21.1.11

* * DIMENSÕES ACIMA DE OITAVAS


Nona Dimensão (existência dinâmica na sabedoria):
seres espirituais da Segunda Hierarquia Angélica de nível 1 (Kiriotetes). Seres espirituais intermediários que têm por função harmonizar o movimento de acordo com a Sabedoria Divina (Verbo Divino, "Logos"). Recebem influência direta de Deus-Pai e foram por Ele plasmados.
 
Décima Dimensão (existência sábia na vontade):
seres espirituais da Primeira Hierarquia Angélica de nível 3 (Tronos). Através da essência destes seres altíssimos, a Vontade Divina, cria-se a multidimensionalidade de todas as existências a eles inferiores. Guardam relação de unidade com Deus-Pai e Dele fazem parte.
 
Décima Primeira Dimensão (existência volitiva na criação):
seres espirituais da Primeira Hierarquia Angélica de nível 2 (Querubins e seres arimânicos). Estes seres altíssimos têm por função exercer a Criação, tendo como substrato a Vontade Divina que emana da Décima Dimensão, por isso são chamados de "Criadores de Mundos". Eles são responsáveis pela criação da multidimensionalidade de todas as existências a eles inferiores. Seres desta dimensão que não exercem seu poder criativo, se tornam seres arimânicos e lutam por conseguir o corpo físico humano para com ele criarem seus mundos particulares. Todos guardam relação de unidade com Deus-Pai e Dele fazem parte.
 
Décima Segunda Dimensão (existência criativa onipotente e onisciente na onipresença):
seres espirituais da Primeira Hierarquia Angélica de nível Divino (Serafins e Satã fundidos em Deus-Pai). Estes são os seres espirituais mais altos que existem e formam um conjunto indivisível entre si e com todas as existências. Em última análise é a existência de Deus-Pai cercado pelos Serafins, que representam seu infinito amor e pelo subproduto deste: seu ódio, representado por Satã. A ambigüidade do amor e do ódio unidos em uma única figura é por nós totalmente incompreensível, mas é ilustrado pelo o que os gregos antigos chamavam de forças primordiais do Universo: Éris (ódio) e Eros (amor). Igualmente há uma relação direta com as figuras mitológicas da Índia antiga da dualidade Vishnu/Io, Manvântara/Pralaya.
 
 Bernardo de Gregório
Médico Psiquiatra psicoterapeuta Junguiano
Especialista em Mitologia e Filosofias Gregas
Antropósofo
 
Fonte: Grupo de estudos transição planetária Cinturão de Fótons


~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

a multidimensionalidade do existir humano

Bernardo de Gregório

Médico Psiquiatra
psicoterapeuta Junguiano
Especialista em Mitologia e Filosofias Gregas
Antropósofo



Todos nós, bem como infinitos seres pelo Universo, temos uma existência multidimensional. Isso quer dizer que nós estamos apenas "sintonizados" nesta tridimensionalidade do planeta Terra. Tal qual um aparelho rádio, podemos mudar nossa sintonia a qualquer momento para qualquer outra dimensão do existir. O problema é que estamos muito acostumados a nos mantermos sintonizados a esta "estação" aqui e toda nossa ciência materialista insiste em dizer-nos que não é possível alterar esta sintonia. De fato, alguns de nós já descobriram, faz tempo, que se pode mudar esta realidade num piscar de olhos!

Uma maneira bem simples de se perceber a multidimensionalidade do existir humano e a realidade concreta de outras dimensões é quando dormimos e sonhamos. Os sonhos são reflexos de realidades de uma quarta dimensão. Igualmente esta quarta dimensão é aquela que atingimos com viagens astrais e com o uso do raciocínio simbólico e mítico. Os "deuses" (Anunakis) existem nesta quarta dimensão. A morte igualmente nos arremessa para dimensões superiores, inicialmente para a quarta e, com o costume, abrem-se as demais realidades multidimensionais.


