15.4.11

*.* Tripla constituição do espírito.

Não sei se você já leu algo sobre nossa tripla constituição: espírito (mente), corpo sutil (perispírito) e corpo físico. Quando completamente libertos do corpo físico pela morte, recobramos a condição de espíritos e a consciência se utiliza apenas do corpo sutil para suas relações com o mundo e com outras consciências, via pensamento.

No entanto, mesmo ainda quando estamos limitados pela ligação com o 
corpo físico, podemos conquistar certa liberdade do corpo sutil e, pois, uma consciência também mais liberta, mediante a prática do desprendimento espiritual. Esse estado pode ser alcançado pelo espírito através do exercício. A meditação é a forma mais eficaz de deixarmos o corpo (as drogas o mais rápido, mas, sabemos das suas conseqüências nefastas). Ocorre que, assumindo um estado de consciência mais desperto, há mais facilidade de sintonizar  com outras consciências também mais despertas.  Não há estado de consciência mais desperta do que quando desencarnados.  Normalmente esse estado se dá diariamente quando dormimos. Ocorre  que dele não nos lembramos,nem tampouco dos contatos que mantemos  nestes momentos com outras consciências libertas, pois, quando acordamos, o cérebro físico retoma o controle visando a  sobrevivência do corpo e passa a comandar de novo nossas ações.


Mas, este estado de espírito pode ser também conquistado durante a  vigília. Os yoguis alcançam esta condição espiritual muito  facilmente. Igualmente, os médiuns, porque exercitaram essa  faculdade durante várias existências, conseguem também o  desdobramento do estado consciencional, e por isso têm mais facilidade de perceber a presença dos espíritos, mesmo estando 
conscientes. 

Obtendo um maior desprendimento do corpo sutil em relação ao corpo
físico, aumentando a freqüência e o alcance de suas ondas de  pensamento e, pois, sua própria consciência. É natural adquirir  maior percepção da realidade à nossa volta. Portanto, não são os espíritos que estão se aproximando mais de  você. É você que está se aproximando mais deles, abandonando o  mundo físico nos momentos da meditação.

A sensação mais intensamente desagradável é porque, em buscando  maior atenção aos valores espirituais, a pessoa está se tornando  mais sensível ao sofrimento alheio. Os espíritos tristes se  encontram em maior número, sempre buscando nosso auxílio. O máximo  que conseguem é nos provocar medo. Mas, o medo é uma reação do  nosso próprio espírito, conseqüência de nosso desconhecimento sobre  esta situação e da incapacidade de controlá-la. A partir do momento  que dominamos o conhecimento sobre ela, o medo desaparece.
O único remédio eficaz para esta situação é A PRECE. Não, porém,  uma prece movida por medo, mas, sim, por piedade e solidariedade  humana. Os espíritos são, antes, membros da humanidade, com todos  os seus sentimentos.  A prece produz dois efeitos muito eficazes e salutares: primeiro, oferece uma barreira intransponível a qualquer sentimento menos  
elevado da parte de um espírito; segundo, traz para perto de nós, outras consciências mais evoluídas moralmente, responsáveis por  nossa orientação enquanto encarnados, os quais fomos ensinados chamar "anjos de guarda". Estes, sabem muito bem como lidar com as  necessidades daqueles que estão ao nosso lado, em sofrimento e, ao mesmo tempo, nos confortar.

O que nós podemos e devemos fazer é tentar conservar o pensamento  
vinculado a bons sentimentos. Esta é, sem dúvida, uma grande  dificuldade para nós no cotidiano, a saber, manter um estado pleno de meditação no dia-a-dia, nas relações interpessoais. E,  porque não conseguimos conservar pensamentos altruístas, nos  ligamos via pensamento aos sentimentos tristes, rancorosos,  melancólicos, depressivos, temerosos, de pânico, contraditórios, bipolares, das consciências  desencarnadas ao nosso redor.
Esta é nossa realidade. Se conseguirmos elevar o padrão de nossos sentimentos para piedade, fraternidade, misericórdia, Amor, constituímos à nossa volta um campo fluídico-magnético capaz de  
adquirir uma eficiência e força suficientes para auxiliarmos todos os que nos cercarem, encarnados e desencarnados.

Temos essa condição. O problema é o apego ao Ego. É o egoísmo.
Portanto, não são as velas que atraem os espíritos ou afastam. É a 
identidade de pensamentos ou,ou em caso específico, a necessidade  dos irmãos que os fazem se aproximar de você. Orai, portanto, por eles e por nós. Mas, orai com sentimento, com  humildade, com verdadeiro intuito de auxiliar. Os primeiros beneficiados somos nós mesmos. Há também  a possibilidade muito certa de que,quando aprendemos a orar com  eficiência, elevando cada vez mais a freqüência vibratória das  ondas do pensamento (esta é uma possibilidade já demonstrada pela  física quântica), alcançamos o pensamento de nosso espírito protetor. Nestes momentos experimentamos uma paz  inaudita, mesmo estando ainda no mundo.

 
Concilio da meditação com a prece. O "Pai nosso" durante a  meditação, é uma prece que, embora curta e singela, é perfeita  tanto em súplica quanto em devoção. Somente ao final da meditação,  com  certeza da harmonização satisfatória do pensamento, soltar um  pouco mais o corpo para experimentar uma expansão maior da  consciência e, seguro de estar sozinho, sem nenhum irmão  necessitado ao  lado, viajando para mais longe. 

Todo o medo e ansiedade desaparecem. Este é um sintoma garantido de  
pacífica solitude. 

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