deste" ou "daquele" conhecimento a ditar o comportamento no indivíduo. Analogamente, também poderíamos comparar o psiquismo a um grande "oceano" e o indivíduo a um pequeno "navio" a explorar cada gota deste oceano. O comportamento humano depende de como este navio se porta a navegar.

Com isso, temos aqueles que naufragam em tempestades de pensamentos
incompreensíveis, perdendo total controle de sua realidade, mas também aqueles que navegam com maestria, tornando-se em pouco tempo seres conscientes de si próprios e identificados com o Criador! .

43 - Seria então o psiquismo um imenso reservatório de conhecimentos à disposição do indivíduo? RAMATÍS - Um reservatório infinito, extremamente organizado e compreensível para os Engenheiros Siderais, mas em quase que total "confusão" para os humanos de vosso planeta. Na verdade, o crescimento se dá na medida em que essa confusão vai sendo organizada, e isso é tarefa para algumas centenas de encarnações! Não vos desanimeis! O caminho da compreensão sobre o psiquismo é prazeroso, um vez que é cheio de descobertas. Mas a mente humana é tão estranha que num primeiro momento se vangloria de algo novo, depois, como que a se depreciar, pergunta-se: - "Como isso não foi descoberto há mais tempo?" Acaba percebendo a simplicidade na essência de algo aparentemente complexo! Tudo referente ao conhecimento gira em torno disto: primeiro a surpresa, o êxtase, depois a perplexidade diante de algo tão óbvio! Recorramos a um simples invento que proporcionou para a humanidade um salto gigantesco: a roda! Não se sabe por quem, nem quando foi descoberta, mas sabemos que sua "tecnologia" é por demais simples. O que deveria ter pensado seu inventor... Hoje a roda nos parece um artefato simples, uma vez que já conhecemos seu princípio, mas seria possível imaginar quanto tempo fora investido para se chegar até ela? Assim como a descoberta da roda, milhares de outras informações estão contidas no psiquismo humano e permanecem intocadas. Com o passar do tempo, munida de muita perseverança e disciplina, a humanidade tornará estas informações palpáveis, e saberá que são tão simples como o princípio da roda!


44 - Vos referis ao psiquismo como sendo portador de informações as quais não se conhece, ou que não foram despertadas em nível de consciência do ser humano. Haveria uma maneira específica para trazermos à tona tais informações? RAMATÍS

- Não somente existem milhares de formas como já estão sendo aplicadas de uma maneira ou de outra nos lares, escolas primárias, universidades e no dia-a-dia, experimentando os novos métodos que trazem à humanidade quaisquer formas de crescimento. Tomemos o exemplo dos livros: Simples artefatos que carregam riquíssimas fontes de conhecimentos através dos quais a humanidade avança.

Podem registrar fatos ocorridos há milênios, formando a memória daqueles que já passaram pelo planeta, deixando seu pensamento expresso na simplicidade do alfabeto. O que seria da tão conhecida psicanálise se Platão ou Sócrates não houvessem deixado suas divagações que formam hoje as bases da filosofia? Com base em pensamentos destes e outros filósofos conseguiu-se a compreensão de muitos mistérios ainda tão comuns ao pensamento do homem! Voltando ao objetivo principal do assunto, o livro, vemos que ele não reflete somente a síntese do pensamento de seu escritor, mas é na verdade um grande desencadeador psíquico, pois proporciona ao homem a abertura de uma gama variada de questionamentos! Abrem-se então
as portas do verdadeiro saber, que é representado pela ação do raciocínio. O livro, em si, é apenas um compêndio de palavras inertes, mas ao ser lido, cada palavra ganha a propriedade sublime de fertilizar o "solo psíquico" tornando-o um fértil canteiro para o acondicionamento das mais belas flores do intelecto. A explosão de novas informações forma verdadeiro espetáculo pirotécnico no momento em que um questionamento trazido por uma simples leitura leva a outro, e a outro, e assim formam-se as mais abalizadas teses científicas que constituem verdadeira "catapulta" para os avanços científico-tecnológicos, que impressionam até os próprios pesquisadores. A capacidade de exploração psíquica é algo simplesmente incomensurável, e pode ser melhor executada bastando que o homem se torne disciplinado para com suas tarefas básicas. É preciso também, nesta busca, aprimorar o comportamento, tornando-o mais condizente com a era em que atualmente se vive. Pois vemos, em plena aurora do novo milênio, seres tão primitivos quanto nosso antecessor de neanderthal. Não se quer falar dos aborígines ou hotentotes, mas do habitante das grandes metrópoles que, a manusear aparelhos dos mais sofisticados, demonstra a brutalidade do silvícola em suas atitudes. Que manuseia com destreza equipamentos que simbolizam o aperfeiçoamento humano, mas que no trato com seu semelhante ou os demais moradores de nossa Casa Maior demonstra a insensibilidade do caçador diante da indefesa caça.


45 - Existiriam, ainda, outras formas de desenvolvimento psíquico que não o estímulo através da informação e seus veículos?

RAMATÍS -

Sim, e talvez a principal delas: a consciência comportamental, praticada há milênios no antigo Oriente! 46 - Ao falar sobre o antigo Oriente, vem-nos logo a curiosidade de como vós vivestes, vosso dia-a-dia, além das lições tomadas e mais tarde proferidas a vossos discípulos. Seria possível uma abordagem sobre isto?

RAMATÍS

- Tanto possível quanto imprescindível para uma compreensão mais profunda do assunto em foco. É também válido enfatizar que muitos atingiram em vida corpórea estágios muito mais altos, se ocupando a esclarecer orbes bem mais complexos do que o vosso. Os primeiros anos da vida de um discípulo dos Templos iniciáticos são fundamentais para a estruturação de sua personalidade, a ponto de torná-la absolutamente receptiva às realidades cósmicas. Devemos dizer que é uma jornada árdua, da simples lição teórica até sua incorporação em nosso cotidiano. Ficávamos horas e horas em absoluto silêncio apenas mergulhados em nosso interior, sentindo nosso corpo, seus músculos, o processo da respiração, as reações químicas, orgânicas e energéticas desencadeadas pela alimentação, pensamentos, etc. Era uma verdadeira seqüência de técnicas meditativas a viabilizar o auto conhecimento. Era importante conhecermos cada impulso muscular, cada pequena reação, enfim, era primordial conhecer a linguagem do corpo que muito nos fala, mas que nós, seres absolutamente "apressados", somos incapazes de compreender. Eram lições riquíssimas que proporcionavam a compreensão de uma aparente simples dor de cabeça, com a qual o corpo nos fala muita coisa. Aprendíamos a lê-Ia e eliminá-la. Numa época onde a introspecção era o diálogo de cada família, quase sempre os conflitos que afloravam do inconsciente do ser tinham sua origem em vidas pregressas, e ao serem detectadas eram facilmente trabalhadas e "escoadas" do âmago consciencial. A conjugação das mais variadas "terapias" mentais e corporais proporcionavam a todos a serenidade e compreensão dos mistérios do psiquismo, ainda tão desconhecido do homem quanto as profundezas do macrocosmo. Antes da iniciação de qualquer discípulo, era fundamental o autoconhecimento ao máximo possível. Era preciso saber todas as reações desencadeadas pelas experiências cotidianas, e os mais disciplinados seguidores caracterizavam-se pela destreza em manterem o equilíbrio e a serenidade, evitando os descontroles emocionais gerados por uma personalidade adoentada. Eram provas freqüentes, que com o passar do tempo e a consciência de que cada momento deveria ser aceito e vivido intensamente, proporcionavam aos discípulos a euforia de uma criança que descobre algo de novo em seu mundo. Era prazeroso o processo de autodescoberta e a conscientização dos fatos, que aos poucos iam sendo vivenciados e superados em sua íntegra: era o caminho do aperfeiçoamento!

A mais profunda e humilde análise de uma atitude que fora tomada imprudentemente provocava um reflexo geral em todos os que participavam das meditações e encontros terapêuticos: a superação e conscientização dos atos, que ao serem consumados ecoam em todo o universo!

47 - Ao falar dos "conflitos" arraigados em vidas pregressas, nos parece que a personalidade que vestimos atualmente em nada influencia, mas antes é determinada pelo que fomos no passado. Poderíeis explicar o fundamento e a necessidade de se acessar lembranças de vidas pregressas como forma de proporcionar maior serenidade e compreensão ao indivíduo?

RAMATÍS - Vede, pela maneira que esta pergunta nos foi colocada, poder-se-ia interpretar que todos vivemos do passado, e a ele estamos presos. Isso não é verdade! Também teremos de nos utilizar da coerência admitindo o homem como um ser integral, dotado de um complexo conjunto anímico-espiritual, e não apenas um amontoado de carne, nervos e ossos, que age, pensa e sente. Se nos utilizarmos deste princípio para entender o homem, haverá de chegar o dia em que acreditaremos que os açougues poderão servir de "retificas" e "montadoras" humanas! Todas as ciências que estudam o funcionamento humano, mesmo as da psique, estão ainda muito próximas do "físico", por
serem novas, apesar de terem dado um salto gigantesco, fazendo com que a própria medicina convencional passasse a buscar maiores esclarecimentos sobre a condição vibracional do homem. É o momento em que passa a aceitar conceitos milenares como a acupuntura, o método vibracional da homeopatia, que nada traz de seqüelas em sua posologia, e que foi praticado há muito na Atlântida pelos conhecidos sacerdotes-alquimista; e muito em breve, outros conceitos serão acolhidos, revolucionando toda a humanidade. Os motivos que levam uma pessoa a ser influenciada pelo "peso" de uma existência pregressa podem ser os mais variados, como o remorso, o ódio, a culpa, entre outros. Poderíamos dizer que o ser humano é movido por dois extremos: seu mundo interno e seu mundo externo, pessoas que o cercam, etc. É através dessa dualidade que busca o equilíbrio, trilhando os caminhos da evolução. Se o meio externo o influencia, levando-o a tomar esta ou aquela atitude, o meio
interno o influencia ainda mais, pois a atitude só foi consumada porque encontrou dentro de si um compêndio de informações para tal: é a prova de que o conteúdo interno do homem é muito mais importante do que o externo, e portanto, deve ser observado e estudado criteriosamente! Desde que a criatura é concebida organicamente, começa através do contato vibracional a perceber o mundo a seu redor. Como está desprovida momentaneamente dos
sentidos que nos facultam a integralidade da percepção do mundo físico, possui maior poder de expansão mental, que lhe permite absorver as primeiras informações do mundo com o qual terá contato mais adiante. Isto acontece também, muito embora de maneira menos intensa, nos primeiros anos de vida do indivíduo que, através de sua educação, angaria estereótipos que lhe servirão de base por toda a vida. Ao se estruturar educacionalmente o ser passa a ter condições de comparar idéias, fatos, situações, conceitos, com seu manancial intelectivo, o que lhe proporciona o aceitar ou o não aceitar, o seguir ou o não seguir por determinado caminho. Só há o
pensar e agir se houver a combinação dos meios interno e externo.

Esta química é na realidade a mais importante fundamentação para explicar as diferenças comportamentais do ser no meio onde vive. Mas, se ao adquirir tais "ferramentas de subsistência", o ser ainda assim varia seu comportamento, comparado aos demais, sua maneira única de introjeção pode perfeitamente ser explicada pelo prisma da reencarnação, compreendida e aceita há milênios pelas mais variadas correntes filosóficas. O que faz com que diante de determinada situação um indivíduo atue desta ou daquela maneira, nos mostra que os conteúdos arquetípicos são muito diferentes quando comparados com outras individualidades: é a bagagem reencarnatória
influenciando a formação educacional do ser para o meio onde vive!

Também poderíamos perfeitamente comparar a educação do ser reencarnado com o ferramental que um mecânico utiliza para recondicionar os mais variados apetrechos de alçada das ciências mecânicas. Nesta simples, porém interessante comparação, existem dois pontos fundamentais para o bom desempenho do mecânico: o complexo de ferramentas que possui, e sua "competência" para aquilo que faz. De nada adiantaria este mecânico possuir um arsenal de ferramentas, se seu talento-conhecimento proporcionasse apenas uma superficial noção das leis mecânicas. Neste caso, quanto mais profundamente o mecânico souber, aliando estes dois itens mencionados anteriormente (talento-conhecimento) melhor se sairá ante os mais variados problemas da mecânica. Por outro lado, ao possuir insuficiente conjunto de ferramentas, seu trabalho se tornaria mais penoso, mesmo portando requisitos da genialidade. A educação que se recebe é na verdade o ferramental do mecânico, e sua competência, nada mais do que a vasta bagagem que traz, que aumenta a cada processo reencarnatório. Seriam estas as fundamentações que nos mostram como somos influenciados por nossas personalidades vestidas no passado! Se por um lado os conhecimentos e habilidades adquiridos no passado nos proporcionam melhor compreensão e facilidade ao "reaprendermos" uma atividade qualquer, por sua vez os traumas e as situações mal resolvidas caracterizam verdadeiro "inferno" psíquico a atormentar o indivíduo. Pois tudo o que brota do âmago consciencial do ser, por mais negativo que seja, ainda assim faz parte deste ser, e deve ser lapidado para tanger as raias da normalidade!

48 - Se partirmos do conceito de história que nos lembra a importância de estudar o passado para melhor compreender o presente, seria fundamental então que olhássemos para trás buscando nos compreender? Seria isso?


RAMATÍS - Poder-se-ia acrescentar "estudar o passado para melhor compreender o presente planejando de maneira sensata o futuro", de modo a não reincidir em antigos erros, ganhando com isso tempo e evolução. Se olharmos os fatos com mais atenção, podemos perceber que a humanidade já possui plena autonomia para acessar conscientemente as lembranças de vidas pregressas, muito embora ainda não se tenha dado conta disso. Basta
olhar para seu próprio comportamento, seus gostos, seus afetos e desafetos. Tudo isso reflete o que já foi vivenciado, uma vez que inconscientemente se busca a "repetição" dos antigos costumes de outrora. As influências de vidas pregressas, tão comuns, quando exerci das de maneira positiva resultam na precocidade das genialidades e dos talentos mais diversos. Porém, quando as
influências são de experiências traumáticas, mal resolvidas, provocam as mais diversas limitações no indivíduo. De forma lógica, sendo o cosmo um "grande ser" em eterno crescimento, é o homem, dentro dos objetivos cósmicos, um ser de infinita expansividade, mas somente há expansão no momento em que vai superando cada barreira imposta pela evolução. Entre o superar de cada barreira ocorrem milhões de tentativas fracassadas até que, acertando aos poucos, passe a lidar com cada fato de sua vida munido de grande habilidade, qual maestro a conduzir grande orquestra pelos movimentos de sua batuta. Para que se atinja a perfeição será preciso que a humanidade vibre sublimidades de maneira totalmente "instintiva", o que atualmente ainda é difícil, uma vez que tudo o que aflora instintivamente são os conflitos pedindo resolução! Tal estágio é muito significativo e merece a maior consideração, pois a humanidade está passando por uma verdadeira "limpeza domiciliar",
onde tudo aquilo que já se encontra obsoleto terá de ser descartado. Haveremos ainda de considerar que, para que o homem descarte algo de si, é preciso saber o que está descartando e o porquê. É por isso que tais lembranças acabam ultrapassando o "véu do esquecimento" de outras vidas, justamente por ser necessário, ou melhor, fundamental para o homem. Pois dessa maneira passará por um processo de "elaboração" de seus conflitos, libertando-se das correntes dogmáticas do medo, do conservadorismo, e da "crença" no sentido psicológico.


49 - Como definir fisicamente um conflito que emerge de nosso lado inconsciente?

RAMATÍS - Se o indivíduo pudesse observar melhor suas reações físicas, teria uma visão panorâmica de seus conflitos. Tudo aquilo que consta em nosso reservatório psíquico, e que não ganhou uma elaboração, é periodicamente projetado para o lado consciencial com o objetivo de que o próprio indivíduo sinta, avalie e se liberte compreendendo o conteúdo que veio à tona. Muitas vezes, um conteúdo que simboliza algo que fora mal resolvido, ao ser projetado para o lado consciencial provoca uma profunda sensação de mal-estar, que se ignorada, mais adiante será novamente remetida ao consciente com sintomas mais densos, até que o indivíduo busque a causa que lhe gera estes sintomas. É a prova de que o corpo acusa quando não estamos bem psiquicamente. Por isso a importância de uma constante higienização mental através das terapias ou das técnicas meditativas. Na certeza de que a doença física é conseqüência de doença mental, podemos manter tratamentos profiláticos, evitando grandes sofrimentos. Adotando todo um conjunto de hábitos simples, a humanidade poderá conquistar a linha de equilíbrio que tanto busca, sem com isso pagar um preço muito alto!


50 - Em afirmações anteriores dissestes que a grande maioria dos conflitos tem sua origem em vidas pregressas. Como libertar-se de algo que emerge de região tão profunda?

RAMATÍS -

Novamente chegamos ao ensino de Jesus, que dizia: "Conhecereis a verdade e ela vos libertará!" e "Batei e abrir-se-vos-á!" Estes dois "lembretes", para serem praticados, requerem muita coragem. Pois nem sempre a verdade é doce, mas mesmo com gosto de fel, tornará a criatura mais próxima da Harmonia Suprema, na medida em que a paz interior vai conquistando divisas. No momento em que o homem conseguir olhar para dentro de si sem julgamentos, permitindo que tudo aquilo que está preso em seu interior seja liberado, verá que não fez mais do que sofrer sem necessidade alguma. Pois não podemos esconder de ninguém o que supostamente está contido em
nosso pensamento, porque manifestamos em nossos atos o que verdadeiramente somos, e quanto mais tentamos esconder, mais
explicitamente nossos segredos aparecem! Um dos primeiros passos é
agirmos de acordo com o que realmente somos, buscando a correção de
nossos pontos mais obscuros. A obrigação de controlar nossas más
inclinações é tão importante quanto a avaliação e o questionamento
do porquê somos assim. No momento em que negamos uma tendência
inferior que possuímos, ao invés de eliminá-la estaremos alimentando-a no traiçoeiro território das mentiras; estamos negando a nós mesmos, o que acarretará grandes transtornos no amanhã. Mas, ao contrário, se olharmos munidos de muito amor, compreensão e autoperdão, aí teremos grandes chances de perseverar. A aceitação de um fato consumado, juntamente com o "eu me perdôo, permitindo-me recomeçar com consciência", é a principal chave para a libertação do homem! Todo e qualquer conflito somente ficará
preso porque há o processo da auto- recriminação, e com isso, a humanidade prende-se ainda mais, quando na verdade teria de se libertar

51 - O que dizer de pessoas que questionam os trabalhos ligados ao psiquismo afirmando ser um "jogo perigoso", e que pode deixar seqüelas?