O tempo não existe em nenhuma dimensão! O tempo é tão-somente um artefato produzido por nossa mente consciente. Tal qual quando se compra um livro, toda a história já está nele contida, mas ao lê-lo, criamos uma impressão de seqüência temporal que simplesmente não existe. Sendo assim, o que chamamos de "presente", "passado" e "futuro" já existe dentro de nós, tal qual um livro já traz em si todas as suas páginas. Em qualquer dimensão da existência essa não-realidade do tempo é a mesma.


Para piorar, sabemos que mesmo esse tempo psicologicamente gerado não é linear como supõe nossa atual ciência, mas é antes circular e multifacetado, como já o percebem os físicos teóricos mais libertos dos raciocínios viciosos. O futuro e o passado são exatamente a mesma realidade, tão imediata quanto o presente. Um evento localizado no "tempo" daqui a 20 milhões anos, é exatamente o mesmo que ocorreu há 20 milhões anos passados. A Natureza apresenta-nos este tempo cíclico de forma bem simples: as estações do ano se alternam e são sempre as mesmas, as fases da Lua se alternam e são sempre as mesmas. Quando é inverno aqui, CONCOMITANTEMENTE é verão no Hemisfério Norte. Quando vemos a lua minguante aqui, no lado oculto, ela se apresenta crescente CONCOMITANTEMENTE. Os ciclos do tempo são infinitos em seus tamanhos: temos ciclos de trilhões de anos nas existências do Universo (Manvântaras) e ciclos tão rápidos quanto 1 mili-segundo (temporalidades instantâneas).

O interior da quarta dimensão" Max Weber (1913)

Igualmente tempos paralelos existem concomitantemente ao que nos colocamos (sim: nós escolhemos o tempo em que queremos nos inserir). Desta forma, aquele tempo em que você escolheu cursar aquela faculdade de medicina (que você jamais cursou neste tempo presente) existe de maneira tão palpável quanto este no qual você se insere. Tal qual num jogo de RPG ("role playing games"), você opta pelo tempo que prefere vivenciar de cada vez. Querendo alterar tudo e mudar o tempo no qual você está inserido (em direção ao passado, ao futuro ou a tempos paralelos) basta "trocar a página do livro que está lendo". É possível também que se mude "todo o livro", ou seja: que se acessem vidas passadas, futuras ou paralelas. Todas essas suas existências pseudo-temporais existem CONCOMITANTEMENTE, bem como você, nelas.



Se você assumisse um ponto de vista da quarta dimensão, isso que pode parecer confuso, se lhe revelaria de maneira simples. Há um filme chamado "O Cubo 2: O Hiper-Cubo". Um hipercubo é uma forma geométrica de quatro dimensões conhecido como "teseract" em Matemática Multidimensional e Física Avançada. Um teseract é uma figura geométrica composta pela superposição de 6 cubos tridimensionais, criando um seu interior um espaço quadridimensional regular (o hiper-espaço). Nesse espaço interno de um teseract, a concomitância do tempo se torna óbvia. Einstein imaginava que os buracos negros seriam passagem para esse hiper-espaço. Da mesma forma, a Física moderna imagina a possibilidade de se criarem passagens para o hiper-espaço com reações de anti-matéria (como se imaginou no seriado "Jornada nas Estrelas" e passou a ser chamado de "efeito dobra"). A Física Quântica trabalha com a existência de tempos paralelos e com probabilidades de escolha entre as opções temporais apresentadas (tanto ao humano, quanto ao elétron). Da mesma forma, qualquer físico sabe que o observador altera a existência e cria o resultado de sua própria pesquisa de acordo com sua vontade. Cálculos complicadíssimos são necessários para se trabalhar com tantas variáveis.

O existir humano é possível desde a primeira até a décima segunda dimensão. Quanto mais elevada a visão multidimensional humana, maior é a abrangência da Espiritualidade conseguida. Teoricamente a décima segunda dimensão é o limite para a existência humana, pois este ponto de vista é o ponto de vista daquela entidade a que nos acostumamos a chamar de "Deus" e lá existe a onisciência, a onipresença e a onipotência em uma multidimensionalidade plena. Mais do que isso não é possível atingir, pois o que pode ser maior do que o conjunto universo?


