Não sei se você já leu algo sobre nossa tripla constituição: espírito (mente), corpo sutil (perispírito) e corpo físico. Quando completamente libertos do corpo físico pela morte, recobramos a condição de espíritos e a consciência se utiliza apenas do corpo sutil para suas relações com o mundo e com outras consciências, via pensamento.
No entanto, mesmo ainda quando estamos limitados pela ligação com o
corpo físico, podemos conquistar certa liberdade do corpo sutil e, pois, uma consciência também mais liberta, mediante a prática do desprendimento espiritual. Esse estado pode ser alcançado pelo espírito através do exercício. A meditação é a forma mais eficaz de deixarmos o corpo (as drogas o mais rápido, mas, sabemos das suas conseqüências nefastas). Ocorre que, assumindo um estado de consciência mais desperto, há mais facilidade de sintonizar com outras consciências também mais despertas. Não há estado de consciência mais desperta do que quando desencarnados. Normalmente esse estado se dá diariamente quando dormimos. Ocorre que dele não nos lembramos,nem tampouco dos contatos que mantemos nestes momentos com outras consciências libertas, pois, quando acordamos, o cérebro físico retoma o controle visando a sobrevivência do corpo e passa a comandar de novo nossas ações.
Mas, este estado de espírito pode ser também conquistado durante a vigília. Os yoguis alcançam esta condição espiritual muito facilmente. Igualmente, os médiuns, porque exercitaram essa faculdade durante várias existências, conseguem também o desdobramento do estado consciencional, e por isso têm mais facilidade de perceber a presença dos espíritos, mesmo estando
conscientes.
Obtendo um maior desprendimento do corpo sutil em relação ao corpo
físico, aumentando a freqüência e o alcance de suas ondas de pensamento e, pois, sua própria consciência. É natural adquirir maior percepção da realidade à nossa volta. Portanto, não são os espíritos que estão se aproximando mais de você. É você que está se aproximando mais deles, abandonando o mundo físico nos momentos da meditação.
A sensação mais intensamente desagradável é porque, em buscando maior atenção aos valores espirituais, a pessoa está se tornando mais sensível ao sofrimento alheio. Os espíritos tristes se encontram em maior número, sempre buscando nosso auxílio. O máximo que conseguem é nos provocar medo. Mas, o medo é uma reação do nosso próprio espírito, conseqüência de nosso desconhecimento sobre esta situação e da incapacidade de controlá-la. A partir do momento que dominamos o conhecimento sobre ela, o medo desaparece.
O único remédio eficaz para esta situação é A PRECE. Não, porém, uma prece movida por medo, mas, sim, por piedade e solidariedade humana. Os espíritos são, antes, membros da humanidade, com todos os seus sentimentos. A prece produz dois efeitos muito eficazes e salutares: primeiro, oferece uma barreira intransponível a qualquer sentimento menos
elevado da parte de um espírito; segundo, traz para perto de nós, outras consciências mais evoluídas moralmente, responsáveis por nossa orientação enquanto encarnados, os quais fomos ensinados chamar "anjos de guarda". Estes, sabem muito bem como lidar com as necessidades daqueles que estão ao nosso lado, em sofrimento e, ao mesmo tempo, nos confortar.
O que nós podemos e devemos fazer é tentar conservar o pensamento
vinculado a bons sentimentos. Esta é, sem dúvida, uma grande dificuldade para nós no cotidiano, a saber, manter um estado pleno de meditação no dia-a-dia, nas relações interpessoais. E, porque não conseguimos conservar pensamentos altruístas, nos ligamos via pensamento aos sentimentos tristes, rancorosos, melancólicos, depressivos, temerosos, de pânico, contraditórios, bipolares, das consciências desencarnadas ao nosso redor.
Esta é nossa realidade. Se conseguirmos elevar o padrão de nossos sentimentos para piedade, fraternidade, misericórdia, Amor, constituímos à nossa volta um campo fluídico-magnético capaz de
adquirir uma eficiência e força suficientes para auxiliarmos todos os que nos cercarem, encarnados e desencarnados.
Temos essa condição. O problema é o apego ao Ego. É o egoísmo.
Portanto, não são as velas que atraem os espíritos ou afastam. É a
identidade de pensamentos ou,ou em caso específico, a necessidade dos irmãos que os fazem se aproximar de você. Orai, portanto, por eles e por nós. Mas, orai com sentimento, com humildade, com verdadeiro intuito de auxiliar. Os primeiros beneficiados somos nós mesmos. Há também a possibilidade muito certa de que,quando aprendemos a orar com eficiência, elevando cada vez mais a freqüência vibratória das ondas do pensamento (esta é uma possibilidade já demonstrada pela física quântica), alcançamos o pensamento de nosso espírito protetor. Nestes momentos experimentamos uma paz inaudita, mesmo estando ainda no mundo.
Concilio da meditação com a prece. O "Pai nosso" durante a meditação, é uma prece que, embora curta e singela, é perfeita tanto em súplica quanto em devoção. Somente ao final da meditação, com certeza da harmonização satisfatória do pensamento, soltar um pouco mais o corpo para experimentar uma expansão maior da consciência e, seguro de estar sozinho, sem nenhum irmão necessitado ao lado, viajando para mais longe.
Todo o medo e ansiedade desaparecem. Este é um sintoma garantido de
pacífica solitude.
( ¨%¨ SOMAI -8154)