RAMATÍS - Dever-se-ia questionar sob que condições se faz uma afirmativa destas, e o que se entende por perigoso! É óbvio que todo e qualquer profissional que atue, somente deve atuar com o conhecimento de causa do que está fazendo. Da mesma maneira que um motorista possui credenciais para dirigir, o profissional da área do psiquismo também possui credenciais para o que lhe compete.

Não se pode esquecer que um diploma ou qualificação profissional não outorga moral a ninguém. Vemos por aí profissionais qualificados sem o mínimo de consciência moral, que se transformam em verdadeiros marginais de elite, agindo impunemente. O perigo de um trabalho na área do psiquismo está justamente na intenção do que se faz, no propósito que se quer atingir, e, desde que saibamos praticar os exemplos de Jesus, munidos de muito amor e tolerância, abnegados da pretensão do resultado, estaremos capacitados a qualquer trabalho ou à superação de uma dificuldade! De uma maneira ou de outra, conhecer o psiquismo é desbravar a floresta da ignorância na qual a humanidade se encontra, mas de que terá de sair cedo ou tarde. Ademais, o ser humano é dotado de um "sistema psíquico" extremamente perfeito, que coordena cada informação, remetendo-a para o lado consciente na medida em que este demonstre capacidade em compreendê-la. As reações físicas, por mais "escabrosas" que possam parecer, fazem parte do processo de
"interpretação" de um algo que está sendo remetido ao consciente, o
que acarreta para alguns "observadores" certo pavor e a crença de que tais reações são perigosas! O material que se encontra no âmago
do ser, e que conflita em seu interior, quando é "despejado" em um processo terapêutico, nos dá a impressão de que o paciente, ao entrar em catarse, sofre indescritivelmente, mas na verdade seu aparente sofrimento é na verdade um precioso escoamento de"algo" que mais adiante pode se converter em uma doença incurável. São energias nocivas que, acumuladas no decorrer dos tempos, ganham uma benéfica solução ao serem trazidas para o consciente do indivíduo que, vendo não ser mais possível guardar para si verdadeiro "paiol
de pólvora", liberta-se através de uma reação de desespero, que repetimos, aos olhos dos leigos é algo perigoso, mas que em sua essência é profundamente sublime! É a natureza que se renova a cada "catástrofe"!

52 - Vem-nos a mente aquele ditado que diz: "de boas intenções o inferno está cheio!" O que dizeis disto?

RAMATÍS -

Dizemos que é hora de parar de querer encontrar coisas onde não existem! Chega de desconfiar de tudo, de colocar obstáculos justificando tudo! Esta é uma verdadeira mania que tem custado para a humanidade anos e anos de muito sofrimento, dado o verdadeiro comodismo de que acabou se contagiando. É hora de olharmos de maneira séria para as coisas, sem fugirmos, arrumando desculpas para nos desviar da resolução de nossos problemas. No atual momento em que a humanidade atravessa, é injustificável alguém mencionar que não teve oportunidade para se trabalhar ou que desconhece a existência de trabalhos de condicionamento mental. Não há justificativas para o marasmo e para a inércia! Devemos nos lembrar das tentativas que devem ser praticadas exaustivamente até que encontremos nosso caminho, ou pelo menos o caminho menos doloroso.

É comum ouvir que este profissional não é sério, aquele, possui técnicas sem qualquer embasamento, aquele outro ainda é um incompetente, e etc. Todos estamos em processo de aperfeiçoamento e não podemos encontrar pessoas ou profissionais perfeitos, porque a perfeição é algo de que a humanidade ainda está desprovida! Outro fator que deve ser levado em conta é o "dolo" de um ato qualquer.
Pois um indivíduo consciente das Verdades Supremas jamais pensaria em prejudicar alguém que o procura com o intuito de ser ajudado. Lembremo-nos que às vezes um simples comentário carregado de maldade é muito mais "perigoso" do que um desencadear psíquico provocado por um profissional aparentemente incapacitado!

53 - Com relação ao peso de uma somatização psíquica, de um processo doloroso, o que dizeis a respeito?

RAMATÍS - Tomemos por princípio que cada um escolhe o caminho que quer percorrer até sua libertação de algo que o perturbe. Neste caso, temos aqueles que, abnegados, aceitam sua realidade, por mais mórbida que possa parecer, recomeçando humildemente a caminhada rumo ao destino que lhes fora traçado em proposta reencarnatória. Todavia, temos aqueles que vivem de queixumes o tempo todo, se declarando pessoas verdadeiramente desgraçadas e esquecidas por Deus, que fazem questão de viver num "inferno" que criaram para si, puxando os seus para o meio desse inferno imaginário. Deus nunca nos esquece, mas nós, muitas vezes em grandes revoltas, O esquecemos, e não nos damos conta de que somos os responsáveis por nossos atos, e quando nos colocamos em situações difíceis, podemos escolher dois caminhos: o da queixa infundada, ou o do desafio, para que
cresçamos como criaturas Divinas em busca do verdadeiro contato com o cosmo! Geralmente, a não aceitação de um fato emerge da hipocrisia, que nos torna criaturas cegas, incapazes de percebermos que colhemos frutos de semeaduras imprudentes. Aliás, esquecemos desta "regrinha" básica que nos diz que "a semeadura é livre mas a colheita é obrigatória"! A somatização psíquica só é necessária porque guardamos todos os "detritos" emocionais das mais diversas situações que passamos. Sensações que experimentamos quando ouvimos algo que não nos agrada e que despertam em nós alguma "impressão" de raiva, rancor, ele. Não devemos esquecer de que, no momento em que sentimos tal reação, aquilo já passou a fazer parte de nós.

Somos nós manifestados em um sentimento! Uma raiva manifestada em nosso interior, que foi desencadeada por um comentário qualquer de alguém, passa a ser nossa inimiga no momento em que a sentimos, e isto deve ser observado com muito critério, para que não nos transformemos em "cargueiros do sofrimento"!

54 - Poderíeis esclarecer mais a questão trazida por vós, sobre o fato de se buscar inconscientemente a repetição dos antigos costumes de outrora?

RAMATÍS - Este é um fato óbvio, uma vez que não só buscamos os velhos costumes como escolhemos sempre o vivenciar de experiências mal resolvidas! O psiquismo é algo realmente fabuloso, a ponto de nos "comandar", mostrando em geral o caminho mais indicado, e que nem sempre acaba sendo o mais fácil. Aquele que precisa vivenciar a desgraça, acaba buscando-a. Todavia, aquele que precisa da compreensão do lícito e do ilícito, por força da lógica e de sua necessidade, acaba se deparando com o ilícito, para que possa escolher. Se dissociarmos o livre-arbítrio, poderíamos ver que ele nada mais é do que um compêndio de escolhas, opções, que determinam este ou aquele resultado. Pensamos que dominamos o campo das "escolhas" e "opções", mas diríamos que ainda falta um bom tanto para que isso aconteça. Geralmente somos induzidos por nossos "conteúdos pendentes" a resolver algo. É a nossa necessidade "emergente", que praticamente nos obriga às escolhas. Novamente podemos recorrer à analogia com o seguinte exemplo: "imaginemos que estamos caminhando por uma rua, e logo mais adiante avistamos um indivíduo pelo qual nutrimos certa repulsa. Num impulso, tomamos a atitude de atravessar a rua ou ainda, virarmos na primeira esquina." À primeira vista isso pode parecer um absurdo, mas acontece na maioria das' vezes! Poderíamos definir tal atitude como reflexo de algo pendente em nós, pois com toda a certeza, o que nos impulsionou a tomar tal atitude não foi nosso poder de decisão. Nós apenas aceitamos uma "sugestão" vinda de nosso interior: é a fuga das resoluções! É por isso que não raro, muitas decisões acabam trazendo sofrimento. De um lado protelamos ao máximo algo que já não pode ser levado adiante, e de outro tudo o que foi protelado acaba acumulando volume, com o "emergente" tornando a situação bem mais complicada de ser resolvida. É como os juros de uma conta que não foi paga em seu vencimento!


55 - Estais afirmando que o livre-arbítrio nada mais é do que um mero subordinado de nossos conteúdos pendentes? É isto?

RAMATÍS - Não leveis tudo ao pé da letra! É preciso captar as entrelinhas das coisas para que se tenha uma compreensão mais clara, panorâmica, dos fatos que acontecem todos os dias e que representam as escolhas! Não se quer dizer que sendo o indivíduo dotado do livre arbítrio, tenha ele a liberdade
de fazer tudo o que lhe dá na cabeça. Pelo contrário, percebe-se que mesmo tendo vontade de algo, opta sempre pela necessidade, que se torna mais importante do que o real desejo. Vemos por aí todos os dias exemplos de pessoas que não têm alternativa de trabalho, tendo que se sujeitar a penosos cotidianos, para garantir o sustento da família; ou ainda, quando queremos manter algo realmente importante para nós, procuramos através do esforço angariar subsídios para tal. Outra analogia nos diz que se não pagarmos a conta de luz em dia, haveremos de não receber o serviço prestado pela companhia de eletricidade mais adiante. Neste caso, há uma grande diferença entre querer pagar a conta de luz e ter necessidade do serviço prestado pela companhia. É a velha história de que, se realmente quisermos algo, temos de nos esforçar para obtê-lo. Resumindo, todas as coisas que se apresentam ante nossa liberdade de escolha, mostram acima de tudo a realidade do "necessário" a ser escolhido, o que nem sempre nos faz optar por algo que gostaríamos, mas sim, pelo que se faz necessário no momento, o que não quer dizer que o indivíduo não possa simplesmente abrir mão destas condições aqui descritas. Pois que a desistência também é uma opção!


56 - Percebemos a repetividade de palavras como "conteúdos pendentes" ou "emergentes" em vossas afirmações. Poderíeis nos explanar mais a respeito do significado de tais apontamentos?

RAMATÍS - O termo conteúdo, na linguagem das ciências da psique, significa tudo aquilo que move o indivíduo a tomar esta ou aquela decisão. Reflete também os arquétipos que possui em seu interior e que o diferenciam das demais pessoas. Das muitas situações que o indivíduo passa em sua existência atual e em existências pregressas, vai acumulando uma certa experiência que nem sempre é positiva no sentido "físico" da palavra. Às vezes
ocorrem os traumas que perduram por longo tempo, até que numa nova
oportunidade o indivíduo vivencie o que deixou marcas no passado, e com isso consiga a superação desses traumas. No momento em que vai superando, os conteúdos pendentes vão sendo "transformados" em experiências, que simbolizam a partir deste momento a consciência do próprio indivíduo, seu manancial de informações que estará sempre à sua disposição em qualquer época evolutiva, bastando apenas que este acesse tais informações em seus "arquivos mentais".

Já o conteúdo emergente simboliza tudo aquilo que está mais do que no ponto de maturidade e pode ser resolvido, uma vez que foi projetado do inconsciente para o consciente psíquico para sua resolução. O conteúdo emergente também pode ter sido desencadeado por uma situação qualquer que tenha provocado no indivíduo um certo incômodo. De acordo com a aceitação ou repulsa do indivíduo, seu conteúdo emergente poderá provocar distúrbios que podem variar, desde uma simples dor de cabeça até uma profunda depressão. Tudo dependerá de como o indivíduo enfoque o que está emergindo de seu interior. Às vezes, um conflito que precisa ser resolvido e que se faz emergente na consciência, pode se traduzir por uma sensação de tristeza súbita, sem causa aparente. É um forte sinal de que o corpo muitas vezes nos quer falar, mas nós, seres muito apressados, acabamos não percebendo que precisamos nos despojar de algo. Se avaliarmos a instabilidade comportamental de um indivíduo, ou a nossa, veremos que estamos nos debatendo com esses conteúdos o tempo todo, bastando apenas nos perguntar porque mudamos bruscamente de comportamento e de opinião nas mais diversas horas do dia, sem motivos consistentes para tal!

57 - Falais muito da consciência corporal, do sentir com o corpo. Poderíeis nos esclarecer mais sobre isso?

RAMATÍS - Eu vos perguntaria: "Teria o corpo alguma importância ante o processo evolutivo do espírito encarnado?" Sim! É fundamental a conscientização total do veículo que serve ao espírito! A mente é algo de muita importância, mas também precisa, para a evolução da consciência, utilizar as
percepções físicas do mundo material, e isto só pode ser proporcionado com o corpo. Poder-se-ia dizer que a maioria das pessoas não se preocupa com este fator, que pode proporcionar a total libertação espiritual, bem como a superação de tudo o que está ainda pendente no acervo consciencial do indivíduo. O corpo possui uma memória, tal qual o psiquismo, pois que este expande-se na matéria através do corpo, o qual pode ser seu fiel intérprete.
Com sua memória, o corpo pode ajudar a trazer das profundezas do psiquismo as informações de que o ser precisa para buscar sua tão almejada felicidade. E se o indivíduo souber manipular esta faceta do corpo, poderá se surpreender descobrindo aptidões que nem imagina possuir. As sensações físicas na verdade poderiam traduzir-se em ondas altamente carregadas de energia curadora e geradoras do equilíbrio para o ser, que se expandem da matéria para o conjunto anímico-espiritual, da mesma maneira que o processo inverso acontece. Numa época em que a humanidade se utiliza principalmente dos atributos mentais para evoluir, esquece que o corpo pode lhe proporcionar um certo "encurtamento" do caminho. Na pressa, mal percebe que está a humanidade se tornando escrava de suas criações, cada vez mais distante das verdadeiras sensações e emoções do espírito, que encarnado, projeta de maneira intensa sua vida, sua energia, para o seu veículo de manifestação na matéria. A civilização do mentalismo precisa mais do que nunca aliar suas
amplas percepções mentais às percepções corporais. Se isso for atingido, o impulso evolutivo será imensurável para a humanidade!

Quantas vezes o homem parou para, através do tacto, avaliar a textura e a suavidade das pétalas de uma flor, de uma folha?
Quantas vezes caminhou de pés descalços a sentir que realmente existe em sua forma mais integral no mundo físico, ao toque de seus pés no solo? Ah, se soubésseis o quão extasiantes são as coisas mais simples da vida, proporcionadas pelas aptidões do corpo, como o simples toque, o contato com a natureza, com outros seres diferentes de nós, mas que se avizinham, morando na casa Maior!

Poderíeis aprender muito mais sobre os segredos da vida se parásseis para sentir vosso corpo! É essencial o equilíbrio corpo-espírito para que possamos levar uma vida livre das angústias, das insatisfações, das vicissitudes que o ciclo reencarnatório nos proporciona. Percebemos como as pessoas têm medo de sentir com o corpo, e com isso, acabam reprimindo o estado natural deste instrumento fundamental à vida corpórea. Neste caso, poderíamos atribuir ao conservadorismo da educação dos povos atuais, que, munidos de preconceitos que também lhes foram passados, ensinam a criança, em tenra idade, a reprimir seus sentimentos, que lhe fluem naturalmente do âmago espiritual. Assim, criam-se os "enrijecimentos" musculares, que impedem, aos pouquinhos, que o corpo libere aquilo que vem de sua parte mais
profunda.


58 - Em nível "energético", como ocorre o enrijecimento muscular ou encouraçamento emocional?

RAMATÍS - Todo o enrijecimento muscular ocorre quando, numa atitude de defesa, a musculatura do corpo se contrai. Nessa contração há uma concentração maior de energias, que acabam formando a "memória corporal". No momento em que há uma concentração energética, ela ali permanece como que um "sistema de alarme" a disparar ante qualquer tentativa de perturbação da integridade físico-emocional. Assim, ao se repetirem situações onde o corpo precise defender-se, haverá sempre um aumento da concentração destas energias, e então, formam-se os "enrijecimentos crônicos" ou os encouraçamentos.

Quando há a cronicidade de um enrijecimento muscular ou emocional, o indivíduo fica desprovido quase que totalmente da sensibilidade, comprometendo a atividade normal de um tecido ou órgão. É então que organicamente manifestam-se problemas como o "bloqueio ocular", onde temos o exemplo da hipermetropia, miopia, astigmatismo; o "bloqueio genital", que ocorre principalmente em mulheres, dado a transtornos como violência sexual, agressividade ou insensibilidade de seus parceiros, e nestes casos, o encouraçamento pode ser tão intenso que provoca problemas como "vaginismo", entre outros, que acabam proporcionando dores ou insensibilidade geral nas regiões visadas. O bloqueio genital pode também acontecer em homens causando-lhes a impotência ou outros problemas semelhantes. A menos que se proporcione o escoamento correto destas energias, a tendência é a relativa piora, ou a cronicidade em seu estado mais
crítico, tornando mais difícil o processo de reversão destes encouraçamentos. Sempre que acontece um encouraçamento, após sua identificação é necessária uma reeducação comportamental para que não haja uma reincidência, ocasionando-os novamente. Como forma de tratamento de problemas desta ordem, quase sempre é necessário que se busque o auxílio de um terapeuta ou profissional ligado a áreas mais específicas, uma vez que quase sempre a origem é muito ampla, de difícil diagnóstico, principalmente quando o todo psicofísico está envolvido nesses conflitos energéticos.

59 - Seria possível explicar-nos mais sobre como se formam os "enrijecimentos musculares"?