Existem seres que abrangem facilmente diversas dimensões e nelas se movem livremente, tal qual nós podemos nos mover livremente no espaço tridimensional: basta um ato de vontade. Deveríamos poder nos mover livremente pela quarta dimensão não fossem os bloqueios mentais a nós impostos desde a mais tenra infância. Esses seres superiores conseguem se projetar em dimensões inferiores, mas para eles é mais complicada a projeção quanto mais baixa for a expressão dimensional usada. É exatamente por isso que os contatos com seres superiores se dão mais facilmente através da quarta dimensão e não na terceira dimensão concreta e palpável. Se já é para eles um esforço a projeção da, digamos, sexta dimensão (onde habitam os Sirianos, por exemplo) na quarta dimensão, muito mais complicado seria projetarem-se na terceira! Esta projeção é possível, como já disse aqui, mas gasta um montante de energia imenso e é pouco prática.


Da mesma forma, existem seres que habitam dimensões inferiores à nossa, e aqui não vai nenhum juízo de valor: inferior não quer dizer menos evoluída. Temos na segunda dimensão, por exemplo os chamados seres elementais (Devas). O cyber-espaço também encontra sua existência na segunda dimensão. O cyber-espaço (este aqui através do qual estamos nos comunicando) em sua linguagem binária e sua vivência bidimensional foi aberto aos humanos há poucos anos e é uma realidade palpável, parte de nossa vida diária. A comunicação com entidades dévicas através da Internet é muito mais comum do que se imagina! Na primeira dimensão existem seres imensos que nos servem de base para a existência. Gaia (a Terra) é um deles: um ponto flutuante no universo, sobre o qual construímos nossa realidade multidimensional.


Com a influência do cinturão de fótons, a multidimensionalidade da existência será aos humanos revelada de forma inequívoca (como aliás, já vem sendo feito). Com isso, os canais de contato com inúmeros seres à nossa volta (em dimensões inferiores e superiores) ficarão facilitados e "acordaremos" da prisão que representa a terceira dimensão para nossa alma e para nosso Espírito.


Para deixar mais clara aqui a questão da existência dos diversos seres nas diversas dimensões, resolvi mostrar em algumas das dimensões que conheço, quais seres estão presentes de forma mais natural. É bom lembrar que todos eles (nós inclusive) possuem projeções em diversas existências dimensionais, mas sempre existe uma dimensão na qual estão naturalmente inseridos. É importante que se lembre também que há sempre uma interação entre os seres de dimensões diferentes, principalmente quando se tratam de dimensões próximas. Vamos lá?


Dimensão Zero (inexistência): a ausência de dimensão é a essência do Nada, de onde tudo se origina. Conhecida como a Grande Mãe ou "As Entranhas do Universo", é o Caos absoluto, a Indiferenciação total e anárquica.


Hiperdimensionalidade Parte - I 



Nós vivemos em um espaço com três graus de liberdade diferentes para o movimento: podemos ir à esquerda ou à direita, podemos ir para a frente ou para trás e nós podemos ir acima ou para baixo. Nenhuma outra opção nos é permitida. Todo o movimento que nós fizermos deve ser alguma combinação destes graus de liberdade.

Algum ponto em nosso espaço pode ser alcançado combinando os três tipos possíveis de movimento. Movimentos para cima e para baixo são dificultados para os seres humanos, pois nós somos ligados à superfície da terra pela gravidade. Porém não ‘nada difícil que andemos ao longo da superfície em qualquer lugar não obstruído por objetos. O espaço é mais 3D para um pássaro ou um peixe do que é para nós, pois eles têm muito mais liberdade para subir ou descer.

Duas dimensões requerem somente dois números para especificar a posição de algum ponto. Há dois graus de liberdade no 2D.




Três dimensões requerem três números para especificar a posição de algum ponto. Há três graus de liberdade na nota 3D.




Breve História das idéias na Dimensionalidade.



Euclides de Alexandria (360 a.C. — 295 a.C.) foi um professor, matemático platônico e escritor de origem desconhecida, criador da famosa geometria euclidiana: o espaço euclidiano, imutável, simétrico e geométrico, metáfora do saber na antiguidade clássica, que se manteve incólume no pensamento matemático medieval e renascentista, pois somente nos tempos modernos foram construídos modelos de geometrias não-euclidianas.


Na formulação da Geometria euclideana uma quarta dimensão não foi considerada.

Aristóteles (em grego Αριστοτέλης) nasceu em Estagira, na Calcídica (384 a.C. - 322 a.C.). Filósofo grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande, é considerado um dos maiores pensadores de todos os tempos e criador do pensamento lógico.


Foi a primeira pessoa a indicar categoricamente que a quarta dimensão é impossível. Em seu trabalho “No Céu” escreveu: “a linha tem um valor em uma direção; o plano, em duas e no sólido em três. Além destes, não há nenhum outro valor porque todos os três são as possibilidades de magnitudes.”

Claudius Ptolemaeus (Ptolomeu - em grego: Κλαύδιος Πτολεμαῖος; cerca de 83 – 161 d.C.)


Ptolomeu, em seu livro “Na Distância” deu uma “prova” que a quarta dimensão seria impossível. Trace três linhas que sejam mutuamente perpendiculares, sugeriu. Tente extrair uma outra perpendicular da linha a todas estas linhas. É impossível. A quarta linha perpendicular é “inteiramente sem medida e sem definição”. A quarta dimensão é impossível. Esta não é realmente uma prova legitima da não existência da quarta dimensão, mas é meramente uma prova que nós não a podemos visualizar.

Georg Friedrich Bernhard Riemann (Breselenz - 1826 — 1866) foi um matemático alemão, com contribuições fundamentais para a análise e a geometria diferencial, algumas das quais abriram caminho para o desenvolvimento da relatividade geral.



Riemann em 10 de junho de 1854 propôs uma maneira nova de olhar a Geometria em uma palestra famosa. Generalizou a Geometria Euclideana a uma geometria não-Euclideana, permitindo superfícies encurvadas e qualquer número de dimensões mais elevadas. As idéias de Riemann fizeram com que muita gente começasse a pensar sobre dimensões mais elevadas. Foi descoberto que as ramificações da existência em dimensões mais elevadas poderia ser assustadoramente mais complexa do que se imaginava. Se você poderia manipular uma quarta dimensão, ou ainda dimensões mais elevadas, você teria adquirir poderes comparáveis aos dos deuses!


Você poderia andar de tal maneira que nenhuma parede podia pará-lo.

Você pareceria a um observador como que se atravessasse paredes ou das portas.

Você poderia simplesmente alcançar o que quisesse dentro de um armário ou de uma geladeira, sem abrir a porta.

Você poderia tirar um gomo de uma laranja sem descascá-la.

Você poderia fazer uma cirurgia sem necessitar de um corte.

Você poderia desaparecer e reaparecer à vontade.

Você poderia ver pessoas enterradas por uma avalanche.


O método padrão pelo qual se tenta compreender dimensões mais elevadas é o de se imaginar como uma criatura de uma dimensão inferior veria nosso mundo tridimensional. Para esta finalidade os mundos 2D são usados frequentemente. Consideremos um mundo 2D. Para que se prendesse em uma cela um criminoso em tal mundo, um limite circular teria que ser colocado em torno dele. Ao libertar o tal criminoso 2D, tudo o que uma criatura 3D teria que fazer seria retirá-lo por cima deste mundo 2D e recoloca-lo em outra parte. Este procedimento, que é completamente normal em 3D, pareceria fantástico em 2D. Ninguém no mundo 2D compreenderia o que o sentido ascendente (para cima) significa. Os órgãos internos de uma criatura 2D seriam visíveis a nós e nos pereceria trivial alcançar o interior de uma criatura 2D e nele executar uma cirurgia sem cortar sua pele circular. Entender este mundo 2D, conhecido como “Flatland” (Terra Chata), faz-nos ver como somos omnipotentes para uma criatura que lá habitasse. A criatura 2D não pode se esconder de nós e com certeza nos veria como tendo poderes mágicos ou divinos.