RAMATÍS - Em primeiro lugar, poderíamos afirmar que nosso corpo é formado por uma gama complexa de "sensores nervosos" e "condutores de energia". Como afirmado anteriormente, essas energias, ao escoarem dos veículos internos, têm seu desaguadouro final no corpo físico. É nele que o espírito manifesta tudo o que possui, desde uma simples mazela ao mais genial talento lapidado no decorrer das existências corpóreas. Percebe-se que durante todo o tempo o espírito remete ao corpo essas energias, que variam em sua freqüência, desde a mais baixa, ou energia degradada, deletéria, até a mais alta, ou energia sublimada. Ao receber energias de origem mais sublime, é natural que o indivíduo manifeste profunda sensação de bem-estar. A captação destas energias pode ser de duas origens: a fonte interna, ou tudo aquilo que "brota" do âmago consciencial, ou a fonte externa, através de um bom diálogo, de um ato qualquer que proporcione essa espécie de desencadear. energético. O resultado físico do desaguadouro de energias mais sublimes proporciona em sua maioria o "relaxamento muscular", a sensação de leveza. Porém, quando a energia é de baixa vibração, ao emergir do âmago consciencial do ser, provoca uma espécie de "turbulência", trazendo sensações de desconforto, mal-estar, náuseas, dores, etc. O escoamento de energias degradadas causa verdadeira mutilação nos corpos energéticos do homem, que inevitavelmente será retransmitido ao corpo físico. Enfim, seu desaguadouro provoca uma sensação de "contração": é a reação do corpo ante a possibilidade de sentir dor! A contração muscular é uma forma de defesa do próprio complexo orgânico do ser. Este fato comumente acontece em situações "externas", ou seja, situações por que o indivíduo passa todos os dias e que lhe são desagradáveis, ou que lhe representem perigo. Com isso, através da memória corporal, toda vez que uma situação se repete ou está para se repetir, o corpo reage instintivamente ria tentativa de se defender, evitando algo que possa atingir sua integridade. São movimentos quase que imperceptíveis, mas que com o passar do tempo hão de provocar
sérios transtornos no momento em que o indivíduo precisa manifestar corporalmente aquilo que emerge de seu interior. Assim, o desaguadouro natural de energias se obstrui, criando as linhas de neurose, e suas conseqüências mais desastrosas! Um exemplo muito comum, que acontece todos os dias, é a atitude dos pais ante seus filhos, quando usam da "surra" para educar. Muitos pais, ao tornar tal atitude dizem a seus filhos: - "Se chorar vai continuar apanhando!" Com esta frase, não é preciso fazer mais nada para
criar um trauma em alguém! Ora, se todos sabemos que o choro é a exteriorização mais comum de tudo aquilo que nos perturba internamente, e que através dele está ocorrendo verdadeiro despejo emocional, mesmo no choro da criança que está sendo "conscientizada" através das "palmadas" dos pais. Neste caso, através dessa espécie de punição, o corpo cria em sua memória a seqüência lógica dos seguintes clichês: "Se eu não manifestar o que sinto, não serei mais punido, pois a punição me causa dor!" Tal qual a criança ouviu: "Se chorar, vai continuar apanhando!" Com o passar do tempo, dos anos, é possível imaginar esta criatura manifestando suas emoções? Desabafando algo que a perturba seriamente? Se quando pequena, foi "ensinada" que a manifestação de seu desabafo emocional acarretaria algo muito mais doloroso: a dor física! Este é apenas um dos milhares de exemplos que ternos todos os dias da repressão educacional que está contida em cada família deste planeta, e que urgentemente precisa ser reciclada. Linhas de rebeldia são corrigidas com muita persistência e verdadeira
disciplina ante a conscientização de nossos atos; e a violência, mesmo justificada, por mais "inocente" que possa parecer, provoca
aquilo que conhecemos por "enrijecimento muscular", ou ainda, o
encouraçamento emocional. Um fator importante é o "dolo" em uma
situação que provoque estes traumas. Nem sempre os pais possuem a consciência do que podem provocar em seus filhos ao tornarem tal
atitude, uma vez que o enrijecimento muscular ou encouraçamento emocional é fruto das defesas do indivíduo, acionadas por ele para evitar sofrimentos futuros, e não deve ser encarado como um fator provocado por alguém em uma atitude impensada. Há que se levar em conta que todos temos uma condição própria de "introjeção" de informações externas, e com isso, alguns podem se encouraçar mais, outros nem tanto, uma vez que possuem menos receios com relação ao sofrimento, conseguindo se expor mais integralmente ao meio em que vivem. É apenas uma questão de aceitar ou recusar a compreensão e a ponderação ante um momento que se está vivenciando. Por mais que a
violência deixe marcas, ainda é possível torná-la menos dolorosa no momento em que procuramos compreender o que levou um ser humano a praticá-la. Não há como culparmos alguém por um ato sem antes sondarmos o que o fez concretizá-lo; por mais desprezível que possa parecer, ainda assim este ato foi provocado pelos "conteúdos pendentes" de seu praticante. Por isso a importância da conscientização de nossos atos. Para que os que vierem como nossos filhos não sejam adeptos dos mesmos hábitos nem um pouco salutares!


60 - A violência doméstica atualmente é muito comum, principalmente com crianças, que, protegidas em seu lar dos marginais da rua, encontram em seus pais e "babás" pessoas vis e maquiavélicas. A quem seria atribuído a responsabilidade então, se os pais, os responsáveis pela educação daqueles espíritos que reencarnam como filhos seus, também são portadores de traumas educacionais que lhes foram transmitidos pelos seus antecessores, e assim sucessivamente? Isso nos parece ser um "efeito dominó". Seria isto?

RAMATÍS - Vosso raciocínio não está tão equivocado, mas é preciso levar em conta que justificar que somos infelizes ou desgraçados por causa deste ou daquele fato ocorrido, nos parece de uma ardileza extrema, porque é muito mais fácil nos "atirarmos" no mundo dos desregramentos atribuindo a alguém a existência do nosso lado obscuro. Quem faz isso, esquece ou nem ao menos sabe que somos velhos viajantes do ciclo reencarnatório e que podemos ter trazido de uma vida anterior os atributos negativos que hoje afloram pedindo resolução. É o que acontece na grande maioria das vezes,
com os "rebeldes sem causa", que queixam-se de que são sozinhos no
mundo, que ninguém se preocupa com eles, quando na verdade eles é que deveriam abrir os olhos e passar a fazer algo por si próprios sem pedir nada a ninguém, uma vez que cada qual, espiritualmente possui a "obrigação" de se aprimorar, com ou sem auxílio dr outrem. É muito mais fácil quando temos mais ferramentas para o aprimoramento, mas nem sempre as aproveitamos. É aí que vemos famílias aparentemente bem estruturadas educacional e
monetariamente, mas cujos familiares queixam-se em demasia das coisas; filhos que cobram o tempo todo dos pais, e estes, por sua vez, se questionam se fizeram algo a Deus para merecerem tamanha infelicidade. Sem dúvida tal enredo é digno de um roteiro melodramático, porque é muito mais fácil olhar para o mundo externo, para as aparentes desgraças, sem usar de nossa capacidade para reverter tais situações, mas para o mundo interno é quase
sempre doloroso, porque vemos o quanto somos negligentes para conosco, sendo preferível mascararmos nossos "rombos comportamentais" ao invés de consertá-los com atitudes responsáveis. Não se deve atribuir a culpa aos pais, porque estes deram o melhor de si para garantir a subsistência da família, mesmo que este melhor não atingisse as raias do almejado por nós.

Alhures, eles deram o máximo de si próprios, e isso, por si só, já é meritório! As queixas como: - "Meus pais não foram atenciosos comigo, ou não me deram carinho ..." não devem justificar um comportamento negativo, porque se não recebemos carinho, com certeza o sabemos dar. Não há nenhum ser no universo que não saiba o que seja instinto de afeto ou de proteção, e sabemos que estes dois atributos só aparecem se o indivíduo sabe o que é "amor fraterno"! É claro que podemos não compreender integralmente o que isso significa, mas com certeza o sentimos, mesmo que seja um só fragmento dele. Até o pior assassino sabe o que é amar, porque mesmo tirando vidas a qualquer preço, ainda assim ama os seus e os protege. É uma prova de que não está perdido de todo! Sejamos mais receptivos para com as coisas que recebemos por herança de nossos pais, não nos importando com o "valor", porque podemos encontrar em um simples conselho, do pai mais ignorante, o brilho e a dignidade de um grande sábio. Se, por outro lado, nossos pais não nos serviram de exemplo, ou não nos trouxeram coisas boas por serem
problemáticos, viciosos, preconceituosos, então se poderia dizer que eles nos deram a verdadeira chave da libertação, porque nos "escancararam" aquilo que deve ser evitado por nós! É apenas uma questão de nos tornarmos mais receptivos. Afinal, voltamos a enfatizar que a sabedoria não está na quantidade de conhecimentos, mas sim na capacidade de utilizá- los, independente do que se sabe. Pois encontramos pessoas desprovidas dos lauréis do intelecto",
mas que nos dão verdadeiras lições através de sua linguagem simples, e principalmente, do seu exemplo de abnegação, ausência de julgamentos, e por serem desprovidas da maldade em seus comentários! Por isso, o primeiro passo é não atribuirmos nossas frustrações ou más inclinações aos outros, mas sim lutar por nós mesmos para superar-nos a cada instante, uma vez que a maior conflitiva é a disputa de nossos "Eus" personalísticos que a todo o tempo brigam para interferir em nosso pensamento; a conseqüência disso são as mudanças bruscas de temperamento no dia-a-dia! Por outro lado, nenhuma espécie de violência é justificável, principalmente se for praticada com um ser indefeso, que busca o colo de seu "protetor" como forma de sentir-se nfortado e criar resistência emocional para enfrentar a vida quando adulto. A criança é desprovida totalmente da desconfiança, o que a torna mais vulnerável e suscetível, acarretando, porém, maior responsabilidade ao seu tutor. É preciso pesar na balança da coerência, ao se praticar alguma maldade para uma criança, quando se perde a paciência por uma atitude que ela tenha tomado, ou alguma "traquinagem" que tenha cometido, se gostaríamos que fizessem
conosco o mesmo, ou que em nosso trabalho, já adultos, nosso supervisor nos agredisse com golpes prejudicando nossa integridade físico-emocional. Sabemos que mesmo com algumas palavras mais ríspidas já nos contraímos e nos traumatizamos, imagine-se então com uma agressão física! Mesmo possuindo um corpo pequeno, ainda em formação, a criança é capaz de compreender muitas coisas, porque seu espírito também é dotado dos mesmos atributos que nós adultos; ela apenas não consegue manifestar o que sente ou o que pensa porque fisicamente não atingiu um grau de maturidade, mas nem por isso está desprovida dos sentimentos! Ademais, se nos deparássemos com um troglodita, que a nos assediar, ferisse nossa "honra",
seríamos capazes de agredi-lo, tal qual faríamos com uma criança que está sob nossa tutela? Cremos que nos acovardaríamos, porque braços mais fortes sempre são respeitados, e por certo, engoliríamos a mais pontiaguda ofensa! Por que temos de impor nossos costumes tirânicos àqueles que não podem se defender, ao invés de praticarmos a indulgência em seu mais alto grau? Queremos que o planeta seja uma casa onde a paz e a boa convivência imperem? O que estamos fazendo para que isso ocorra? Devemos nos lembrar que os cidadãos do amanhã são nossos filhos hoje, e, se forem bem
instruídos, e se os dotarmos de ponderação, haveremos de transformar em aprazível vereda o que hoje é um verdadeiro caos. Basta apenas que nos projetemos em pensamento para o futuro, imaginando uma criatura indefesa que hoje é agredida por qualquer atitude que tome, e que amanhã, já em condições de se defender, possa apelar para a mesma regra que lhe foi imposta! Podemos suavizar ou anular o efeito negativo das coisas se planejarmos devidamente tudo o que iremos fazer. Aliás, é muito lógico, basta
olharmos para a frente vendo que os adultos de hoje, que constroem, serão amanhã os idosos que dependerão daqueles que hoje se encontram nas "fraldas". Com certeza não queremos ficar nas mãos de inconseqüentes criaturas a jogar com o que já foi construído e que se constitui verdadeiro patrimônio, fruto do amadurecimento da humanidade, como também não queremos ver nossos filhos no seio da marginalidade, praticando todos os desvarios característicos de mentes insanas e frias. É apenas uma questão de olharmos para a frente, com olhos realistas e sensatos.


61- Ao mencionar os "Eus" personalísticos, vêm-nos a mente as mais variadas facetas comportamentais do indivíduo. Poderíeis explicar mais detalhadamente como essas personalidades atuam, provocando no próprio indivíduo a mudança brusca de temperamento ou de comportamento?

RAMATÍS - Somos todos dotados de traços

comportamentais extremamente variados, que são decorrentes de nosso

desenvolvimento espiritual, bem como dos arquétipos colhidos na

existência atual. São as variações que nos fazem atuar positiva ou

negativamente ante uma situação qualquer. Por exemplo: em uma

situação de extremo perigo, conhecemos nosso lado "sangue frio".

Esta manifestação comportamental é necessária para que possamos
nos superar diante de uma situação onde é preciso atuar como que

por reflexo ou instinto, e quase sempre não há tempo para pensar o

que deve e o que não deve ser feito, sob pena de sucumbirmos caso

algo dê errado. É apenas um exemplo, mas que nos mostra claramente

que somos capazes de nos surpreender conosco mesmos! Sob um aspecto

mas amplo, essas "personalidades" que nos dominam quase o tempo

todo, refletem intensas lembranças de outras vidas, onde encarnamos

para viver esta ou aquela situação, de acordo com nossas

necessidades evolutivas. Ao passarmos para o mundo espiritual, após

mais uma experiência corpórea, todas as lembranças vividas são

armazenadas no âmago espiritual, e futuramente irão formar a

"memória extracerebral", ou seja, tudo aquilo que corresponde à

bagagem evolutiva. Essa memória extracerebral atuará de maneira

intensa no conjunto homem-espírito, influenciando seu comportamento

diante das mais variadas situações. Porém nem sempre essa

influência será positiva, pois havendo muitas pendências de outras

encarnações, fatalmente aparecerão no reservatório psíquico,

provocando as perturbações mais diversas. Essas perturbações é que

determinarão a ordem comportamental do indivíduo, que na maioria

das vezes manifesta certa agressividade, quando tomado por essas

influências que emergem do interior psíquico. É lógico que, estando

a humanidade num processo intenso de depuração, só haveriam de

emergir conflitos, uma vez que, superado algo, não é necessário

mais superá-lo! Essas personalidades que o ser humano possui, à

medida que vão aparecendo, devem ser identificadas e devidamente

lapidadas, pois nem sempre ajudam em situações nas quais o

indivíduo precise contar com suas potencialidades. São determinadas

pelo orgulho, arrogância, prepotência, entre outros exemplos, e

verdadeiramente transformam o homem mais dócil numa criatura fria e

calculista em um piscar de olhos, basta que tenham liberdade para

atuar. 62- Seriam estes "Eus" os pensamentos dissociados, ou são

verdadeiras personalidades que corresponderiam à multiplicidade

comporta mental do indivíduo? RAMATÍS - Os pensamentos dissociados

correspondem a tudo o que o indivíduo acolhe em sua mente. Equivale

ao somatório de idéias, divagações, aspirações, anseios, entre

outras manifestações da "inteligência", por assim dizer. Ao

dissociarmos os pensamentos, podemos agrupar uma verdadeira

miscelânea, que pode superar a marca dos noventa mil pensamentos

num único dia. Se deduzirmos que cada pensamento acondiciona um

certo quantum energético, é fácil imaginar que o ser humano carrega

dentro de si uma verdadeira usina de energia, mas que não sabe

utilizar essa usina de uma maneira adequada. É por isso que se

formam milhares de pensamentos a desviá-lo de suas metas. Uma vez

dispostos a crescer espiritualmente, é preciso aprender a controlar

aquilo que pensamos, mesmo que isto nos pareça impossível. Se

avaliarmos as palavras do mestre Jesus, quando chamou seus

discípulos de incrédulos, enfatizando que estes poderiam fazer

tanto quanto ou mais que seu mestre, e ainda, ao mencionar que a fé

era capaz de mover montanhas, podemos ver que ainda estamos muito

longe de "mover montanhas", uma vez que nossos pensamentos são

extremamente voláteis, sem firmeza alguma. Com relação aos "Eus"

comportamentais, apesar de não terem relação alguma com os

pensamentos dissociados, são altamente influenciáveis por estes,

pois se alimentam da energia produzida pela mente, que forma a

consciência diretora e administradora do indivíduo. São alienáveis

e ganham força na medida em que o indivíduo alimenta este ou aquele

pensamento. Um exemplo típico de como se forma esta espécie de

alienação é a questão do comportamento orgulhoso. Todo o grau de

orgulho nasce no âmago consciencial do ser, quando por um simples

pensamento ele manifesta a idéia de que é superior às demais

criaturas. Ao criar essa idéia, seu psiquismo começa a angariar

subsídios para que a superioridade se externe. Numa segunda etapa,

passa a sentir-se superior. É um forte sinal de que está lutando

para tal, manifestando em pequenos atos a vontade de ser superior,

mas tudo ainda se encontra no mundo dos pensamentos, sem uma

manifestação mais expressiva. Após, inconscientemente, passa a

atuar com ar de superioridade, sem dar-se conta. É a manifestação

física de seu pensamento, que começou timidamente no silêncio

mental. Passa então a comportar-se de tal maneira que se torna uma

criatura desprovida de sensatez, .sendo então comandada por

personalidades suas que estavam adormecidas no âmago consciencial e

que acabaram sendo despertadas pelo cultivo do orgulho em seu grau

mais mesquinho. Apenas "adubou" uma personalidade que já existia,

mas que talvez não tivesse forças para influenciá- lo. É desta

forma que manifestamos nossas personalidades: através do cultivo

dos pensamentos, sejam eles quais forem! Por isso a importância da

reciclagem comportamental e a higidez dos pensamentos! Com isso

quer-se dizer que todos temos os nossos "pequenos Eus" dentro de

nosso agregado espiritual, enfim, de nosso psiquismo, que na

verdade, como mencionado anteriormente, foram "criados" no decorrer

das mais variadas experiências reencarnatórias, e que permanecem em

estado de "hibernação" até que por um motivo ou outro, por um

simples pensamento, despertam do sono e passam a influenciar o

indivíduo, ditando-lhe comportamentos antes inimagináveis. É por

isso que adotamos o conceito de que "o homem se conhece muito

pouco, e não raro, de maneira equivocada." Pois não sabe até onde é

capaz de chegar, quando se torna subordinado de seus atos! 63 -

Outra denominação muito comum em vossas explanações é o termo

"agregado espiritual". É possível explicar mais a respeito disto?