Na segunda metade do Século XIX a idéia de uma quarta dimensão tornou-se muito popular. Em 1877, uma experimentação escandalosa em Londres deu notoridade internacional à idéia de extra-dimensões: o mágico e vidente conhecido pelo nome do Henry Slade foi preso por iludir seus clientes. Físicos proeminentes da época vieram em defesa de Slade, que reivindicava que seus feitos paranormais provaram realmente que se poderia chamar espíritos da quarta dimensão. Os detratores disseram que os cientistas, por serem treinados para confiar em seus sentidos, são os piores especialistas possíveis para a avaliação de uma mágico. Para testar objetivamente um mágico ou um “paranormal” você necessita um outro mágico, pois ele saberá quando todos os truques estão sendo feitos.
Em 1884 um headmaster em Londres 

Edwin Abbott(1838-1926) publicou uma novela satírica chamada “Flatland: Um romance de muitas dimensões “. Este livro trabalha em diversos níveis esboçados abaixo.




Flatland é uma história que pode ser interpretada de diversas maneiras:

(1) é um sátira à sociedade Vitoriana, em um lugar pleno de preconceito sufocado. “Irregulars” (aleijados) são condenados à morte, mulheres não têm nenhum direito e quando o protagonista, o Sr. A. Quadrado, tenta ensinar seus companheiros sobre a terceira dimensão, é preso.

(2) é um trabalho científico. Pensando aproximadamente de A. Dificuldades quadradas em compreender a terceira dimensão, nós tornamo-nos mais capazes de tratar de nossos próprios problemas com a quarta.

(3) num nível mais profundo, nós podemos talvez ver Flatland como a maneira de Abbott falar sobre algumas experiências espirituais intensas.

Flatland (em português “terra plana”) é uma obra publicada em 1884 pelo professor, educador e teólogo inglês Edwin A. Abbott (1838-1926).2 É considerada uma peça magnífica de ficção científica, comparável aos livros de Júlio Verne ou H. G. Wells. Transcrevemos a seguir alguns extratos do livro, como introdução a algumas questões que iremos propor.
No primeiro capítulo, Abbott, na figura de um dos habitantes da Flatland, chamado Um Quadrado, descreve o seu “mundo”: Chamo ao nosso mundo Flatland, não porque nós lhe chamemos assim, mas para o fazer mais compreensível para vós, felizes leitores, que têm o privilégio de viver no Espaço.

Imaginem uma vasta folha de papel na qual Segmentos, Triângulos, Quadrados, Pentágonos, Hexágonos e outras figuras, em vez de ficarem fixas nos seus lugares, se movem livremente, sobre a superfície, mas sem terem a capacidade de se elevar acima ou de mergulharem abaixo dela, muito semelhantes a sombras — embora com substância e lados luminosos —, e terão uma noção bastante correcta do meu país e dos meus compatriotas. Ai de mim!, pois há alguns tempos atrás, eu diria “o meu universo”: mas agora o meu cérebro abriu-se para visões mais elevadas das coisas

No capítulo 3, Abbott descreve mais em pormenor os habitantes do seu mundo e as suas classes: O maior comprimento ou largura de um adulto habitante de Flatland é estimado em cerca de 25 dos vossos centímetros. As Mulheres, na Flatland, são segmentos.