RAMATÍS - Denominamos "agregado espiritual" todo o conjunto que

envolve o espírito, formando sua roupagem. De acordo com a teoria

de Kardec, o homem é formado de três partes distintas: corpo

físico, perispírito e espírito. Em nosso conceito, expandimos o

perispírito com base nos estudos de Kardec. Queremos dizer que o

perispírito é "fragmentável", pode-se "dividir" em componentes que

são conhecidos pelas correntes filosóficas do Oriente como "corpos

sutis" ou "corpos energéticos". São os veículos de manifestação do

espírito, e através do corpo físico, seu fragmento mais denso tem

seu desaguadouro final, determinando então o comportamento humano.

Em "O Livro dos Médiuns", Kardec menciona que ao atingir certo grau

evolutivo, o espírito pode expandir-se para vários pontos como se

fosse uma luz refletida em vários espelhos, caracterizando a

capacidade de estar em vários lugares ao mesmo tempo. Kardec, na

verdade deixou uma "porta aberta" para a compreensão de algo muito

mais complexo: O conjunto dos corpos sutis! Pois este é

perfeitamente expansível, demonstrando que podemos estar em vários

lugares ao mesmo tempo, mesmo encarnados, embora sem consciência

desta condição, o que pode num "silêncio traiçoeiro" transformar-se

em problema, uma vez que não sabemos o que trazemos em nosso

interior. Tal expansividade também é abalizada pela teoria da

bicorporeidade, dos "homens duplos", compilada pelo próprio Kardec.

Na época em que tais conceitos foram formulados, o homem já possuía

condições autônomas de fragmentação perispiritual, muito embora

esta peculiaridade nem fosse cogitada. Pois os interesses eram

outros, e o fenômeno em si, na época, era mais importante do que os

veículos que o produziam. Estes corpos sutis agregam informações

das mais variadas, mas principalmente tudo aquilo que carregamos de

outras existências e que precisam de uma reciclagem. Por outro

lado, tudo aquilo que foi aprimorado pelo espírito, caracteriza-se

como verdadeiro patrimônio deste e já faz parte de seu acervo

consciencial, ficando acondicionado muito próximo à essência do

espírito, também conhecido como "Centelha Divina".


Nesses corpos sutis se encontram todos os conflitos possíveis, que

pedem resolução, e, com o passar do tempo, são projetados para a

consciência física. São pulsões energéticos que afloram como que do

nada, perturbando o ser, tornando-o muitas vezes subjugado, sem

condições de lutar, acarretando uma série de conflitos psíquicos,

que determinarão intensamente o comportamento do próprio indivíduo

de acordo com o meio em que vive. Conhecer profundamente estes

corpos pode trazer não só grandes conhecimentos, mas tratamentos

extremamente eficazes para problemas psíquicos e orgânicos, de

difícil diagnóstico e prognose incerta. Em vez da medicina ou as

áreas terapêuticas tentarem vasculhar, acarretando na maioria das

vezes uma grande perda de tempo, através desses corpos sutis

pode-se chegar a um diagnóstico rápido e um tratamento mais suave,

sem os "testes" de adaptação, que na maioria das vezes debilitam

ainda mais o enfermo, que precisa experimentar a quais tratamentos

se adequará, principalmente se estes forem alopáticos! A verdade é

que estes corpos sutis agregam em sua "memória energética" as

lembranças, de existências pregressas ou da existência atual, que

foram impressas através da violência ou de situações traumáticas.

Quando estas lembranças chegam ao inconsciente do encarnado, já

começam a provocar os primeiros sintomas de desarmonia, e, com o

tempo, se não forem tratadas, provocam distúrbios comportamentais

desastrosos. Temos diversos exemplos que fazemos questão de

explanar de maneira detalhada, como a síndrome do pânico e a

depressão, tidas como situações "sem volta" pela psicologia, mas

que ganham nova esperança diante de um estudo mais aprofundado

destes corpos sutis! (1) 1 - Os corpos sutis, conforme ensinado

desde a antiguidade, - embora variem as denominações segundo as

Tradições - são: Átmico, Búdico e Mental Superior, constituindo a

Individualidade, Eu Superior ou Homem Real; e Mental Inferior,

Astral, Etérico e Físico Denso, constituindo a Personalidade. Todos

são veículos da Centelha Divina, a Mônada. 64 - Tendo em vista que

a síndrome do pânico possui certa semelhança com a depressão, muito

embora seja a depressão menos intensa, teriam as duas uma

correlação etiológica, ou cada qual, mesmo possuindo sintomas

semelhantes, provêm de etiologias diferentes? RAMATÍS - Em verdade,

as duas possuem efeito devastador no indivíduo, mas emergem de

fontes diferentes. A síndrome do pânico caracteriza-se por

sensações violentas de medo, sob um aspecto geral. As pessoas

acometidas deste mal refletem medo de saírem até de suas casas. Tal

situação anula praticamente todas as perspectivas de vida da

criatura, que deixa de levar uma existência normal, até mesmo no

sono, que na maioria se torna conturbado, pois o medo pode ser tão

intenso que, acreditam, se fecharem os olhos poderão morrer; além

do que, os pesadelos mais escabrosos são característicos nestas

situações. Difere da depressão, que provoca sentimentos de

inutilidade e incapacidade para o desempenho das mais variadas

tarefas do cotidiano. Caracteriza-se pelo desânimo em seu mais alto

grau! Muitos depressivos desejam morrer, pois esperam na morte um

alívio para uma situação insuportável. Os sintomas-chave dessas

duas mazelas são exatamente opostos: enquanto o depressivo deseja

ardentemente morrer, manifestando comportamento estóico, austero,

de total insensibilidade diante do sentimento ou da dor, o

acometido do pânico revela verdadeiro pavor da morte, fugindo

doentiamente de tudo o que possa colocá-lo em risco, que na verdade

se torna real mesmo diante de uma situação ingênua. É imperioso

observar que o fator determinante desses problemas está emergindo

de maneira intensa do âmago consciencial, e na maioria dos casos,

para não dizer em sua totalidade, tem origem nas existências

pregressas, se bem que o que faz estes conteúdos se refletirem com

tanta agressividade no comportamento do indivíduo, é a situação que

vive atualmente. As situações que desencadeiam os sintomas da

depressão geralmente são de ordem financeira, ou perda de entes

queridos, entre outras, levando o indivíduo a uma espécie de

"descrença" nas coisas, mas principalmente em Deus. Na verdade

essas situações atuaram como agentes "deflagradores", que

provocaram verdadeira implosão. Uma vez estando o indivíduo

sensibilizado, seus sistemas de proteção psíquica tornam-se

ineficientes, incapazes de segurar os conteúdos pendentes

localizados no inconsciente, na memória extracerebral, portando as

frustrações e perdas do passado reencarnatório. Estas informações,

contidas na memória extracerebral, estão acondicionadas nos corpos

sutis. Na síndrome do pânico, em muitos casos, o acometido está

reencarnado no meio de seus antigos algozes ou comparsas de

desvarios de passado. Em geral, o depressivo e o acometido pelo

pânico são médiuns, mas este último, possui enormes brechas

cármicas em sua "tela búdica". A tela búdica é uma espécie de

envoltório que isola o encarnado do mundo espiritual, e quanto mais

comprometida, lesada, maior sensibilidade terá o indivíduo ante o

mundo espiritual. É o caso do acometido pelo pânico, que por certo,

traz terríveis estigmas comportamentais e ainda, é obsedado por

espíritos sedentos de vingança, que proporcionam desde os primeiros

momentos de vida orgânica o cruel revide. Isso porque, no momento

em que um espírito ganha a condição de reencarnante, torna-se

indefeso ante os ataques do mundo espiritual, principalmente ante a

Justiça Divina, que permite que este confronto exista, para que

todos cresçam e manifestem o amor em seu mais alto grau. O pânico,

quando toma por completo a criatura, promove grande avaria no

mecanismo que estimula a "força interior" do indivíduo, deixando-o

impotente diante de algo que está acontecendo consigo, mas de que

nem ao menos sabe o porquê. Não é preciso que uma situação grave

aconteça para que seja desencadeado o problema, simplesmente ele

aparece, para desespero da vítima. Muitos dos acometidos pela

síndrome do pânico trazem já somatizado o terror de situações onde

foram cruelmente assassinados ou torturados em existências

pregressas, e esse pavor ainda se encontra impresso a ferro e a

fogo em seu espírito. Para citarmos alguns exemplos, muitos

daqueles que foram torturados na Santa Inquisição ou mortos em

guerras fratricidas, através de sessões bárbaras de mutilação ou

fortes rajadas de armas belicosas, ao se encontrarem reencarnados,

muitas vezes tendo como pais seus principais algozes, poderão

refletir seriamente o efeito dessas experiências. Por outro lado,

também poderão reencarnar num meio onde suas vítimas também já

reencarnadas se encontrem, caracterizando para o acometido a

incerteza e o medo do confronto diante de espíritos que sofreram

tanto através de suas atitudes execráveis, uma vez que não sabe se

suas vítimas guardam ódio no coração, e podendo se transformar em

vingadores ferrenhos de um momento para outro. 65 - Tendo em vista

que a síndrome do pânico emerge de vidas pregressas, seria então

este o principal motivo da medicina, mais propriamente o segmento

da psiquiatria, não lograr êxito, ou, no máximo, apenas estacionar

os sintomas com pesados compostos alopáticos após anos de

tratamento? RAMATÍS - Correto! A medicina, através dos

psicotrópicos, apenas promove uma espécie de inibição dos

neurotransmissores cerebrais. Com isso, o acometido permanece num

estado de languidez, enquanto seu problema o toma novamente no

momento em que os remédios começarem a perder o efeito.

Psicofármacos pesados proporcionam muito mais a destruição orgânica

do que a relativa melhora do indivíduo. Apenas inibem o sistema de

neurotransmissão, como dito anteriormente, o que poderia se

caracterizar como a interrupção temporária do emergir de

informações contidas no ser integral, mas que pela medicina, são

reconhecidas apenas por "descargas eletromagnéticas" do cérebro, ou

ainda, um distúrbio neurovegetativo, que estimula esta ou aquela

sensação, determinando qualquer linha de comportamento. Não

proporcionam mais do que o alívio momentâneo, guardando os

conteúdos pendentes numa redoma absolutamente frágil, que pode se

romper a qualquer momento, mergulhando o indivíduo numa crise

emocional onde as conseqüências podem ser desastrosas. É preciso

identificar em sua totalidade de onde vêm estes conteúdos que

influenciam sensivelmente o comportamento do indivíduo,

proporcionando-lhes o escoamento energético-emocional, e isso não é

possível através de psicotrópicos, que apenas protelam o problema.

A possibilidade de alívio e até de cura pode vir de trabalhos mais

suaves e alternativos. A própria medicina muitas vezes dá provas de

que não consegue atuar de maneira satisfatória nesses casos, e

então não há mais nada a fazer a não ser partir para as terapias

holísticas, procurando conjugar tratamentos. É importante que o

acometido não abandone indiscriminadamente o tratamento alopático,

pois este lhe poderá servir de suporte nos primeiros momentos em

que seu comportamento estiver oscilante. Mesmo que os tratamentos

alternativos sejam duramente criticados pelos acadêmicos das

ciências ditas como oficiais, a lei da maleabilidade e do bom-senso

deve ser observada pela humanidade, e os fatores dogmáticos devem

ser postos de lado, quando há risco de se perder o equilíbrio

emocional e até mesmo a própria sanidade fisiopsíquica. 66 -

Existiria ainda, outra espécie de tratamento que não fosse através

das terapias ou da medicina? RAMATÍS - Pode-se obter resultados

impressionantes através do atendimento espiritual, desobsessivo,

uma vez que todo e qualquer enfermo psíquico é um provável

candidato ao caminho das obsessões. Quando se trata de síndrome do

pânico, é preciso levar em conta que a grande maioria das vítimas

ou algozes do espírito reencarnante e enfermo ainda não obtiveram o

mérito da renovação através da vida corpórea, porque trazem a sede

da vingança, por terem um dia sido prejudicados. São espíritos na

maioria das vezes endurecidos, e, apegados ao pensamento fixo de

que foram injustiçados, agora optam por "assombrar" seu antigo

algoz. É preciso que sejam devidamente orientados e encaminhados

para que possam recomeçar o caminho que um dia deixaram para trás.

Normalmente esses obsessores implantam nos corpos sutis espécies de

"clichês mentais" contendo lembranças e imagens de atos bárbaros

cometidos pelo reencarnado. Nessas condições, através do peso

dessas lembranças, o reencarnado começa a ser tomado por fortes

sensações de medo do que fez no passado, acompanhadas de grande

pavor por pensar que pode também passar por tudo aquilo que fez um

dia outros passarem; que pode experimentar a mesma situação que um

dia provocou. Há também, em outros casos, as experiências em que o

acometido do pânico foi vítima, mas seus algozes ainda o perseguem,

por não terem se dado conta de que poderiam evitar mais sofrimento

para eles próprios, se abandonassem seus propósitos egoísticos e

sua sede de causar sofrimento a outrem. Em todos os casos, com

certeza a Justiça Divina atua, onde a lei cármica, implacável,

mostra o caminho da correção espiritual! 67 - Como se dá a

manifestação destes corpos sutis? Se manifestam atributos próprios,

poderíamos dizer que manifestam individualidade? RAMATÍS - Tudo o

que existe no universo manifesta vida e individualidade, embora da

maneira mais exótica ou estranha, que por vezes chega a fugir da

compreensão da humanidade. Estes corpos, em outras palavras, ganham

vida própria no momento em que são dotados de informações e

precisam projetá-las para a consciência física. Novamente, de

acordo com a teoria de Kardec, em "O Livro dos Espíritos", o

espírito da Verdade esclarece que o corpo, sem o espírito, é apenas

um amontoado inerte de carne, levando no máximo uma vida

vegetativa. Disso, podemos concluir que a vida vem do espírito,

portanto, os corpos sutis são responsáveis por todos os atributos

que se manifestam fisicamente, uma vez que o corpo é apenas um

ponto de reflexo do espírito. Cada corpo sutil possui atributos

próprios e com isso, manifesta-se de acordo com esses atributos

dando a impressão de personalidades multifacetadas, que acabam se

resumindo na individualidade humana. É impressionante observar a

atuação desses corpos sutis: são como uma porção de

individualidades muitas vezes brigando entre si quando

desarmonizadas, todas interligadas à consciência física. O

resultado dessas "brigas" muitas vezes é confusão mental, crise

existencial, entre outros problemas que aparecem sem causa

plausível. 68 - Percebemos que nos dias de hoje a psicose tem

estado em evidência, sendo relativamente comum encontrarmos uma

criatura que possui fortes tendências a pegar um fuzil e sair pela

rua atirando nas pessoas, ou em casos mais suaves, a tendência à

anti- sociabilidade. Como podem ser vistas as origens da psicose em

face do conhecimento sobre os corpos sutis? RAMATÍS - Poderíamos

dizer que uma linha de desarmonia de quaisquer corpos sutis somente

acontece porque não encontra seu desaguadouro natural, que deveria

ocorrer na consciência física. Vale lembrar que um espírito que

reencarna com uma predisposição comportamental negativa poderá

revertê-la, desde que receba uma estrutura educacional adequada,

como também, e o mais importante, "queira" vencer suas tendências

negativas. Pois de nada adianta formar-se na melhor universidade do

planeta se é um mau caráter! O corpo sutil mental concreto atua

ligado à consciência física do indivíduo, e uma vez desestruturado

provoca neste as mais escabrosas linhas comportamentais, que podem

ser corrigi das de várias maneiras, sendo a mais eficaz a força de

vontade do próprio indivíduo. Quando um corpo se desarmoniza

notamos que há um efeito em cadeia, que em breve tempo acaba por

influenciar os outros corpos. Qualquer desarmonia, por mais

inofensiva que possa parecer, acarreta problemas dos mais variados.

Ao falarmos da psicose, poderíamos dizer que ela possui uma

etiologia espiritual e outra orgânica, e ao fundirem-se, ganham

proporções dantescas, mas, ao contrário da crença da psicanálise

que diz ser a psicose um problema sem volta, ganhamos nova

esperança diante do estudo mais aprofundado destes corpos sutis

aliado ao conhecimento do passado espiritual do indivíduo. Tudo

começa no âmago espiritual, e por conseguinte, passa para o lado

orgânico, debilitando-o, alienando-o de forma inexorável, se não

conseguirmos encontrar sua causa raiz. Notamos que o corpo sutil

ligado ao pensamento (Corpo Mental Concreto), ao trazer em sua

estrutura energética uma lembrança de passado que reflita extrema

violência, por si só se satura qual transformador elétrico ante a

sobrecarga da eletricidade. Daí por diante, ao transferir para o

corpo Astral, com o objetivo de que este interprete estas

lembranças, atribuindo-lhes o "peso emocional", ao fluírem do

inconsciente humano, é inevitável o desajuste, principalmente

diante das resistências, do: "Eu não quero ver o que está

acontecendo comigo", tão comuns na humanidade. O simples ignorar de

algo que acontece em nosso interior pode acarretar uma espécie de

"contenção" de detritos psíquicos que, represados em todos os

corpos sutis, por não ganharem escoamento passam a "contaminar"

todo o agregado perispiritual, que funcionará congestionado. Desta

etapa em diante, formam- se as debilidades orgânicas e

neurológicas, pois o corpo Astral já não desenvolve suas atividades

de maneira normal, sendo o tempo e a displicência os maiores

aliados dos distúrbios que aparecerão, e então o indivíduo estará

ao léu. Pois quando o organismo começa a somatizar cargas

energéticas poderosas, e que estavam armazenadas nestes corpos

sutis, precisando de um escoamento via corpo físico, é o momento de

apelar para a medicina tradicional, pois a debilidade orgânica, ao

chegar, subjuga as tentativas de melhora, desprovendo o organismo

das substâncias necessárias para um funcionamento saudável. O que

faz um indivíduo se fechar por completo em si próprio, tornando-se

anti-social, reflete em primeiro plano o fenômeno ou o mecanismo de

"introjetar" as experiências físicas, a convivência com outras

pessoas. É sua capacidade interna de avaliação do meio em que vive.

Se já passou por outras encarnações onde sofreu, foi enganado,

torturado, assassinado, tais experiências já foram gravadas em seu

interior espiritual, e com certeza será muito difícil confiar em

alguém, mesmo portando o "véu do esquecimento" das vidas

anteriores. E ainda, trará de maneira inconsciente o instinto de

comportamento defensivo, em situações onde se encontre com pessoas

de seu mais íntimo convívio, e comportamento ofensivo diante de

estranhos. As armas que utilizará para sua defesa são de

importância secundária, se olharmos para a gravidade de seu

conflito interno, que conforme dito anteriormente, está ligado ao

lado psíquico e ao lado espiritual. 69 - Se nossa linha de

compreensão tiver alcançado vossas explanações, significa que o

fator determinante de problemas, numa ordem geral, está no

mecanismo de "introjeção" do indivíduo. É correto? RAMATÍS -

Perfeito! Mas, aprofundando o assunto, deveríamos dizer que cada

qual tem uma tendência própria de introjeção. O que provoca esta

peculiaridade é justamente o acúmulo de experiências no decorrer do

ciclo evolutivo espiritual. Esse acúmulo moldará a personalidade

humana, que direciona suas percepções ao mais Ínfimo fragmento

vivido no cotidiano das encarnações. Muitas vezes formam-se feridas

diante de encarnações dolorosas ou que tenham o objetivo de ajustar

o espírito com suas realidades sublimes. Essas feridas, em sua

maioria, demoram milênios para cicatrizar. Podemos então imaginar:

qual postura adotaríamos diante de um possível toque em uma ferida

aberta? Com certeza seriam o comportamento defensivo ou ofensivo e

o "proteger" diante da possibilidade da dor! Tais feridas, através

da reencarnação, tornam-se como que "vidraças" das quais, de nosso

"camarote físico" vemos o mundo. São as lentes que poderão

adulterar a verdadeira imagem das coisas que se apresentam. São

situações normais, mas que ganham um superdimensionamento através

de nosso mecanismo de introjeção, que na maioria das vezes é

irreal. Seu reflexo, normal no mundo externo, se adultera quando o

interiorizamos através dessas "lentes", tornando-se a mais absoluta

realidade para nós, mesmo que passemos a adotar comportamentos

ridículos ou extremamente agressivos diante dos outros, e que para

nós serão normais. Estaremos nos defendendo de algo que julgamos

estar violentando nossa integridade físico-emocional. Poderíamos

dizer também que nestas situações formam-se os "enrijecimentos

musculares". 70- Se a psicanálise e suas "ramificações" crêem que

os psicoses não possuem cura, e que no máximo, com muito trabalho,

se pode estacioná-las, como afirmar que elas ganham nova esperança

diante do estudo aprofundado dos corpos sutis e da ficha

reencarnatória do indivíduo? RAMATÍS - Uma vez que a psicanálise

afirma que a estrutura psicótica é desprovida do Superego, não há

como recuperá-lo, pois ele simplesmente não existe! O único caminho

é reeducar a criatura para que seu Ego não a estimule a tomar

atitudes que tragam prejuízos a si próprio ou a outrem. Não é o

caso dos corpos sutis, que mesmo numa estrutura psicótica estarão

no máximo em extrema desarmonia, e todos sabemos que a desordem, a

raiva, a rebeldia são estados temporários no homem, e que mesmo uma

criatura má, com o passar do tempo, se tornará benévola. Imagine se

os corpos sutis estivessem realmente associados com o modelo

psíquico desenvolvido por Freud, e se o corpo Mental Abstrato ou

Concreto fossem o Superego, como faríamos para recuperá-los, sendo

parte da estrutura do perispírito? Seríamos espiritualmente

aleijados? Claro que não! Se encontramos esses corpos sutis na mais

profunda desarmonia, podemos então recuperá-los, mesmo que leve

algum tempo! Sabemos que esses corpos atuam diretamente na

consciência física, e, se devidamente orientados, é provável que

possam reverter qualquer condição psicológica, por mais

desanimadora que possa parecer! É apenas uma questão de os

reeducarmos para que eles atuem em prol do todo, uma vez que cada

corpo sutil faz parte do mesmo agregado espiritual, que forma por

sua vez o psiquismo de um indivíduo! 71- Até o presente momento nos

parece que enfocamos o lado teórico. Seria importante uma

explanação sobre o lado prático. Existem técnicas seguras para

identificar e solucionar essas desarmonias sediadas nos corpos

sutis? RAMATÍS - Uma técnica segura é justamente aquela à qual o

indivíduo se adapta melhor! Das técnicas meditativas onde o corpo

ganha certa importância, temos o Ioga, que em sua maioria trabalha

com o desenvolvimento corporal, buscando o equilíbrio corpo-mente,

através da observação dos sentimentos e pensamentos, e a

regularização da respiração, entre outras peculiaridades. No Ioga,

há uma rigorosa disciplina de atitudes e pensamentos, onde cada

gesto, cada impulso é educado de forma a proporcionar uma

estabilidade emocional no iogue. A conseqüência desta "educação" é

a normalização do fluxo energético que antes ficara reprimido,

gerando a "retenção emocional", mencionada anteriormente, que dá

início à saturação energética dos corpos sutis. Outras formas de

meditação também são úteis, uma vez que a essência da meditação é

tornar a mente mais límpida. Imaginemos a mente humana em estado de

conturbação emocional. Poderíamos compará-la a um lago que, após

uma tempestade, ficou com suas águas lamacentas, escurecidas,

enfim, sujas. A mente humana fica assim, turvada, quando

atravessamos situações de conflito emocional, onde encontramos

grande dificuldade para identificar ... o que há mais adiante,

vindo a insegurança, o medo, a incapacidade de tomarmos alguma

iniciativa. Com a meditação, podemos fazer com que este

"turvamento" desapareça, pois que quaisquer técnicas meditativas

proporcionam uma grande higiene mental. Se compararmos novamente ao

lago, poderíamos dizer que a turbidez de suas águas vai se

reduzindo à medida que o tempo vai estabilizando, tornando essas

águas cristalinas! Com isso, através da busca do auto controle

emocional, a "sujeira" de nosso "lago mental" se deposita no fundo,

bem próximo da consciência física, onde a higienização se torna

propícia, pela facilidade de acesso que teremos. No caso de

Técnicas Catárticas, sempre é recomendado que se faça em grupo, de

preferência com a presença de um instrutor, para que, no momento em

que algo inesperado aconteça, como uma crise emocional, que

desperte choro ou até um desespero mais intenso, a pessoa não fique

desamparada, assustada, e acabe com isso reprimindo algo que

emergiu e de que precisa ser despojado para seu próprio bem.

Existem outras formas terapêuticas que utilizam o estado de

alteração mental, onde o relaxamento profundo é o maior aliado,

fazendo com que o indivíduo lenha lembranças de outras existências

que lhe foram dolorosas (3). Estas formas também são viáveis, pois

acima de tudo proporcionam o autoconhecimento de maneira integral!

3 - Essa forma terapêutica é a da Terapia de Vida Passada. Vide a

propósito, entre outras, as obras "Viajantes" e "Tempo de Amar",

com relatos de TVP da Drª Maria Teodora Guimarães, Editora o

Conhecimento. Outra importante forma de se conseguir chegar ao

estado da estabilidade emocional com o escoamento destes "detritos

emocionais", é através da prática e desenvolvimento mediúnico, cuja

importância se mostrará no futuro, nas próximas encarnações, e que

deve ser melhor observado por todos nós neste momento tão crucial

que a humanidade passa, vivendo o mais profundo desespero por não

saber que rumo tornar. Não nos cabe a explanação profunda dessas

técnicas porque a essência deste trabalho é justamente a

compreensão do que acontece no âmago consciencial do ser.

Certamente esse tema merece melhor explanação, o que faremos no

futuro! 72 - Percebemos vossa preocupação de explanar estes

assuntos, que fazem referência aos distúrbios mentais e comporta

mentais do ser. Já em capítulo anterior, ao mencionar a promoção

pela qual o planeta passará, percebe-se a necessidade da

reencarnação em massa dos "direitistas do Cristo" conforme

afirmastes, sendo que muitos destes espíritos, por conta do

reajuste cármico, certamente portarão mazelas das mais diversas.

Perguntamos: Seriam estas explanações uma espécie de "chamamento" à

conscientização e ao preparo para tempos mais difíceis, onde

teremos de nos doar mais intensamente em função de nosso próximo?

RAMATÍS - É .certo que teremos mais adiante reencarnação em massa

de espíritos que hoje se encontram em estágios máximos de

degradação, mas que receberão a "nova oportunidade", permanecendo

neste planeta com o objetivo de retomar o caminho que há muito

abandonaram. (4) Se hoje ternos no planeta Terra distúrbios das

mais diversas ordens, haveremos de ter no futuro também maiores

condições de tratá-los, uma vez que, como afirmado anteriormente, a

medicina e as áreas da psique haverão dado grande passo. Também é

certo que teremos uma intensificação de problemas que hoje são

encarados com certa displicência, mas que refletem grandes desvios

espirituais, e cujos portadores, por comodismo, acabam por não

fazer a correção desses desvios. . 4 - São os espíritos que, embora

em estado de revolta e desequilíbrio nas regiões umbralinas, não se

acham "empedernidos", sendo mais vítimas de si mesmos, e geralmente

escravizados por gênios das sombras. Resgatados, neste momento da

transição planetária, ainda poderão optar pela transformação íntima

e permanecer na Terra. Vide a resposta à questão número 19 desta

obra. Se hoje o planeta é tornado por uma "epidemia" de violência,

amanhã, com a nova proposta evolutiva, certamente esta violência

cessará, restando então seus filhos: os desajustes fisiopsíquicos!

Devemos estar preocupados sim, pois muitos dos espíritos que

estarão reencarnando já foram no passado, mesmo que muito distante,

nossos entes queridos, mas que por apegos egoísticos ficaram presos

a seus objetivos mesquinhos enquanto nós, a caminhar

gradativamente, chegamos um pouco à frente deles, e hoje, por

certo, podemos servir de "enfermeiros e socorristas" já que também

desejamos melhorar as condições básicas do planeta. Hoje nos

espantamos com os psicóticos, esquizofrênicos, enfim com os

portadores das mais diversas neuroses e paranóias mentais, bem como

os portadores de mazelas físicas, mas amanhã, ficaremos

impressionados com as técnicas de tratamento para estes males que

poderão proporcionar mais paz e melhor condição de vida a esses

espíritos perturbados que sofrem na "carne" os desvarios de outras

existências. 73 - Em vossa opinião, em termos de estatística,

teremos mais distúrbios mentais ou problemas físicos quando então

estes espíritos passarem pelo processo de reencarnação em massa

RAMATÍS - Os problemas congênitos haverão de se tornar mais raros,

até que desapareçam. Mas não se pode descartar o aparecimento de

males "exóticos", desconhecidos da medicina, uma vez que tudo

dependerá da linha comportamental do indivíduo. Segundo as Altas

Entidades espirituais, a reencarnação compulsória será abolida das

leis que regem vosso orbe, e somente reencarnarão com problemas

congênitos aqueles espíritos que, por escolha própria julgarem

necessário o reajuste através deste método. Caso contrário, optarão

pela reencarnação em condições de normalidade, mas, por sua vez,

virão com grandes responsabilidades sociais. As incumbências que se

terão, mesmo possuindo um corpo físico perfeito, não os isentarão

de passarem por situações onde quaisquer doenças possam aparecer,

se por motivos egoísticos esses espíritos desviarem-se de sua rota;

esquecerem daquilo que trataram ao assinar a proposta encarnatória

no mundo dos espíritos. É lógico que, devido à existência do

livre-arbítrio, qualquer indivíduo pode no último momento desistir;

mas, se acaso tiver em sua bagagem espiritual dívidas cármicas as

quais não pode adiar, por certo a própria força cósmica atuará

provocando o ajuste, fazendo com que essas dívidas sejam "quitadas"

na forma de mazelas. Sabemos que não há mais tempo para adiar

nossas pendências, e para que possamos colocá-las em dia, o plano

espiritual assessora qualquer indivíduo que queira seriamente se

reajustar perante a contabilidade cósmica, mesmo que haja muito

sofrimento. Ainda assim, nunca estaremos sós! Mas, em respeito à

força de vontade e ao prazo que cada qual determina para cumprir

suas pendências, o mundo espiritual espera pacientemente, se

adaptando a quaisquer planejamentos. Pois a pressa é de quem está

reencarnado, onde o tempo passa muito rápido, e quanto antes uma

pendência cármica for saldada, mais tempo restará para a evolução

do espírito como um todo. Quanto à estatística, por certo teremos

mais problemas de ordem mental. Seus portadores trarão sentimentos

como remorso, medo de não conseguir superar obstáculos, raiva,

entre outros. Todos estes sentimentos, quando arraigados no âmago

consciencial, até que sejam identificados e removidos, trarão certa

"dor de cabeça" para a humanidade. Sabemos que uma mazela física

começa no mundo dos pensamentos, e, se não tomarmos as devidas

providências, deixando de lado os preconceitos ultrapassados e as

resistências ao aprimoramento espiritual e intelectual, em alguns

séculos poderemos estar novamente mergulhados em um caos

comportamental. É hora de nos libertarmos dos velhos costumes e

buscarmos coisas novas, que satisfaçam verdadeiramente nossos

anseios mais sublimes, ao invés de cultivarmos os vícios e os

comportamentos que nos aproximam do homem primitivo, pois condições

para fazermos esta faxina interna com certeza teremos, bastando

apenas a boa vontade! 74 - Quereis dizer que mesmo estando a

humanidade liberta dos mais variados males, ainda assim haveria a

possibilidade de estes males retornarem? RAMATÍS - Se olharmos para

o passado, quantas vezes a humanidade decaiu? Quantas vezes teve de

buscar seu equilíbrio? As possibilidades existem, uma vez que o ser

humano ainda é extremamente volúvel, e sempre atravessa altos e

baixos! Vede que desde que a humanidade povoa este planeta de uma

maneira relativamente consciente, dotada de certo grau intelectivo,

Deus manda seus missionários, que em sua maioria, sabedores da

intenção Maior, promovem a propagação dos mais variados

ensinamentos, que de uma maneira ou outra proporcionam crescimento

para aqueles que os adotam, passando a incorporá-los em seu

dia-a-dia. Infelizmente, com o passar do tempo, a própria

humanidade deixa de lado esses ensinamentos, passando a viver de

maneira displicente, e, mesmo sem maldade alguma, acaba deturpando

sua essência tornando a convivência social conturbada, truncada.

Temos grandes chances de perseverar, no momento em que adotarmos

uma vivência dentro dos parâmetros cristãos, procurando compreender

os ensinamentos daquele que passou pelo planeta há dois mil anos, e

que sem dúvida alguma, representa até os dias atuais, o último dos

iluminados, pela grandiosidade da mensagem que deixou, e que nos

dias de hoje ainda traz perplexidade ao mais erudito estudioso! Por

certo haverá outros, mas em outras épocas da humanidade! Por hora é

preciso assimilar seus ensinamentos, ainda tão mal interpretados, e

muito menos seguidos! Se for preciso que a humanidade retorne à

situação caótica em que atualmente se encontra, então retomará por

ordem cósmica, para que novos reajustes sejam feitos, mas é

importante enfatizar que já conquistou muito daquilo de que precisa

para tornar-se independente e livre dos estigmas gerados pela má

conduta, tão comum desde os mais remotos tempos. Basta que

demonstre sabedoria para se administrar conduzindo-se ao caminho de

sua redenção espiritua.

http://pt.scribd.com/doc/40518776/Ramatis-as-Flores-Do-Oriente

*.* Duplo etéreo



1) É evidente que se o Espírito é sem forma e se assemelha a um clarão, centelha ou chama imortal, sendo o núcleo real da vida do homem,ele precisa de corpos ou elos intermediários que lhe facultem descer vibratoriamente até poder se manifestar num mundo material como a Terra, mediante um corpo carnal. Esses corpos mediadores plásticos, que estabelecem a integração do mundo espiritual com a matéria, são constituídos com a essência ou substância dos planos intermediários em que o espírito tem de ingressar.



Não existem distâncias “métricas” ou lineares entre o reino do Espírito eterno e o mundo material, pois essa pretensa separação é apenas uma diferença de estados vibratórios de cada plano entre si






É óbvio que o Espírito, em face de sua natureza superior e vibração sutilíssima, para poder “encarnar-se” na matéria, precisa servir-se 
de veículos intermediários. Assim como o raio do Sol não pode mover um vaso de barro, o Espírito, pela sua natureza imaterial, também não é capaz de movimentar diretamente um corpo físico.