Os soldados e os trabalhadores das classes mais baixas são triângulos isósceles, em que os dois lados iguais medem cerca de 25 cm de comprimento, e a base, ou o terceiro lado, é tão pequeno (não excedendo muitas vezes 1,5 cm), que os dois lados iguais formam um ângulo muito agudo. Na realidade, quando as suas bases são do tipo mais degradado (não chegando a medir mais do que um centímetro), dificilmente se distinguem das mulheres ou segmentos [...]. A classe média é constituída pelos triângulos equiláteros. Os profissionais e os gentlemen, são quadrados (classe da qual faço parte) e pentágonos.
Logo acima vem a nobreza, a qual tem vários graus, começando nos hexágonos, e tendo cada vez um maior número de lados até adquirir o título honorífico de polígonos [...]. Finalmente, quando a figura tem tantos lados, e de comprimento tão pequeno, que não se distingue de uma circunferência, passa a pertencer à ordem religiosa, ou circular, e esta é a classe mais elevada que existe.

É uma lei da natureza, entre nós, que o filho varão tenha mais um lado do que o pai, de tal modo que cada geração suba (em regra) um degrau no caminho do desenvolvimento e da nobreza. Portanto, o filho de um quadrado é um pentágono [...]

Mas esta regra não se aplica sempre aos comerciantes, e ainda menos aos soldados e aos trabalhadores, que na realidade dificilmente se podem chamar figuras humanas, pois não têm todos os lados iguais [...]. Assim, o filho de um triângulo isósceles é um triângulo isósceles.[...]

No capítulo 15, o narrador — Um Quadrado — está a dar uma lição de aritmética aplicada à geometria (plana, está claro!), ao seu neto Hexágono. Explica-lhe que nove quadrados iguais, de lado 3, formam um quadrado com o lado 3 vezes maior, e traduz isso pela igualdade 32 = 9. Então o neto pergunta: “Ensinaste-me o significado das potências de expoente 3 em aritmética; então certamente 33 deve ter também um significado em geometria. Qual é?”. O avô responde-lhe que 33 não tem qualquer significado em geometria e manda o neto deitar-se. É em seguida que sente uma presença estranha na sala onde se encontra, e pouco depois houve uma voz dizer: “33 tem um significado óbvio em geometria!” . Então uma circunferência aparece na sala, vai aumentando de dimensão, e mais tarde irá diminuir até desaparecer. Tratava-se de um habitante do espaço, uma Esfera, que tinha atravessado a Flatland.



Os anos 1890 a 1910 podem ser pensados como os anos dourados da quarta dimensão. As idéias sobre dimensões mais elevadas permeia círculos literários, o garde avant , e os pensamentos do público geral, afetando a arte, a literatura e a filosofia.

Alguns historiadores da arte consideram que a quarta dimensão influenciou crucialmente o desenvolvimento de Cubismo e do Expressionismo no mundo da arte. No detalhe, a quarta dimensão provocou uma reavalição do formulário de uma revolta artística que foi de encontro às leis do perspectiva.

Na arte religiosa medieval é notória a falta deliberada da perspectiva. Estes retratos estavam cheios de pessoas “achatadas”. Esta arte refletiu a visão da igreja de que Deus era onipotente e onisciente e podia conseqüentemente ver todas as partes de nosso mundo igualmente. Não havia nenhuma necessidade da perspectiva, na opinião de um tal Deus. De acordo com a igreja a arte teve que refletir o ponto de vista de Deus. Todas as pinturas tiveram que ser bidimensionais.


Já a arte do Renascimento reflete uma revolução contra este formulário restritivo da arte. A perspectiva na arte começou a ser muito mais popular. 

A Arte Cubista rebela-se contra as limitações que a perspectiva impôs. A arte de Pablo Picasso  mostra uma rejeição desobstruída pela perspectiva, com rostos de mulheres vistos simultaneamente de diversos ângulos. As pinturas de Picasso mostram perspectivas múltiplas, como se fossem pintadas por alguém da quarta dimensão, capazes de ver simultaneamente todas as perspectivas.  

Entrevista com física Lisa Randall , conhecida por seu importante papel nas pesquisas de Física de Partículase Cosmologia, realizada por Eduard Punset sobre a realidade da muldimensionalidade


Pesquisa, textos, compilação, editoração e diagramação: Dr. Bernardo de Gregório e
Zoia Petrow
Fonte: Grupo de estudos sobre transição planetária: Cinturão de Fótons.