Entre o Espírito e o corpo carnal existe um“es pa ç o” ou “distância vibratória” que precisa ser preenchido pelos corpos sutis, veículos ou elos intermediários, confeccionados da mesma substância que forma cada plano intermediário.

O homem, na verdade, é centelha imortal; é consciência e memória já acumuladas no tempo e no espaço, que age através de vários veículos 
ocultos no mundo invisível a vibrar nos seus planos correspondentes, para só depois situar-se na cápsula de carne, que é o corpo físico.



Em conseqüência, o homem é composto da essência da vida cósmica e 
também se liga a todas as manifestações de vida no Universo. O corpo físico pode ser comparado a uma espécie de ímã que atrai em torno de si, no espaço por ele ocupado, as partículas constitutivas dos corpos mais sutis. O homem, dependendo do estágio evolutivo, dispõe de até sete corpos ou veículos autônomos de consciência para sua expressão nos diferentes planos de manifestação da criação divina, porém, essa constituição setenária é quase desconhecida no ocidente, onde essa realidade costuma ser reduzida e simplificada conforme a escola de iniciação ou organização religiosa em questão . Comparando-se a classificação setenária às divisões gregas, espírita e à tradicional cristã, verifica-se que a divisão em dois ou três corpos é apenas simplificação de uma divisão mais detalhada, pois todas as classificações procuram expressar didaticamente a mesma realidade, embora a divisão setenária defina melhor o“Eu Real” e seus veículos através de cada plano de expressão da Criação Divina. 

Nela, qualquer que seja a classificação correspondente, o corpo físico denso, veículo de expressão da consciência humana encarnada no plano material, é constituído de matéria química (nos estados de agregação sólido, líquido e gasoso), seguido nos demais planos por outros corpos nele interpenetrados, ditos corpos sutis, ou seja, seus veículos de expressão nos planos hiperfísicos. 

1. O DUPLO ETÉRICO DO HOMEM

O duplo-etérico, por vezes designado “corpo etérico”, é um veículo intermediário, espécie de mediador plástico ou elemento de ligação, 
entre o corpo físico do homem e o seu perispírito (complexo formado pelo corpo astral e pelo corpo mental concreto). É um veículo já conhecido e estudado desde há muitos séculos pelos velhos ocultistas e iniciados hindus, egípcios, caldeus, assírios, essênios e chineses. O duplo-etérico, à semelhança de um fio elétrico, cumpre a função de mensageiro submisso, que transmite ao corpo o que o espírito sente no seu mundo oculto, ou seja, as emoções que a alma plasma na sua mente espiritual imponderável. O duplo-etérico, portanto reage e transmite ao corpo físico todas as sensações que primeiramente atuam por via etérea.


O duplo-etérico recebe os impulsos do perispírito e os transfere para o corpo de carne, agindo também em sentido inverso.


O duplo-etérico, no entanto é a reprodução exata do corpo físico do homem e se distancia ligeiramente da epiderme, formando uma cópia vital e de contornos iguais. Apesar do duplo-etérico ser um corpo invisível para os olhos carnais, ele se apresenta aos videntes e à visão espiritual dos desencarnados como uma capa densa, algo física. Os clarividentes treinados vêem o duplo-etérico como um veículo vaporoso, que cobre o corpo em todos os sentidos e interpenetra-lhe os poros físicos e perispirituais. A sua configuração é transparente e a sua emanação etéreo-física ultrapassa o corpo do homem em cerca de 6mm em todas as direções

Para os clarividentes, e também para os desencarnados, o duplo-etérico se apresenta colorido, com tonalidades que dependem do estado de saúde do homem e de sua maior ou menor capacidade de absorver energia vital (ouPrân a), havendo predominância de tom róseo esbranquiçado, fracamente luminoso, impregnado ainda por tons azulíneos e emitindo algumas fulgurações violáceas. Há casos em que a sua cor pende para os matizes do alumínio transparente ou do vidro fosco.


O duplo-etérico, de aparência violeta-pálido ou cinza-azulado, em condições normais, se estende cerca de seis milímetros além da superfície do corpo físico denso correspondente, e atua como um intermediário entre o corpo físico e o corpo astral, não sendo, portanto, um veículo separado de consciência.


O duplo-etérico possui em sua periferia um sistema dechacras, ou centros de forças etéricas, e sua principal função é transmitir para a tela do cérebro do homem todas as vibrações das emoções e impulsos que o perispírito recebe do Espírito ou Alma Imortal. Além disso, ele também absorve Prâna ou a vitalidade do mundo oculto, emanada do Sol, conjugando-a com as forças exaladas do meio físico, e em seguida as distribui pelo sistema nervoso e por todas as partes do organismo do homem


O Prâna (ou vitalidade) é a energia integradora que vitaliza e interpenetra todas as moléculas e todas as células, as mantêm unidas nos organismos definidos e possibilita a sua atuação como um conjunto com um fim determinado. É esse alento de vida do Logos que possibilita a criação das formas mais variadas, pois sem Prâna atuando na intimidade dos organismos, não haveria organização celular, apenas meras moléculas independentes. Absolutamente necessário para a vida do corpo físico denso, o duplo-etérico tem por função absorver e redistribuir para o corpo físico a energia vital (oP râ n a), uma das sete forças emanadas pelo Sol, ou seja, das energias emitidas do Logos Solar.


2. O DUPLO ETÉRICO, OS CHACRAS E A AURA DA SAÚDE

O duplo-etérico, além de suas importantes funções de intercambiar todas as reações entre o
perispírito e o corpo carnal, é também um indispensável“reservatório vital”, razão porque,
por vezes, é também chamado indevidamente de “corpo vital”.

Os órgãos do duplo-etérico responsáveis pela absorção e circulação do Prâna ou energia vital no corpo físico denso são os centros de força, conhecido por“ch a cra s”, cada qual com uma localização e função principal, em correspondência com uma região de plexos nervosos do corpo físico, sendo sete os principais chacras, ligados entre si por condutos conhecidos como meridianos (nadhis), por onde flui a energia vital por eles modificada.

Do duplo-etérico irradia-se uma aura radioativa resultante daexsudação do Prâna que, depois de absorvido pelo organismo etéreo-físico, é novamente expelido para o exterior formando a conhecida“Au ra da Saúde”, que ultrapassa, em sua forma ovóide vários centímetros da periferia do corpo humano,

Externamente à configuração do duplo-etérico, se forma uma aura radioativa semelhante a um imenso ovo, que desprende, por vezes, umas chispas argênteas (prateadas), conhecidas entre osocultistas emagoscomo “Aura da Saúde”, que atinge de 5 a 10 cm além do corpo físico.

A “Aura da Saúde” exsudada pelo duplo-etérico de um antropófago é um ovóide gorduroso, denso, a escorrer um visco de alguns centímetros além do corpo físico, ao passo que, em Jesus de Nazaré essa aura era como rica vestimenta fluídica e cristalina, e de vitalidade tão poderosa que fazia curar instantaneamente os enfermos e portadores de moléstias das mais estranhas e cruciantes. É por isso que os lugares onde sepultam criaturas de elevada estirpe espiritual ficam impregnados de uma “aura vitalizante”, ou energismo terapêutico capaz de curar certos doentes mais sensíveis. Porém, nesses lugares, com o decorrer do tempo, essa aura curativa também vai se tornando inócua, e eles, pouco a pouco, perdem a sua fama, conforme já sucede com as Águas de Lourdes, cujo éter-físico “miraculoso” já se exauriu.





3. O DUPLO-ETÉRICO EM FACE DA MEDIUNIDADE DE PROVA Os médiuns “de prova”, isto é, aqueles que se encarnam na Terra com a obrigação principal de cumprirem o serviço mediúnico, especialmente os médiuns de fenômenos físicos que elaboram e consomem ectoplasma, já nascem com certo desvio na linha magnética vertical dos pólos positivo e negativo do seu perispírito devido a uma intervenção deliberada que os técnicos siderais processam nele antes de se encarnarem.


Os médiuns de prova, principalmente os de fenômenos físicos, apresentam desviada para a esquerda de seu corpo, em diagonal, a linha magnética perpendicular, que desce do alto da cabeça, passa pelo umbigo e cruza entre os seus pés, atravessando assim a zona do baço.

O perispírito, com esse desvio magnético inclinado alguns graus à sua esquerda, cuja linha, que deveria cruzar-lhe os supercílios, atravessa-lhe o olho esquerdo, fincando-lhe entre os pés, termina por também modelar no útero feminino, durante a gestação do corpo físico, um duplo-etérico com esse mesmo desvio à esquerda.

Portanto durante o nascimento e o crescimento do homem com a prova de mediunidade, também se modela o seu duplo-etérico obedecendo à mesma inclinação da linha magnética do perispírito, que fica assim algo deslocado à altura do baço físico e do chacra esplênico, facilitando-lhe o transe mediúnico do modo mais freqüente. Dessa forma, em obediência às linhas de forças que lhe determinam o desvio à esquerda de seu corpo físico, o duplo-etérico se transforma em janela viva constantemente aberta para o mundo oculto, pondo o homem em contato mais íntimo com os fenômenos extraterrenos, o que lhe confere a condição de um médium, ou seja, aquele indivíduo que pressente e ausculta a vida invisível mediante fenômenos incomuns. (“médium de prova”). No entanto, a dupla inclinação do perispírito e do duplo-etérico, que faculta a mediunidade de efeitos físicos,
a psicografia mecânica ou a incorporação completa, nada tem a haver com as faculdades espirituais inatas no homem superior, como o poder da Intuição Pura ou a Clarividência Espiritual, cujas qualidades sublimes dependem fundamentalmente da formação moral e dograu sidéreo da alma (“médium natural”), em vez de uma simples intervenção técnica extemporânea. Os médiuns, em geral, são mais sensíveis que o homem comum, pois se mostram nervosos e doentios, facilmente afetados pelos fenômenos materiais do meio onde vivem, e pelas reações morais, emotivas e mentais dos demais seres que os cercam no mundo. Eles vivem superexcitados pelas preocupações mais comuns, enquanto as coisas mais simples se avolumam e os afligem, devido a sua mente hipersensível e ao contato mais freqüente do seu duplo- etérico com o mundo oculto. O desvio parcial do duplo-etérico e do perispírito, que é bem mais acentuado nos médiuns de efeitos físicos do que nos outros medianeiros, é responsável por mantê-los em sintonia freqüente com a humanidade desencarnada e por fazê-los sofrer a influência dos sentimentos e das emoções boas ou más, projetadas do plano astral pelos espíritos desencarnados. Essa porta etérica aberta para o Além, devido ao desvio da linha perispiritual magnética, torna o médium de prova um ser hipersensível em contato mais demorado com os fenômenos do mundo oculto, mas lhe é também, uma faca de dois gumes, pois poderá arriscá-lo ao fracasso espiritual na vida física por imprudência, caso falseie em seus costumes, se devote às paixões violentas e cultive vícios degradantes. Portanto, os médiuns de prova necessitam de constante vigilância de seus atos no mundo físico, pois as entidades malfeitoras do Invisível os espreitam a todo o momento através desta porta psíquica vulnerável. Raros médiuns de fenômenos físicos puderam atingir o final de sua existência terrena de modo lisonjeiro, pois, em geral, os maquiavélicos das sombras conseguiram perturbar-lhes o mandato sideral, explorando- lhes o orgulho, a vaidade, a cupidez, despertando-lhes interesses mercenários na especulação censurável de sua mediunidade. Infelizmente os médiuns de prova são criaturas que vivem a atual existência humana onerados por grandes responsabilidades ou delitos do passado e por isso, em face de qualquer descuido ou invigilância espiritual, eles se tornam vulneráveis às investidas perniciosas do mundo invisível, pois os de efeitos físicos, com raras exceções e devido à expulsão violenta do seu duplo-etérico, entram em transe à semelhança de ataques epilépticos ou dos viciados em entorpecentes.


O médium deve observar uma vigilância constante nas suas emoções, pensamentos e atos, e
fugir das paixões e dos vícios lesivos, caso deseje resistir à vontade subvertida, as desmedidas
ambições e aos projetos sinistros de espíritos malévolos e mistificadores.

Quando o médium de prova faz uso indiscriminado de anestésicos, entorpecentes, fumo, álcool e carne, essas substâncias tóxicas expulsam com violência do duplo-etérico do corpo físico; se ele se entrega desbragadamente às paixões violentas, aos vícios e aos prazeres condenáveis, então se isola imprudentemente dos próprios guias responsáveis pela sua segurança mediúnica no mundo terreno. Somente as criaturas de elevada estrutura espiritual, durante a sua existência heróica, mostram-se médiuns poderosos, e se colocam em freqüente contato com as entidades desencarnadas, sem correrem o risco de serem vítimas do poderio e da fascinação das Trevas. Os médiuns regrados, serviçais e magnânimos, alcançam o seu transe mediúnico sob a assistência dos espíritos técnicos benfeitores que os protegem a partir do mundo oculto e os livram das interferências nocivas e conseqüências espirituais. Sob esse controle espiritual amigo, o médium afasta ou retoma o seu duplo-etérico sem o desperdício inútil de energias, uma vez que fica amparado contra a investida do astral inferior, protegendo-se, dessa forma,
contra a infiltração de microorganismos perigosos à sua contextura etéreo-física (seu duplo-etérico) e de uma desvitalização que lhe abale a saúde física. 4. EXTERIORIZAÇÃO DO DUPLO-ETÉRICO O duplo-etérico se separa do corpo carnal durante a anestesia, no transe mediúnico ou quando o espírito vaga fora do corpo carnal adormecido no leito, e isso provoca no homem uma redução de vitalidade física e queda da temperatura. Em tal condição, o duplo-etérico adquire mais liberdade de ação, aumenta seu energismo e se torna hipersensível, porque o corpo físico, estando adormecido ou em transe, se mantém com reduzida cota de Prâna para nutrir-se, não sendo difícil que o corpo depois manifeste, em sua contextura material, os eventuais efeitos de qualquer acontecimento ofensivo ocorrido durante a separação de seu veículo etérico


O passe magnético, o passe espírita, a hipnose, a prática mesmérica e o transe mediúnico,
bem como casos de acidente, são situações que podem afastar parcialmente o duplo-etérico,
enquanto a morte, sem dúvida, o separa definitivamente do corpo físico.

Mesmo quando o duplo-etérico se afasta do organismo físico, ainda conserva a sua forma humana, lembrando o homem como recortado em massa nebulosa um tanto brilhante e movediça. Durante o processo de materialização, hipnose, anestesia e durante o sono, reduz-se muito a taxa de Prâna ou vitalidade que é absorvida comumente através do meio ambiente pelo chacra esplênico. Nessa ocasião, o duplo-etérico tende a projetar-se para o mundo oculto, no qual ele se sente “à vontade” e se mostra mais sensível e eufórico, enquanto se revigora de Prâna, sem necessidade de alimentar o corpo físico adormecido.

O transe mediúnico, a catalepsia, a anestesia total, a hipnose e o ataque epilético resultam, mais propriamente, do afastamento súbito do duplo-etérico, responsável pela absorção vital do meio, em relação ao corpo físico


São fatores que afastam o perispírito (corpo astral) e o duplo-etérico: •Transe mediúnico (efeitos físicos)
•Ataque epilético
•Catalepsia
•Anestesia total
•Hipnose, mesmerismo
•Sono
•Passe magnético, passe espírita 
•Acidentes bruscos


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SENSIBILIDADE DO DUPLO-ETÉRICO


Tratando-se de um veículo etérico de acentuada sensibilidade suprafísica, simultaneamente interpenetrado pelo perispírito e pelo organismo carnal, o duplo-etérico tanto sofre como acusa acidentes, traumatismos, choques, lesões e agressões, que sucedem em ambos os corpos de que é fiel intermediário.

O duplo-etérico acusa de imediato, hostilidade ao corpo-físico e ao perispírito, através dos centros sensoriais correspondentes, na consciência perispiritual e na física

Algumas criaturas, havendo sofrido mutilação de um ou de outro membro do seu corpo, queixam-se de dores nesses órgãos físicos que já lhes foram amputados. Essa sensibilidade ocorre porque a operação cirúrgica não foi exercida sobre o duplo-etérico, que é inacessível às ferramentas do mundo material.


É, pois, muito comum nos hospitais cirúrgicos, os operados que sofreram mutilações das pernas ou dos braços, ainda conservarem, por algum tempo, uma sensibilidade reflexa, que é transmitida à sua consciência física pelos correspondentes membros etéricos, que subsistem após a operação feita no corpo carnal. Os clarividentes desenvolvidos, frente a um amputado dos pés ou das mãos, conseguem ver os moldes invisíveis de tais órgãos. O perispírito, por sua vez, como um equipamento de atuação nos planos sutilíssimos do Espírito Imortal, ao manifestar o seu pensamento pelo seucorpo mental e os seus desejos ou sentimentos pelo corpo astral em direção à consciência física, também obriga o duplo-etérico a sofrer-lhe os impulsos bons e maus, tal qual os espíritos desencarnados quando lhe atuam do mundo oculto, inclusive acusando aos sentidos físicos os ataques dos espíritos malfeitores.
O duplo-etérico é um corpo energético provisório que, além de constituir campo de efervescência da própria vida microbiana sutil, é veículo sensível a diversos elementos do meio material. São fatores que afetam o duplo-etérico: •frio, calor
•eletricidade, magnetismo
•perfumes, fumo, gases voláteis
•condimentos
•sedativos, antiespasmódicos, substâncias hipnóticas, anestésicos, entorpecentes (barbitúricos, certos alcalóides como mescalina e ácido lisérgico ou LSD, diversas drogas psicotrópicas, excitantes ou depressivas do sistema nervoso) •ácidos, óxido de carbono •toque humano (em certos momentos de maior concentração) Os médiuns são também indivíduos mais vulneráveis aos efeitos tóxicos secundários das medicações sedativas, das drogas hipnóticas, anestesias operatórias ou entorpecentes, porque assubstâncias alopáticas, tóxicas, agressivas e entorpecentes, deixam resíduos cruciantes no éter-físico que flui pelo seu sistema nervoso, assim como pressionam o seu perispírito e o seu duplo-etérico, aumentando a “frincha” ou “janela viva” que se entreabre para o mundo espiritual (ou seja, o desvio magnético). 6. AÇÃO DE CERTAS DROGAS SOBRE O DUPLO-ETÉRICO As anestesias operatórias, os antiespasmódicos, os gases voláteis, as drogas e sedativos hipnóticos, o óxido de carbono, o fumo, os barbitúricos, entorpecentes, o ácido lisérgico e certos alcalóides, como a mescalina, são substâncias que operam violentamente nos interstícios do duplo-etérico. Embora a necessidade por vezes obrigue o médium a se utilizar de algumas dessas substâncias, em momentos imprescindíveis, é sempre imprudente abusar delas sob qualquer pretexto ou motivo. As drogas entorpecentes e os gases anestesiantes, em geral afastam o duplo-etérico pelo lado esquerdo do corpo, à altura do baço físico, sobre o qual funciona o chacra esplênico, o que provoca transes, hipersensibilizações e inconvenientes, caindo a temperatura do corpo e reduzindo-se a vitalidade orgânica. Um exemplo da ação de droga farmacológica sobre o duplo-etérico foi o uso imprudente da conhecida “talidomida” pelas mulheres em gestação, que provocou o nascimento teratológico de crianças com deficiências de má formação fetal que iam desde o lábio leporino (fendido) até mãos diretamente ligadas aos ombros, pendendo-lhes dali como folhas atrofiadas. Indubitavelmente, essa droga exerce um impacto tóxico e deformante através do duplo-etérico em formação do feto, agindo nos genes formadores do nascituro alterando-lhes as linhas de forças que comandam o processo normal dos cromossomos e gerando criaturas deformadas. Em sua ação anestesiante ou isolativa, a talidomida se interpõe entre a contextura do duplo-etérico do nascituro e sua matriz espiritual, principalmente na região “mater” dos membros superiores.


No entanto, sob o mesmo processo, os tóxicos perniciosos como os barbitúricos, entorpecentes e anestésicos também atuam e produzem alterações de modo nocivo na estrutura vital etérea (duplo-etérico) dos médiuns, levando-os a deformações de ordem psíquica. Assim como a talidomida age na contextura do feto em crescimento no ventre materno e o deforma, certas drogas, quando usadas em excesso pelos médiuns, podem deformar-lhes os hábitos comuns e enfraquecê-los na sua defesa psíquica, deixando-os ao desamparo nas suas relações com o mundo físico e oculto.


O médium abusando de entorpecentes que atuam com demasiada freqüência no seu  duplo-etérico e no seu sistema nervoso, também pode se tornar um aleijão psíquico,  pois se transforma num alvo mais acessível ao assédio do mundo inferior.


 DUPLO-ETÉRICO E EPILEPSIA O epiléptico também é criatura cujo duplo-etérico se afasta com freqüência do seu corpo físico, e por isso, o ataque epiléptico e o transe mediúnico de um médium de fenômenos físicos apresentam certa semelhança entre si. A diferença, no entanto, é que o médium ingressa no transe de modo espontâneo e no momento oportuno, para o cumprimento de seu trabalho mediúnico determinado antecipadamente pelos Mentores do Espaço, tratando-se de fenômeno disciplinado pela intervenção da Técnica Sideral antes do espírito reencarnar-se, ao passo que o epiléptico á atirado ao solo, assim que seu duplo-etérico se satura dos venenos expurgados pelo perispírito e se afasta violentamente, para depois escoá-los no seu meio ambiente, sob absoluta imprevisão do seu portador. Em certos casos, verifica-se que o epilético é também um médium de fenômenos físicos, em potencial, pois a incessante saída do seu duplo-etérico abandonando-lhe o corpo-físico, termina por abrir uma brecha mediúnica, que depois o sensibiliza para a fenomenologia mediúnica.


DUPLO-ETÉRICO E HIPNOSE Durante as sessões de hipnose, o corpo físico do hipnotizado pode sofrer e revelar efeitos cruciantes de diversas emoções, assumindo as mais variadas reações, pois, sob a sugestão do hipnotizador, ele pode baixar a temperatura, acelerar batimentos cardíacos, enrijecer a musculatura, elevar ou baixar a pressão arterial, acusar dores inexistentes, e até mesmo aliviar-se de sofrimentos indesejáveis. O hipnotizador atua pela sugestão na mente do hipnotizado e o induz ao estado de transe hipnótico, disso resultandoo afastamento parcial do duplo-etérico, que fica “à deriva”, permitindo assim a imersão no subconsciente de modo a impor-lhe a exteriorização da sensibilidade correspondente a cada uma das emoções ou sentimentos que o hipnotizador fixar. Com isso o hipnotizado abre uma “fresta” no plano espiritual que o permite até mesmo manifestar e dar vivência aos estágios de sua infância e juventude, ou mesmo de alguns acontecimentos e fatos de suas vidas pretéritas. Sendo o duplo-etérico constituído do próprio éter físico do mundo terrestre, na forma de uma emanação radioativa, quando ele se distancia do perispírito e do corpo carnal, torna-se um veículo “catalisador” que acelera as vibrações em torno do hipnotizado e, por isso, favorece o despertamento do seu subconsciente e a imersão ou exteriorização dos acontecimentos arquivados nas camadas mais profundas do ser.


Durante o seu afastamento do corpo físico, o duplo-etérico eleva sua freqüência vibratória porque ele também se liberta da função passiva de obedecer ao comando do perispírito.





Desse modo, o hipnotizado corresponde e obedece às intimações do hipnotizador, integrando-se ou vivendo os estados psicológicos que lhe são sugeridos. Porém, somente os pacientes muito sensíveis, que ingressam facilmente em sono profundo, conseguem trazer à superfície da sua mente o acervo de suas vidas passadas. A hipnose possibilita experiência para comprovação da possibilidade do duplo-etérico transferir para o corpo físico do médium as ofensas que lhe forem feitas à distância, com isso provar como é profunda a sensibilidade do duplo-etérico em sua íntima conexão com o perispírito e o corpo carnal. Se o hipnotizador recortar um boneco de papelão ou de cera, configurando-lhe a cabeça, os braços, o tronco, o abdômen e as pernas, e, em seguida colocando-o nas mãos do hipnotizado, ordenar-lhe a transferência do seu magnetismo e sensibilidade nervosa para o mesmo, assegurando ao hipnotizado que ele irá sentir fisicamente, durante o transe, todas as picadas, beliscões ou ofensas que forem feitas no boneco ligado a sua pessoa, e depois ferir o boneco em qualquer lugar, logo o hipnotizado também acusará a dor em seu corpo, no local correspondente. No entanto, raros hipnotizadores sabem que durante a hipnose o duplo-etérico se afasta do corpo físico pela esquerda, ficando mais sensível ao contato material, e se torna tão mais hipersensível quanto mais profundo for o sono hipnótico. Em tal caso, o duplo-etérico do hipnotizado se torna um prolongamento vital sensibilíssimo entre o perispírito, o boneco e o corpo físico, podendo registrar qualquer ação que o hipnotizador exerça sobre ele, mesmo à distância. Essa possibilidade de se transferir a sensibilidade do duplo-etérico do homem para o boneco provocando- lhe ofensas à distância, explica em parte as práticas de “feitiço”, pois a experiência com o boneco, bastante convincente, serve para comprovar a veracidade da antiga magia, cujas práticas ignóbeis são exercidas através de fragmentos de cabelos, peças de roupas e fotografias, entre outros objetos de suas vítimas. Porém, se as pessoas a quem o feitiço é dirigido cultivam sentimentos nobres, estas estão resguardadas de serem vítimas desses fluídos magnéticos de mau caráter, visto não haver afinidade para estabelecer o circuito. Se as práticas tenebrosas de feitiço maligno ainda infestam a Terra, isso é culpa exclusiva da humanidade terrena, que ainda vive indiferente à sua evangelização, a despeito dos esforços empreendidos pelos espíritos benfeitores na limpeza fluídica purificadora das residências de seus pupilos. 



 O AUTOMATISMO INSTINTIVO DO DUPLO-ETÉRICO 

O duplo-etérico não é um veículo consciente, pois é incapaz de atuar por si ou de modo inteligente, mesmo quando desligado do homem. Embora realize certos ajustes e tome providências defensivas, isto sucede devido aoautomatismo instintivo e biológico do próprio organismo carnal, pois este último, quando se move independentemente do comando direto do espírito imortal, revela um sentido fisiológico inteligente e disciplinado; por exemplo, nutrindo e reparando as células gastas ou enfermas, substituindo-as por outras, sadias do modo a se recuperar de todas as perdas materiais. Apesar do duplo-etérico ser desprovido de inteligência e não apresentar sensibilidade consciente, não é apenas um intermediário passivo entre o perispírito e o organismo carnal, porquanto reage de forma instintiva às emoções e aos pensamentos daninhos que perturbam o perispírito e depois causam efeitos enfermiços no corpo carna.

Mesmo sendo um corpo desprovido do atributo mental do raciocínio, o duplo-etérico é movido por um seguro automatismo de instinto, ou sensibilidade diretora própria do éter físico que é exalado da Terra, e que lhe possibilita, até certo ponto, deter a carga deletéria dos aturdimentos mentais que baixam do perispírito para o corpo físico; do contrário, bastaria o primeiro impacto de cólera para desintegrar o organismo carnal e romper sua ligação com o perispírito, resultando na desencarnação. Considerando que os pensamentos desatinados provocam emoções indisciplinadas, gerando ondas, raios ou dardos violentos, que depois se lançam da mente incontrolada sobre o cérebro físico através do duplo- etérico, é claro que o sistema nervoso do homem se destrambelha sob esse mar revolto de vibrações antagônicas. Em seguida, perturba-se a função delicada do sistema endócrino, do linfático e do sangüíneo,podendo
ocorrer conseqüências físicas na forma de patologias, como o surgimento de eczemas, de apoplexia decorrente do derrame de sangue vertido em excesso pela cólera, de síncope cardíaca pelo frenamento súbito da corrente sangüínea alterada pelos impactos do ódio, ou da repressão violenta da vesícula devido a uma explosão de ciúme. Todas as emoções afetam o duplo-etérico na sua tarefa de medianeiro entre o perispírito e o corpo físico; porém, quando submetido a impactos agressivos do perispírito perturbado, o duplo-etérico baixa seu tom vibratório, impedindo que os raios emocionais que descem da consciência perispiritual afetem o corpo carnal, promovendo assim uma espécie de “fuga vibratória”. Nos momentos de perturbações muito agudas, o duplo-etérico mobiliza recursos para sua autoproteção contra a excessiva turbulência projetada no perispírito pelo Espírito Imortal.


Assim, ele se adensa ou se encorpa, e este fenômeno aumenta-lhe a sua carga de éter-físico, fazendo com que se imunize contra a freqüência vibratória violenta do perispírito. O duplo-etérico contrai-se, isolando-se dessa forma do perispírito. Porém, ante os impactos súbitos e violentos do perispírito, o chacra cardíaco é o centro de forças etéricas que mais sofre os efeitos de tal descarga, pois é ele o responsável pelo equilíbrio vital e fisiológico do coração. Quando o duplo-etérico não consegue reagir com seus recursos instintivos de modo a proteger o corpo físico contra uma “explosão” emocional do perispírito, o duplo-etérico recebe um impulso dea fas ta me nto compulsório e, neste caso, cai instantaneamente a vitalidade orgânica do homem, o qual desmaia, correndo o risco de um enfarte cardíaco de conseqüências fatais. No entanto, o duplo-etérico, pelo seu instinto de defesa, mobiliza todos os recursos no sentido de evitar que os centros de forças etéricas se desintegrem por completo. Porém, se devido à reação defensiva do duplo-etérico, a descarga violenta do perispírito não consegue atingir o corpo físico, então essa carga de toxinas emocionais sofre um choque de retorno, tornando a fixar-se no perispírito, e nele fica “instalada” até que seja expurgada na atual encarnação ou noutra futura reencarnação, pois a única válvula de escape por onde esses venenos psíquicos podem ser expelidos é o corpo físico, que, para propiciar essa “limpeza”, sofre o traumatismo das moléstias específicas inerentes às causas que lhes dão origem.

Aliás, o ambiente do mundo atual, impulsionado por constantes agitações sociais, fruto do desajuste moral de seus habitantes, é uma fonte crescente de distúrbios psíquicos, degenerando em número cada vez maior de indivíduos neuróticos, esquizofrênicos, e de desesperados que resultam em suicídios, tudo isso como conseqüência da intensa explosão de emoções alucinantes que destrambelham o sistema nervoso. Isso resulta no cotidiano aumento do índice de vítimas de síncopes e enfartos do miocárdio, pois o chacra cardíaco do duplo-etérico se torna impotente para resistir ao bombardeio incessante das emoções tóxicas e agudas vertidas pela alma e alojadas no perispírito até que o “dreno” do duplo-etérico as transfira ao corpo físico. Essas descargas tóxicas, provenientes do perispírito, acabam por produzir no corpo físico eczemas, urticárias, neuroses, má circulação, distúrbios coronários, congestões renais e hepáticas, hemorróidas, entre outras disfunções nos órgãos delicados. Se a carga deletéria acumulada em vidas anteriores for aumentada com desatinos da existência atual, então essa saturação degenera em afecções mórbidas mais rudes e cruciantes, como a lepra, o pênfigo (fogo- selvagem), a leucemia, a tuberculose, o câncer e outras enfermidades insuperáveis. O duplo-etérico contrai a sua densidade no sentido de evitar o fluxo dessas toxinas mortíferas oriundas do perispírito, impedindo dessa forma, que um impacto psíquico de ódio, cólera, ou ciúme fique possibilitado de fluir livremente e atingir o sistema fisiológico do corpo físico. 


NATUREZA DO DUPLO-ETÉRICO 

Conforme a concepção oriental, a essência virgem que interpenetra e alenta o Universo, a Substância Virgem é chamada de éter cósmico. O éter cósmico flui através dos poros da Terra, que funciona como um condensador de éter; sob tal condição, o éter cósmico perde a sua característica de essência “virgem” ou “pura”, para se tornar uma substância impregnada das impurezas do planeta durante a sua exsudação, transformando-se emé te r físico que passa a irradiar da Terra. O éter-físico, embora seja
 invisível, é matéria rarefeita que possui cor, peso, temperatura e odor. Os clarividentes conseguem vê-lo na forma de ondas, vibrações ou emanações coloridas, vibrando em correspondência com as sete cores fundamentais e os matizes do arco-íris ou do espectro solar.


O duplo-etérico é constituído de éter-físico emanado do próprio planeta Terra


O duplo-etérico é um veículo invisível à vista do homem comum, e ainda desconhecido da medicina terrena, constituindo-se em corpo etéreo, cuja contextura é um produto específico do éter físico, isto é, do éter impuro exalado através do orbe terráqueo. Deste modo, o duplo-etérico pode funcionar com êxito no limiar do mundo astralino (o plano astral) e no mundo físico (o plano físico denso), pois, enquanto a sua composição exterior é do éter físico terráqueo, a sua base íntima e oculta é o próprio éter cósmico. O duplo-etérico, por ser o veículo responsável por todos os fenômenos do mundo invisível em manifestação na matéria, abrange as diversas categorias de “matéria etérica”, próprias da vida do orbe, como sejam a eletricidade, o odor, a luz, o calor, etc... É a contrapartida do corpo físico denso no campo etérico, a sua duplicata perfeita formada por matéria física em estado mais sutil, em seus quatro níveis de subdivisão (matérias etérica, superetérica, subatômica e atômica, respectivamente ao grau de sutilização, segundo designação da Escola Teosófica) em proporções que variam de acordo com a raça, o tipo de indivíduo e até mesmo com o seu Carma. A contrapartida etérica de um pinheiro físico, por exemplo, contém em si todos os éteres do subplano etérico do mundo físico: •o éter químico assimila e excreta no metabolismo da seiva; •o éter vital procria e constitui, depois, as novas sementes para que a espécie se reproduza continuamente em novos arvoredos; •o éter luminoso dá ao vegetal a sensação de existir como um centro de sensação do “espírito-vegetal” (o correspondente espírito-grupo ou alma-grupo) no mundo etéreo-físico; e, finalmente, •o éter refletor conserva o “registro memorial” de todo o processo de gestação, crescimento e desintegração vegetal, após a desagregação física da árvore. No entanto, como esse éter-físico é tão grosseiro ou transparente conforme também o seja a própria natureza biológica do ser humano, então é óbvio que o duplo-etérico de seres extraterrestres mais adiantados é um corpo mais perfeito e delicado do que os dos terrícolas, porque são espíritos mais evoluídos. Assim, nos planetas inferiores, os seus habitantes também são portadores de um duplo-etérico mais grosseiro e opaco, de acordo com o ambiente físico mais compacto em que vivem. Os clarividentes treinados podem verificar a grande diferença que existe entre o duplo-etérico de um troglodita e o de um iniciado ou espírito superior. No primeiro caso, o duplo-etérico é de aspecto sujo e oleoso; no segundo, é translúcido, luminoso e róseo. A contextura do duplo-etérico varia conforme seja o tipo biológico humano, pois ele será mais sutil e delicado nos seres superiores e mais denso nas criaturas primitivas. Durante a gestação do feto no ventre materno, processa-se uma retenção e acúmulo de éter-físico do meio em que o espírito se encarna, cujo éter então penetra elétron por elétron, átomo por átomo, molécula por molécula, na intimidade da carne em formação, modelando pouco a pouco, a figura física e etérica do homem, resultando dessa forma, no surgimento do duplo-etérico, indispensável para o perispírito agir na matéria. À medida que o espírito vai plasmando o seu corpo de carne seguindo o molde pré-existente do perispírito, o duplo-etérico também vai se formando pela exsudação do éter-físico e se consolidando como fiel intermediário das sensações físicas para o mundo oculto, e deste para a consciência física.


Embora o duplo-etérico seja um veículo ou corpo provisório constituído pelo éter-físico do meio ambiente exsudado da Terra e que figura como mediador plástico ou elemento de ligação entre o perispírito e o corpo físico,ele incorpora em si toda a carga de éter-físico que o homem absorve através do alimento, da respiração e das emanações telúricas do orbe. Por isso os médiuns deveriam ter o máximo cuidado em evitar alimentos que possam ofender o seu duplo-etérico, pois é dele que derivam os fenômenos mediúnicos de natureza mais física (fenômenos mediúnicos de efeitos físicos). A matéria não passa de“energia condensada”, o que ficou comprovado pela própria desintegração atômica conseguida pela ciência moderna, transformando novamente a matéria em energia. Deste modo, o que parece substância sólida, absoluta, é um campo dinâmico em contínua ebulição, cuja forma é apenas uma aparência resultante desse fenômeno admirável do movimento vibratório.



Não há estaticidade absoluta no Cosmo, uma vez que, no seio da própria matéria sólida, há vida dinâmica, incessante, condicionada a atingir freqüências cada vez mais altas e perfeitas. É assim que, na intimidade do corpo físico, o perfeito equilíbrio gravitacional das órbitas micro-eletrônicas, governadas pelas forças de atração e repulsão, é que lhe dá a aparência ilusória de matéria compacta. O corpo humano é apenas um aspecto ilusório de “matéria”, na qual predomina um número inconcebível de espaços vazios, denominados“in te ra tô mico s”, prevalecendo sobre uma quantidade microscópica de massa realmente absoluta, que, se totalmente comprimida, resultaria num punhado de pó compacto, que caberia numa caixa de fósforos! Em conseqüência, o organismo humano, na realidade, constitui um portentosoa c umula dor ou rede de energia, que a precariedade dos sentidos humanos distingue sob forma aparente de um corpo de carne, ou de “matéria”. Porém, a sua individualidade intrínseca e preexistente é o espírito eterno, cujo“habitat” adequado é o plano espiritual, onde ele utiliza os seus atributos de pensar e agir, sem precisar de um corpo físico. Quando o homem se alimenta, ele apenas ingere massa ilusória, repleta de espaços vazios ou interatômicos, nos quais a energia cósmica prevalece sustentando a figura do ser. Embora a alimentação comum do homem se componha de substância material, ela se destina essencialmente a nutrir os espaços vazios do “campo magnético” do homem. O corpo físico funciona como um desintegrador atômico, que extrai todo o energismo existente nas substâncias que ele absorve em sua nutrição. Na verdade, tudo se resume em “revitalização magnética”, isto é, aquisição deene rgia e não propriamente de substância. Os alimentos, o ar, a energia solar e demais fluidos ocultos do orbe terráqueo estão saturados de princípios similares aos da eletricidade, os quais, na realidade, é que asseguram a estabilidade da forma humana em sua aparência física


Embora seja umintermediárioentreoscentros sensoriaisda consciência perispiritual e os
centros da consciência cerebral física, o duplo-etérico é resultante da emanação radioativa do
próprio corpo físico da Terra(“é te r-fí s ic o”).
O planeta Terra, evidentemente, também possui o seu duplo-etérico, o qual é composto da soma do éter- físico de todos os corpos etéricos de seres existentes à sua superfície. Considerando-se que o duplo-etérico da Terra a interpenetra por todos os poros e interstícios físicos, transbordando numa aura gigantesca radioativa que se irradia a alguns quilômetros do seu contorno esférico, o certo é que também não coincidem no orbe a sua linha vertical magnética com a linha geográfica do pólo Norte ao pólo Sul, fenômeno ainda inexplicável pela ciência (a diferença entre os pólos geográficos e os pólos magnéticos da Terra). Verifica-se assim, que também existe uma diferença entre a linha perpendicular dos pólos geográficos com a perpendicular dos pólos magnéticos, o que pode ser facilmente comprovado pelo desvio da agulha magnética da bússola, sempre a apontar o pólo Norte magnético mais à esquerda do pólo Norte geográfico, fato comum e explicável para os iniciados, mas no terreno das conjecturas para os cientistas terrenos. O desvio do duplo-etérico da Terra é também uma hiper-sensibilização natural do orbe em seu progresso para desideratos superiores e que só traz benefícios à sua humanidade. 


O DUPLO-ETÉRICO E A DESENCARNAÇÃO 


O duplo-etérico é um veículo intermediário entre o corpo físico e o perispírito que se dissolve no túmulo depois da morte física do homem, por ser constituído deé te r- fí sico, isto é, de uma substância emanada da própria crosta terrestre; por isso ele exerce a sua ação exatamente no limiar do mundo material e do mundo espiritual, ou seja, onde termina o primeiro e começa o segundo. Durante a desencarnação, ele funciona como um “amortecedor” ou espécie de “colchão” etérico, uma vez que ao afastar-se do corpo físico cadaverizado, também suaviza a passagem do perispírito para o Além. Nesse caso, o duplo-etérico desliga-se do perispírito como se fizesse a sua devolução suave e gradativa ao verdadeiro “habitat”, sem provocar comoção ou choque pelo abandono ou rompimento brusco da vida física. Em vez de o perispírito promover um salto brusco e arrancar-se violentamente do corpo físico para ingressar-se no mundo espiritual, ele, por assim dizer, “escorrega-se" de leve através do duplo-etérico, possibilitando-lhe uma libertação mais suave. Enquanto o corpo do falecido repousa no seu ataúde, e antes de ser sepultado, os espíritos técnicos ainda podem servir-se do duplo-etérico e intercambiar energias de amparo energético para o perispírito do desencarnado; em concomitância, também eliminam para o cadáver os resíduos psicofísicos que ainda existem ligados ao perispírito. Porém, no caso de morte por acidente, suicídio ou síncope cardíaca, tudo se processa de modo diferente devido à expulsão violenta do duplo-etérico e do perispírito pelo rompimento brusco dos cordões fluídicos, que se desligam instantaneamente pela desintegração dos movimentos vorticosos (rotativos) dos chacras, ou centros de forças etéricas. Quando isso acontece, o duplo-etérico e o perispírito, em vez de se desligarem lenta e suavemente do corpo, sem choques inesperados, são projetados com violência no ambiente astral que lhes corresponde. O duplo-etérico, na hora da morte, às vezes se projeta até junto dos parentes distantes ou amigos do agonizante, e faz-se sentir pela repercussão vibratória de batidas ou ruídos, que se assemelham a areia lançada no telhado da casa, ou lixa esfregada no assoalho.



Fontes bibliográficas: 1.Elucidações do Além – Maes, Hercílio. Obra mediúnica ditada pelo espírito Ramatís. 6ª ed. Rio de Janeiro, RJ. Ed. Freitas Bastos, 1991. 2.Magia de redenção – Maes, Hercílio. Obra mediúnica ditada pelo espírito Ramatís. 5ª ed. Rio de Janeiro, RJ. Ed. Freitas Bastos, 1989. 3.O duplo etérico – Powell, Major Arthur E. São Paulo, SP. Ed. Pensamento, 1992.









Revisão Chakras


OS CHACRAS

Os chacras são portais dimensionais, existentes no interior dos corpos sutis, que captam e processam energia de modo que ela possa ser corretamente assimilada e utilizada para as necessidades do corpo físico..

Os chacras possuem um aspecto de “cone”(vórtice) que se projetam para fora, em relação ao corpo físico, funcionando como veículos energéticos, ligando o corpo físico aos corpos superiores, captando, transformando e expulsando energia.
Quando vistos de fora se apresentam como “rodas” (significado de chacra em Sânscrito) que se compõem de subdivisões ou “pétalas”, cujo número varia de 4, no chacra básico, quase 1.000, no chacra coronário.

Os chacras básico e coronário possuem somente um vórtice, respectivamente um cone para cima e um cone para baixo.
Os demais chacras possuem um vórtice anterior, na frente do corpo e um posterior, nas costas.

A obstrução no livre circular da energia ou num chacra leva a distúrbios nos corpos áuricos, seguindo até tocarem o físico. Surgem então as doenças físicas, assim como, desequilíbrios emocionais, mentais e espirituais.

Na terapia Reiki, são considerados apenas 7 chacras que são da maior importância no processo terapêutico energético.
Na aplicação de Reiki, quando a energia flui para um determinado chacra indica a necessidade de energia nesse ponto. Sendo assim, conhecendo-se as suas funções podemos ajudar de uma melhor forma, entendendo como a pessoa se relaciona com a vida.
A seguir, apresentamos uma descrição das características dos 7 principais chacras.

1º Chacra - Básico (Fundação)
Local: base da coluna vertebral, na altura das 3 primeira vértebras.
Som: Lam
Elemento correspondente: Terra
Princípio básico: vontade física para ser
Correlações físicas: tudo o que é duro.
Função: sobrevivência, necessidade básicas, ligação com o mundo material,energia física, força muscular.
Disfunção: Raiva, impaciência, apego, materialismo, culpa, vergonha, violência, agressividade, vícios, medo da morte e perdas materiais.
Órgãos : rins, coluna vertebral, ossos, dentes, unhas,nervos, músculos, veias, artérias, produção e circulação sanguínea, intestino grosso, próstata e ânus.
Glândulas: supra-renais
Quando em desequilíbrio, poderá gerar ou contribuir para anemias, leucemia, problemas de circulação, pressão baixa, pouca tonicidade muscular, fadiga, entre outras patologias.
A raiva, a irritação e a violência são, em última análise mecanismos de defesa, indicando uma carência de confiança primária.

2º Chacra - Sacro (Lugar, Morada do Ser)
Local: um pouco abaixo do umbigo
Som: Vam
Elemento correspondente: Água
Princípio básico: reprodução criativa do ser
Correlação físicas: quadris, órgãos de reprodução, rins, bexiga, tudo o que é líquido,
Função: sistema reprodutor, controle das funções sexuais, ação sobre a mente subconsciente.
Disfunções:desvios psicológicos e físicos de comportamento sexual, controle, depressão, solidão, vingança, ciúmes, sentimentos de inveja e de rejeição, síndrome do pânico.
Órgãos:útero, trompas, vagina, pênis, bexiga, rins, quadris, nervo ciático, pernas, pés , coluna sacra e lombar.
Glândulas :ovários e testículos
O chacra sacro quando em desequilíbrio resulta em dificuldade, quanto a contato físico e a aceitação do próprio corpo, excesso de racionalismo, impulsividade sentimental, isolamento e problemas sexuais. Ocorrem patologias nos órgãos sexuais, epilepsia, artrite, câimbras e cólicas.

3º Chacra - do Plexo Solar (Cidade das Gemas)
Local: região do plexo solar, região popularmente conhecida como “boca do estômago”
Som: Ram
Elemento correspondente: Fogo
Princípio Básico: constituição do ser
Correlações físicas: parte inferior das costas, cavidade abdominal, sistema digestivo, estômago, fígado, baço, vesícula biliar, sistema nervoso vegetativo.
Funções: personalidade, vitalidade, ação e vontade, paz sobre a mente consciente, proteção contra vibrações.
Disfunções: ansiedade, preocupação, indecisão, preconceito, desconfiança, negligência, mentira, síndrome, do pânico, insônia, pensamentos negativos e dificuldade de compreensão.
Órgãos: baço, vesícula, intestino delgado, estômago, fígado, duodeno, intestino grosso, diafragma, parte inferior das costas, coluna tóraco-lombar.
Glândulas: pâncreas. Esta glândula possui duas funções básicas: a produção de enzimas digestivas, importante na transformação e digestão dos alimentos, e a segregação do hormônio insulina, que é decisiva no equilíbrio do açúcar no sangue e na transformação dos hidratos em carbono..
Quando em desequilíbrio, alimenta o sentimento de inferioridade, bem como as capacidades mentais como a lógica e razão, por isso aumenta a insegurança. Está ligado a diabetes, problemas digestivos, alergias, sinusite e insônia.

4º Chacra - Cardíaco (Intocado)
Local: sobre o coração
Som: Yam
Elemento correspondente: Ar
Princípio básico: abnegação do ser
Correlações físicas: coração, parte superior das costas, junto com o peito e a cavidade torácica; a área inferior dos pulmões, o sangue e a circulação sanguínea; a pele.
Funções: amor incondicional e compaixão, união, respiração e circulação, oxigenação sangüínea, sistema imunológico.
Disfunções: desilusão, desamor, depressão, dificuldade para aceitar o amor e a tudo que é suave, tendência a ser insensível, a se mostrar “forte”.
Órgãos: coração, pulmões, brônquios, traquéias, esôfago, tórax, costelas, coluna torácica, circulação sanguínea, nervo vago, sistema nervoso simpático, sistema linfático, pele.
Glândula: timo. A função desta glândula é a proteção imunológica do corpo.
É o centro do sistema dos chacras, onde se dá a união dos três centros inferiores, físicos e emocionais, com os três superiores, mentais e espirituais.

Quando em desarmonia, desequilibra o 3º chacra e, por continuidade o 2º e o 1º. Bloqueios nesse chacra produzem a imposição de condições em relacionamentos afetivos, amor sufocante e egoísmo. Pode gerar doenças como cardiopatias, rubor, ataque de pânico, pressão alta, enfermidades dos pulmões, problemas de colesterol, intoxicação e tensão.

5º Chacra - Laríngeo (Puro)
Local: no meio da garganta, na altura do Pomo-de-Adão
Som: Ham
Elemento correspondente: Éter
Princípio básico: ressonância do ser
Correlações físicas: órgãos situados na região da garganta, incluindo a boca, língua e mandíbula; coluna cervical, ouvidos, órgãos da fonação, traquéia, região pulmonar superior, esôfago e braços.
Função: comunicação, criatividade, iniciativa, independência, e segurança, metabolismo, controle de cálcio nos ossos.
Disfunções:fracasso, apatia, desespero, medo, insegurança, baixa auto-estima e auto-reprodução, submissão, falta de criatividade e de determinação, linguagem grosseira e falta de franqueza.
Órgãos: garganta, amígdalas, faringe, mandíbula, maxilar, queixo, nuca, coluna cervical, palato, língua, gengivas, dentes, braços, ossos.
Glândula: tireóide e paratireóides. Estes dois hormônios efetuam em conjunto o controle do cálcio no organismo.

Em desequilíbrio, desenvolvemos um processo de separatividade entre a cabeça e o corpo; trazendo dificuldade de expressar os sentimentos e ações imponderadas.
Desenvolve um processo de racionalismo e intelectualização distorcidos, renegando o direito de viver e a sabedoria do mundo dos sentidos.
Pode produzir patologias como susceptibilidade a infecções virais ou bacterianas das vias respiratórias, resfriados, herpes, dores musculares ou de cabeça, congestão linfática, bruxismo, rouquidão, gagueira.
Sua hiperatividade faz a pessoa rouca ou falando com voz aguda e estridente. Traz o gosto por discussões inócuas.

6º Chacra - Frontal (Autoridade, Comando, Poder ilimitado)
Local: região frontal, também chamada de “terceiro olho”
Som: Om
Correlações físicas: rosto, ouvidos, nariz, cavidades adjacentes, cerebelo e sistema nervoso central.
Princípio básico: auto-conhecimento
Funções:intuição, paranormalidade, percepção extrasensorial, autoconhecimento, raciocínio lógico, funções neurológicas cerebrais, controle geral sobre o sistema glandular.
Disfunção:arrogância, tirania, rigidez, alienação, despotismo, rejeição do aprendizado espiritual, tendência ao isolamento e insatisfação com a vida, dificuldade para perceber a realidade.
Órgãos: olhos, ouvido, nariz, centros da visão, audição e fala, cerebelo (centro da coordenação motora), sistema nervoso central, tálamo e hipotálamo.
Glândula: hipófise ou glândula pituitária. A glândula pituitária está localizada atrás dos olhos e é conhecida como aparelho de recepção do corpo.
Esta glândula mestra, dirige, através da sua atividade secretória interna, a função das demais glândulas.
A glândula pituitária regula a temperatura do corpo e elimina hormônios que afetam o humor, ritmo metabólico, crescimento e desenvolvimento sexual.

Em desarmonia, provoca um processo de rigidez mental, acarretando arrogância intelectual, dogmatismo, racismo e fragmentação da percepção da realidade.
Bloqueios nesse chacra são motivados por sua hiperatividade e causam falta de objetivos, instabilidade de vida, alienação no trabalho e medos de fenômenos psíquicos.
Traz patologias como: vícios de drogas, álcool, compulsões, problemas nos olhos, surdez.

7º Chacra - Coronário (de Mil Pétalas)
Local: no topo da cabeça
Som: impronunciável no mundo físico
Princípio básico: Ser puro
Correlação física: cérebro
Funções:ligação com energias superiores, plenitude da consciência.
Disfunções:neuroses, irracionalidade, desorientação, fobias, histeria, obsessão, tendência à superficialidade do ser.
Órgãos: cérebro, sistema nervoso central, hemisférios cerebrais direito e esquerdo.
Glândula: pineal. Esta glândula é do tamanho de uma ervilha e do formato de uma pinha. Situa-se bem no interior do cérebro e produz o hormônio melatonina

Une-se nesse centro todas as energias dos centros inferiores.
O chacra coronário é a fonte e o ponto de origem da manifestação das energias dos demais chacras. Por ele recebemos a energia “ki” celestial, oriunda da fonte
primária.
Na realidade, não existem bloqueios no sétimo chacra. Ele pode estar apenas menos ou mais aberto. A sua abertura proporciona experiências muito pessoais cujas sensações vão além do mundo físico, criando o sentido da totalidade. Nesse caminho o “Eu” individual transforma-se no “Eu” universal.
Um chacra coronário pouco aberto traz uma puberdade tardia, a não compreensão da parte espiritual e uma forte visão materialista. Pode produzir patologia como: insônia, enxaqueca, problemas nervosos, histeria, possessão, obsessão, neuroses e disfunções sensoriais.